Grandes empresas concentram quase metade das exportações do Norte

As grandes empresas exportaram 13 mil milhões de euros em bens e serviços no ano de 2021, o que representou 47,7% do total na região Norte, segundo um relatório publicado pela CCDR.

Em 2021, a região Norte tinha 11.484 empresas exportadoras, representando 29,7% do emprego e 36,3% do volume de negócios. O setor exportador era composto por 11.065 pequenas e médias empresas, incluindo microempresas, e por 203 grandes empresas, tendo estas últimas exportado 13 mil milhões de euros em bens e serviços, o que representou 47,7% do total na região. Os dados são do mais recente relatório elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

O relatório Norte Conjuntura assinala também que, apesar de as grandes empresas serem as maiores exportadoras em valor, “foram as pequenas e médias empresas as principais dinamizadoras do mercado de trabalho do setor exportador, com 226.498 empregos, o equivalente a 68,7% do total”.

“A indústria transformadora destacou-se em vários indicadores: concentrava 70,5% das exportações e 66,7% do emprego do setor exportador do Norte, totalizando o maior número de grandes empresas (158) e de PME (3.649)”. Já as exportações do comércio representam 11,0% do total do Norte, seguindo-se a construção com 6,1%, indica ainda o documento desenvolvido pela CCDR-N.

Quanto aos produtos exportados, as vendas ao exterior nas grandes empresas “tinham uma maior importância relativa na fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis, representando 87,6% do total do ramo, seguindo se a fabricação de produtos farmacêuticos e de preparações farmacêuticas (86,9%) e fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas (83,2%)”, detalha o relatório.

Com menores níveis de concentração de mercado, as exportações das grandes empresas tinham uma importância relativa inferior nas indústrias do vestuário (17,4%), na Indústria do couro e dos produtos do couro (25,9%) e na fabricação de mobiliário e de colchões (33,1%). “Nestes ramos, as barreiras à entrada de novas empresas no setor exportador são de menor dimensão, o que permite a maior preponderância das PME”, assinala.

As economias mais abertas ao exterior localizam-se em municípios de média dimensão fora dos territórios de baixa densidade, onde o setor industrial é predominante. O setor exportador representava 87,2% do volume de negócios das empresas de Vila Nova de Cerveira, seguindo-se Oliveira de Azeméis (68,0%) e São João da Madeira (67,5%).

“Avaliar os microdados dos resultados económicos, no setor exportador, com este grau de detalhe, e compará-los com as tendências de crescimento e de desenvolvimento da indústria e da inovação no Norte, permite-nos diagnosticar oportunidades no setor”, afirma António M. Cunha, presidente da CCDR-Norte, citado em comunicado.

O responsável reforça que “isto torna-se especialmente relevante quando, simultaneamente, confirmamos que o Norte é a região mais exportadora e industrial do país, e que esta é uma tendência ascendente, e definimos como desafio primário do desenvolvimento regional fazer com que os produtos industriais subam na cadeia de valor, de forma que as nossas empresas possam aumentar os seus níveis salariais e melhorar a qualidade de vida de todos os nortenhos”.

As exportações de bens da região ascenderam a 27,1 mil milhões de euros em 2022, o que representou 34,6% do total nacional. Ao mesmo tempo, o Norte concentra 50% do emprego das indústrias transformadoras do país. As grandes empresas, apesar de representarem menos de 2% do total do setor exportador do Norte, são responsáveis por quase metade das exportações e do volume de negócios de todas as empresas, de acordo com o relatório Norte Conjuntura relativo ao verão deste ano, publicado pela CCDR.

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PSD critica Comissão Europeia por ignorar erros do Governo na execução do PRR

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

"Do meu ponto de vista, não tem sido suficientemente enfática a anotar o erro da estratégia que o Governo português segue", considera Luís Montenegro.

O presidente do PSD criticou esta quinta-feira a Comissão Europeia por falhar em apontar os erros do Governo português na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), defendendo que se impunha “maior exigência” para com o Executivo.

“É uma crítica à Comissão [Europeia] que, do meu ponto de vista, não tem sido suficientemente enfática a anotar o erro da estratégia que o Governo português segue, independentemente do respeito que a Comissão tem de ter pela estratégia governamental de cada Estado-membro”, disse Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, à entrada para uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE), em Bruxelas.

O líder social-democrata disse não ter “nenhum problema em assumir que se impunha à Comissão Europeia uma palavra de maior exigência para com o Governo” português.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pertence ao PPE, família política europeia da qual o PSD faz parte.

A Comissão aprovou até hoje toda a planificação do PRR apresentada pelo Governo português, mas Montenegro considerou que o Executivo socialista é o único entre os 27 que está a utilizar a “bazuca” para “apostar, quase exclusivamente, no setor público”.

“Todos eles [os outros governos europeus] estão focados em dar às suas economias mais pujança, maior capacidade de transformação, para aumentarmos a competitividade do nosso bloco europeu […]. O primeiro-ministro e o PS fizeram do PRR o maior orçamento retificativo da história democrática, porque está a financiar os investimentos públicos que ficaram na gaveta nos últimos anos”, acusou.

Na opinião do líder social-democrata, a Comissão Europeia devia “incentivar o Governo português a dar à economia portuguesa condições para que ela possa crescer”.

 

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Famílias portuguesas entre as que tiveram maior aumento nos preços do gás na União Europeia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Outubro 2023

Preços do gás aumentaram quase 70% em Portugal no espaço de um ano. Na fatura da luz, as famílias tiveram um alívio de 6% na primeira metade do ano, mas longe do recuo de 41% registado em Espanha.

Entre o primeiro semestre de 2022 e o primeiro semestre deste ano, os preços do gás aumentaram em, pelo menos, 20 Estados-membros da União Europeia (UE), segundo o Eurostat. Com uma subida de 68%, Portugal é o sexto país do bloco europeu onde o preço do gás mais subiu nesse período, apenas atrás da Letónia (+139%), Roménia (+134%), Áustria (+103%), Países Baixos (+99%) e Irlanda (+73%).

Os dados publicados esta quinta-feira pelo gabinete estatístico europeu revelam que o preço médio do gás para uso doméstico no primeiro semestre de 2023 foi de 14,06 euros por 100 kilowatt-hora (kWh) em Portugal. Este valor está acima da média da UE, que passou de 8,6 euros por 100 kWh nos primeiros seis meses de 2022 para 11,9 euros por 100 kWh no mesmo período deste ano.

Mudança percentual dos preços do gás natural para consumo doméstico na União Europeia em um ano. Fonte: Eurostat

Entre janeiro e junho de 2023, a Hungria (3,4 euros por 100 kWh), a Croácia (4,1 euros por 100 kWh) e a Eslováquia (5,7 euros por 100 kWh) registaram os preços médios do gás para uso doméstico mais baixos, enquanto os mais elevados se verificaram nos Países Baixos (24,8 euros por 100 kWh), na Suécia (21,9 euros por 100 kWh) e na Dinamarca (16,6 euros por 100 kWh).

O Eurostat assinala que, como o custo do gás natural sem impostos está a diminuir e alguns países estão a retirar as suas medidas de apoio, “os preços com impostos para o consumidor final são ligeiramente mais elevados do que no período de referência anterior”. Face ao primeiro semestre do ano passado, a fatura do gás viu baixar a sua percentagem média de impostos na UE de 27% para 19%.

Preço da luz desce, mas pouco em Portugal

No que toca ao preço da eletricidade em território nacional, o cenário foi diferente em relação ao comportamento dos preços do gás. De acordo com o gabinete estatístico, Portugal (-6%) está entre os cincos países da UE que registaram descidas do preço da luz. Ainda assim, longe dos decréscimos registados em Espanha (-41%) e na Dinamarca (-16%).

No global, os preços da eletricidade doméstica subiram em 22 Estados-membros, com os Países Baixos à cabeça (+953%). “Este aumento está relacionado com vários fatores: as medidas de desagravamento fiscal de 2022 não foram continuadas em 2023 e, ao mesmo tempo, os impostos sobre a energia elétrica duplicaram para os agregados familiares. Será incorporado um limite máximo de preços, o que reduzirá significativamente os preços a todos os níveis em 2023”, justifica o Eurostat.

Expressos em euros, os preços médios da eletricidade doméstica no primeiro semestre de 2023 foram mais baixos na Bulgária (11,4 euros por 100 kWh), na Hungria (11,6 euros por 100 kWh) e em Malta (12,6 euros por 100 kWh) e mais elevados nos Países Baixos (47,5 euros por 100 kWh), na Bélgica (43,5 euros por 100 kWh), na Roménia (42,0 euros por 100 kWh) e na Alemanha (41,3 euros por 100 kWh). Em Portugal, o preço médio fixou-se em 20,71 euros por 100 kWh, abaixo da média da UE (28,9 euros por 100 kWh).

Também na fatura da eletricidade se registou uma diminuição da percentagem de impostos, de 23% no primeiro semestre de 2022 para 19% no primeiro semestre deste ano, nota o Eurostat, apontando que estes preços — a par com os do gás — são os mais altos de que tem registo.

Mudança percentual dos preços da eletricidade doméstica na União Europeia em um ano. Fonte: Eurostat

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Premium Green Mail processa Anacom por se escusar a avaliar denúncias sobre os CTT

Premium Green Mail (PGM) entende que CTT propõem e praticam preços que não se coadunam com o previsto. Decidiu agora processar a Anacom, por se ter eximido de avaliar essas denúncias.

A Premium Green Mail (PMG) anunciou esta quarta-feira ter avançado com uma ação judicial contra a Anacom, por entender que o regulador não se pode eximir de avaliar as denúncias que o operador postal tem feito sobre a concorrente CTT.

A companhia liderada por Ana Serrabulho diz ter vindo a enviar à Autoridade da Concorrência e à Anacom várias denúncias, “consubstanciadas em factos”, de que as propostas de preços e descontos apresentadas pelos CTT a organismos públicos e empresas privadas “em nada se coadunam com os preços públicos vigentes para a prestação do serviço postal universal no âmbito da correspondência endereçada”.

No entanto, segundo a PMG, “a Anacom proferiu decisão administrativa a eximir-se de avaliar as mencionadas denúncias, colocando em causa a competência que se lhe encontra adstrita, de fiscalizar e zelar pelo cumprimento do regime constante da Lei Postal, inclusivamente no âmbito do Serviço Universal”, refere num comunicado.

Para o operador postal, a decisão administrativa da Anacom é “ilegal à luz do quadro normativo vigente”. Por isso, recorreu à Justiça para “obter a declaração de ilegalidade desse entendimento”, assente em argumentos com os quais discorda.

“A PGM, no âmbito da missão que lhe assiste, continuará a desenvolver todos os esforços para a construção de soluções alternativas de mercado, para a prossecução efetiva de um mercado postal liberalizado, em defesa dos interesses dos clientes, consumidores finais, dos contribuintes e Estado Português, recorrendo a todos os mecanismos legais disponíveis para o efeito”, remata na mesma nota.

Em dezembro de 2021, a PMG denunciou o que disse ser um “abuso de posição dominante” por parte dos CTT à Autoridade da Concorrência.

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Mais portugueses foram despedidos em setembro do que há um ano

Peso dos despedimentos no novo desemprego foi o que mais aumentou em termos homólogos em setembro, entre os vários motivos que explicam as inscrições no IEFP.

Subiu o número de portugueses que em setembro se inscreveram nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), após terem sido despedidos. Tanto em comparação com o registado no mês anterior, como face ao verificado há um ano. De acordo com as contas do ECO, o peso dos despedimentos no novo desemprego aumentou mais de 1% em termos homólogos, numa altura em que os empregadores enfrentam uma série de desafios, da inflação aos efeitos dos conflitos em curso na Ucrânia e no Médio Oriente.

Vamos por partes. De acordo com os dados divulgados esta semana, ao longo do último mês, 54.677 indivíduos inscreveram-se nos centros de desemprego. Destes, 6.511 chegaram ao IEFP na sequência de um despedimento.

Precariedade continua a ser o motivo que mais leva portugueses ao desemprego

Fonte: IEFP

Ora, em agosto, 5.375 indivíduos tinham feito inscrições por esse motivo. E em setembro de 2022 tinham sido feito 5.663 inscrições por essa razão. Ou seja, o número de trabalhadores despedidos subiu, em termos absolutos, tanto em cadeia, como em termos homólogos: 1.136 indivíduos e 848 indivíduos, respetivamente.

Além disso, segundo os cálculos do ECO, entre os vários motivos que justificam as inscrições nos centros do IEFP, o peso dos despedimentos no total do novo desemprego foi o que mais subiu face há um ano.

Em setembro deste ano, 11,91% das inscrições feitas ao longo do mês na sequência de despedimentos. Há um ano, a fatia de inscrições justificadas por esse motivo tinha sido de 10,25%. Tal significa que se verificou agora um agravamento de 1,66 pontos percentuais (p.p.).

Em comparação, o peso da precariedade (fim de trabalho não permanente) no novo desemprego cresceu 0,43 pontos percentuais entre setembro de 2022 e setembro de 2023, ainda que esse se tenha mantido como o motivo mais frequente para as inscrições no IEFP.

Aliás, das 54 mil inscrições totais registadas ao longo do último mês, quase metade (25.636) foram relativas a indivíduos que viram os seus contratos não permanentes chegar ao fim.

Também o peso das pessoas que se despediram no total do novo desemprego cresceu, em termos homólogos, 0,76 pontos percentuais em setembro, para 7,42%. Em setembro, 4.057 chegaram aos centros de desemprego depois de se terem despedido, acima dos 2.804 indivíduos registados no mês anterior e dos 3.683 indivíduos contabilizados há um ano.

Estas inscrições ocorreram ao longo do mês, pelo que não se pode dizer que todas as pessoas estejam ainda desempregadas. Por outro lado, os totais referidos não abrangem todos os desempregados, uma vez que nem todos se inscrevem no IEFP.

No fim do mês de setembro, havia um total de 300.113 indivíduos desempregados inscritos no IEFP, valor que é superior em 4,5% ao registado há um ano e em 1,6% ao verificado no mês anterior. Há três mês consecutivos que o desemprego registado está a agravar-se, daí que os economistas indiquem que este pode ser um “sinal preocupante” ao qual estar atento, numa altura em que se multiplicam os desafios colocados aos empregadores, da inflação às taxas de juro, passando pelos impactos da guerra na Ucrânia e da guerra entre Israel e o Hamas.

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Dona do Pingo Doce vai abrir supermercados na Eslováquia em 2024

  • ECO
  • 26 Outubro 2023

Grupo Jerónimo Martins vai concretizar desejo antigo e expandir a cadeia de supermercados polaca Biedronka para a Eslováquia. Prevê abrir as primeiras lojas no final do próximo ano.

A Jerónimo Martins JMT 0,00% prepara-se para entrar finalmente na Eslováquia no final do próximo ano, de acordo com a Bloomberg. Em causa está a expansão da cadeia retalhista Biedronka, marca com que opera na Polónia.

O grupo português já tinha sinalizado várias vezes a possibilidade de expandir a cadeia de supermercados que gere na Polónia para a vizinha Eslováquia. A expectativa é que as primeiras lojas se localizem próximo da fronteira entre os dois países.

Esta operação vai começar do “zero”, segundo apontou a diretora financeira, Ana Luísa Virgínia, na call de apresentação de resultados realizada esta quinta-feira, sem acrescentar muitos detalhes. “As primeiras lojas estão previstas serem abertas até o final de 2024, então é prematuro fornecer orientações sobre o CAPEX ou vendas extra”, ressalvou.

O grupo da família Soares dos Santos está atualmente presente em três países: Portugal, com marcas como o Pingo Doce e o Recheio; na Polónia com a Biedronka e a Hebe (saúde e beleza); e na Colômbia, com as lojas Ara. Além da Eslováquia, já foi também referida a possibilidade de entrar na Roménia, mas, para já, essa hipótese ainda não está à vista — ainda que não seja descartada pela diretora financeira.

Os resultados apresentados pela Jerónimo Martins na quarta-feira revelaram que até setembro faturou 22,5 mil milhões de euros, o que representa um disparo de 22% face ao ano passado. Já os lucros da dona do Pingo Doce subiram 33,3% neste período, para 558 milhões de euros.

As ações da Jerónimo Martins continuam esta quinta-feira a liderar e a acentuar os ganhos na bolsa de Lisboa. Às 11:50 estavam a subir 8,46%, para 21,66 euros.

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Presidente turco classifica ataques israelitas como “massacres”

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

"Indiferença da comunidade internacional sobre o que está a acontecer é uma vergonha para a humanidade e todos os Estados deviam levantar a voz contra esta tragédia", disse Erdogan ao Papa Francisco.

O Presidente turco disse ao Papa Francisco considerar que “os ataques israelitas contra Gaza atingiram o nível de um massacre” e criticou a falta de indignação da comunidade internacional, avançou a presidência turca, em comunicado.

“Os ataques de Israel a Gaza, que não têm justificação em nenhum texto sagrado, atingiram a magnitude de massacre”, disse Recep Tayyip Erdogan ao líder espiritual católico e chefe do Estado do Vaticano, segundo o comunicado.

“A indiferença da comunidade internacional sobre o que está a acontecer é uma vergonha para a humanidade e todos os Estados deveriam levantar a voz contra esta tragédia”, acusou o Presidente turco, apelando ao Papa para que apoie os esforços da Turquia para que seja enviada ajuda humanitária aos palestinianos em Gaza.

O grupo islamita Hamas atacou de surpresa Israel em 7 de outubro, provocando cerca de 1.400 mortos e fazendo 220 reféns. Em retaliação, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza e bloqueou a entrada no território de água, combustível e outros bens. Segundo a ONU, o exército israelita matou até agora mais de 6.500 pessoas em Gaza.

Erdogan acusou Israel de cometer “um ato premeditado de crime contra a humanidade” por ter alegadamente atacado civis em Gaza e disse que o Hamas não é uma organização terrorista, mas “uma organização de libertação, de mujahidin [palavra árabe que significa combatente ou alguém que se empenha na luta], que luta para proteger as suas terras e cidadãos”.

“A paz duradoura na região, que alberga os locais sagrados das três religiões monoteístas, só será possível com a criação de um país independente”, afirmou ainda Erdogan na conversa com o Papa Francisco, defendendo um Estado da Palestina soberano e geograficamente integrado nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.

O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, reagiu ao anúncio da conversa tida por Erdogan, descrevendo as declarações como “repugnantes” e disse que ia pedir ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, que convocasse o embaixador turco para apresentar um protesto formal.

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Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

Esta quinta-feira, a taxa Euribor subiu em todos os prazos: a três meses para 3,952%, a seis meses para 4,105% e a 12 meses para 4,128%.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta quinta-feira para 4,128%, mais 0,010 pontos do que na quarta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do ‘stock‘ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também subiu esta quinta-feira, para 4,105%, mais 0,013 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No caso da Euribor a três meses, esta avançou esta quinta-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,952%, mais 0,014 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base – tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

Esta quinta-feira realiza-se em Atenas a reunião de política monetária do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário

 

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Lucro do grupo Volkswagen cai 7,5% para 11.348 milhões de euros até setembro

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

Quebra nos resultados é justificada pela construtora automóvel alemã com as perdas registadas nas operações com derivados para cobrir as flutuações dos preços das matérias-primas.

O grupo Volkswagen revelou esta quinta-feira que alcançou um lucro de 11.348 milhões de euros até setembro, menos 7,5% em termos homólogos, devido às perdas registadas nas operações com derivados para cobrir as flutuações dos preços das matérias-primas.

O volume de negócios melhorou nos três primeiros trimestres para 235.102 milhões de euros (+16%), enquanto o lucro operacional caiu para 16.200 milhões de euros (-7%), o que representa um rendimento de exploração sobre o volume de negócios de 6,9%. A rendibilidade operacional sobre o volume de negócios, por sua vez, foi de 6,2% no terceiro trimestre deste ano, adianta em comunicado.

O resultado de exploração foi afetado por perdas de 2,5 mil milhões de euros em transações de derivados para cobertura das oscilações dos preços das matérias-primas, montante que o fabricante não poderá compensar durante o resto do ano, salienta. Há um ano, estas transações financeiras deram origem a um ganho de 800 milhões de euros.

Além disso, a Volkswagen teve custos de produtos mais elevados e interrupções de produção no terceiro trimestre, porque um fornecedor esloveno também interrompeu a sua produção devido às inundações na Eslovénia em agosto e não forneceu componentes, lembra.

As entregas mundiais de veículos do grupo Volkswagen registaram uma subida de 11%, tendo ultrapassado os 6,7 milhões de unidades.

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Dois diários franceses testam uso de ChatGPT para revisão e correção de conteúdos

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

A administração dos jornais garantiu que não haverá impacto nos empregos e que o objetivo é antecipar a "inevitável" chegada da inteligência artificial generativa às redações.

Dois diários regionais franceses, o L’Est Républican e o Vosges Matin, vão testar a utilização do ChatGPT “no âmbito estrito de revisão e correção de conteúdos propostos por correspondentes locais”, informou quarta-feira o seu proprietário, o grupo Ebra.

É a primeira vez que um grupo de imprensa francês anuncia o recurso à Inteligência Artificial generativa no trabalho regular da sua equipa editorial.

O grupo Ebra (Crédit Mutuel) é o principal grupo de imprensa regional diária, detentor de nove publicações que abrangem 27 distritos do Este de França.

O modo de utilização da IA deve ser explicado na quinta-feira aos representantes dos trabalhadores para ser implementado nas próximas semanas e não haverá impacto nos empregos, garante a administração.

A chegada da IA generativa às redações é inevitável e o nosso objetivo é antecipá-la ao testar as ferramentas disponíveis nos nossos processos de tratamento de informação”, afirmou o diretor-geral das duas publicações, Christophe Mahieu.

Em comunicado enviado à France-Presse, o responsável do grupo acrescenta que “tal como as ferramentas de correção ortográfica usadas durante anos pelos jornalistas nas redações, trata-se simplesmente de testar as ‘funções burocráticas’ desta ferramenta de IA” que é o ChatGPT, da empresa norte-americana OpenAI.

O Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ) francês já afirmou, numa nota enviada à imprensa, que “não deixará as chaves da informação aos computadores”.

“As premissas relevantes da deontologia e da ética jornalísticas não estão obsoletas, devem sobrepor-se à IA e isso é inegociável”, frisou o SNJ.

A direção do L’Est Républicain e do Vosges Matin informou, por sua vez, que “a escolha e hierarquização da informação, a primeira e última revisões, assim como a validação final para publicação continuarão a ser da responsabilidade dos jornalistas da redação“.

A duração da experiência vai depender dos resultados obtidos.

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PLMJ adota primeiro assistente jurídico português de IA

Segundo a PLMJ, esta ferramenta permite dar um "salto de gigante" na utilização e incorporação da inteligência artificial generativa na prestação de serviços jurídicos.

A sociedade de advogados PLMJ adotou o Legau AI Assistant. Segundo o escritório, esta ferramenta permite dar um “salto de gigante” na utilização e incorporação da inteligência artificial generativa na prestação de serviços jurídicos.

“Apesar de o recurso à inteligência artificial tradicional ser há muito uma realidade nos grandes escritórios de advogados, o uso e incorporação de inteligência artificial generativa tem colocado desafios bastante mais complexos e riscos muito reais, em particular a segurança da informação“, explica a PLMJ.

O Legau AI Assistant foi assim concebido de forma a enquadrar especificamente o setor e o ordenamento jurídico nacionais, “garantindo a segurança e confidencialidade dos dados tratados com recurso a esta ferramenta”.

Segundo o escritório, outra das características desta ferramenta é assegurar que a informação carregada é apenas usada para a finalidade pretendida, sendo “desconsiderada no desenvolvimento dos modelos mantendo-se, por isso, no universo de utilizadores autorizados e mitigando extraordinariamente as limitações conhecidas de outras ferramentas semelhantes”.

Outro dos desafios a que o Legau AI Assistant responde é o de a sua eficácia não depender da maior ou menor capacidade e apetência dos advogados para utilizar a tecnologia.

O Legau AI Assistant conta já com 16 use cases especificamente desenvolvidos para responder a tarefas comumente desempenhadas por advogados na prestação de serviços jurídicos.

Esta ferramenta já testada na PLMJ ao longo dos últimos meses por um conjunto de advogados que participaram num grupo de teste, com “resultados que confirmaram largamente o potencial desta parceria com a Legau”.

Segundo a firma, a colaboração e feedback contínuo entre a equipa da Legau e a PLMJ permitirão a “otimização constante do Legau AI Assistant, o que alterará profundamente e num futuro cada vez mais próximo a forma de prestação de serviços jurídicos”.

ESG Portugal Fórum 2022 PLMJ - 24NOV22
Bruno Ferreira, Managing Partner PLMJHugo Amaral/ECO

“Na PLMJ estamos obcecados com a procura de um modelo de prestação de serviços que esteja adequado ao que os clientes cada vez mais exigem – e bem – dos seus parceiros: produtividade, rapidez e valor acrescentado”, sublinhou managing partner Bruno Ferreira.

Para o líder do escritório, a inteligência artificial generativa vai obrigar todo o setor a repensar aspetos que há décadas estão “cristalizados”, nomeadamente a uma “reavaliação estrutural do value for money que recebem e o que pagam por serviços que serão especialmente suportados por tecnologia”.

“E na PLMJ queremos adiantar-nos e oferecer-lhes isso mesmo. Já antes do Legau AI assistant, a Legau dera provas da sua extraordinária capacidade para desenvolver uma aplicação auxiliar do trabalho jurídico. A experiência em sociedades de advogados de dois dos seus fundadores faz toda a diferença no momento de perceber as necessidades e a forma de trabalhar dos advogados“, acrescentou.

Já para Luís Alves Dias, CEO e co-fundador da Legau, este aprofundar da parceria com a PLMJ é um passo natural na relação que têm vindo a desenvolver com a PLMJ. “Ficámos muito agradados com o nível de adoção e interesse dos advogados dos nossos clientes no nosso AI Assistant e queremos continuar a ajudar a PLMJ a consolidar a sua visão de transformative legal experts no panorama nacional e internacional”, disse.

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Dower Law Firm assessora compra do Vendus e Racius pela Cegid

A equipa da Dower envolvida na operação foi liderada pelo sócio responsável pela área de Corporate e M&A Eduardo Castro Marques e contou com o apoio da associada Cláudia Rodrigues Carvalho.

A Cegid adquiriu a empresa Nexperience, Lda., responsável pelas marcas Vendus e Racius. A Dower Law Firm prestou assessoria à vendedora.

A Nexperience é uma empresa portuguesa especializada na criação de soluções na cloud Software as Service (SaaS), tem dezoito trabalhadores e uma faturação de cerca de dois milhões de euros por ano.

A equipa da Dower envolvida na operação foi liderada pelo sócio responsável pela área de Corporate e M&A Eduardo Castro Marques e contou com o apoio da associada Cláudia Rodrigues Carvalho.

“O principal ativo da anterior Nexperience – agora Cegid Vendusé um software de faturação online e POS (Ponto de Venda) para PME em Portugal, Espanha, Angola, Cabo Verde e Moçambique”, explicou o escritório.

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