Nova ajuda militar dos EUA a Kiev incluirá munições de fragmentação

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

As forças russas já usam munições cluster no campo de batalha, disseram autoridades dos Estados Unidos.

O Governo norte-americano fornecerá munições de fragmentação (‘cluster’) à Ucrânia num novo pacote de ajuda militar que deverá ser anunciado pelo Pentágono na sexta-feira, noticiou a agência Associated Press. A decisão surge apesar das preocupações generalizadas de que as controversas munições de fragmentação possam causar vítimas civis, segundo fontes próximas do dossier citadas pela mesma agência.

O Pentágono fornecerá munições com uma “taxa de insucesso” reduzida, o que significa que haverá muito menos cartuchos não detonados que podem resultar em mortes não intencionais de civis. Autoridades norte-americanas disseram hoje que o próximo pacote de assistência militar à Ucrânia deverá ascender a 800 milhões de dólares (735 milhões de euros).

Há muito procuradas pela Ucrânia, as munições de fragmentação libertam submunições que se espalham por uma grande área e visam causar destruição em vários alvos ao mesmo tempo. Segundo a AP, autoridades e outros funcionários familiarizados com a decisão não foram autorizados a discutir publicamente a decisão antes do anúncio oficial e falaram sob condição de anonimato.

As autoridades ucranianas pediram essas armas de forma a alavancar a sua campanha para passar pelas linhas de tropas russas, na contra-ofensiva em andamento. As forças russas já usam munições cluster no campo de batalha, disseram autoridades dos Estados Unidos.

Autoridades norte-americanas disseram esta quinta-feira que a taxa de munições não detonadas do tipo de munições que irá para a Ucrânia é inferior a 3% e, portanto, significará menos ameaças para os civis. As munições de fragmentação podem ser disparadas pela artilharia que Washington forneceu à Ucrânia, e o Pentágono tem um grande stock das mesmas.

O último uso em larga escala de munições de fragmentação por parte dos Estados Unidos foi durante a invasão do Iraque, em 2003, de acordo com o Pentágono. Mas as forças norte-americanas consideraram essas munições uma arma-chave durante a invasão do Afeganistão, em 2001, de acordo com a Human Rights Watch.

Nos primeiros três anos desse conflito, estima-se que a coligação liderada pelos Estados Unidos tenha lançado mais de 1.500 bombas cluster no Afeganistão. Os defensores da proibição das armas de fragmentação dizem que elas matam indiscriminadamente e colocam civis em perigo muito tempo depois do seu uso e algumas ONG alertaram para as consequências da utilização dessas munições pela Rússia na Ucrânia.

Uma convenção que proíbe o uso de bombas de fragmentação foi acompanhada por mais de 120 países que concordaram em não usar, produzir, transferir ou armazenar as armas e destruí-las depois de usadas. Os Estados Unidos, Rússia e a Ucrânia estão entre os países que não assinaram essa convenção.

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Zurich compra plataforma belga

  • ECO Seguros
  • 6 Julho 2023

A seguradora suíça deu início à aquisição de uma participação na empresa belga Qover através da sua ramificação de startups, a Zurich Global Ventures. O valor exato da transação permanece confidencial

A Zurich já iniciou o processo de compra de participação na empresa belga Qover através do seu próprio ramo de start-up, a Zurich Global Ventures. A iniciativa foi revelada num anúncio feito pela maior seguradora da Suíça nesta quinta-feira. A participação é também a base de uma parceria estratégica. O montante pago pela Zurich pela participação na jovem empresa permanece secreto.

A empresa belga foi fundada em 2018 e funciona como uma plataforma de distribuição digital. De acordo com comunicado, a Qover já está ativa em 32 mercados europeus. Assim, poderá também atuar como multiplicador de produtos Zurich.

A Zurich Global Ventures, lançada em 2022, é uma aliança de empresas independentes que impulsionam a inovação para fornecer serviços e produtos globais que vão além dos seguros tradicionais, de acordo com a seguradora. Esta “boia de salvação”, como tem sido mencionada na imprensa, é liderada por Jack Howell e nos últimos meses investiu em empresas como a insurtech canadiana Boxx Insurance.

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Limite à subida da renda dos novos contratos recebe luz verde

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

Ao valor da renda inicial dos novos contratos pode ser aplicado o coeficiente de 2%, refere a proposta de lei do Governo.

A renda inicial dos novos contratos de arrendamento de casas, que estiveram no mercado nos últimos cinco anos, não vai poder ultrapassar o valor da última renda do anterior contrato.

A medida, que consta do programa Mais Habitação, proposto pelo Governo, aprovado na generalidade, na Assembleia da República, em 19 de maio e que esta quinta-feira está a ser votado em sede de especialidade, foi adotada com os votos favoráveis do PS, as abstenções de BE e PCP e os votos contra de PSD, CH e IL.

Ao valor da renda inicial dos novos contratos pode ser aplicado o coeficiente de 2%, refere a proposta de lei do Governo.

Já nos casos em que o contrato de arrendamento imediatamente anterior não tenha sido atualizado de acordo com a lei, ao valor podem ser somados os coeficientes de atualização automática dos três anos anteriores, sendo considerados 5,43% em relação a 2023. Esta medida de “proteção dos inquilinos” só é imposta aos contratos que excedam os limites gerais de preço de renda por tipologia.

No caso dos imóveis sujeitos a “obras de remodelação ou restauro profundos, devidamente atestadas pela Câmara Municipal”, pode acrescer à renda inicial dos novos contratos de arrendamento “o valor relativo às correspondentes despesas suportadas pelo senhorio, até ao limite anual de 15%”, acrescenta a proposta hoje aprovada.

O programa Mais Habitação está a ser votado na especialidade, na Assembleia da República, desde as 13:00. Após uma interrupção dos trabalhos para o plenário, os deputados do grupo de trabalho continuaram, a partir das 17:30, a votar as cerca de três centenas de propostas a votação.

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Reguladores anunciam nova edição do Portugal Finlab em novembro

  • ECO Seguros
  • 6 Julho 2023

Atendendo ao sucesso das edições anteriores, as autoridades, onde se inclui a ASF, decidiram realizar uma nova edição do Portugal FinLab, que será lançada em novembro de 2023.

A mais recente edição do Portugal FinLab contou com 16 candidaturas, três das quais de entidades estrangeiras. Foram selecionados para análise cinco projetos. Dois deles compreendiam mais do que um setor de atividade, pelo que beneficiaram da análise de mais do que uma autoridade.

Os projetos selecionados na última edição, promovida pelo Banco de Portugal (BdP), Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), que visava estreitar relações entre novas empresas e entidades de supervisão e regulação na área financeira, foram os da Algae, Art2Trading, Lombongo, Rauva e Something Legendary. Os três primeiros projetos representam propostas que democratizam o investimento imobiliário, utilizam inteligência artificial (IA) para investimentos e facilitam transações entre moedas, respetivamente. A Rauva é uma aplicação que combina serviços bancários e financeiros para empresas e profissionais liberais, enquanto a Something Legendary é uma plataforma web 3.0 para investimentos em automóveis clássicos.

O Finlab tem-se consolidado como um programa referência na promoção da inovação e transformação digital no setor financeiro em Portugal.

Além das principais estatísticas, um relatório publicado nesta quinta-feira inclui as opiniões dos participantes do programa, as visões das autoridades sobre a utilização da inteligência artificial no setor financeiro e a opinião do European Forum for Innovation Facilitators (EFIF) relativamente aos facilitadores de inovação na Europa.

Atendendo ao sucesso das edições anteriores, as autoridades decidiram realizar uma nova edição do Portugal FinLab, que será lançada em novembro de 2023.

O relatório de balanço da mais recente edição do Portugal FinLab foi publicado nesta quinta-feira no site do Portugal FinLab.

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Sindicatos e Menzies continuam sem acordo na Groundforce e ameaçam com greve

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

Sindicatos reafirmam que “não serão os trabalhadores da Groundforce a subsidiar o pagamento integral aos credores, bem como descontos a quaisquer clientes”.

Os sindicatos e a Menzies, o novo investidor na empresa de handling Groundforce, continuam sem chegar a acordo, depois de nova reunião ocorrida esta quinta-feira, e ameaçam já recorrer à greve, de acordo com um comunicado.

Na nota, assinada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) e pelo Sindicato dos Técnicos de Handling e Aeroportos (STHA), as estruturas reafirmam que “não serão os trabalhadores da Groundforce a subsidiar o pagamento integral aos credores, bem como descontos a quaisquer clientes”.

Além disso, reiteraram que “a manutenção das atuais condições, que sufocam as condições de vida e de trabalho dos trabalhadores da Groundforce, continuam a alimentar um clima social insustentável, que a todos deve preocupar”, salientando que os trabalhadores da Groundforce “não abdicam de nenhuma forma de luta, não descurando que possam optar pela greve, caso a possibilidade de acordo seja gorada”.

Os sindicatos alertam que “no que diz respeito ao modelo de tabelas salariais a partir de 2024, a proposta apresentada condiciona a aplicação dos valores” propostos e que acompanham nominalmente até 2026 o aumento da Remuneração Mínima Mensal Garantida “ao desconto da receita adicional do IPC (Taxa de Inflação) do valor das anuidades e das evoluções na carreira”, algo que “pode ser gerador de iniquidades e injustiças, sobretudo no pós-2026 e que não resolve a absorção até 2026 dos graus mais baixos” pelo aumento da retribuição mínima.

Foi ainda proposta a integração do complemento extraordinário e temporário (CET) nos salários base este ano, destacaram, indicando que foi aceite “também a resolução de dois pontos prévios” em relação a “trabalhadores que se encontram estagnados em graus sem tempo de permanência” e funcionários “que estavam na empresa em 2011 e foram integrados no AE2012 [acordo de empresa], com salários base inferiores”.

Além disso, destacaram, “da parte da Menzies foi abandonada a proposta de quaisquer congelamentos nas anuidades e nas progressões de carreira”, algo que consideram “naturalmente positivo”, ainda que se mantenha a proposta de eliminação do prémio de distribuição de lucros.

Os sindicatos voltam a reunir-se com a Menzies no próximo dia 11 de julho, numa altura em que, segundo fonte sindical, se aproxima o fim do prazo para que os administradores de insolvência tenham de depositar o plano de recuperação da empresa em tribunal. Sem acordo com estes e outros sindicatos, este processo poderá atrasar-se e exigir um prolongamento do prazo.

A TAP e a Menzies Aviation celebraram, em abril, um acordo para a “recuperação e revitalização da Groundforce”, empresa declarada insolvente em agosto de 2021.

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IAPMEI vai contar com reforço de 53 trabalhadores

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

Em fase final está a contratação das últimas 21 pessoas. Estes trabalhadores vão dedicar-se, em exclusivo, ao PRR, o que será “uma grande ajuda”, segundo o IAPMEI.

O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação vai contar com um reforço de 53 trabalhadores, que se vão dedicar, em exclusivo, ao Plano de Recuperação e Resiliência, anunciou esta quinta-feira o presidente do conselho diretivo deste instituto.

“Evidentemente que a questão dos recursos humanos põe-se e é transversal às empresas, à academia e à função pública. Somos 339 trabalhadores no IAPMEI. Pensando no avolumar de trabalhos para o PRR, estamos em processo de contratar 53 pessoas”, anunciou o presidente do conselho diretivo do IAPMEI, Luís Pratas Guerreiro, em resposta aos deputados da comissão parlamentar de Economia.

Em fase final está a contratação das últimas 21 pessoas. De acordo com o IAPMEI, estes trabalhadores vão dedicar-se, em exclusivo, ao PRR, o que será “uma grande ajuda”. Contudo, Pratas Guerreiro lembrou que os profissionais em causa ainda vão ter que fazer uma “curva de aprendizagem”, havendo assim um atraso até que estes trabalhadores possam dar o seu contributo.

O presidente do conselho diretivo do IAPMEI sublinhou ainda que houve dificuldade em recrutar estes colaboradores, tendo em conta a especificidade do trabalho. “No IAPMEI, a idade média das pessoas é de 53 anos. O IAPMEI sofre aquilo que a função pública também está a sofrer, que é um envelhecimento generalizado”, apontou.

Neste sentido, o instituto está a desenvolver um plano de sucessão, tendo já autorização para recrutar mais 31 pessoas. “Os recursos nunca são suficientes. Apesar de tudo, vai ser uma ajuda bastante boa e penso que, realmente, quando esta onda do PRR estiver no terreno e entrar em velocidade cruzeiro, estaremos em condições para trabalhar melhor”, concluiu.

Pagos 384 milhões no âmbito das agendas mobilizadoras

“Em termos de pagamentos, as agendas mobilizadoras começaram com um adiantamento de 13% e depois tivemos um aumento para 23%. Temos pagos 384 milhões de euros”, indicou ainda Luís Pratas Guerreiro, que defendeu que estas agendas vão alavancar a economia portuguesa para que ela se torne mais competitiva, resiliente e internacional.

No início, foram apresentadas propostas para 143 agendas, sendo que, posteriormente, foram definidas 53. O Ministério da Economia e do Mar anunciou esta quinta, em comunicado, que 50 destas agendas mobilizadoras para a inovação empresarial estão contratualizadas, somando 7.700 milhões de euros de investimento.

No final de maio, Portugal submeteu uma proposta de reprogramação do PRR a Bruxelas, cuja dotação ultrapassa os 22.000 milhões de euros. Com a reprogramação, Portugal passará a contar com mais 41 medidas, 11 reformas e 30 investimentos.

O montante total do PRR (16.644 milhões de euros – valor inicial), gerido pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, está dividido pelas suas três dimensões estruturantes – resiliência (11.125 milhões de euros), transição climática (3.059 milhões de euros) e transição digital (2.460 milhões de euros). As três dimensões do plano apresentam uma taxa de contratação de 100%.

Da dotação total, cerca de 13.900 milhões de euros correspondem a subvenções e 2.700 milhões de euros a empréstimos. Este plano, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico. Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem ainda o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.

Na sua intervenção inicial, Luís Pratas Guerreiro fez também um balanço do Portugal 2020, referindo que 70% (8.088) dos projetos contratualizados encontram-se encerrados. “Temos por encerrar 3.570 e destes 2.248 já com pedido de reembolso final submetido em análise, 430 estão em processo de decisão e 892 projetos sem pedido de reembolso final”, precisou.

Em termos de execução, o IAPMEI apresenta uma taxa de 81% face ao incentivo aprovado, sendo o organismo que apresenta a percentagem mais elevada. Por pagar estão cerca de 993 milhões de euros, sendo que cerca de 60% estão contratados a projetos que vão ser concluídos este ano.

O presidente do Conselho Diretivo do IAPMEI reconheceu não estar completamente contente com estes números, mas recordou que a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia afetaram o processo.

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PS e BE aprovam contribuição extraordinária sobre alojamento local

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

A contribuição começou por estar prevista para ser de 35%, tendo sido reduzida para 20% na proposta que o Governo remeteu ao parlamento.

Os deputados aprovaram esta quinta-feira na especialidade a contribuição extraordinária sobre os apartamentos e estabelecimentos de hospedagem em alojamento local, tendo sido chumbadas as propostas do PSD e IL que eliminavam esta contribuição.

A contribuição extraordinária foi aprovada com os votos a favor do PS e Bloco de Esquerda, a abstenção do PCP e o voto contra do PSD, Chega e Iniciativa Liberal.

“É criada uma contribuição extraordinária sobre os apartamentos e estabelecimentos de hospedagem integrados numa fração autónoma de edifício em alojamento local”, refere a proposta subscrita pelo PS e que veio alterar a que constava na proposta do Governo do programa Mais Habitação.

Esta contribuição deixa de fora os imóveis habitacionais que não constituam frações autónomas, nem partes ou divisões suscetíveis de utilização independente, bem como os AL que funcionam em habitação própria e permanente, desde que a exploração não ultrapasse 120 dias por ano.

A medida, que foi alvo de várias propostas de alteração por parte do PS, determina ainda que os coeficientes aplicáveis ao ano de 2023 têm de ser publicados por portaria do membro do Governo responsável pela área das Finanças no prazo de 60 dias após a publicação da lei do Mais Habitação.

A contribuição começou por estar prevista para ser de 35%, tendo sido reduzida para 20% na proposta que o Governo remeteu ao parlamento. Posteriormente, uma proposta de alteração do PS baixou-a para 15%. Já as propostas do PSD e da IL que visavam eliminar esta contribuição foram rejeitadas.

Além disso, o PS propôs também, e foi aprovado (com o voto a favor do PS, BE e PCP, a abstenção do PSD e voto contra do Chega e IL) que a contribuição não pode ser dedutível à determinação do lucro tributável em IRC, “mesmo quando contabilizada como gasto do período de tributação”.

Já as propostas do PSD e da IL que visavam eliminar esta contribuição foram rejeitadas. Porém, os deputados da Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação aprovaram uma proposta hoje apresentada pelo PSD relativa à consignação desta CEAL que, no caso das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, fica consignada, respetivamente ao Investimentos Habitacionais da Madeira e à Direção-Regional da Habitação dos Açores.

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Sindicatos e banca acordam aumento de 4,5% para trabalhadores no ativo e reformados

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

O acordo salarial aplica-se tanto aos trabalhadores no ativo, como aos reformados. Os sindicatos tinham recusado uma proposta inicial, que previa um aumento de 2,5% nos salários.

Os sindicatos e banca acordaram esta quinta-feira um aumento de 4,5% em todas as tabelas e cláusulas de expressão pecuniária para os trabalhadores no ativo e reformados, depois das estruturas terem recusado uma subida de 2,5%.

“A banca chegou a um acordo com o Mais [Sindicato do Setor Financeiro], o SBC [Sindicato dos Bancários do Centro] e o SBN [Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal], que se traduz num aumento de 4,5% de atualização em todas as tabelas e cláusulas de expressão pecuniária”, lê-se num comunicado conjunto.

Este acordo salarial aplica-se tanto aos trabalhadores no ativo, como aos reformados. Os sindicatos tinham recusado uma proposta inicial, que previa um aumento de 2,5% nos salários.

Na altura, as estruturas sindicais justificaram a sua recusa com os lucros da banca, o valor da taxa de inflação e o aumento das taxas de juro.

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Só 27% do crédito à habitação tem baixa eficiência energética

A maioria dos imóveis financiados pela banca às famílias apresenta níveis de eficiência energética elevados, e só 4% dos créditos agregam uma situação de vulnerabilidade e de ineficiência energética.

Para a maioria das famílias, a compra de casa é o maior e mais importante investimento. Segundo os resultados do Censos de 2021, a maioria das famílias, cerca de 70%, é proprietária ou coproprietária do imóvel onde vive.

Estes números tornam a transição climática e a eficiência dos imóveis um elemento relevante nas contas das famílias. Desde logo porque uma casa com pouca eficácia energética irá exigir mais gastos com a fatura da luz e da água, e também o imóvel tenderá a valorizar menos.

Para a banca, estes dados são também relevantes no cálculo do risco que incorrem na concessão de um crédito à habitação. Daí que, atualmente, já há bancos a conceder uma bonificação sobre o spread oferecido mediante o nível do certificado energético do imóvel financiado.

Na carteira de crédito à habitação dos bancos, a transição climática não é um problema. “Dos empréstimos à habitação sob análise, 63% do montante estava concentrado nos quintis de intensidade energética mais elevados”, revela o Banco de Portugal no primeiro relatório sobre a exposição ao risco climático do setor bancário publicado, publicado esta quinta-feira.

Significa que menos de um terço do crédito à habitação apresenta uma baixa eficiência energética. Além disso, os dados recolhidos pelo Banco de Portugal revelam que apenas 4% do montante de crédito à habitação apresenta simultaneamente uma baixa eficiência energética e um rácio loan-to-value (LTV) superior a 80%.

“Esta análise permite, assim, concluir que dos empréstimos bancários com um maior grau de risco – aqui identificados como rácios loan-to-value (LTV) atuais superiores a 80% – apenas uma pequena proporção tenderá a ter uma eficiência energética mais baixa“, revela o Banco de Portugal.

Para o banco central, “é importante acompanhar este indicador no futuro, bem como os efeitos futuros de possíveis fatores mitigantes como (i) requisitos legais mais exigentes em termos de certificação energética, (ii) condições mais exigentes da oferta de crédito para novos empréstimos, e (iii) incentivos que possam ser desenvolvidos para uma melhoria da eficiência energética de imóveis mais antigos.”

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Aprovado arrendamento forçado de casas devolutas há mais de dois anos

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

A medida foi aprovada com os votos favoráveis do PS, a abstenção de BE e PCP e os votos contra de PSD e IL (Chega não estava presente na votação).

Os deputados aprovaram esta quinta-feira, na especialidade, a medida do programa Mais Habitação, proposto pelo Governo, que enquadra o arrendamento forçado das casas devolutas há mais de dois anos.

A medida, uma das que mais críticas gerou desde que o Governo apresentou o programa Mais Habitação, foi aprovada com os votos favoráveis do PS, a abstenção de BE e PCP e os votos contra de PSD e IL (o CH não estava presente na altura da votação).

A proposta que o Governo remeteu ao parlamento determina que os donos de casas que estejam devolutas há mais de dois anos e se encontrem localizadas fora do interior do país tenham 90 dias para responder após serem notificados para fazerem obras ou darem uso à fração.

O programa Mais Habitação começou esta quinta a ser votado na especialidade, na Assembleia da República, tendo sido aprovada uma série de acrescentos do PS à proposta do Governo sobre o dever de utilização dos devolutos, entre as quais a fiscalização periódica das condições de habitabilidade dos edifícios, que caberá às respetivas câmaras municipais.

Além disso, “a câmara municipal pode, oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, determinar a fiscalização sobre as condições de utilização do imóvel”. A fiscalização permitirá verificar as situações irregulares de arrendamento ou subarrendamento habitacional, sobre as quais “a câmara municipal intima o proprietário”.

Simultaneamente, e como já havia sido noticiado, o PS propôs a eliminação da proposta do Governo de cobrar uma taxa agravada às câmaras municipais que prescindam de proceder ao arrendamento forçado de imóveis – proposta que também foi aprovada hoje.

Também para os casos em que, efetuada a notificação, o proprietário recuse a proposta ou não se pronuncie no prazo de 90 dias a contar da sua receção, e mantendo-se o imóvel devoluto, o PS suavizou a proposta do Governo. O município pode proceder ao arrendamento forçado do imóvel – como a proposta do executivo já determinava –, mas “excecional e supletivamente”.

Caso os municípios não pretendam proceder ao arrendamento do imóvel e o mesmo não careça de obras de conservação, remetem a informação sobre o imóvel para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). O programa Mais Habitação começou esta quinta a ser aprovado na especialidade, na Assembleia da República, havendo cerca de três centenas de propostas a votação.

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Tecto às receitas das renováveis fora da reforma do mercado elétrico europeu

Das negociações resulta “um diploma equilibrado e que assume compromissos importantes", considera o PPE.

A intenção de introduzir um tecto às receitas da produção elétrica, através de fontes como as energias renováveis, foi nesta quinta-feira deixada de fora da proposta de novo desenho do Mercado Elétrico Europeu, informa o Partido Popular Europeu (PPE), em comunicado.

Os socialistas (S&D) terão abdicado desta exigência durante as negociações e os relatores do documento alcançaram um compromisso político, na Comissão da Indústria, Investigação e Energia (ITRE), do Parlamento Europeu, abrangendo quatro famílias políticas no Parlamento Europeu: PPE; S&D, Renew e Verdes.

Em causa estava a intenção de, em situações de crise, aplicar um tecto às receitas obtidas pelos produtores de eletricidade quando produzem sem recorrer ao gás natural, e optam antes por produzir através das chamadas tecnologias inframarginais, maioritariamente tecnologias renováveis. Uma medida que o relator-principal, do S&D, acabou por aceitar eliminar da sua proposta.

Das negociações resulta “um diploma equilibrado e que assume compromissos importantes, tais como a intenção reforçada de garantir que 15% das redes elétricas de cada país serão destinadas à exportação para outros Estados-membros e a ênfase colocada em medidas destinadas a melhorar a proteção e empoderamento dos consumidores particulares e profissionais”, indica a eurodeputada do PPE, Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado.

A votação do documento na Comissão ITRE está prevista para 19 de julho e a votação em plenário deverá ter lugar em setembro.

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YoungNetwork Group reforça Public Affair com Tiago Preguiça

Tiago Preguiça passou por agências de comunicação, tendo depois sido assessor e chefe do gabinete em dois governos. Era diretor-geral da Segurança Social desde 2021.

O YoungNetworkGroup apostou em Tiago Preguiça para reforçar a sua área de public affairs e business strategy. Agora como novo diretor, Preguiça regressa ao grupo depois de ter saído em 2015 para assessorar o Governo. O objetivo com este reforço passa por “dar um novo impulso a uma área cada mais exigente no contexto atual“, explica o YoungNetwork Group, em nota de imprensa.

Regressar ao YoungNetwork Group é um tremendo desafio, especialmente depois de mais de sete anos muito intensos do ponto de vista profissional. Venho com grandes expectativas, mas também com uma nova visão sobre as necessidades dos clientes e empresas”, afirma, citado em comunicado, Tiago Preguiça, que passou pelos gabinetes do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do primeiro-ministro e, mais recentemente, pela Direção-Geral da Segurança Social.

Já João Duarte, CEO do Grupo, refere que “acreditamos que o Tiago é uma pessoa chave para a nossa organização. Tanto em public affairs, como nas áreas políticas e de estratégia será seguramente uma mais-valia para o nosso projeto”.

“A visão e o plano do nosso Grupo não tem qualquer eficácia sem as pessoas certas nos lugares certos. Acreditamos muito no Tiago para completar o naipe de excelentes recursos que temos dentro de casa”, acrescenta.

Atualmente com 36 anos, Tiago Preguiça é licenciado em Estudos Europeus e pós-graduado em Ciência Política. Com um curso avançado em Gestão Pública, Tiago Preguiça passou por agências de comunicação, tendo depois sido assessor e chefe do gabinete em dois governos. Era diretor-geral da Segurança Social desde 2021.

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