IL defende mais concorrência e competitividade nas soluções de poupança

  • Lusa
  • 4 Junho 2023

O líder da Iniciativa Liberal considerou que a falta de competitividade nas soluções de poupança não se resolve com "um esforçozinho", como sugeriu o Presidente, mas com novos instrumentos.

O líder da Iniciativa Liberal (IL) considerou hoje que continua a faltar concorrência e competitividade nas soluções de poupança, algo que não se resolve com “um esforçozinho”, como sugeriu o Presidente, mas com novos instrumentos.

“Há, de facto, um problema em Portugal que é um problema da incapacidade de fazer poupança e o país tem níveis de poupança muito baixos. Agora, eu não creio que isso se resolva com um esforçozinho”, afirmou Rui Rocha aos jornalistas à entrada para a Comissão Executiva da IL que, hoje, se reúne no Porto.

No seu entendimento, a situação resolve-se com o lançamento de novos instrumentos de poupança que sejam competitivos e com remunerações adequadas para os portugueses que querem poupar e que introduzam também concorrência no sistema.

“Quando se fala da banca estar, eventualmente, a fazer condições abaixo daquilo que seria desejável do ponto de vista dos aforradores isso consegue-se com os tais instrumentos de poupança que sejam competitivos e que introduzam concorrência e que obriguem também os bancos, no caso de quererem captar eles próprios poupanças, a fazerem o tal esforço, mas porque há um mecanismo de concorrência”, reforçou.

O Governo anunciou na sexta-feira o fim da comercialização da série E dos certificados de aforro e a criação da nova série F, com uma taxa de juro base inferior. Não querendo discutir se a banca ameaçou ou alertou, Rui Rocha entende que o Governo de António Costa esteve parado demasiado tempo. “Foi preciso que alguém falasse para o Governo tomar decisões”, salientou.

Quanto ao alargamento da rede de venda dos certificados de aforro, o presidente da IL classificou a medida de positiva porque haver um único intermediário na colocação destes não era uma situação desejável. E acrescentou: “Haver mais acesso e a possibilidade dos portugueses terem noutros intermediários a possibilidade de os subscrever parece-nos bem”.

Os certificados de aforro vão também passar a poder ser subscritos nas redes físicas (balcões) e digitais dos bancos, juntando-se aos CTT e Espaços do Cidadão na venda deste produto de poupança. O alargamento da rede de venda dos CA já tinha sido defendido e é agora concretizado através do diploma que suspendeu a comercialização dos certificados da série E e criou a série F.

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PS pede ao Governo programa para atrair trabalhadores remotos para o interior e ilhas

  • Lusa
  • 4 Junho 2023

O parlamento debate uma resolução do PS que recomenda a criação de um programa para atrair trabalhadores remotos para territórios de baixa densidade, como o interior, e para as regiões autónomas.

O parlamento debate na terça-feira uma resolução do PS que recomenda ao Governo a criação de um programa para atrair trabalhadores remotos para territórios de baixa densidade, como o interior, e para as regiões autónomas.

Em declarações à Lusa, o deputado socialista António Monteirinho disse que o projeto de resolução — que não tem força de lei, constituindo-se como uma recomendação ao executivo — pretende responder ao problema da diminuição de população nestas regiões do país, criando “um conjunto de benefícios” para que estes trabalhadores “deixem os grandes centros e as grandes cidades e possam desenvolver o seu trabalho remotamente no interior”.

“No meio disto há duas condições essenciais: uma rede ‘wi-fi’ [de Internet] de alta ‘performance’ e, por isso, instamos o Governo a que, o mais rapidamente possível, conclua o projeto de instalação da rede ‘wi-fi’ em todos os territórios e de abrangência nacional; e depois também a questão burocrática, por isso é que queremos centrar num único programa todos estes apoios para esses trabalhadores remotos, sejam eles nacionais ou estrangeiros”, afirmou o deputado do PS eleito pelo círculo eleitoral da Guarda.

No texto, os socialistas pedem ao Governo que “identifique os territórios de baixa densidade ao nível das NUT III que pretendam acolher trabalhadores que a partir daí assegurem trabalho remoto”, identificando também os “territórios que pretendam acolher este perfil de trabalhadores nas regiões autónomas, em articulação com os respetivos Governos regionais”.

É recomendado que o executivo diligencie no sentido de, durante o ano de 2023, “as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento de cada NUT III situada em territórios de baixa densidade, e cada região autónoma, desenvolvam e implementem um plano de captação”, identificando, nos territórios, “as habitações disponíveis ou o modelo de alojamento, bem como as principais ofertas em áreas como a saúde, educação, cultura, ambiente, desporto e outras de interesse relevante”.

A bancada socialista quer ainda que o Governo identifique, “em consonância com a Estratégia Nacional para a Conectividade em Redes de Comunicações Eletrónicas de Capacidade Muito Elevada 2023-2030, as lacunas na cobertura por este tipo de redes nos territórios de baixa densidade, em cada uma das NUT III e nas regiões autónomas” de forma a garantir “uma conectividade de qualidade, em banda larga e a preço acessível”.

Sobre este ponto, os socialistas sugerem que o executivo defina “o montante e o programa de financiamento junto dos Programas Operacionais Regionais e Nacionais” e apresente “os cronogramas de execução física e financeiros para implementar” a cobertura de Internet nestes territórios “durante o ano de 2023”.

No projeto, o grupo parlamentar do PS recomenda que o Governo “coordene o desenvolvimento de uma Plataforma Eletrónica de Posicionamento Mundial, com recurso a megadados, com a finalidade de aproximar os perfis dos territórios aos possíveis interessados” e que promova uma campanha de âmbito internacional, articulada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a rede consular, para divulgar a iniciativa.

Questionado sobre a razão pela qual o PS apresentou uma recomendação e não um projeto de lei, António Monteirinho respondeu que o objetivo “foi essencialmente dizer ao Governo que tem que fazer um programa, com uma verba significativa, alocada, para desenvolver todo este projeto”, mostrando-se confiante de que o executivo “tem todo o interesse em fazer uso da coesão territorial na prática” e acrescentando que o grupo parlamentar está aberto a contributos de outras bancadas sobre a iniciativa.

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📹 13 dicas para usar o MB Way em segurança

  • ECO
  • 4 Junho 2023

Ao aderir, nunca use um número de telemóvel que não seja o seu e nunca siga instruções de desconhecidos para fazer pagamentos por MB WAY. Vejas as dicas para uma utilização segura.

Costuma utilizar MB Way? Sabe que existem alguns cuidados a ter para evitar surpresas desagradáveis. A SIBS preparou algumas recomendações que deve seguir para aceder aos serviços financeiros com a máxima segurança.

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Presidente da Águas de Portugal garante que “não vai faltar água na torneira”

  • Lusa
  • 4 Junho 2023

O presidente da Águas de Portugal, José Furtado, defendeu hoje que quem desperdiça água "tem que ter uma consequência", mas garantiu que "não vai faltar água na torneira este ano".

O presidente da Águas de Portugal, José Furtado, defendeu hoje que quem desperdiça água “tem que ter uma consequência”, mas garantiu que “não vai faltar água na torneira este ano”.

“Podemos afirmar, com a informação disponível, que não vai faltar água na torneira este ano. Em 2022 foi bem mais gravoso”, disse José Furtado em entrevista ao programa Conversa Capital, da Antena 1 e Jornal de Negócios.

O presidente da Águas de Portugal lembrou as “medidas de contingência” e a sensibilização pública dos portugueses em 2022, considerando agora que “o tema das tarifas é relevante” para mudar comportamentos de desperdício de água.

“A água é um bem escasso e quem queira fazer uso abusivo de águas, desperdício, tem que ter uma consequência. Como o uso do saco de plástico tem uma repercussão”, comparou o responsável, advogando que “tem que haver uma discriminação positiva para determinados segmentos populacionais”.

Para José Furtado, “o tema das tarifas é relevante nesta dimensão nova que é mudar comportamentos, ajustar comportamentos às circunstâncias. Claramente é instrumental nisto, na mudança de comportamentos”.

Na quinta-feira, o ministro do Ambiente e da Ação, Duarte Cordeiro, disse que Portugal continental tinha, no fim de maio, 36% do território em seca severa ou extrema, incidindo especialmente no sul do país. Citando dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Duarte Cordeiro precisou que em 30 de maio 28% do território estava em seca severa e 8% em seca extrema, afetando especialmente as zonas do vale do Tejo e sul do país.

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Bancos juntam-se aos CTT e Espaços do Cidadão na venda de certificados de aforro

  • Lusa
  • 4 Junho 2023

Os certificados de aforro (CA) vão também passar a poder ser subscritos nas redes físicas (balcões) e digitais dos bancos, juntando-se aos CTT e Espaços do Cidadão na venda deste produto de poupança.

Os Certificados de Aforro (CA) vão também passar a poder ser subscritos nas redes físicas (balcões) e digitais dos bancos, juntando-se aos CTT e Espaços do Cidadão na venda deste produto de poupança. O alargamento da rede de venda dos CA já tinha sido defendido e é agora concretizado através do diploma que suspendeu a comercialização dos certificados da série E e criou a série F, com uma taxa de juro mais reduzida, mas que o Governo justifica como uma medida que faz parte de “uma correta gestão da dívida pública”.

A subscrição dos certificados de aforro da ‘série F’ pode ser realizada através do AforroNet, nas lojas dos CTT — Correios de Portugal, S. A., na rede de Espaços Cidadão da AMA — Agência para a Modernização Administrativa, I. P., ou nas redes físicas ou digitais de qualquer instituição financeira ou de pagamentos inscrita no Banco de Portugal e indicadas para o efeito pelo IGCP, E.P.E.“, refere a portaria publicada na sexta-feira à noite.

No início de fevereiro, o presidente do IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Miguel Martín, disse, durante uma audição parlamentar na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), que o Estado português está a pagar aos CTT entre 0,585% a 0,26% pelas subscrições dos certificados de aforro ou do Tesouro, sendo que era objetivo do IGCP alargar a rede de distribuição destes produtos.

Ao nível da subscrição, pagamos aos CTT 0,585% das subscrições até determinado valor, a partir do qual pagamos 0,26% pela subscrição“, disse então Miguel Martin quando questionado sobre o custo, referindo o interesse em alargar a rede de distribuidores, de forma a contornar também, o que disse ser, o desinteresse da banca.

A taxa de juro base da série E de CA que esteve em comercialização entre 2017 e até ao dia 2 de junho de 2023, acompanha a evolução da Euribor a três meses, não podendo da fórmula de cálculo resultar um valor inferior a 0% e superior a 3,5% ao que acrescia um prémio de permanência de até 1%. O prazo máximo para deter estes títulos era 10 anos.

Já a taxa de juro base da nova série F também varia consoante a Euribor a três meses, não podendo ir além dos 2,5%, a que acresce um prémio de permanência que pode ir até 1,75%. O limite máximo de subscrição na nova série de certificados de aforro (CA), a série E, está balizado nos 50 mil euros, mas este acumula com o valor aplicado na série E não podendo exceder os 250 mil euros.

A suspensão da série E, e a sua substituição pela nova gerou várias críticas da oposição, nomeadamente o BE e o PCP, tendo os comunistas requerido a audição urgente no parlamento do secretário de Estado das Finanças, por entender que se tratou de “um favor que o Governo fez à banca”.

Uma visão rejeitada pelo secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, numa declaração aos jornalistas, no sábado, em que respondeu às críticas e afirmou que “houve cedência zero a banca”.

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Um mês depois do aviso de maior vigilância, Marcelo deixa cinco recados ao Governo

Marcelo assegurou que está a acompanhar “atentamente, vigilantemente o que se passa” e sinalizou áreas de preocupação, como a política financeira, o aeroporto ou a Justiça.

Passou um mês desde que o Presidente da República avisou o Governo que passaria a adotar uma fiscalização mais vigilante, depois da discordância pública com o primeiro-ministro relativamente à permanência de João Galamba no cargo de ministro das Infraestruturas. Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou, este sábado, perguntas dos jornalistas para deixar um conjunto de recados ao Governo, sobre temas como o aeroporto e a Justiça, mostrando que está atento.

Apesar de não acrescentar comentários às declarações sobre o Governo, nomeadamente quanto à necessidade de uma remodelação, Marcelo assegurou que está a acompanhar “atentamente, vigilantemente o que se passa.” Além disso, sinalizou que se iria fazer um “balanço da situação” em julho, com o Conselho de Estado. Desde os certificados à agricultura, Marcelo destacou áreas que suscitam algumas preocupações e que necessitam de mais medidas do Governo.

Números da economia têm de chegar a pessoas

O Presidente da República disse este sábado que uma eventual descida de impostos, nomeadamente do IRS, vai depender de vários fatores e será marcada por dois momentos “importantes”, o Conselho de Estado, em julho, e a apresentação do Orçamento do Estado.

Questionado sobre o apelo do líder do PSD, Luís Montenegro, a uma descida dos impostos, Marcelo Rebelo de Sousa, que visitava a Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, afirmou que o Conselho de Estado, em julho, será um “momento importante” para “um balanço da situação”, seguindo-se, a partir de setembro, o Orçamento do Estado para 2024.

Afirmando esperar que a evolução da inflação e do crescimento, internacional e no país, “continue a melhorar”, deixando “perspetivas positivas para os próximos anos”, Marcelo reafirmou que as pessoas esperam muito que “os grandes números da economia cheguem aos seus bolsos e isso significa uma maior esperança para o futuro”.

Vamos ver, em função da evolução da economia nestes meses, vamos ver como é que corre o crescimento, como é que corre a inflação, como é que corre a gestão das finanças, como é que corre a situação internacional, como é que decorre a posição do BCE sobre a subida dos juros”, declarou.

Mesmo com novos certificados de aforro, banca “tem de fazer esforçozinho” nos depósitos

O Presidente da República mostrou-se preocupado com a decisão do Governo de suspender a atual série de certificados e lançar uma nova, com uma taxa mais baixa. Para Marcelo Rebelo de Sousa, a banca “tem de fazer ‘esforçozinho’ para tornar mais atraente a situação para os depositantes portugueses”.

“As autoridades públicas tomaram a decisão de suspender a emissão de certificados de aforro para lançar um novo tipo, com uma baixa de juros no imediato”, uma situação que Marcelo assumiu que o “preocupa”, em declarações aos jornalistas, na Feira Nacional de Agricultura, transmitidas pelas televisões.

Nesta intervenção, o Presidente aproveitou para “voltar a apelar à banca, porque muito daquilo que é a procura de certificados significa que os portugueses acham que o que a banca está a pagar é pouco”. “A banca não pode esperar que tenha sempre uma situação de, quando começa a aparecer uma utilização alternativa em relação aos depósitos, que são mal pagos”, poderem “continuar na mesma porque utilizações alternativas não vão continuar”.

Bom funcionamento na Justiça não chega aos mega processos

O Presidente da República lamentou este sábado, em Santarém, que o que “está a funcionar bem na Justiça não seja tão rápido” nos “mega casos criminais ou nalguma justiça administrativa e fiscal”. Questionado sobre declarações da Procuradora-Geral da República dando conta da falta de meios para concluir o processo “Tutti-Frutti” (sobre uma alegada troca de favores entre PS e PSD no âmbito das autárquicas de 2017), Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar casos específicos.

Falando aos jornalistas durante a visita que está a realizar hoje à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, o Presidente salientou avanços em “alguns domínios” da Justiça, nomeadamente, nas relações entre particulares, em questões não criminais, ou em “não grandes casos criminais, não mega processos”.

“Mas é pena que isso que está a funcionar bem na Justiça não seja tão rápido nesses mega casos criminais ou nalguma justiça administrativa e fiscal”, disse. Apontando casos em que, “felizmente”, se avançou nos últimos anos, Marcelo apontou os que chegaram a julgamento, como o caso Tancos, outros que avançaram, como o caso Lex, outros que avançaram, mas que, “por razões processuais, não tanto quanto se esperava, mas não por causa da investigação”, como o Marquês/BES.

“Vão avançando. Depois há outros que ficam mais para trás e eu penso que, em geral, é muito importante que os portugueses vejam na Justiça uma realidade com meios de investigação e depois com meios de decisão, de julgamento, porque uma Justiça tardia é uma Justiça injusta”, declarou.

Deve existir “uma decisão” até ao final do ano sobre o novo aeroporto

O Presidente da República disse, em Santarém, esperar que, depois de uma “longa espera” por um aeroporto “previsto há mais de 50 anos”, desta vez haja uma decisão, sendo que “haverá sempre quem concorde e quem discorde”.

“Mas venha uma decisão”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa depois de questionado, durante a visita que esteve a fazer hoje à Feira Nacional da Agricultura, sobre se, em 2029, gostaria de aterrar no aeroporto de Santarém. “Eu gostava de antes de 2029 aterrar no novo aeroporto e para isso gostava de ter a certeza de que até ao final deste ano havia uma ideia clara sobre o novo aeroporto”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o preocupa chegar muito perto do termo do seu segundo mandato “e ainda se estar a discutir qual é a melhor forma de selecionar e pré selecionar as propostas até haver uma decisão”, sabendo-se que, “tomada a decisão, ainda é preciso anos até à sua concretização”.

“Depois desta longa espera de um aeroporto previsto há mais de 50 anos, qualquer que seja a decisão, venha uma decisão, haverá sempre quem concorde e quem discorde, mas venha uma decisão”, afirmou.

Portugueses exigem mais do Governo na agricultura

Comentando o estudo da CAP que lhe foi apresentado logo no início da visita, o Presidente considerou que demonstra que “os portugueses sabem mais de agricultura e sabem mais dos agricultores do que se podia pensar, sobretudo os que vivem nas metrópoles, nos grandes centros urbanos”.

O estudo, com perto de mil inquéritos válidos, mostra, ainda, que os portugueses “conhecem todos os problemas dos agricultores” e que “estão otimistas quanto ao futuro e exigentes quanto à utilização dos fundos europeus”, referiu.

“Em algumas das repostas, exigem mais da parte do Governo, nomeadamente na agricultura mas mais em termos de medidas, de apoios”, apontou, considerando “um bom sinal” a importância dada à agricultura.

“Têm uma resposta para mim crucial, que é 70 e tal por cento acha que a agricultura é fundamental para alimentar o país, para maior autossuficiência alimentar, como quem diz, nos tempos de crise é bom sabermos que se pode produzir cá dentro, mesmo com pandemia ou sem pandemia, aquilo que importar lá de fora é mais caro e mais difícil”, acrescentou.

Segundo a sondagem desenvolvida pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, a pedido da CAP, quase 70% dos portugueses defendem que o desempenho do Governo no que diz respeito à agricultura é “mau” ou “muito mau” e 41% referem que o trabalho da ministra é “razoável”.

A sondagem “A opinião dos portugueses sobre a agricultura nacional”, hoje apresentada na abertura da Feira Nacional da Agricultura, concluiu que 67% dos portugueses avaliam como “mau ou muito mau” o trabalho do Governo no que diz respeito à agricultura.

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Sete distritos do continente sob aviso amarelo. Madeira com regiões em vermelho

  • Lusa
  • 4 Junho 2023

Sete distritos do continente estão sob aviso amarelo devido à previsão de chuva e trovoada, enquanto na Madeira se espera um agravamento do estado do tempo para segunda-feira.

Sete distritos do continente estão este domingo sob aviso amarelo devido à previsão de chuva e trovoada, enquanto na Madeira se espera um agravamento do estado do tempo para segunda-feira com duas regiões em vermelho e outra sob aviso laranja.

Os avisos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) são válidos entre o meio-dia e as 21h00 deste domingo para os sete distritos do continente:

  • Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Portalegre, Vila Real e Viseu.

O IPMA prevê a ocorrência de aguaceiros, “por vezes fortes e que poderão ser ocasionalmente de granizo e acompanhados de rajadas fortes de vento” e trovoadas frequentes e dispersas.

Já no arquipélago da Madeira, a informação disponível no site do IPMA indica que as regiões montanhosas e a costa sul da ilha vão estar sob aviso laranja devido à precipitação entre as 12h00 e as 15h00 de segunda-feira, prevendo-se depois um agravamento da precipitação que fez subir o nível para vermelho, entre as 15h00 de segunda-feira e as 15h00 de terça-feira.

Na região da costa norte, o aviso laranja devido a chuva que por vezes pode ser forte e persistente “em especial na parte oeste” está previsto vigorar entre o meio-dia de segunda-feira e as 15h00 do dia seguinte. Neste mesmo período, Porto Santo vai estar sob aviso amarelo, também devido à previsão de chuva, por vezes forte.

No sistema de avisos meteorológicos em vigor, o amarelo é o menos grave e refere-se a uma “situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica“.

Os avisos de risco incluem também o laranja e o vermelho (o mais grave), enquanto o verde indica a ausência de previsão de uma situação meteorológica de risco.

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“Há zero de cedência à banca” nos novos certificados de aforro, assegura secretário de Estado das Finanças

O secretário de Estado das Finanças aponta também que "havia necessidade de adequar taxa de remuneração aos restantes financiamentos da dívida".

O secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, assegura que “há zero de cedência à banca” após a decisão de avançar com uma nova série de certificados de aforro que paga menos, justificando a decisão com “uma correta gestão da dívida” pública. Responsável aponta também que “havia necessidade de adequar taxa de remuneração aos restantes financiamentos da dívida”.

O Governo anunciou esta sexta-feira a decisão de suspender a atual série de certificados de aforro, com uma taxa de 3,5%, avançando depois o lançamento de uma nova série a partir de segunda-feira, com uma taxa que baixa para 2,5%. Perante críticas que esta é uma cedência à banca, que tem perdido depósitos para os certificados, que oferecem uma taxa mais atrativa, o secretário de Estado rejeita essa visão.

Numa conferência de imprensa convocada esta tarde no Ministério das Finanças, João Nuno Mendes reitera que “não há nenhuma proteção nesse sentido, não houve nenhuma pressão”. “Existe zero de cedência”, reforça, exemplificando que a forma como o Governo tem “lidado com a gestão do credito à habitação mostra que” são exigentes com a banca”.

O secretário de Estado defende ainda que o produto “se mantém bom e atrativo”. O Governo “tem que se preparar para o acréscimo dos juros e o Orçamento do Estado (OE) contribui para remunerar os certificados de aforro, tem que haver equilíbrio”, diz, acrescentando que o OE “é de todos os portugueses e não apenas dos aforradores”.

“É fundamental que as pessoas comparem com o que o sistema bancário e outras poupanças estão a oferecer”, salientou o responsável, defendendo que o produto é “muito competitivo”. “Se comparar com o final de 2021, o conjunto dos produtos era 30 mil milhões e hoje é 45 mil milhões”, o que “representou grande esforço da parte do estado para corresponder à procura”, acrescentou.

Além dos partidos, as críticas à decisão do Governo surgiram também por parte do Presidente da República, que se mostrou “preocupado” e apelou à banca que fizesse um “esforçozinho” para tornar mais atrativa a oferta para os depositantes portugueses.

(Notícia atualizada às 18h10)

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Políticos têm de respeitar o que os portugueses decidiram nas eleições, diz Costa

  • Lusa
  • 3 Junho 2023

O secretário-geral do PS afirmou que os portugueses resolveram uma "grave e efetiva" crise política há um ano, referindo-se à maioria absoluta alcançada nas legislativas de 2022.

O secretário-geral do PS afirmou hoje que os portugueses resolveram uma “grave e efetiva” crise política há um ano, referindo-se à maioria absoluta alcançada nas legislativas de 2022, cabendo agora aos políticos respeitarem essa decisão.

“Ainda o ano passado, os portugueses resolveram uma grave e efetiva crise política que o senhor Presidente da República chamou os portugueses a resolver. Foram chamados e resolveram essa crise política“, disse António Costa no discurso de abertura da Comissão Nacional do PS que decorre esta tarde em Matosinhos, no distrito do Porto.

Segundo o líder do PS, o que compete agora aos políticos é respeitarem aquilo que os portugueses resolveram e não complicar a vida dos portugueses. “A postura do PS tem sido e tem de continuar a ser essa, estarmos focados em responder às necessidades dos portugueses, focados em responder e resolver problemas do país e focados em construir um futuro de prosperidade partilhada para todos”, frisou.

De acordo com o também primeiro-ministro, que tinha na sala alguns membros do seu executivo, nomeadamente os ministros do ambiente, da Presidência e da Agricultura, o PS tem de continuar lado a lado com os portugueses perante as suas dificuldades e mobilizar o país para continuar a construir o futuro.

O PS prepara-se para adiar o seu Congresso Nacional de setembro para o primeiro trimestre de 2024, decisão que deverá sair da reunião de hoje da Comissão Nacional deste partido. Esta reunião do órgão máximo dos socialistas é a segunda desde o início do ano e ocorre num momento em que o Governo tem estado sob pressão com uma série de casos em discussão na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP.

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Madeira realizou total de refinanciamento de 2023 na ordem dos 300 milhões de euros

  • Lusa
  • 3 Junho 2023

O Governo da Madeira concretizou a totalidade das operações de gestão dívida e refinanciamento previstas para o corrente ano, na ordem dos 300 milhões de euros.

O Governo da Madeira concretizou a totalidade das operações de gestão dívida e refinanciamento previstas para o corrente ano, na ordem dos 300 milhões de euros, informou hoje a secretaria das Finanças do executivo madeirense.

Em comunicado, o Governo Regional refere que este cenário foi atingido no final de maio de 2023 e que na consulta internacional abrangeu 35 instituições financeiras. Segundo o executivo madeirense, “as melhores propostas foram recebidas de instituições ibéricas”.

Em toda a operação, a taxa de juro média alcançada foi de 3,25%, beneficiando da garantia do Estado, mencionando que Portugal emitiu a 08 de março dívida pública a 3,55% e 3,74%, tendo em maio obtido taxas de 3,20% e 3,66%, refere o governo insular.

“Esta estratégia tem o benefício de não só garantir mais recursos financeiros em cada ano como também, em contexto de taxas de juro de mercado historicamente baixas, significou a redução gradual do custo médio do portfólio de dívida do Governo Regional”, lê-se ainda no comunicado.

No documento, é destacado que a redução da dívida pública tem resultado em “apreciações positivas recebidas a nível interno e externo, facto que contribui igualmente para a melhoria do `rating´ atribuído pelas agências de notação” à região.

O executivo madeirense aponta que no rácio dívida pública sobre o PIB (Produto Interno Bruto) “a Madeira está muito melhor classificada que a República Portuguesa”, exemplificando que no final de 2022, o valor desta região autónoma era de 89% e o de Portugal ascendia a 114%.

Em matéria de implementação da estratégia de redução da dívida pública, argumenta que esta região autónoma tem refinanciado parte das amortizações anuais “com recurso ao mercado financeiro para prover ao pagamento da dívida mais antiga”.

Justifica esta medida com a obrigação do cumprimento de despesas certas e permanentes, nomeadamente o pagamento dos salários da Administração Pública Regional e das transferências para a Saúde, Educação e setor social, sendo as receitas, embora “evoluindo favoravelmente, ainda assim limitadas”.

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PCP requer audição urgente sobre fim dos certificados de aforro da série E

  • Lusa
  • 3 Junho 2023

O PCP requereu a audição urgente do secretário de Estado das Finanças sobre o fim da comercialização da série E dos Certificados de Aforro e a criação da nova série F.

O PCP requereu este sábado a audição urgente do secretário de Estado das Finanças sobre o fim da comercialização da série E dos Certificados de Aforro e a criação da nova série F, com uma taxa de juro base inferior.

Num requerimento a que a Lusa teve acesso, o grupo parlamentar do PCP salienta a forma repentina como a suspensão da emissão dos Certificados de Aforro (CA) da série E foi anunciada, na noite de sexta-feira, para justificar a audição urgente do secretário de Estado João Nuno Mendes, na Comissão de Orçamento e Finanças.

Apontando que o anúncio da suspensão surgiu “após declarações de responsáveis da banca, designadamente o ‘chairman’ do Banco CTT, dr. João Moreira Rato, apelando ao Governo que suspendesse a emissão de Certificados de Aforro”, os deputados do PCP consideram que o fim da série E é “um favor que o Governo faz à banca”.

A taxa de juro da série E é determinada mensalmente (no antepenúltimo dia do mês, para vigorar no seguinte), tendo em conta uma fórmula que contempla um prémio de permanência e a média dos valores da Euribor a três meses observados nos 10 dias úteis anteriores, com a lei a determinar da fórmula não pode resultar uma taxa base superior a 3,5%.

Na nova série de CA cuja comercialização fica disponível na segunda-feira, a taxa base não pode ir além dos 2,5% – estando também previsto um acréscimo por via de um prémio de permanência.

“O fim da emissão de certificados de aforro com remuneração mais ajustada aos valores dos juros de referência (e acima da atual oferta bancária) é um favor que o Governo faz à banca, legitimando a continuação de níveis inaceitáveis de remuneração dos depósitos a prazo, em vez de aumentar os instrumentos que promovessem o fim deste abuso”, refere o requerimento do PCP.

Os deputados comunistas salientam ainda que “a banca portuguesa, que continua a ser das que menos remunera os depósitos a prazo em toda a zona Euro” tem “revelado incómodo” com e existência dos CA da série E, cuja taxa de juro se situa “bastante acima das ofertas bancárias”.

Com o encerramento da Série E e a criação da série F, “o Governo, em vez de promover que a banca ajustasse a sua oferta à remuneração mais adequada que os certificados de aforro promoviam, decidiu ajustar a remuneração máxima dos novos certificados de aforro às práticas abusivas da banca”.

No final de abril, o volume investido em CA atingiu os 30.324 milhões de euros, um valor máximo, que compara com os 19.626 milhões registado no final do ano passado. Só em maio, os aforradores particulares aplicaram 1.818 milhões de euros em certificados de aforro.

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Política do BCE é a correta mas podia ser mais gradual, diz presidente do Banco de Itália

  • Lusa
  • 3 Junho 2023

"Espero que a inflação 'core' [subjacente] reflita a redução do custo da energia", disse Ignazio Visco, no Festival Internacional de Economia, em Turim.

O presidente do Banco de Itália, Ignazio Visco, disse hoje que o Banco Central Europeu (BCE) está a seguir uma política monetária correta tendo em conta as circunstâncias atuais, considerando, contudo, que poderia ser mais gradual.

“Espero que a inflação ‘core’ [subjacente] reflita a redução do custo da energia”, disse Ignazio Visco, no Festival Internacional de Economia, em Turim.

Citado pela agência noticiosa Ansa, o presidente do banco central de Itália, admitiu que a “política monetária é certamente a mais correta no momento”, ainda que, disse, talvez pudesse ser tomada “de forma mais gradual”.

“Este é o caminho certo para manter pressão sobre a procura e cumprir os objetivos de estabilização de preços”, referiu, considerando, no entanto, que a política monetária deve ser acompanhada por uma política orçamental criteriosa e de responsabilidade dos parceiros sociais.

A inflação subjacente (que exclui os produtos energéticos e produtos alimentares não transformados) na zona do Euro terá registado em maio variação homóloga de 5,3%% (abaixo 5,6% registados em abril), de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat. Apesar da tendência de descida, o valor mantém-se ainda longe do objetivo de 2% do BCE.

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