Governo deu luz verde à Menzies para comprar Groundforce

O presidente da britânica Menzies diz que recebeu autorização do Governo para a compra da empresa de serviços de assistência em escala portuguesa. Operação aguarda decisão final do tribunal.

O presidente da britânica Menzies, Hassan El-Houry, afirma que teve luz verde do Governo para a compra de 51% da Groundforce, a principal empresa portuguesa de serviços de assistência em escala nos aeroportos. TAP foi autorizada a participar no aumento de capital.

“Depois de mais de dois anos de negociações e procedimentos judiciais e administrativos, fico muito feliz por partilhar que o Governo português autorizou a Menzies Aviation a tornar-se o acionista de controlo da Groundforce“, escreveu Hassan El-Houry, que tem casa em Portugal, esta tarde numa publicação no LinkedIn. O post vem acompanhado de uma fotografia com o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco.

“Sempre considerei Portugal a minha segunda casa, por isso este marco é significativo para mim quer de uma perpectiva profissional quer pessoal”, afirma o presidente do conselho de administração da Menzies, que é detida pela Agility, do Koweit.

Sempre considerei Portugal a minha segunda casa, por isso este marco é significativo para mim quer de uma perpectiva profissional quer pessoal.

Hassan El-Houry

Chairman da Menzies

A entrada da Menzies no capital colocará um ponto final no processo de insolvência da SPDH (a designação societária da Groundforce), declara pelo tribunal em agosto de 2021. A insolvência foi pedida pela TAP, que além de acionista é também a maior cliente, em conflito com o empresário Alfredo Casimiro, que através da Pasogal detém 50,1% do capital.

O plano de insolvência da Groundforce foi aprovado em assembleia de credores no final de setembro, com 98,17% dos votos a favor. O plano prevê a recuperação da empresa através de um aumento de capital de 4,98 milhões, dos quais 2,5 milhões serão subscritos pela Menzies, que fica com 51,1% do capital.

Os restantes 2,48 milhões cabem à TAP, através da conversão de parte dos 15,5 milhões que a Groundforce lhe deve, ficando com uma posição de 49,9%. A Pasogal deixa de ter qualquer participação.

A autorização que foi dada pelo Governo foi justamente para permitir à companhia aérea, que é totalmente detida pelo Estado, poder participar no aumento de capital.

A entrada efetiva da Menzies no capital e na administração da empresa está dependente da homologação do plano de insolvência pelo Juízo de Comércio de Lisboa. O que deverá acontecer nos primeiros meses de 2024, quando estiverem dados todos os passos prévios, nomeadamente um visto do Tribunal de Contas aos novos contratos de handling.

“A nossa transação beneficiará os funcionários, as companhias aéreas, a TAP Air Portugal e os viajantes para as vibrantes cidades de Portugal”, promete Hassan El-Houry na publicação no LinkedIn. “Manteremos padrões operacionais de alto nível, dando prioridade à segurança, proteção, pontualidade, serviço ao cliente e tecnologia. Mal podemos esperar para receber 3.500 novos colegas em breve”, acrescenta.

(Notícia atualizada às 13h30)

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