Ano: 2023

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou esta quinta-feira o estado de catástrofe no arquipélago norte-americano do Havai, afetado por incêndios que destruíram uma cidade na ilha de Maui e causaram a morte a pelo menos 36 pessoas.

A medida do chefe de Estado permitirá desbloquear ajuda federal significativa para o arquipélago, frisou a presidência norte-americana, em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP). O apoio permitirá financiar a ajuda de emergência e os esforços de reconstrução da ilha.

Milhares de pessoas estão a ser retiradas da ilha de Maui devido aos incêndios florestais enquanto as equipas de emergência continuam a combater os fogos e à procura de vítimas. O mais recente balanço apontou para 36 mortos. As autoridades pediram aos habitantes e visitantes para que saiam “o mais rápido possível” da ilha de Maui, devido aos recursos limitados para enfrentar esta crise.

Embora várias ilhas havaianas tenham sido afetadas, Maui tem sido a mais fustigada, com cerca de 11.000 pessoas a terem sido retiradas na sexta-feira, enquanto pelo menos outras 1.500 devem deixar hoje a ilha. As companhias aéreas estão a oferecer passagens com preços baixos para promover a saída da população e a organizar novos voos para fora de Maui.

As imagens mostram áreas completamente destruídas, especialmente em cidades como Lahaina, uma cidade histórica no oeste de Maui e uma das áreas mais turísticas da ilha. “Praticamente toda a cidade ardeu, toda a zona histórica, casas e empresas”, realçou à estação CNN o diretor de operações da Air Maui Helicopters, Richie Olsten.

O Presidente norte-americano já tinha determinado na quarta-feira à noite que os meios federais disponibilizassem ajuda ao arquipélago. Segundo as autoridades, a forte seca que afetou as ilhas nos últimos meses e os fortes ventos do furacão Dora fizeram com que as chamas se alastrassem muito mais rapidamente.

O presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Omar Alieu Touray, ordenou esta quinta-feira a “ativação imediata” de uma força regional para “restaurar a ordem constitucional” no Níger.

“Ordeno a ativação da força de prontidão da CEDEAO com todos os seus elementos imediatamente”, disse Touray em Abuja, durante uma cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de Governo do bloco regional para encontrar uma solução para a crise no Níger na sequência do golpe de Estado de 26 de julho. O anúncio de envio da força militar consta das resoluções lidas no final da cimeira.

O único ponto de ordem de trabalhos da reunião, que junta chefes de Estado e representantes dos 15 países-membros da CEDEAO era o debate sobre a situação criada pelo golpe de Estado e avaliar uma intervenção militar para repor a legalidade constitucional. Esta é a primeira reunião dos líderes da CEDEAO desde o termo do seu ultimato aos militares na anterior cimeira da organização, em 30 de julho.

Todos os presidentes do bloco da África Ocidental participam nesta cimeira, com exceção da Gâmbia, da Libéria e de Cabo Verde, que enviaram representantes. Os presidentes do Burundi e da Mauritânia, que não são membros da CEDEAO, mas foram convidados pela organização, também participam na cimeira e estão igualmente presentes representantes da Argélia, da Líbia, da Organização das Nações Unidas e da União Africana.

A cimeira extraordinária de Abuja realiza-se tendo como cenário o que fazer para enfrentar o quinto golpe de Estado bem-sucedido na região desde 2020, depois dos do Mali (duas vezes), Burkina Faso e Guiné-Conacri. No total, desde 2020, a África Ocidental registou nove tentativas de golpes de Estado.

A junta militar no poder no Níger ameaçou, entretanto, executar o Presidente deposto se os países vizinhos consumarem uma intervenção militar, segundo disseram funcionários ocidentais, sob condição de anonimato.

A ameaça, divulgada pela agência Associated Press (AP), foi transmitida à subsecretária de Estado norte-americana Victoria Nuland durante a visita que fez a Niamey esta semana, disse um oficial militar ocidental, sob anonimato devido à sensibilidade da situação.

Bazoum está detido, na companhia da família, no palácio presidencial desde a sua deposição.

O Presidente de Montenegro encarregou esta quinta-feira o líder de um partido pró-europeu, Milojko Spajic, de formar o novo governo do país dos Balcãs, que está a negociar a adesão à União Europeia (UE). “Espero responsabilidade e rapidez da parte de Spajic e de todos os atores políticos envolvidos nas negociações para a formação de um novo Governo”, declarou Jakov Milatovic, numa conferência de imprensa na capital, Podgorica.

O movimento “Europa Agora!” obteve pouco mais de um quarto dos votos nas eleições de 11 de junho, mas Spajic afirma que conta com o apoio de 44 dos 81 deputados do parlamento montenegrino. As legislativas realizaram-se dois meses após a derrota histórica nas eleições presidenciais do político veterano Milo Djukanovic, que dirigiu Montenegro durante mais de 30 anos.

“Acredito que Montenegro precisa atualmente de um Governo estável com um perfil indiscutivelmente europeu”, acrescentou o chefe de Estado, citado pela agência francesa AFP. Economista, ex-quadro do Goldman Sachs e antigo ministro das Finanças, Milojko Spajic, 35 anos, tem 90 dias para formar o executivo e submetê-lo a votação no parlamento.

A composição do Governo dará uma ideia da direção a seguir pelo país de 620 mil habitantes, que parece estar a entrar numa nova era política com a chegada de uma nova geração de dirigentes. Jakov Milatovic, 36 anos, que derrotou Djukanovic nas eleições presidenciais de abril, é cofundador, com Spajic, do partido “Europa Agora!”.

Criado em 2022, o novo partido, acusado de populismo, atraiu os eleitores, nomeadamente os jovens, prometendo salários e pensões mais elevados e reformas. Membro da NATO desde 2017, a República de Montenegro tem vindo a negociar a adesão à UE desde 2010, mas a paralisia das instituições políticas estava a dificultar a aproximação.

Desde as eleições legislativas de 2020 e a primeira derrota do Partido Democrático dos Socialistas (DPS) de Milo Djukanovic, o país conheceu sucessivas crises, segundo a AFP. Nenhum dos lados conseguiu encontrar uma maioria estável e dois governos foram derrubados por moções de censura.

A República de Montenegro tornou-se um Estado soberano depois de cerca de 55% da população ter optado pela independência num referendo realizado em maio de 2006. O referendo marcou o fim da antiga União da Sérvia e Montenegro, criada poucos anos antes a partir do que restava da antiga Jugoslávia.