TELLES reforça equipa com dois novos sócios

José Maria Cabral Sacadura vai integrar o departamento de Fiscal da TELLES. Já Márcio Carreira Nobre reforça a firma enquanto sócio coordenador da área de prática de Financeiro e Mercado de Capitais.

José Maria Cabral Sacadura e Márcio Carreira Nobre são os novos sócios da TELLES. Os advogados transitam da Linklaters e da CS’Associados, respetivamente.

“É com grande entusiasmo que recebemos o José Maria e o Márcio na equipa de sócios da TELLES. A experiência diversificada e internacional de ambos será uma grande mais-valia para a TELLES manter o nível de excelência e sofisticação dos serviços jurídicos prestados. A integração destes dois sócios e, em janeiro, da nossa sócia Ofélia Pinto Queiroz demonstra bem a capacidade de atração pela TELLES de advogados com experiência e elevada qualidade técnica e humana”,referiu Miguel Torres, managing partner de TELLES.

O novo sócio da TELLES, José Maria Cabral Sacadura, vai integrar o departamento de Fiscal, com enfoque nas áreas de Estruturação e Fiscalidade Internacional, tendo em vista “dar resposta ao incremento de clientela transacional e internacional”. Com mais de 15 anos de experiência, transita da Linklaters, tendo passado pela PwC, em Nova Iorque, pela Stibbe Avocats, em Luxemburgo, bem como pela Uría Menéndez-Proença de Carvalho e CMS.

José Maria Cabral Sacadura possui uma vasta experiência na prestação de assessoria jurídica a empresas nacionais e multinacionais, particularmente a entidades na indústria de asset management/private equity.

É com grande alegria que integro a TELLES. Um projeto com um dinamismo ímpar no panorama da advocacia nacional para o qual antevejo continuado sucesso e muito espero poder contribuir”, sublinha José Maria Cabral Sacadura.

Por outro lado, Márcio Carreira Nobre integra a TELLES enquanto sócio coordenador da área de prática de Financeiro e Mercado de Capitais, transitando da CS’Associados.

O advogado conta com experiência na assessoria jurídica a instituições de crédito e a sociedades financeiras, na estruturação e contratação de financiamentos, na estruturação e comercialização de instrumentos financeiros e em temas regulatórios. A sua experiência inclui também a assessoria a organismos de investimento coletivo, na vertente regulatória, incluindo a sua constituição, e transacional, em operações de entrada e saída de investimento. Tem ainda assessorado entidades financeiras e emitentes em processos de emissão e colocação de valores mobiliários, incluindo em ofertas públicas.

Tem estado ainda envolvido em matérias relacionadas com a área de societário, tendo participado em algumas das maiores e mais relevantes operações de aquisição e alienação de empresas que ocorreram em Portugal nos últimos anos, destacando-se a assessoria em operações de M&A nos setores financeiro e de infraestruturas.

“A TELLES é uma sociedade de advogados comprometida com a excelência, inovação e serviço ao cliente. Assim, é com grande entusiasmo que regresso, agora como sócio coordenador da equipa de Financeiro e Mercado de Capitais, com a ambição de poder contribuir para a continuada afirmação deste projeto”, disse Márcio Carreira Nobre.

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CMS e APAV assinam protocolo de cooperação

O CMS vai passar a prestar, em regime pro bono, apoio técnico-jurídico na área do cibercrime aos utentes da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

A CMS assinou um acordo de parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). O escritório de advogados passa a prestar, em regime pro bono, apoio técnico-jurídico na área do cibercrime aos utentes da associação.

“É com muito orgulho que assinamos este acordo com a APAV. Queremos, com esta parceria, estar na linha da frente do combate ao cibercrime, neste caso específico, no combate ao Cyberbullying: uma realidade que, infelizmente, tem crescido de ano para ano, tendo em conta a crescente digitalização da sociedade em que vivemos”, sublinhou José Luís Arnaut, managing partner da CMS.

Em comunicado, o escritório afirma que o cyberbullying assume-se cada vez mais como uma “realidade presente na vida das pessoas” e, por isso, a CMS compromete-se, através desta parceria, a “prestar consultas jurídicas e acompanhamento em questões relacionadas com o Direito Penal e Processual Penal em casos de cibercrime”.

“O combate ao cibercrime é uma preocupação crescente tanto da APAV como da sociedade em geral, pelo que valorizamos o envolvimento de organizações de diversos setores, com vista a uma intervenção complementar, como é o caso deste protocolo com a CMS”, notou Carmen Rasquete, secretária-geral da APAV.

A assinatura do protocolo teve lugar nos escritórios da CMS, em Lisboa, e contou com a presença de José Luís Arnaut, managing partner da CMS, Francisca Ataíde Marques, diretora-geral da CMS, Carmen Rasquete, secretária-geral da APAV, e Teresa Bettencourt, técnica de Apoio à Vítima da APAV.

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Euribor sobe a três e a seis meses para novos máximos desde novembro de 2008

  • Lusa
  • 17 Abril 2023

Euribor a 12 meses está fixada em 3,764%, mais 0,041 pontos contra o máximo registado em novembro de 2008 e acima dos 3,978%, verificado a 9 de março.

A taxa Euribor subiu a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira e nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou, ao ser fixada em 3,764%, mais 0,041 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado a 9 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho, também subiu hoje, para 3,578%, mais 0,068 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou a 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu, para 3,219%, mais 0,044 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

 

Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Tech Recruiter Academy abre candidaturas. Tem 20 vagas para formar recrutadores tech

Programa de formação gratuito visa atrair e formar recrutadores na área de TI. Há cerca de 20 vagas nesta quarta edição do programa promovido pela Landing.Jobs.

A Landing.Jobs abriu novas candidaturas para a Tech Recruiter Academy, um programa de formação gratuito que visa atrair e formar recrutadores na área de TI. A quarta edição do programa, cujas candidaturas decorrem até 30 de abril, tem cerca de 20 vagas.

“Estamos a mudar um bocadinho a estrutura da Academia e, neste momento, estamos a analisar a possibilidade de criar duas turmas (uma laboral e outra pós-laboral). Dependendo do regime, dura entre seis a oito semanas”, adianta Dora Azevedo, tech recruitment manager na Landing.Jobs e responsável pela TR Academy, ao ECO Trabalho.

Experiência na área não é um critério de seleção, já que “acima de tudo” procuram “pessoas interessadas e motivadas pela área de recrutamento e tecnologia e que tem interesse em (re)começar a carreira em tech recruitment”, explica a responsável da Academy. Recém-licenciados em RH, Psicologia, Sociologia, Ciências Sociais são os perfis mais procurados.

Em quatro edições, já foram formados “mais de 50” recrutadores especializados na área tecnológica. Parte deles ficou a trabalhar com a Landing.Jobs.

“Estamos orgulhosos de dizer que conseguimos contratar tech recruiters de todas as três edições da Academia. As oportunidades variam conforme a necessidade que temos de ano para ano, mas continuamos a contar com pessoas na nossa equipa que ainda cá estão desde a 1.ª edição. Mais de 40% acabaram por ficar integradas na nossa equipa“, adianta Dora Azevedo.

“Para além dos que integramos, fazemos um esforço para integrar os restantes nos nossos clientes e parceiros. E que sendo um mercado com muita procura, a taxa de empregabilidade é elevada.”

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Empresas optam por escritórios com áreas mais pequenas em Lisboa

  • Ana Petronilho
  • 17 Abril 2023

Entre janeiro e março o número de arrendamentos de escritórios subiu, em Lisboa, 20% face ao período homólogo mas a área ocupada desceu 69%.

Em Lisboa, as empresas estão, cada vez mais, a optar por arrendar escritórios com áreas mais pequenas.

No primeiro trimestre deste ano o número de contratos de arrendamento neste segmento registou um aumento de 20% face ao período homólogo. Mas, apesar de um maior número de negócios concretizados, “estes foram direcionados para áreas de menor dimensão, com a área média por operação a rondar os 500 metros quadrados”, revela a Savills na análise trimestral do mercado de escritórios.

A consultora diz ainda que, na capital, entre janeiro e março, o volume de absorção total de escritórios atingiu uma área total de 20 mil metros quadrados, revelando uma “descida acentuada de 69% face ao período homólogo”. E comparativamente com a média dos primeiros trimestres dos últimos cinco anos, o resultado “ficou igualmente 55% abaixo da média cifrada nos 43.900 metros quadrados.

Por isso, a Savills avisa que é preciso que o mercado liberte “oferta de qualidade” para manter os níveis “elevados” de procura, sobretudo entre as empresas de tecnologias e utilities, num ano em que está prevista a conclusão de imóveis que totalizam cerca de 114 mil metros quadrados, “dos quais 64% estão já ocupados”.

Já no Porto, o mercado de escritórios totalizou a 13 operações, que somaram um volume de absorção total de 7.689 metros quadrados, “um resultado que ficou acima 32% comparativamente ao mesmo período do ano 2022 e apenas 5% abaixo da média dos primeiros trimestres dos últimos quatro anos”, refere a consultora.

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EDP contrata financiamento verde de 684 milhões de euros a cinco anos

  • Lusa
  • 17 Abril 2023

A EDP anunciou um contrato de financiamento com a EDP Finance no montante de 684 milhões de euros pelo prazo de cinco anos.

A EDP anunciou um contrato de financiamento com a EDP Finance no montante de mil milhões de dólares singapurianos (684 milhões de euros) pelo prazo de cinco anos.

“A EDP — Energias de Portugal, S.A. (“EDP ou Sociedade”) e a EDP Finance BV assinaram um contrato de financiamento, no montante de 1.000 milhões de dólares singapurianos (SGD), pelo prazo de cinco anos”, refere a empresa num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No documento, a energética refere que a transação foi organizada “pela própria EDP, em conjunto com o DBS Bank, no papel de ‘coordinator'”, contando ainda com os bancos MUFG, OCBC e UOB como ‘bookrunners’ e ‘Mandated Lead Arrangers’.

O MUFG irá atuar, também, como agente.

“Este contrato de financiamento reforça o compromisso da EDP para o crescimento na região da Ásia-Pacífico, em linha com o Plano Estratégico 2023-2026”, refere a empresa no documento.

EDP assina contrato de 20 anos para projeto de 200 MW nos EUA

A EDP assegurou um Contrato de Aquisição de Energia (CAE) a 20 anos para a venda da energia verde produzida por um parque eólico de 198 megawatts (MW) no estado de Indiana, nos Estados Unidos.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM), a EDP informa que o CAE foi assegurado através da sua subsidiária EDP Renováveis, detida em 71,20%, e que o projeto está previsto entrar em operação em 2025.

Com este novo contrato, prossegue a empresa, a EDPR assegurou 45% dos 7,4 gigawatts (GW) estabelecidos como “objetivo de adições” na América do Norte para 2023-26, assim como 43% dos 17 GW de objetivo para adições de capacidade renovável em 2023-26 anunciados no Capital Markets Day da EDPR, em março de 2023.

“O sucesso da EDPR em assegurar novos CAE reforça o seu perfil de baixo risco e estratégia de crescimento baseado no desenvolvimento de projetos competitivos e com visibilidade de longo prazo, promovendo a aceleração da transição energética e a descarbonização da economia” acrescenta considera a empresa.

 

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Reciclagem de embalagens aumenta em Portugal mas vidro regista retrocesso

  • Lusa
  • 17 Abril 2023

A recolha seletiva de embalagens em Portugal aumentou 3% no primeiro trimestre de 2023, face ao período homólogo, mas no caso do vidro houve um retrocesso de 2%.

A recolha seletiva de embalagens em Portugal aumentou 3% no primeiro trimestre de 2023, face ao período homólogo, mas no caso do vidro houve um retrocesso de 2%.

Segundo dados do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) difundidos em comunicado pela Sociedade Ponto Verde (SPV), esta segunda-feira, Portugal “só cumprirá a meta [estabelecida] se cada português reciclar mais duas garrafas de vidro por mês”.

A SPV congratula-se por os portugueses continuarem a reciclar “cada vez mais”, tendo sido recolhidas 108.368 toneladas de embalagens nos ecopontos nacionais no primeiro trimestre de 2023, o que significa um aumento de 3%, em comparação com o mesmo período de 2022.

“O país continua, assim, a atingir as metas da reciclagem das embalagens, com exceção do vidro, que merece particular atenção”, conclui a instituição, que organiza e gere a retoma e valorização de resíduos de embalagens, implementando o SIGRE.

De acordo com os dados disponibilizados, a reciclagem de vidro no mesmo período foi de aproximadamente menos uma tonelada do que no primeiro trimestre de 2022, “invertendo uma tendência de crescimento observada ao longo dos últimos dois anos”.

A atual taxa de reciclagem nacional deste material é de 56% e o objetivo é chegar aos 75%, até 2025, sendo “fundamental uma maior mobilização por parte de todos os portugueses”.

“É, por isso, fundamental convocar todos, quando o país tem novas metas para alcançar, não só nas embalagens como noutros materiais que fazem parte do nosso dia-a-dia enquanto consumidores”, refere a presidente executiva (CEO) da SPV, Ana Trigo Morais, citada no comunicado.

A responsável da empresa incentiva “todos os portugueses a reciclarem mais embalagens, nomeadamente de vidro“, área em que “o desafio é maior”, mas insiste em que não se deve esquecer os outros materiais, como o alumínio, o papel/cartão ou o plástico.

“Para isto acontecer, precisamos de mais separação e também de melhor nível de serviço de recolha municipal”, conclui.

Os dados de desempenho do SIGRE, no primeiro trimestre de 2023, revelam ainda que foram encaminhadas para reciclagem 36.620 toneladas de papel/cartão (+9%) e 19.589 toneladas de plástico (+2%).

Segundo a SPV, o crescimento mais significativo verificou-se nas embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), cuja reciclagem ascendeu às 2.161 toneladas (+10%).

“Estes dados revelam um aumento de reciclagem nas escolas, no qual há um volume mais significativo de pacotes de bebidas, e que estas estão a ser depositadas corretamente no ecoponto amarelo, fruto de ações educativas promovidas pela Sociedade Ponto Verde junto de alunos e professores”, considera instituição privada sem fins lucrativos, que tem a responsabilidade pelo encaminhamento para reciclagem e valorização dos resíduos de embalagens que resultam do grande consumo.

A SPV é líder de mercado e serve atualmente 8.200 clientes entre micro, pequenas, médias e grandes empresas, segundo o comunicado.

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Cuatrecasas discute o futuro da DAC6 na Advocatus Summit

  • ADVOCATUS
  • 17 Abril 2023

No primeiro painel esteve em discussão o tema "O futuro da DAC6: o dever de colaboração dos contribuintes, a reserva da vida privada e o sigilo profissional dos advogados”.

O arranque da sexta edição da Advocatus Summit esteve a cargo da Cuatrecasas. Em discussão esteve o tema “O futuro da DAC6: o dever de colaboração dos contribuintes, a reserva da vida privada e o sigilo profissional dos advogados”. O painel foi composto por Pedro Vidal Matos, sócio coordenador da área de fiscal da Cuatrecasas, António Gaspar Schwalbach, sócio da área de fiscal da Cuatrecasas, e Vasco Branco Guimarães, doutor em Direito Fiscal Europeu e professor de Direito Fiscal e Internacional Fiscal na Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa.

Até dia 27 de abril, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, dois novos painéis. Ao todo serão 15 painéis que contam com participação, e patrocínio, das principais sociedades de advogados a operar em Portugal.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de Abreu Advogados, AFMA, AVM Advogados, CMS Portugal, Cruz Vilaça Advogados, Cuatrecasas, Gama Glória, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, PRAGMA, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda a Moneris.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

Painel 1 – “O futuro da DAC6: o dever de colaboração dos contribuintes, a reserva da vida privada e o sigilo profissional dos advogados”

  • Com Pedro Vidal Matos, sócio coordenador da área de fiscal da Cuatrecasas, António Gaspar Schwalbach, sócio da área de fiscal da Cuatrecasas, e Vasco Branco Guimarães, doutor em Direito Fiscal Europeu e professor de Direito Fiscal e Internacional Fiscal na Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa.

Painel 2 – Por mares nunca dantes navegados: a produção de energia eólica offshore

17 de abril

  • Com Sara Castelo Branco, of counsel da Miranda & Associados, Filipe Matias Santos, diretor de serviços jurídicos na ERSE, e João Oliveira, legal counsel na BP Legal.

Painel 3 – “Proprietários e Entidade Exploradora – um desafio sustentável?”

18 de abril

  • Com Margarida Osório Amorim, sócia da área de Turismo da PLMJ, Cristina Siza Vieira, CEO da Associação da Hotelaria de Portugal, e Daniel Correia, diretor-geral de real estate do grupo UIP.

Painel 4 – “O grande desafio climático da água: um problema de escassez ou de gestão?”

18 de abril

  • Com Adolfo Mesquita Nunes, sócio da Gama Glória, Vera Eiró, presidente da ERSAR, José de Melo Bandeira, CEO da Veolia, Nuno Brôco, presidente da AdP Valor, e moderado por Débora Melo Fernandes, sócia da Gama Glória.

Painel 5 – “O crédito não produtivo (NPL) e os desafios ao setor financeiro”

19 de abril

  • Com Manuel Raposo, partner & executive managing director da Finsolutia, João Machado, diretor legal da Whitestar, Bruno Carneiro, co-founder and chief executive officer da Servdebt, moderado por Rodrigo Formigal, sócio, e João Soares Carvalho, associado da Abreu Advogados.

Painel 6 – “Portugal: o novo destino para investimentos em I&D, realidade ou ficção?”

19 de abril

  • Com Ana Ferreira Neves, of counsel da TELLES, João Pinho de Almeida, consultor da TELLES, e Miguel Bento Ribeiro, associado da TELLES.

Painel 7 – “Sociedades multidisciplinares: um caminho sem retorno?”

20 de abril

  • Com Francisco Goes Pinheiro, sócio da AVM Advogados, Rui Pedro Almeida, CEO da Moneris, e moderado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus.

Painel 8 – “Financiamento das empresas portuguesas: qual o Estado da Arte?”

20 de abril

  • Com Francisco Cabral Matos, sócio da VdA, Joana Lobato Heitor, associada coordenadora da VdA, Maria Carrilho, associada sénior da VdA, e Sebastião Nogueira, associado coordenador da VdA.

Painel 9 – “Licenciamento de renováveis: o que esperar da nova simplificação”

21 de abril

  • Com Manuel Cassiano Neves, sócio de Energia & Alterações Climáticas da CMS, Maria José Espírito Santo, subdiretora geral para a área da Energia na Direção Geral de Energia e Geologia, Afonso Coelho, senior business development manager da Lightsource BP Portugal, e moderado por Bernardo Cunha Ferreira, sócio de Energia & Alterações Climáticas da CMS.

Painel 10 – “Human Centric Legaltech: a tecnologia como acelerador da democratização da justiça e da capacitação dos profissionais do setor”

21 de abril

  • Com Anabela Pedroso, ex-secretária de Estado da Justiça, Marisa Monteiro Borsboom, vice-presidente da ELTA (European Legal Tech Association), Raul do Vale Martins, coordenador da Estrutura de Missão Portugal Digital, e moderado por Nuno Martins Cavaco, partner da Moneris Innovation Lab.

Painel 11 – “Laboral: O trabalho digno, da teoria à prática”

24 de abril

  • Com Fernanda Campos, inspetora-geral da ACT, Cristina Martins da Cruz, juíza de Direito e docente no Centro de Estudos Judiciários, Mariana Caldeira de Sarávia, sócia da SRS Legal, e César Sá Esteves, sócio responsável pelo departamento de direito do trabalho da SRS Legal.

Painel 12 – “Fundos: o que esperar da abertura dos concursos do PRR?”

24 de abril

  • Com Francisco Barona, sócio da Sérvulo, João Arantes de Oliveira, presidente do Conselho de Administração da H Capital Partner, e Marco Lebre, fundador e CEO da Crest Capital Partners.

Painel 13 – “ESG: green ou greenwashing?”

26 de abril

  • Com Rui Oliveira Neves, sócio da Morais Leitão, Manuela Moreira da Silva, professora adjunta na Universidade do Algarve, e Ana Cláudia Coelho, PwC | Sustainability and Climate Change Partner.

Painel 14 – “Imobiliário: como vai reagir o mercado em 2023?”

26 de abril

  • Com Clélia Brás, sócia da PRA – Raposo, Sá Miranda e Associados, e Paulo Caiado, presidente da direção executiva da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Painel 15 – “Corporate Governance, mito europeu ou realidade nacional?”

27 de abril

  • Com Pedro Ávila, sócio da PRAGMA, Rita Leandro Vasconcelos, advogada da Cruz Vilaça Associados, e Sofia Belard, sócia da AFMA, moderado por Rita Proença Varão, founder da Law Momentum.

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Painéis solares mais tecnológicos têm maior eficiência

  • Conteúdo Patrocinado
  • 17 Abril 2023

A energia solar tornou-se uma fonte popular de energia renovável por ser confiável e sustentável.

À medida que a tecnologia avança, os painéis solares vão-se tornando mais eficientes e potentes. Uma das tecnologias de painel solar mais inovadoras e avançadas disponíveis hoje é o módulo TOPCon tipo N, especificamente o módulo TOPCon Tiger Neo N-Type da JinkoSolar.

A tecnologia do tipo N tem vindo a ganhar popularidade na indústria solar devido à sua alta eficiência, baixa degradação e maior tempo de geração. O módulo N-type TOPCon Tiger Neo da JinkoSolar é um excelente exemplo dos benefícios que esta tecnologia oferece. Neste artigo, discutiremos as vantagens da tecnologia do tipo N e como o módulo Tiger Neo da JinkoSolar se destaca dos demais.

As vantagens mais importantes dos painéis solares N-Type da Jinko Solar são:

  • Garantia de 30 anos para produção de energia;
  • 22%-23,23% de maior eficiência;
  • 0,4% de degradação anual;
  • 80±5% de melhor bifacialidade;
  • -0,29 %/°C coeficiente de temperatura mais baixo.

A tecnologia do tipo N é baseada no uso de wafers de silício tipo N em vez dos wafers tipo p usados em células solares tradicionais. Isso resulta numa maior eficiência de conversão da luz solar em eletricidade.

Eficiência e degradação

Uma das principais vantagens do módulo N-type TOPCon Tiger Neo da JinkoSolar é a sua alta eficiência. A eficiência média da célula TOPCon do tipo N da JinkoSolar é superior a 25,1%, enquanto a eficiência na produção em série do Tiger Neo varia entre 22% e 23,23%. Isso torna o Tiger Neo um dos módulos mais eficientes do mercado, proporcionando maior produtividade de energia por watt.

Além da alta eficiência, o Tiger Neo também possui uma baixa taxa de degradação de apenas 1% no primeiro ano e após 0,4% ao ano em 30 anos, permitindo 87,4% da potência nominal após 30 anos. Isso significa que o módulo pode manter sua alta eficiência por um longo período, fornecendo uma fonte de energia mais confiável e estável. O Tiger Neo também tem uma longa garantia de 30 anos para a produção de energia e de pelo menos 15 anos para o produto, proporcionando aos clientes a tranquilidade que precisam.

Bifacialidade

Outra vantagem do Tiger Neo é a sua alta bifacialidade, que é a capacidade de produzir energia tanto na parte frontal quanto na traseira do módulo. O Tiger Neo tem uma bifacialidade de 80±5%, que é a melhor do mercado. Isso significa que o Tiger Neo pode produzir mais energia do que os painéis solares tradicionais em ambientes com alta refletância, como piso pintado de branco, cimento, neve, areia, etc.

Coeficiente de temperatura

O Tiger Neo também possui um baixo coeficiente de temperatura de -0,29%/°C, o mais competitivo dentro dos módulos TOPCON. Isso significa que a potência de saída do módulo diminui apenas 0,29% para cada aumento de 1°C na temperatura. Isso é menor do que o coeficiente de temperatura de outros módulos do tipo N, que normalmente é de -0,3%/°C.

O baixo coeficiente de temperatura do Tiger Neo permite produzir mais energia em climas quentes, que representam 80% do mercado. O coeficiente de temperatura é importante em sistemas fotovoltaicos porque afeta o desempenho e a eficiência do sistema, é um parâmetro chave no projeto e otimização de sistemas fotovoltaicos e é útil para estimar a saída de energia de um sistema fotovoltaico sob diferentes condições de temperatura.

Tempo de geração e saída de energia

Além disso, o Tiger Neo tem um tempo de geração mais longo do que os painéis solares convencionais em condições de pouca luz. Isso significa que o Tiger Neo pode produzir mais energia em condições nubladas, tornando-se uma fonte de energia mais confiável em regiões com menos luz solar.

Finalmente, o Módulo N-type TOPCon Tiger Neo da JinkoSolar tem uma saída de alta potência, com um espectro de potência entre 575W-610W para 144 células (182′ wafer) e 605W-630W para 156 células. As células residenciais padrão de 108 têm uma potência de saída de 430W-450W. A alta potência de saída do Tiger Neo, combinada com sua alta eficiência, baixa degradação e longo tempo de geração, torna-o uma escolha atraente para clientes residenciais, comerciais e industriais.

Em conclusão, a tecnologia do tipo N oferece várias vantagens sobre as células solares tradicionais. O módulo N-type TOPCon Tiger Neo da JinkoSolar é um excelente exemplo dos benefícios desta tecnologia. Com sua alta eficiência, baixa degradação, alta bifacialidade, baixo coeficiente de temperatura, maior tempo de geração e alta potência, o Tiger Neo oferece uma fonte confiável e eficiente de energia para clientes em vários setores. A garantia de 30 anos para a produção de energia e pelo menos 15 anos para o produto faz do Tiger Neo a escolha certa.

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Montenegro não acrescenta “mais nada” sobre Chega e vai a Belém repetir que é alternativa

  • Lusa
  • 17 Abril 2023

O presidente do PSD recusou acrescentar mais uma palavra sobre o partido Chega e assegurou que irá a Belém dizer ao Presidente da República que "está preparado" para ser alternativa ao Governo PS.

O presidente do PSD recusou esta segunda-feira acrescentar mais uma palavra sobre o partido Chega, e assegurou que irá a Belém na terça-feira dizer ao Presidente da República que “está preparado” para ser alternativa ao Governo PS.

Em declarações aos jornalistas à chegada à estação do Rossio, vindo de comboio do Cacém, na primeira iniciativa da iniciativa “Sentir Portugal”, esta semana dedicada ao distrito de Lisboa, Luís Montenegro foi desafiado a clarificar se, na entrevista à CNN Portugal na sexta-feira, quando disse que recusa ter no Governo ou apoio de políticos ou políticas racista, xenófobos ou populistas se estava a referir ao Chega.

“Eu acho que não é preciso adiantar nem acrescentar mais nada ao que disse, eu não quero, não vou, não é preciso acrescentar nada”, afirmou, repetindo esta resposta a todas as perguntas sobre o partido liderado por André Ventura.

Questionado se, na audiência que terá com o Presidente da República, irá transmitir a Marcelo Rebelo de Sousa uma linha vermelha com o Chega, o presidente do PSD começou por dizer que vai a Belém “fazer uma análise da situação política, económica e social”.

“Estou concentradíssimo e focadíssimo em combater o PS e mostrar que há uma linha de rumo mais indutora de esperança, de crescimento. Não tenho mais nada a acrescentar [sobre o Chega] senão repetir aos portugueses que o PSD está dia a dia a palmilhar o território nacional e a falar com as pessoas de todas as condições para ouvir os seus problemas e construir soluções de futuro”, disse.

Questionado se esta clarificação em relação ao Chega foi motivada por reptos do Presidente da República, Montenegro voltou a não responder diretamente: “Sinto que Portugal precisa de um Governo novo e eu estou preparado”, disse, assegurando que “obviamente” irá dizer a Belém que o PSD já é alternativa ao Governo do PS.

O Presidente da República voltou a afastar no início da semana passada a hipótese de dissolução, invocando a conjuntura e falta de “uma alternativa óbvia em termos políticos”, e Luís Montenegro respondeu dois dias depois indiretamente a Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha assegurado não estar no bolso nem do Governo nem da oposição.

A audiência entre os dois está marcada para as 15:00 de terça-feira, no segundo dia do “Sentir Portugal” em Lisboa”.

A iniciativa “Sentir Portugal” foi um compromisso assumido por Luís Montenegro no 40.º Congresso do PSD de passar uma semana por mês nos diferentes distritos do país, esta semana dedicada ao distrito de Lisboa e que começou hoje no concelho de Sintra e passará pelo de Oeiras, antes de regressar à capital.

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Ordem dos Advogados exige ao Governo que estatutos tenham novas regras sistema de previdência

Bastonária diz que Governo nunca apresentou proposta de alteração ao estatuto, ainda que a queira ter pronta a tempo até 24 de abril na Assembleia da República.

A Ordem dos Advogados “não aceitará a inscrição como advogado de candidatos não licenciado em Direito”. As palavras são da bastonária dos mais de 35 mil profissionais, em declarações à agência Lusa, em que acrescenta que não aceitará nenhuma solução que coloque em causa os atos próprios da advocacia, não permitindo nunca que os mesmos possam ser praticados por não inscritos na Ordem dos Advogados.

Em comunicado, publicado no site da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro e a restante equipa do Conselho Geral, avisam o Governo que a OA “não aceitará nenhuma solução que coloque em causa o sigilo profissional ou a relação de confiança entre cliente e advogado”, “não aceitará um modelo de estágio que comprometa a dignidade e a competência técnica e deontológica inerentes ao exercício da profissão”, “não aceitará a existência de órgãos disciplinares que prevejam, na sua composição, uma maioria de membros não inscritos na Ordem dos Advogados” e, por último, “e não menos importante”, a Ordem dos Advogados “jamais aceitará que se promova qualquer alteração ao seu Estatuto sem que seja revista a norma constante do atual artigo 4.º (“Previdência Social”), por respeito ao resultado do referendo realizado pela Advocacia em julho de 2021”.

A 2 de Julho de 2021,os advogados votaram num referendo para decidir se mantêm a exclusividade da atual Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) ou se podem passar a optar entre esta e o regime geral da Segurança Social. Ganhou o ‘sim’ com maioria absoluta (53%).

Em declarações à Lusa, a bastonária dos advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, disse que em três reuniões já mantidas com o Governo — uma a 31 de março e duas esta semana -, convocadas para “discutir viabilidades de adaptação” do Estatuto da Ordem dos Advogados à nova lei das associações profissionais públicas (LAPP), o executivo nunca apresentou a sua proposta para o efeito, ainda que a queira ter pronta a tempo de a entregar até 24 de abril na Assembleia da República, onde terá que ser aprovada.

Para além de desconhecer a proposta do Governo, a Ordem dos Advogados desconhece também qual é a recomendação da Autoridade da Concorrência (AdC) -a quem compete essa tarefa – para definir o que vai ficar consagrado como atos próprios da advocacia, ou seja, definir o universo de procedimentos que apenas podem ser praticados por advogados.

Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro - 09JAN23
Paulo Sá e Cunha, presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados e Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos AdvogadosHugo Amaral/ECO

 

“Nós já conhecemos um parecer anterior que foi emitido, no âmbito de outras tentativas de legislação, em que claramente a AdC não garantia que os atos próprios da advocacia não continuassem a ser aquilo que são nos termos da lei do ato próprio que existe desde 2009. E quando questionámos o Governo sobre o que ia ser esse entendimento e o que é que eles próprios entendiam sobre essa questão, o Governo aquilo que nos diz é que não garante que eles sejam estes que existem atualmente na lei, nem se compromete com isso”, disse a bastonária.

A preocupação da Ordem dos Advogados estende-se ainda a outra possibilidade admitida pelo executivo nestas reuniões. “Também nos diz, sem nada escrito, mas em conversações, que vê com bons olhos de se poderem abrir os atos próprios da advocacia a outras profissões e inclusivamente poderem vir-se inscrever na Ordem dos Advogados profissionais que nem sequer são licenciados em Direito. Isto é uma coisa que não pode acontecer”, disse Fernanda de Almeida Pinheiro, que defende que o que está a ser proposta é o “desvirtuamento total e absoluto” da profissão e que está em causa a “salvaguarda dos cidadãos”.

“Imagine o que é se os atos próprios dos médicos pudessem vir a ser praticados por outras profissões que não os médicos. Isto não faz sentido absolutamente nenhum. (…) Nesta casa inscrevem-se profissionais da advocacia e inscrevem-se para fazer estágio licenciados em Direito. Ponto. E isso é uma condição mínima de acesso a uma profissão como é a advocacia”, disse a bastonária.

Para Fernanda de Almeida Pinheiro, a possibilidade de abrir a prática da advocacia a não licenciados em Direito é uma tentativa de “legitimar a procuradoria ilícita”, uma prática ilegal de representação legal por alguém sem habilitação para o efeito, contra a qual a Ordem tem alertado, pelas consequências para os cidadãos que a ela possam recorrer.

A bastonária não tem dúvidas que a proposta do Governo, que a Ordem dos Advogados desconhece, mas para a qual acredita estar a contribuir nestas reuniões, acabará por ser aprovada na Assembleia da República (AR) pela maioria parlamentar do PS, mesmo à revelia dos advogados, uma vez que a lei apenas exige que a Ordem seja ouvida no processo, não obriga a um parecer vinculativo.

“O Governo escolhe apresentar uma proposta à AR sem nos dizer o que quer, sem termos a noção do que é a proposta da AdC sobre o ato próprio e pede à Ordem para se pronunciar. Ora, a Ordem está inteiramente disponível para se pronunciar, mas evidentemente que isto não é forma de trabalhar nem de lidar com um Estatuto que tem mais de 300 artigos e é a lei nevrálgica da profissão”, criticou, acusando o executivo de falta de transparência e de impor um prazo “inaceitável” de 10 dias úteis para a conclusão deste processo.

Para a bastonária, a pressa do Governo em concluir o processo para implementar a nova lei das ordens profissionais prende-se com o “economicismo do costume, porque estamos todos aflitos com o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, mas defende que para isso não se pode “passar por cima dos direitos dos cidadãos e desmantelar uma profissão inteira”.

“Nessas reuniões até se aventou a possibilidade de se poder realizar imediatamente novas eleições. Nós tomámos posse em janeiro deste ano. Íamos a correr fazer eleições para eleger os órgãos todos, porque o Governo insiste que tem ser criado imediatamente o órgão de supervisão que nem sequer poder esperar para o próximo triénio, coisa que aconteceu com o Conselho Fiscal da última vez que foi alterada a LAPP”, criticou.

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Há 19 insolvências pessoais por dia, Porto lidera

  • ECO
  • 17 Abril 2023

Mais de metade das insolvências pessoais em 2022 são do Porto, mas Lisboa foi o distrito que mais cresceu. As empresas, por sua vez, registaram menos 337 insolvências.

Os tribunais de primeira instância decretaram, em média, 19 insolvências pessoais por dia em 2022. No Porto há mais insolvências, mas foi em Lisboa onde estas mais aumentaram. Foram decretadas 7.000 insolvências pessoais num total de 8.629 no ano passado, fazendo uma média diária de 24 insolvências, das quais 19 pessoais e cinco de empresas, avança a edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias (acesso pago)

O período de insolvência pessoal dura três anos e o processo é “punitivo”, havendo quem seja discriminado mesmo após o mesmo, defende a consultora financeira Andreia Teixeira. Uma pessoa em situação de insolvência é obrigada pelo tribunal a vender todos os bens registados em seu nome e, durante três anos, tem de entregar ao tribunal tudo o que ganhar acima do salário mínimo, ou outro valor definido pelo juiz.

Ao fim deste período de três anos pode recomeçar a vida sem dívidas, ainda que não as tenha pagado na totalidade, com exceção de dívidas ao Fisco, Segurança Social, multas e pensões de alimentos devidas. Para Zita Medeiros, advogada da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, o motivo da subida das insolvências singulares prende-se a falta de apoio de mecanismos legais para recuperar, “como tiveram as empresas”, explica.

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