Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses face a sexta-feira.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses face a sexta-feira.

Com as alterações desta segunda-feira, a taxa Euribor a 12 meses ficou com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta segunda-feira para 4,078%, menos 0,026 pontos do que na sexta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do ‘stock‘ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu esta segunda-feira, para 4,109%, mais 0,007 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No caso da Euribor a três meses, esta também avançou esta segunda-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,968%, mais 0,020 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, na quinta-feira, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Exportações aprofundam queda e recuam 8,8% no terceiro trimestre

As importações também diminuíram em 12,3% face ao mesmo período do ano anterior, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística.

As exportações de bens voltaram a cair no terceiro trimestre do ano, recuando 8,8% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira. Este número representa um agravamento do decréscimo nas transações. Já as importações diminuíram 12,3%.

“O decréscimo nas transações de bens ocorre pelo segundo trimestre consecutivo e acentuou-se face ao trimestre anterior, em que se registaram variações homólogas de -4,7% nas exportações e -6,4% nas importações”, indica o INE.

O segundo trimestre marcou mesmo a primeira diminuição das exportações em mais de dois anos e meio, que é agora acentuada. É preciso recuar até ao período da pandemia para ver quedas tão acentuadas no comércio internacional, de acordo com os dados do INE.

Este abrandamento do comércio internacional pode ser explicado com o arrefecimento da economia em alguns dos principais parceiros comerciais de Portugal, numa altura em que a inflação elevada e os efeitos da política monetária do Banco Central Europeu para controlar a evolução dos preços pesam no desempenho económico.

O Governo já sinalizou, na proposta de Orçamento do Estado para 2024, que com esta evolução das exportações, o crescimento do próximo ano será mais assente na procura interna. As Finanças estimam que o PIB português vai crescer 1,5% no próximo ano, com a procura externa líquida a contribuir negativamente para esta evolução.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Lucro do BPI sobe 35% para 390 milhões até setembro

Margem financeira quase duplicou para 688 milhões de euros, graças ao aumento das taxas de juro do BCE. Negócio em Portugal lucrou 324 milhões.

O BPI lucrou 390 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, à boleia do aumento das taxas de juro.

O negócio em Portugal contribuiu com 324 milhões de euros para este resultado, sendo que o contributo das operações em Angola e Moçambique ascendeu a 42 milhões e 24 milhões, respetivamente.

Em conferência de imprensa, o CEO João Pedro Oliveira e Costa explicou que a melhoria dos resultados te sobretudo a ver com o aumento do produto bancário. “Houve um aumento da atividade e também o aumento das taxas de juro por causa do aperto do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a inflação”, referiu o responsável.

O produto bancário somou 50% para 924 milhões de euros entre janeiro e setembro. Esta rubrica divide-se em duas linhas de receitas principais: a margem financeira — diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — disparou 84% para 688 milhões de euros e as comissões estabilizaram nos 218 milhões.

Oliveira e Costa adiantou que a margem financeira irá atingir o pico este trimestre ou no próximo e que irá mesmo descer já em 2024. “O aumento do custo dos recursos e o abrandamento vai contrabalançar com o processo de repricing que ainda exista. Contamos que a estabilização [da margem] aconteça neste trimestre ou no próximo. Em 2024 irá reduzir”, apontou o CEO.

Depósitos caem 6%. Bancos já “normalizaram” taxas, aponta CEO

Neste período, o banco português do grupo espanhol CaixaBank sofreu uma redução dos recursos de clientes na ordem dos 5%, totalizando agora os 37 mil milhões de euros. Oliveira e Costa explica a diminuição das poupanças dos clientes com a fuga para os Certificados de Aforro no primeiro semestre do ano e com a amortização antecipada dos créditos. O CEO do BPI acredita que a banca portuguesa já normalizou as taxas que oferecem nos depósitos e já estão alinhados com a Europa. Os depósitos de clientes caíram 6% para 28,4 mil milhões.

Quanto ao crédito, o BPI viu a carteira engordar, com Oliveira e Costa a sublinhar que o banco reforçou a sua quota. O banco chegou a setembro com uma carteira de empréstimos de 29,8 mil milhões de euros, um aumento de 3% em termos homólogos.

O crédito para a compra de casa aumentou 4% para 14,6 mil milhões, mas a procura está a abrandar. “A contratação de habitação diminuiu 15% face ao período homólogo, alcançando cerca de 1,8 mil milhões nos primeiros nove meses de 2023 como consequência da menor procura de mercado”, indica o banco.

A carteira de empréstimos às empresas aumentou 2% para 11,2 mil milhões.

3.400 renegociações e 4.700 clientes a bonificarem

O banco revelou ainda que já renegociou 3.400 clientes com empréstimos da casa totalizando os 414 milhões de euros ao abrigo do decreto-lei do Governo criado há um ano, correspondendo a 2,1% do total de clientes. Fora deste decreto, as renegociações ascenderam a 950 milhões de euros.

Por outro lado, 4.700 clientes encontram-se a beneficiar da medida da bonificação de juros, de acordo com o administrador Francisco Matos. A bonificação média ronda os 10 euros por mês.

Venda do BFA parada, Efacec

Relativamente à venda da participação no BFA, “está a fazer o seu caminho”, indicou Oliveira e Costa, mas o processo está “suspenso”. “Neste momento não há novidade. Não informação nova. O banco está muito bem, continua a ser uma enorme fortaleza em Angola e a apresentar rácios de solidez risco e rentabilidade importantes”, disse o CEO.

Sobre a Efacec, o banco escusou a revelar qual o perdão de dívida aceitou para que o processo de reprivatização fosse adiante. “Os valores de financiamento eram muito baixos”, disse o administrador Francisco Matos”. “Não contamos para mudar o ponteiro, não seremos o banco importante no processo de reprivatização”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 12h39)

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Abanca triplica ganhos para 429 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano

Instituição financeira diz ter aumentado em 76% o número de clientes em Portugal, reportando um crescimento de 17,5% nos novos empréstimos às famílias e empresas portuguesas entre janeiro e setembro.

O Abanca anunciou esta segunda-feira um resultado atribuível de 428,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o triplo em termos homólogos, elevando o seu rácio de rendibilidade para 13%. “O desempenho positivo foi sustentado pelo dinamismo do mercado de retalho e pela solidez do seu perfil financeiro, gerando um conjunto de resultados de elevada qualidade”, justifica.

Em comunicado, a instituição financeira diz ter captado mais de 96 mil novos clientes em Portugal e Espanha neste período (aumento homólogo de 76% deste lado da fronteira), com um ganho de quota de mercado nos principais segmentos de negócio. Em particular, destaca o “peso crescente dos canais digitais”, que valem quase metade dos novos clientes

“O banco apresenta níveis de capitalização robustos (capital total de 17,3% e excesso de capital em relação aos requisitos de 1.528 milhões de euros), uma qualidade de ativos máxima (rácio de NPL de 2,3% e rácio de ativos executados em relação ao balanço de 0,2%), níveis de cobertura elevados (cobertura de ativos duvidosos de 75,3% e rácio Texas de 25,7%) e uma posição de liquidez confortável”, assegura.

Na mesma nota, o Abanca contabiliza que, entre janeiro e setembro, concedeu mais de 7.000 milhões de euros de novos empréstimos às famílias e empresas. Segmentos que pesam 40% e 42% do total, respetivamente, recebendo mais de 8 em cada dez euros de crédito do banco. Em Espanha, os novos empréstimos foram 3,7% superiores aos reportados até ao final de setembro de 2022, enquanto em Portugal foram mais elevados: 17,5%.

No crédito à habitação diz ter havido um crescimento da quota de mercado das novas operações de 97 pontos base (pb) em Portugal, enquanto no crédito às empresas e também no país, a progressão ficou-se pelos 58 pb. Já os depósitos de clientes de retalho aumentaram 8,3% nos dois mercados, com os ganhos de quota de mercado a atingirem 10 pb em Portugal, de acordo com a mesma nota.

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Confiança dos consumidores e indicador de clima económico voltam a baixar em Portugal

Evolução da situação financeira do agregado familiar e expectativas futuras sobre situação económica do país e finanças das famílias contribuem para a queda da confiança.

O indicador de confiança dos consumidores portugueses diminuiu entre agosto e outubro, depois de ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços aumentou “significativamente” este mês, após ter diminuído nos cinco meses anteriores.

“A evolução do indicador no último mês resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar e das expectativas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar. Em sentido contrário, apenas as expectativas de evolução da realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo positivo”, justifica o INE.

Também o indicador de clima económico diminuiu entre julho e outubro, embora “de forma ligeira no último mês”, assinala o instituto. Os indicadores de confiança diminuíram na indústria transformadora, na construção e obras públicas, e nos serviços, tendo aumentado no comércio.

Na indústria, o indicador de confiança diminuiu nos agrupamentos de bens de consumo e de bens intermédios, tendo aumentado no agrupamento de bens de investimento, “invertendo a expressiva redução observada no mês anterior no sub-agrupamento de fabricação de veículos automóveis”, detalha o gabinete de estatísticas.

Já o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em todos os setores inquiridos, mas de forma mais intensa na indústria transformadora. No campo industrial, 55,1% das empresas preveem uma estabilização do investimento em 2024, face a este ano, enquanto com 32% a estimar um aumento e 13% uma diminuição.

Ainda na indústria transformadora, o saldo das apreciações sobre a procura global diminuiu em outubro, contrariando o aumento verificado em setembro. As opiniões relativas à procura interna deterioraram-se este mês, após terem recuperado em agosto e setembro, enquanto as apreciações relativas à procura externa, por outro lado, deterioraram-se nos últimos quatro meses.

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Depósitos a Prazo: uma alternativa interessante para o investimento da poupança das famílias

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  • 30 Outubro 2023

Numa época de incerteza na conjuntura internacional e de potencial instabilidade económica, a preocupação em poupar está cada vez mais presente na vida de muitos portugueses.

Poupar, isto é, colocar de parte uma porção do rendimento mensal, é fundamental e uma forma eficaz de prevenir eventualidades futuras.

Apesar da inflação e da subida das taxas de juro, que provocam um aumento dos custos nos orçamentos familiares, muitas vezes superior ao aumento dos salários ou das pensões, é muito importante que as famílias se esforcem para conseguir poupar.

Nesse sentido, três aspetos parecem ser críticos: estabelecer uma meta de poupança mensal, conter adequadamente os custos e depois investir de forma apropriada o valor poupado.

No que ao controlo de custos diz respeito, é muito importante uma correta gestão do cabaz de produtos e serviços adquiridos regularmente. Além disso, também é importante fazer uma boa negociação das condições dos empréstimos bancários com o banco para minimizar o impacto da subida das taxas de juro na prestação mensal. Neste aspeto, a negociação com o banco de empréstimos, a taxa fixa e com prazos mais longos pode ser uma via de reduzir a despesa familiar mensal.

Uma vez conseguida uma poupança mensal, é necessário decidir a forma adequada de a investir, de modo que a poupança se valorize, de preferência a um ritmo superior à taxa de inflação.

A estratégia de investimento deverá depender dos conhecimentos técnicos das famílias. Neste sentido, os depósitos a prazo podem constituir uma alternativa interessante.

Eduardo Moradas, Executive Board Member do Bison Bank

Nos últimos meses, vários bancos, entre eles o Bison Bank, renovaram a oferta de depósitos a prazo, aumentando de forma relevante a remuneração oferecida neste tipo de produtos.

São produtos simples, fáceis de subscrever, com prazos distintos consoante as preferências de cada cliente que, em muitos casos, podem ser resgatados em caso de necessidade deste, que oferecem um juro apelativo com um risco reduzido. Os depósitos estão inclusivamente protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos até ao valor de 100 mil euros por titular de conta.

Os depósitos a prazo Bison Rendimento Premium são uma alternativa muito interessante, pois, além do relevante juro oferecido (4% a 12 meses) e da possibilidade de resgate antecipado, permitem a abertura de conta e a subscrição online. Tal acontece mesmo para pessoas que ainda não sejam clientes do banco, o que é bastante conveniente para o cliente.

Em resumo, é fundamental que as famílias poupem e invistam criteriosamente. Desta forma, garantem que as suas poupanças não desvalorizam por via da inflação.

Eduardo Moradas, Executive Board Member do Bison Bank

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Vale da inquietação: dilemas éticos, sociais e oportunidades da IA

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  • 30 Outubro 2023

O podcast Vale da Inquietação, uma iniciativa da Confederação Empresarial de Portugal e da Microsoft, vai debater os dilemas éticos, sociais e as oportunidades de transformação que a IA trouxe.

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal e a Microsoft lançam, amanhã, o podcast “Vale da Inquietação”, que abordará os dilemas éticos, as oportunidades de transformação e as implicações sociais da revolução tecnológica, mais concretamente da Inteligência Artificial (IA).

Esta temporada é composta por sete episódios, lançados quinzenalmente, e procura, sobretudo, estimular o debate sobre o impacto da IA em diferentes áreas e setores, nomeadamente na ética, na educação, nas próximas gerações, nas empresas, no bem-estar social, na liberdade e na economia do futuro.

Em cada episódio vão ser recebidos diferentes especialistas e figuras conhecidas de cada uma destas áreas, que irão expressar a sua opinião sobre a forma como a evolução da tecnologia está a moldar o futuro de toda a sociedade.

Todos os convidados serão recebidos por Pedro Duarte, vice-presidente da CIP, que irá conduzir as conversas sobre o impacto da IA em cada uma das áreas mencionadas anteriormente. O primeiro episódio, com o tema “A IA e a Ética”, sai já amanhã, às 10 horas.

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Operação Marquês: Salgado reclama para o STJ da condenação a oito anos de prisão

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Ricardo Salgado apresentou uma reclamação para o Supremo Tribunal de Justiça admitir o recurso da pena de oito anos de prisão a que foi condenado no processo conexo da Operação Marquês.

O ex-presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado, apresentou uma reclamação para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) admitir o recurso da pena de oito anos de prisão a que foi condenado no processo conexo da Operação Marquês.

A reclamação, a que a Lusa teve acesso, entrou na semana passada e pode ser a última hipótese de admissão do recurso para o ex-banqueiro no STJ, restando apenas depois o Tribunal Constitucional (TC).

Condenado em março de 2022 a uma pena única de seis anos de prisão por três crimes de abuso de confiança, Ricardo Salgado viu o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) agravar em maio de 2023 a pena para oito anos e recorreu por duas vezes, mas os recursos não foram admitidos.

No entender da defesa de Salgado, o recurso para o STJ só não é possível quando o acórdão do TRL confirma a decisão da primeira instância, sublinhando que tal “não sucedeu neste caso”, face ao agravamento da pena única de seis para oito anos de prisão. Os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce defenderam, por isso, segundo a reclamação, que “o recurso para o STJ estritamente quanto a estas questões é admissível”.

Em causa estão os dois despachos assinados em 14 e 29 de setembro pelo juiz desembargador Rui Teixeira a não admitir a subida dos recursos da Relação para o STJ.

Se no primeiro defendeu que “só seria de admitir recurso ordinário para o STJ se tivesse sido aplicada ao arguido pena superior a 8 anos”, no segundo o magistrado considerou que o recurso seria uma forma de tentar contornar a decisão.

No último recurso, em setembro, a defesa do ex-banqueiro apelou à revogação da decisão do TRL, visando então a rejeição da realização de uma perícia médica — entretanto efetuada no âmbito do Caso EDP, atualmente em julgamento — e a não suspensão da pena única de prisão, por força de uma anomalia psíquica decorrente do diagnóstico de doença de Alzheimer.

Colocar o arguido com a doença de Alzheimer numa prisão equivale a determinar a sua pena de morte. (…) Isto apenas se verificou no presente processo, porque o nome do arguido é Ricardo Salgado”, referiram os advogados do ex-banqueiro, denunciando ainda “um judicialismo aterrador que atropela a dignidade humana e a saúde e que, aparentemente, não se importa de aplicar uma pena de morte camuflada”.

Com críticas à decisão do TRL, que descreveu como “um gritante e chocante menosprezo por todos aqueles que sofrem da doença de Alzheimer”, a defesa reiterou que a condenação ignora “uma realidade que está provada neste processo” relacionado com a Operação Marquês e que a vontade de prender Salgado vai acelerar a morte do antigo presidente do GES.

O recurso sustentou que o “cuidado da saúde do arguido deve prevalecer sobre a execução da pena de prisão” e que o diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi atribuído “não é culpa de ninguém”, invocando também que a decisão do TRL sobre o ex-banqueiro, agora com 79 anos, acarreta violações do Código Penal, da Constituição e da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, além de insuficiência da matéria provada e erros de direito.

Acrescentou ainda que um cumprimento da pena impede a ressocialização de Salgado, que o ex-banqueiro não estava em condições plenas para fazer a sua defesa em tribunal, que não existia “inclinação criminosa” na sua personalidade e que “o exercício do poder punitivo do Estado não pode prevalecer, nem prevalece, sobre a dignidade humana e saúde do arguido”.

O ex-banqueiro esteve acusado de 21 crimes no processo Operação Marquês, mas, na decisão instrutória de 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa deixou cair quase toda a acusação imputada ao arguido. Ricardo Salgado acabou pronunciado para julgamento em processo separado por três crimes de abuso de confiança, devido a transferências de mais de 10 milhões de euros.

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PPR europeu já tem regulamentação, mas falta a fiscalidade

  • ECO Seguros
  • 30 Outubro 2023

Governo apresentou finalmente a regulamentação para o designado PPR europeu. Define regras para resgate mais apertadas que as atuais para os PPR, mas omite os benefícios fiscais para quem subscreve.

O novo regulamento do PEPP (Pan-European Personal Pension Product) aplicado a Portugal já tem proposta de lei, regulamentando esse produto individual de reforma pan-europeu. A proposta foi aprovada em conselho de ministros e o Jornal de Negócios (acesso pago), adiantou alguns pormenores.

As regras a aplicar serão semelhantes às existentes para o investimento em fundos de pensões para contribuições individuais, sendo o seu resgate mais dificultado quando comparado com a situação atual das regras para o PPR. Apenas desemprego de longa duração e doença grave poderão ser argumentos para resgates antecipados, excluindo-se por exemplo, a possibilidade de os utilizar para pagamento de educação de filhos.

A proposta de lei é omissa em relação aos benefícios fiscais para os subscritores, condição que Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, reguladora do setor, considera fundamental para o sucesso do PEPP e que tem sido o motor das subscrições dos atuais produtos de poupança PPR.

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Mais de metade das medidas da oposição viabilizadas no OE2023 continua por executar

  • ECO
  • 30 Outubro 2023

Apesar deste conjunto de iniciativas que o PS deixou passar no último Orçamento não exigirem grande esforço financeiro, a dois meses do final do exercício, 37 propostas estão ainda "na gaveta".

Com o debate sobre o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) em curso – António Costa abre esta tarde a discussão na generalidade -, nem metade das cerca de 70 medidas da oposição aprovadas no último Orçamento foram executadas, avança o Público (acesso pago). Apesar deste conjunto de iniciativas que o PS deixou passar não exigirem grande esforço financeiro, 37 dessas propostas estão ainda em execução, não foram cumpridas ou os partidos nem sequer têm informação sobre o que lhes aconteceu.

Por cumprir estão, assim, as medidas que dependem diretamente da ação do Governo. Ao todo, estão 13 propostas por executar e outras 18 “em andamento”, contabilizam o PAN e o Livre. Mais 32 medidas foram total ou parcialmente cumpridas, mas grande parte delas diz respeito a questões fiscais que a lei do OE coloca automaticamente em vigor.

O alargamento da tarifa social de energia, o incentivo aos veículos de emissões nulas ou o IVA de 6% nos laticínios e margarinas de base vegetal e nos espetáculos transmitidos online são alguns exemplos de propostas já executadas do PAN. Assim como a medida de redução de 150% no IRC dos gastos com passes sociais ou a dedução dos bilhetes de transporte no IRS.

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Web Summit nomeia ex-Wikipedia Katherine Maher para o cargo de CEO

Nomeação surge depois da polémica envolvendo as declarações do antigo CEO e fundador da cimeira, Paddy Cosgrave, sobre a atuação de Israel após o ataque do Hamas.

Katherine Maher é a nova CEO da Web Summit. A antiga responsável pela Wikipedia Foundation assume funções depois da demissão de Paddy Cosgrave, na sequência da saída de tecnológicas de peso da cimeira na sequência das suas declarações sobre a atuação de Israel na resposta ao ataque do Hamas. Cimeira nomeou ainda Damian Kimmelman como membro não executivo da administração.

“A nossa tarefa imediata é voltar o foco para o que fazemos de melhor: promover o diálogo entre todos aqueles conectados com o avanço tecnológico”, diz a nova CEO, citada em comunicado.

Katherine Maher, nova CEO da Web Summit

“Num presente onde a tecnologia está interligada em todos os aspetos das nossas vidas, e num futuro onde representa a nossa maior esperança e o nosso maior disruptor, o papel da Web Summit como local de ligação e conversa é mais urgente do que nunca”, afirma Katherine Maher.

O nome é conhecido pouco mais de uma semana de Cosgrave ter deixado a liderança da Web Summit, após empresas como o Google, da Meta (dona do Facebook) ou da Amazon terem seguido a decisão de Israel de abandonar a cimeira tecnológica.

A nova responsável é uma figura ligada ao mundo tecnológico. Durante cinco anos foi CEO da Wikimedia Foundation, a organização pode detrás da Wikipedia, plataforma com mais de mil milhões de utilizadores mensais, liderou uma equipa global de mais e 300.000 voluntários em 75 países, gerindo um orçamento anual de 140 milhões de dólares, segundo dados da Web Summit. A profissional é chair da Signal Messenger, entre outras funções.

“Também estou muito satisfeita por Damian Kimmelman se juntar ao conselho do Web Summit. Além do seu extraordinário histórico como fundador, Damian também trará ao conselho do Web Summit insights inestimáveis ​​sobre a comunidade tecnológica global que definirá nosso futuro compartilhado”, diz a nova CEO.

Cofundador de várias empresas na Europa e Estados Unidos, como a edtech Batelle.com, a não governamental FoundersPledge.com, o banco Rho.co ou a DueDil.com (Fullcircl), Damian Kimmelman há dez anos que está ligado à cimeira como participante.

“Acredito firmemente na missão do Web Summit de ajudar a estabelecer conexões significativas que mudam o mundo, e estou ansioso para trabalhar com Katherine e o conselho para conseguir isso e apoiar o diálogo que garantirá que a Web Summit continue a ser a conferência tecnológica líder mundial”, diz o novo membro não executivo da administração.

A Web Summit 2023 decorre de 13-16 de novembro, esperando-se 2.600 startups — cerca de um terço fundadas por mulheres –, mais de 85 países, 800 investidores e 300 parceiros e 2.000 media de 160 países.

(Última atualização às 9h15)

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Hoje nas notícias: PPR europeu, Orçamento e “almofada”

  • ECO
  • 30 Outubro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Está em fase final de preparação a regulamentação do PEPP que terá regras semelhantes ao investimento em fundos de pensões para contribuições individuais. Sete contribuintes que pediram fatura com o número fiscal não reclamaram o prémio do concurso da Fatura da Sorte – o equivalente a 245 mil euros. Mais de metade das medidas da oposição no OE2023 continua por executar. Escolas públicas têm de recorrer a contentores face ao aumento de aulas.

Novo PPR europeu vai ter mesmas regras dos fundos de pensões

O produto de reforma pan-europeu (PEPP) terá regras semelhantes ao investimento em fundos de pensões para contribuições individuais, como será o caso do resgate dos valores aplicados. Na prática, só serão permitidos levantamentos antecipados em caso de desemprego de longa duração ou de doença grave. A regulamentação está em fase final de preparação. O PEPP será mais restritivo do que os Planos de Poupança Reforma (PPR).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Mais de metade das medidas da oposição no OE2023 continua por executar

Com o debate sobre o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) em curso – António Costa abre esta tarde a discussão na generalidade -, nem metade das cerca de 70 medidas da oposição aprovadas no último Orçamento foi ainda executada. Apesar deste conjunto de iniciativas que o PS deixou passar não exigirem grande esforço financeiro, os cálculos dos diferentes partidos apontam que 37 estão ainda em execução, não foram cumpridas ou nem sequer têm informação sobre o que lhes aconteceu.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Contribuintes premiados não reclamam 245 mil euros do e-fatura

Desde 2014, sete contribuintes que pediram fatura com o número fiscal não reclamaram o prémio do concurso da Fatura da Sorte – o equivalente a 245 mil euros -, segundo fonte oficial da Autoridade Tributária (AT). A verba acabou por beneficiar outros contribuintes, integrando sorteios extraordinários posteriores. Semanalmente, o Fisco atribui um prémio de 35 mil euros em Certificados do Tesouro.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso livre).

Almofada do Estado terá reforço de 30% em 2024, o maior desde a pandemia

A almofada financeira do Estado, um instrumento imposto pela troika para garantir liquidez e segurança às contas públicas em caso de dificuldades de mercado, deverá ter um reforço de cerca de 30% no próximo ano, face a 2023. A meta das Finanças é subir o valor para 7,7 mil milhões de euros (vs. 6 mil milhões estimados para o final deste ano), naquele que será o maior aumento da rubrica desde a pandemia.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Escolas no limite aumentam número de alunos por turma e algumas já recorrem a contentores

Face ao crescente número de alunos estrangeiros e à maior procura no pré-escolar, as escolas públicas estão a utilizar contentores ou salas de professores ou ainda a aumentar o número de estudantes por aula para encontrar uma solução. Estão no limite e muitas autarquias, que ficaram com a gestão do parque escolar na sequência da descentralização de competências na área da Educação, têm agora de dar uma célere e eficaz resposta ao problema.

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