Presidente do PSD promete “não dar descanso ao Governo” um ano depois de ser eleito

  • Lusa
  • 28 Maio 2023

Um ano depois de ser eleito como presidente do PSD, Montenegro diz que "não nos podemos resignar a esta marca dos governos do PS que é o empobrecimento".

O presidente do PSD prometeu “não dar descanso ao Governo do PS” e cumprir a missão de “dar a Portugal um novo governo”, numa mensagem divulgada este domingo nas redes sociais para assinalar um ano da sua eleição.

“Portugal precisa de esperança, não nos podemos resignar a esta marca dos governos do PS que é o empobrecimento. Vemos os jovens a partir, vemos os que estão na vida ativa a ganhar baixos salários, vemos os que estão reformados com medo que o Governo lhes corte na sua pensão”, refere Luís Montenegro.

Como alternativa, propõe um “Portugal de esperança”, com resposta para os problemas do dia-a-dia das pessoas, como o custo de vida, a saúde, a educação, a justiça, a criminalidade, o “aumento da insegurança” ou as “carências na área da habitação”.

“Estamos no PSD a cumprir a nossa missão de dar a Portugal um novo governo. Não vamos dar descanso a este Governo do PS, à sua inoperância, um governo que está enredado em casos, casinhos, escândalos, numa degradação institucional nunca vista até hoje em Portugal”, criticou.

Em 28 de maio de 2022, poucos meses depois de o PS ter conquistado maioria absoluta nas legislativas com mandato até 2026, o antigo líder parlamentar do PSD venceu com facilidade – 72,5% contra Jorge Moreira da Silva – as eleições diretas no PSD, meta que falhara dois anos antes, contra o então presidente Rui Rio.

Luís Montenegro só completará um ano de mandato em 03 de julho, já que apenas assumiu plenas funções como presidente do partido no Congresso do Porto.

Apesar de, teoricamente, faltarem três anos para as legislativas, desde dezembro, com a sucessão de ‘casos’ relacionados com a TAP e envolvendo vários membros do executivo, a mensagem política do PSD endureceu e a palavra ‘dissolução’ entrou de forma inesperada no discurso político — incluindo no do Presidente da República.

Luís Montenegro nunca pediu eleições antecipadas, nem na sequência da manutenção do ministro das Infraestruturas, João Galamba, no Governo, mas já assegurou estar preparado para as disputar a qualquer momento.

Depois de ter tido algumas divergências públicas com o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa sobre se o PSD já é ou não uma alternativa sólida ao Governo, o líder do PSD recebeu há uma semana o apoio de peso de Aníbal Cavaco Silva.

Além de considerar “totalmente falso” que o PSD não esteja a apresentar políticas alternativas, o antigo primeiro-ministro e Presidente da República disse até que Montenegro está “tão ou mais bem preparado” do que ele quando assumiu a chefia do Governo.

Montenegro subiu o tom e foi esta semana à Madeira dizer ao PS que “o poder não é eterno”: “Está a chegar a nossa vez”, avisou.

Nestes primeiros meses de mandato, Montenegro tem tido quase total paz interna, foi-se distanciando do partido Chega, mas os casos judiciais também tocaram nos sociais-democratas.

Joaquim Pinto Moreira – um dos mais próximos de Montenegro na campanha interna de 2020 – foi constituído arguido no final de março, na “Operação Vórtex”, e suspendeu o mandato de deputado, mas na sexta-feira informou o parlamento de que quer voltar. A direção do PSD diz ter sido apanhada de surpresa e convocou uma reunião do seu núcleo duro para segunda-feira.

Esta semana, vários sociais-democratas, entre eles o atual deputado Carlos Eduardo Reis (que não é arguido nem nunca foi ouvido), viram o seu nome envolvido numa série de reportagens da TVI/CNN Portugal, com base nas escutas e comunicações da “Operação Tutti Frutti”, com o PSD a pedir rapidez na investigação e a avisar que não pactuará com qualquer falha ética ou legal.

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IRGAwards. Sustentabilidade e Digital já têm finalistas

  • ECO
  • 28 Maio 2023

A 35º edição dos prémios IRGAwards, promovida pela Deloitte, já escolheu os nomeados para as categorias de sustentabilidade e inovação. Conheça os 8 finalistas.

O júri da 35º edição dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), uma iniciativa da Deloitte que distingue as boas práticas de governance e os principais desempenhos no mercado português, já escolheu os oito nomeados para as categorias de sustentabilidade e inovação. Esta iniciativa conta com o ECO como media partner.

É crescente o interesse e o investimento das organizações em Portugal no desenvolvimento de processos complexos de sustentabilidade e transformação, o que poderá representar uma consequência dos desafios de crescimento e de desenvolvimento que os líderes enfrentam atualmente. Ao júri dos IRGAwards coube avaliar o valor acrescentado de cada projeto, através de indicadores objetivos, e, deliberar sobre os finalistas nestas categorias de prémio” refere Vítor Bento, presidente do júri.

As iniciativas finalistas ao Sustainability Initiative Award destacaram-se pelo seu contributo na melhoria das condições do governo societário ou do mercado, impactos sociais e ambientais da atividade empresarial em 2022. Por seu lado, os nomeados ao Transformation Award, integram organizações cujos projetos de transformação foram capazes de impactar positivamente e de maneira significativa as atividades ou negócio das respetivas empresas no último ano.

A transformação digital é essencial para que as organizações assegurem a competitividade, quer seja por via do aumento da eficiência e redução de custos, quer seja por via do crescimento do negócio. Em simultâneo, neste momento, as matérias de sustentabilidade estão no topo das agendas dos líderes e são absolutamente cruciais na construção de uma sociedade mais equilibrada e inclusiva. E é com base neste pressuposto que continuamos a promover estes prémios, neste ano em que assinalamos a 35ª edição dos IRGAwards” destaca António Lagartixo, CEO e managing partner da Deloitte.

Nomeados ao Sustainability Intiative Award:

  • Auchan: Projeto Militantes Desperdício Zero
  • Corticeira Amorim: Projeto Intervenção florestal na Herdade de Rio Frio
  • Montepio: Projeto Igualdade, Inclusão e Cidadania
  • SIBS: Projeto MB Way Ser Solidário – “Ajudar é tão fácil”

Nomeados ao Transformation Award:

  • CTT: Projeto Locky – Rede de cacifos
  • Fidelidade: Projeto Just in case
  • Galp: Projeto Sherpa e Centric
  • Navigator: Projeto From Fossil to Forest

Os vencedores da 35ª edição dos IRGAwards serão deliberados pelo Júri, liderado por Vítor Bento e que integra Álvaro Nascimento, António Esteves, Céline Abecassis-Moedas, Duarte Pitta Ferraz, João Moreira Rato, Luís Amado, Nuno Fernandes e Patrícia Teixeira Lopes.

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Kiev sofre o “maior ataque” noturno de ‘drones’ desde a invasão

  • Lusa
  • 28 Maio 2023

Ucrânia diz que combateu "o ataque de 'drones' mais significativo" em Kiev desde o início da invasão russa, que provocou dois mortos e três feridos.

A Ucrânia anunciou este domingo que combateu “o ataque de ‘drones’ mais significativo” em Kiev desde o início da invasão russa, que provocou dois mortos e três feridos, anunciaram as autoridades ucranianas.

Os responsáveis ucranianos disseram que na noite de sábado para domingo destruíram 52 dos 54 drones com explosivos lançados por Moscovo no país, incluindo “mais de 40” só na capital.

“No total, foi registado um número recorde de ‘drones’ explosivos lançados: 54!”, confirmou a força aérea ucraniana no Telegram, alegando ter “destruído 52”.

Até agora, as autoridades registaram dois mortos e três feridos em Kiev.

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Acordo de princípio entre Biden e republicanos para evitar incumprimento nos EUA

  • Lusa
  • 28 Maio 2023

Casa Branca e os republicanos chegaram a um "acordo de princípio" para subir teto da dívida e evitar que os EUA entrem em incumprimento, anunciou o presidente da Câmara dos Representantes.

A Casa Branca e os republicanos chegaram no sábado a um “acordo de princípio” para aumentar o teto da dívida e evitar que os Estados Unidos entrem em incumprimento, anunciou o presidente da Câmara dos Representantes.

Em declarações à imprensa, McCarthy deu poucos pormenores sobre o conteúdo do acordo, mas indicou que voltará a reunir-se hoje com o Presidente norte-americano, Joe Biden.

O republicano acrescentou que tenciona votar o acordo na quarta-feira no câmara baixa do Congresso, seguindo depois para o Senado, controlado pelos democratas.

McCarthy garantiu que o acordo inclui uma “redução histórica” da despesa pública e reformas que “vão tirar as pessoas da pobreza e colocá-las no mercado de trabalho” e não prevê novos impostos nem novos programas governamentais.

“Ainda temos muito trabalho a fazer esta noite para terminar o texto completo” do acordo, avisou o líder dos republicanos no Congresso, que não quis responder a perguntas da imprensa.

A decisão surgiu poucas horas depois de uma conversa telefónica entre Biden e McCarthy, na tarde de sábado.

Na sexta-feira, o Departamento do Tesouro norte-americano tinha ajustado, de 01 de junho para 05 de junho, a data em que os EUA entram em incumprimento.

O limite da dívida é o montante total de dinheiro que o governo dos Estados Unidos pode pedir emprestado para cumprir as obrigações legais de pagamento de prestações da Segurança Social e do sistema de seguros de saúde (Medicare), salários dos militares, juros da dívida do país, reembolsos de impostos e outros pagamentos.

De tempos a tempos, os Estados Unidos estão à beira do incumprimento da dívida, porque, ao contrário de outros países, o Governo só pode emitir dívida até ao limite estabelecido pelo Congresso, que tem o poder de aumentar esse teto se assim o entender.

A 19 de janeiro, o país atingiu o limite legal da dívida de 31,4 biliões de dólares (cerca de 29 biliões de euros).

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Bruxelas espera acordo na UE este ano sobre primeira lei para inteligência artificial

  • Lusa
  • 28 Maio 2023

Vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável por Uma Europa Preparada para a Era Digital e para a Concorrência, Margrethe Vestager, prevê que as regras só entrem em vigor em 2025.

A Comissão Europeia espera, este ano, um acordo na União Europeia (UE) relativamente à primeira lei sobre Inteligência Artificial (IA), embora admita que as novas regras só entrem em vigor em 2025, não acompanhando a velocidade da tecnologia.

“Esperamos ter o primeiro trílogo [discussão entre colegisladores] sobre a Lei da IA na Europa antes do verão, o que significaria que, se trabalharmos arduamente para tal, poderemos ter um resultado até ao final do ano”, afirma a vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável por Uma Europa Preparada para a Era Digital e para a Concorrência, Margrethe Vestager.

Em entrevista à agência Lusa e outros meios de comunicação social europeus, em Bruxelas, a propósito da quarta reunião do Conselho de Comércio e Tecnologia UE com os Estados Unidos, onde será abordada a regulação da IA, a responsável explica que, mesmo perante um acordo este ano ao nível europeu, “isso ainda levaria pelo menos um, se não dois anos, para entrar em vigor”.

“O que significa que precisamos de algo para colmatar esse período de tempo porque o desenvolvimento da IA neste momento parece ser exponencial e muitas coisas boas podem ser ditas sobre a democracia, mas a velocidade do trabalho não é exponencial”, acrescenta Margrethe Vestager, indicando que “isso não é criticar ninguém, […] só significa que há um enorme número de questões a serem discutidas quando se trata de fazer pleno uso” desta tecnologia.

Na antevisão desta reunião, que decorre em Lulea, no âmbito da presidência sueca do Conselho, a vice-presidente executiva aponta que a IA “tem sido uma constante na agenda” entre UE e Estados Unidos, nomeadamente porque “existe um enorme potencial de produtividade e uma das preocupações na União Europeia é que o crescimento da produtividade tem sido bastante lento”.

Também demorado tem sido o ritmo das negociações ao nível comunitário sobre esta lei proposta há dois anos, pelo que, segundo Margrethe Vestager, iniciar as negociações antes do verão possibilitaria “começar o trabalho técnico”, com vista a acordos políticos, sendo que “o Conselho está muito mais próximo da proposta da Comissão” do que o Parlamento.

A Comissão Europeia apresentou, em abril de 2021, uma proposta para regular os sistemas de IA, a primeira legislação ao nível da UE e que visa salvaguardar os valores e direitos fundamentais da UE e a segurança dos utilizadores, obrigando os sistemas considerados de alto risco a cumprir requisitos obrigatórios relacionados com a sua fiabilidade.

Esta será, então, a primeira regulação direcionada para a IA, apesar de os criadores e os responsáveis pelo desenvolvimento desta tecnologia estarem já sujeitos à legislação europeia em matéria de direitos fundamentais, de proteção dos consumidores e de regras em matéria de segurança dos produtos e de responsabilidade.

Previsto está que sejam introduzidos requisitos adicionais para colmatar os riscos, como a existência de supervisão humana ou a obrigação de informação clara sobre as capacidades e as limitações da inteligência artificial.

A IA tem vindo a ser cada vez mais usada em áreas como o entretenimento (personalização dos conteúdos), o comércio ‘online’ (previsão dos gostos dos consumidores), os eletrodomésticos (programação inteligente) e os equipamentos eletrónicos (recurso aos assistentes virtuais como a Siri ou a Alexa, entre outros).

A Comissão Europeia tem tentado reforçar a cooperação entre os Estados-membros relativamente à IA, mas ainda não existe um enquadramento legal comum, pelo que o objetivo é passar de uma abordagem voluntária para a esfera regulatória.

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Eleições na Turquia: uma oportunidade para a UE repensar a sua relação com Erdogan?

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Maio 2023

Distante do Ocidente, Erdogan quer prolongar por mais cinco anos a sua permanência de duas décadas no poder na Turquia. Que significado têm as eleições turcas para a relação do país com a UE?

Depois de uma primeira volta em que nenhum dos candidatos obteve mais de 50% dos votos, cerca de 60 milhões de eleitores turcos regressam este domingo às urnas perante a escolha de manter no poder o atual Presidente, o conservador Recep Tayyip Erdogan, ou dar um novo rumo ao país ao fim de duas décadas, optando pelo social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, que lidera uma frente de sete formações políticas. Embora seja candidata à adesão à União Europeia (UE) e membro da NATO, a Turquia tem estado afastada do Ocidente. Pode o resultado destas eleições dar um novo valor geopolítico às relações entre o país e os aliados ocidentais, sobretudo a UE e os EUA?

Estas eleições são renhidas, o que não é muito normal. O normal seria uma vitória relativamente fácil de Erdogan“, nota o historiador António José Telo, em declarações ao ECO. A 300 mil votos da vitória, o atual Chefe de Estado turco parte na frente para a segunda volta, depois de a votação de 14 de maio ter dado 49,5% dos votos ao seu Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, islamismo nacionalista) e 44,9% ao Partido Republicano do Povo (CHP, maior partido da oposição).

Primeiro-ministro entre 2002 e 2014, ano em que passou a Presidente, para depois transformar o país numa república presidencialista, Erdogan assumiu o poder na Turquia após uma espiral inflacionista e uma crise bancária que tinha esmagado a economia. Embora os primeiros anos tenham sido sinónimo de um crescimento económico constante, as políticas económicas do líder do AKP nos últimos anos têm trazido muitas consequências negativas à economia turca.

Desde 2019 demitiu três governadores do banco central, que era considerado independente, nomeou o seu genro ministro das finanças e obrigou o banco a adotar uma política monetária de baixas taxas de juro. Esta situação manteve o crescimento económico relativamente sólido – segundo dados oficiais da agência de estatísticas do país, que podem não ser fiáveis, o PIB cresceu 5,6% em 2022 –, mas conduziu a uma inflação que atingiu um pico de 86% no ano passado e que ainda está bem acima dos 40%.

Recep Tayyip ErdoğanLusa

A recusa em mudar a sua política económica arrastou também a moeda nacional turca. Nos últimos dois anos, a lira desvalorizou 60% face ao dólar. Além disso, há apenas cinco anos, os investidores estrangeiros detinham 64% das ações turcas e 25% das obrigações do Estado turco, enquanto atualmente detêm apenas 29% e 1%, respetivamente. O défice da balança corrente, por sua vez, atingiu um recorde de 10 mil milhões de dólares em janeiro passado.

No entanto, não é só a economia que está em maus lençóis na Turquia. A falta de independência do poder judicial, as intimidações à imprensa e a ativistas, as alterações à Constituição para centrar cada vez mais o poder na figura do Presidente têm deixado a democracia turca em estado de erosão.

Juntando a este cenário as questões do terrorismo separatista curdo e do repatriamento de refugiados – o país acolhe cerca de 6 milhões de refugiados, dos quais 3,5 milhões são sírios –, a Turquia com Erdogan no poder tem sido sinal de um afastamento face ao Ocidente, perturbação no Médio Oriente e laços mais estreitos com a Rússia.

Erdogan, em larga medida, pela política que a União Europeia assumiu quanto à Turquia, teve um processo de crescente distanciamento e procura de uma autonomia em relação ao Ocidente em geral“, considera António José Telo, que discorda da política de “fechar a porta” assumida pelo bloco comunitário. Para o historiador, “devia ter sido seguida uma política de colocar crescentes condições, mas sem fechar a porta por completo”.

António José Telo aponta que esse distanciamento teve também consequências na relação da Turquia com os EUA e, a partir daí, na relação com a guerra na Ucrânia, perante a qual mantém uma política de “quase neutralidade” e “de equidistância em relação aos dois lados”.

Ainda assim, Erdogan bloqueou a candidatura da Suécia à adesão à NATO, argumentando que o país alberga terroristas curdos, enquanto o seu Governo depende do Kremlin para importações baratas de gás, empréstimos e até conhecimentos para construir a central nuclear que inaugurou recentemente. Ao mesmo tempo, foi um ator importante para firmar o acordo de cereais entre Kiev e Moscovo.

Significa isto que, se a oposição – que promete ratificar a adesão da Suécia à NATO num mês, bem como melhorar as relações com a UE – vencer estas eleições, isso será significativo para a região. “Sem dúvida em termos do Médio Oriente e da relação com a Síria e com os curdos, mas também em termos da relação com a UE e os EUA. Altera significativamente os equilíbrios da região”, sublinha António José Telo ao ECO.

No caso da vitória de Erdogan, o historiador considera que estas eleições “poderão, pelo menos, ser uma oportunidade para a UE e os EUA corrigirem certos aspetos da sua relação com a Turquia”, assinalando que “os Estados Unidos permitiram um afastamento da Turquia em relação ao que era uma colagem à posição americana anterior e partir em larga medida para uma posição algo radical e intransigente que foram mantendo“.

Em resumo, conclui António José Telo, estão em jogo nestas eleições “pontos significativos”, mas são uma “boa ocasião para quer a UE, quer os EUA repensarem a sua relação com a Turquia“. “Sobretudo abandonarem essa posição algo infantil, que é a posição de que só é possível manter relações amigáveis do ponto de vista da política externa com regimes que sejam o equivalente a uma democracia da UE com todos os seus simbolismos”, afirma.

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Benfica é campeão nacional. Veja o vídeo dos festejos na conferência de imprensa

  • ECO
  • 27 Maio 2023

O Benfica ganhou 3-0 ao Santa Clara na última jornada do campeonato e garantiu assim o 38º titulo nacional. "Foi uma longa jornada", afirmou Roger Schmidt.

Gonçalo Ramos, Rafa e Grimaldo marcaram os golos que deram a vitória ao Benfica na última jornada do campeonato, contra o despromovido Santa Clara, a decisiva para o clube da Luz garantir o 38º título de campeão nacional. Chegou a ter 10 pontos de avança sobre o FC Porto, e acabou a ganhar o 38º título com dois pontos de avanço. E o alemão Roger Schmidt ganha assim um título na primeira época como treinador do clube da Luz.

Após uma ‘seca’ de três temporadas, os ‘encarnados’ voltaram a festejar um título nacional, terminando a I Liga com 87 pontos, mais dois do que o FC Porto.

Roger Schmidt, treinador alemão que conduziu o Benfica ao 38.ª título de campeão português de futebol, agradeceu aos adeptos o apoio ao longo de toda a temporada, assim como o empenho dos jogadores. Na conferência de imprensa posterior à vitória por 3-0 frente ao Santa Clara, para a 34.ª e última jornada da I Liga portuguesa, o técnico destacou o mérito da conquista das ‘águias’ e a dedicação de todos que com ele trabalharam.

É um misto de muita felicidade e muito orgulho. Foi uma longa jornada e precisámos de muita entrega para atingir o nosso objetivo, que era ser campeão novamente. Sabíamos o quanto os benfiquistas queriam uma temporada de sucesso. Foi uma grande motivação para nós e foi uma luta dura. Precisámos de 87 pontos e de ir à última jornada para podermos ser campeões. Estou muito feliz pelos meus jogadores e ‘staff’, pelo quanto trabalharam para isto e porque tentaram tudo para ser a melhor equipa de Portugal”, disse Schmidt.

Depois de se ter tornado no primeiro treinador alemão a vencer um título de campeão em Portugal, admitiu que havia “muita pressão” para vencer o jogo frente ao Santa Clara e elogiou a “atitude para vencer” dos jogadores. “Jogámos sempre bom futebol, um futebol atacante. Os jogadores tentaram sempre entreter os espetadores, mas com o objetivo de conquistar troféus. No final, tivemos a recompensa”, disse Schmidt, antes de ser interrompido pelos jogadores, que ‘invadiram’ a sala de imprensa do Estádio da Luz para o habitual banho de espumante.

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Ex-secretário de Estado norte-americano Kissinger celebra 100 anos

  • Lusa
  • 27 Maio 2023

O ex-secretário de Estado e conselheiro presidencial Henry Kissinger celebra 100 anos, continuando ativo após ter enfrentado alguns dos períodos mais conturbados dos EUA, como a guerra do Vietnam.

O ex-secretário de Estado norte-americano e conselheiro presidencial Henry Kissinger celebra este sábado 100 anos, continuando ativo após ter enfrentado alguns dos períodos mais conturbados dos Estados Unidos, incluindo a presidência de Richard Nixon e a Guerra do Vietname.

Nascido na Alemanha em 27 de maio de 1923, Kissinger continua conhecido pelo seu papel fundamental na política externa norte-americana nas décadas de 1960 e 1970, incluindo tentativas de retirar as tropas dos Estados Unidos do Vietname, mas não antes de se tornar intimamente ligado a muitos outros conflitos.

David Kissinger, escrevendo no The Washington Post de quinta-feira, disse que o centenário do seu pai “pode ter um ar de inevitabilidade para qualquer pessoa familiarizada com a sua força de caráter e amor pelo simbolismo histórico. Ele não apenas sobreviveu à maioria dos seus colegas, iminentes detratores e alunos, mas também permaneceu infatigavelmente ativo ao longo dos últimos anos“. Henry Kissinger celebrará o seu centenário esta semana com visitas a Nova Iorque, Londres e sua cidade natal, Fürth, na Alemanha, escreveu o filho.

Nos últimos anos, Kissinger continuou a exercer influência sobre os agentes do poder de Washington como um veterano diplomata, prestando assessoria a presidentes republicanos e democratas, incluindo durante o governo de Donald Trump.

O antigo político mantém uma empresa de consultoria internacional através da qual faz discursos com o sotaque alemão que não perdeu desde que fugiu do regime nazi com a sua família quando era adolescente.

Ainda este mês, Kissinger opinou que a guerra na Ucrânia está a chegar a um ponto de viragem com a China a entrar em negociações, esperando, em declarações à CBS News, que cheguem ao auge “até ao final do ano”.

"Durante oito anos como conselheiro de segurança nacional e secretário de Estado, Kissinger esteve envolvido em grandes eventos de política externa, incluindo o primeiro exemplo de busca de paz no Médio Oriente, negociações secretas com a China para descongelar as relações entre as superpotências emergentes e a instigação de negociações de paz cm vista ao fim do conflito no Vietname.”

Autor do livro “Diplomacia”, uma obra essencial do século XX, Kissinger também foi coautor de um livro sobre inteligência artificial em 2021 com o título “A Idade da AI: e o Nosso Futuro Humano“, alertando que os governos devem preparar-se para os riscos potenciais associados às novas tecnologias.

Durante oito anos como conselheiro de segurança nacional e secretário de Estado, Kissinger esteve envolvido em grandes eventos de política externa, incluindo o primeiro exemplo de busca de paz no Médio Oriente, negociações secretas com a China para descongelar as relações entre as superpotências emergentes e a instigação de negociações de paz cm vista ao fim do conflito no Vietname.

Kissinger, juntamente com o ex-Presidente Nixon, também foram alvo de críticas de aliados dos Estados Unidos quando as forças comunistas do Vietname do Norte tomaram Saigão em 1975, enquanto os funcionários norte-americanos fugiam do que hoje é Ho Chi Minh City.

Kissinger também foi acusado de orquestrar a expansão do conflito no Laos e no Camboja, permitindo a ascensão do regime genocida dos Khmer Vermelhos, que matou cerca de dois milhões de pessoas.

O ex-secretário de Estado foi reconhecido como um impulsionador central no esforço diplomático entre os Estados Unidos e a União Soviética, começando em 1967 até 1979, para reduzir as tensões da Guerra Fria com negociações comerciais e incluir os tratados de limitação de armas estratégicas.

Kissinger permaneceu um dos conselheiros de maior confiança de Nixon durante sua administração de 1969 a 1974, com poder crescente até o caso Watergate derrubar o 37.º Presidente dos Estados Unidos.

Gerald Ford, que como vice-presidente ascendeu à Sala Oval após a renúncia do seu antecessor, concedeu a Kissinger a Medalha Presidencial da Liberdade em 1977, dizendo que “empunhou o grande poder da América com sabedoria e compaixão ao serviço da paz”.

Outros acusaram Kissinger de se preocupar mais com o poder do que com a harmonia durante o seu mandato em Washington, adotando políticas de ‘realpolitik’ favorecendo os interesses norte-americanos enquanto ajudava ou encorajava regimes repressivos no Paquistão, Chile e Indonésia e sua invasão de Timor-Leste em 1975.

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Governo regional desvaloriza sobrelotação de principais atrações turísticas da Madeira

  • Lusa
  • 27 Maio 2023

Presidente do Governo regional, Miguel Albuquerque, afasta a ideia de sobrelotação turística mas reconhece que é preciso uma maior organização e mais oferta.

O presidente do Governo da Madeira desvalorizou este sábado as críticas à sobrelotação das principais atrações turísticas da região, reconhecendo, no entanto, que a solução passa por uma maior organização com os agentes turísticos e com a diversificação da oferta.

“Eu acho que isso é tudo uma questão de nos organizarmos e ter mais oferta. Esse é um bom problema”, afirmou Miguel Albuquerque, quando questionado pelos jornalistas sobre as recorrentes queixas dos guias turísticos relativamente à sobrelotação dos locais mais turísticos.

O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP) falava à margem de uma visita às novas instalações da banda municipal da Ribeira Brava, na zona oeste da ilha.

“Se nós nos entendermos e colaborarmos uns com os outros não é um grande problema. O problema era se nós não tivéssemos turistas”, defendeu Miguel Albuquerque (PSD).

O governante reconheceu, porém, que “é preciso fazer uma cogestão dos espaços com algum cuidado”, encetar “algum diálogo com os agentes turísticos sobretudo nas zonas de maior atração” e “diversificar também as próprias ofertas”.

“Daí a importância de alguns projetos que estão agora em andamento, como por exemplo os caminhos reais da Calheta e o teleférico do Curral das Freiras”, referiu.

“É preciso as pessoas que vêm aqui à Madeira tenham uma capacidade de diversidade de oferta que possa descongestionar os grandes pontos da convergência de turistas”, reforçou.

Questionado, por outro lado, sobre a privatização da Azores Airlines, companhia aérea do grupo SATA, o presidente do Governo da Madeira disse que o seu executivo não será “proprietário de companhias aéreas“, considerando que, “salvo casos excecionais”, devem ser os operadores privados a fazê-lo.

Miguel Albuquerque referiu que o seu governo fez “alguns contactos” com empresários madeirenses dando conta que havia interesse por parte da companhia aérea em abrir o capital aos privados.

 

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Líder militar do Reino Unido avisa para Rússia vingativa se perder a guerra

  • Lusa
  • 27 Maio 2023

Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Britânicas, Mike Wigston, alerta que a Rússia vai tornar-se mais vingativa se for derrotada na guerra na Ucrânia e representará uma ameaça direta para Londres.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Britânicas, Mike Wigston, alertou que a Rússia vai tornar-se mais vingativa se for derrotada na guerra na Ucrânia e representará uma ameaça direta para Londres.

Em declarações ao jornal The Telegraph, Wigston destacou as capacidades aéreas, marítimas e submarinas das Forças Armadas Russas, algo em que não só as autoridades britânicas, mas também a Aliança Atlântica, devem manter o seu foco.

“Quando o conflito na Ucrânia terminar e a Ucrânia restaurar as suas fronteiras, como deve, teremos uma Rússia ferida, vingativa e brutal, cujos meios para nos prejudicar são ataques aéreos, ataques com mísseis e ataques submarinos”, alertou Wigston.

Da mesma forma, o alto comando militar alertou que o problema não é apenas o Presidente russo, Vladimir Putin, já que na Rússia existem inúmeras pessoas que esperam poder assumir as rédeas do país e que “poderiam ser igualmente brutais e perversos”.

“Putin é um ditador que está preparado para travar uma guerra brutal em nome do que a Rússia, na cabeça dele, deveria ser”, disse afirmou.

As declarações de Wigston, que deixará o cargo no próximo mês, lembram as posições defendidas pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, durante os primeiros tempos da guerra na Ucrânia, quando pediu uma solução sem “humilhar a Rússia”.

O Presidente francês surgiu então como o principal promotor de uma solução diplomática para o conflito.

Recentemente, durante uma viagem à China, Macron defendeu que Pequim usasse a sua influência sobre Moscovo para avançar em direção à paz.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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Festival CCP: ABCLGBTQIA+, da The Walt Disney Company e Stream and Tough Guy, e O Escritório são os grandes vencedores

The Forgotten Team, da Dentsu Creative para a Meo, e a Amnistia Internacional, venceu o GP Jornalistas. O GP para o Bem foi para a Petição Luto Parental, da Tux&Gill para a Acreditar.

Créditos: Francisco Melim

A campanha “ABCLGBTQIA+”, da agência in-house da The Walt Disney Company (TWDC), em colaboração com a Stream and Tough Guy (SaTG), para a Fox Life e a ILGA, foi a vencedora do Grande Prémio CCP 2023.

O projeto vencedor é um novo glossário de linguagem inclusiva criado para ensinar o país inteiro, que fornece material didático de fácil aprendizagem em vídeo, texto e áudio. Livre de direitos, pode ser reutilizado por qualquer pessoa, marca ou instituição. “Com o glossário online e as palavras por toda a media, o impacto foi enorme. E o ABCLGBTQIA+ é hoje um programa de formação em Universidades Sénior, num esforço de transformar os mais conservadores, num dos maiores símbolos de tolerância que esta causa poderá ter”, descrevem as agências na apresentação do projeto.

O “ABCLGBTQIA+” que teve como diretores criativos Hellington Vieira e Miguel Durão, da TWDC e da SaTG, conseguiu, entre outros resultados, +15 milhões de earned media impressions, +5 milhões de media value, 118 artigos de opinião, 75 países visitaram a plataforma, 34 países descarregaram o glossário, que teve mais de 18 mil ficheiros descarregados.

O “The Forgotten Team”, da Dentsu Creative para a MEO e a Amnistia Internacional, venceu o Grande Prémio Jornalistas. Neste trabalho, a operadora aliou-se à Amnistia Internacional e criou a Forgotten Team, uma equipa de futebol em tributo aos milhares de trabalhadores migrantes que deram as suas vidas pelo Campeonato do Mundo no Qatar. A camisola era inspirada nos coletes amarelos dos trabalhadores e tinha nas costas o Artigo 4 do Human Rights Act. Onze trabalhadores migrantes tornaram-se embaixadores da campanha e deram a cara e a voz para contar as histórias reais do que aconteceu. Tiraram uma fotografia como uma seleção verdadeira e, à semelhança dos típicos cartazes de seleções de futebol, foram posteriormente publicados como encarte nos principais jornais desportivos do país, pode ler-se na descrição da peça.

O Grande Prémio para o Bem foi atribuído à campanha “Petição Luto Parental” da Tux & Gill para a Acreditar, iniciativa que conseguiu, através de uma petição pública para levar o tema à Assembleia da República, passar de cinco para 20 dias o tempo de luto parental. A lei, simbolicamente a primeira de 2022, foi aprovada em 39 dias.

Crédidtos: Francisco Melim

O Escritório, pela soma de todos os prémios, foi eleito a Agência do Ano e a Super Bock ganhou o título de Anunciante do Ano.

Com 1030 inscrições feitas por 147 empresas, a shortlist chegaram 389 trabalhos. Foram atribuídos no total 44 ouros, 84 pratas e 114 bronzes.

Vencedores por categoria:

  • Publicidade
    Melhor Agência: O escritório
    Melhor Anunciante: Super Bock e Domino’s Pizza (empate)
  • Design
    Melhor Estúdio: Graficalismo
    Melhor Anunciante: Ciclopes
  • Digital
    Melhor Agência: Graficalismo
    Melhor Anunciante: Mister Cimba
  • Experiências de Marca
    Melhor Agência: Uzina
    Melhor Anunciante: Samsung
  • Craft em Publicidade
    Melhor Produtora de imagem: 78
    Melhor Produtora de Som: Guel
    Melhor Anunciante: Ikea
  • Criatividade em Meios
    Melhor Agência: Dentsu Creative
    Melhor Anunciante: MEO e Amnistia Internacional
  • Integração e Inovação
    Melhor Agência: Uzina
    Melhor Anunciante: FOX Life e ILGA

Os vencedores do 25º Festival CCP foram conhecidos na noite desta sexta-feira, no espaço da antiga Fábrica do Pão do Hub Criativo do Beato. Os trabalhos vencedores podem ser consultados na plataforma online do Clube.

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Falha informática cria caos nas entradas nos aeroportos do Reino Unido

  • Lusa
  • 27 Maio 2023

Sistema automatizado de controlo de passaportes esteve em baixo e levou a atrasos de horas para os passageiros que chegavam aos aeroportos no Reino Unido, sobretudo em Londres.

Uma falha num computador afetou este sábado o sistema automatizado de controlo de passaportes e criou grandes atrasos para os viajantes que chegavam aos aeroportos no Reino Unido, sobretudo em Londres, informaram as autoridades.

Também nas redes sociais, muitos viajantes têm reclamado por terem que esperar várias horas antes de conseguirem passar pelos controlos de imigração, em pleno fim de semana prolongado.

Os aeroportos de Heathrow e Gatwick, em Londres, citaram um problema nacional que afeta os “e-gates” da polícia de fronteira britânica, que permitem a passagem automática através de verificações.

“As nossas equipas estão a trabalhar em estreita colaboração com a polícia de fronteira para resolver o problema o mais rapidamente possível”, publicou a gestão do aeroporto de Heathrow na sua página na Internet, acrescentando que foram mobilizados mais funcionários para gerenciar as filas de espera e ajudar os passageiros.

O Reino Unido tem mais de 270 portões (gates) eletrónicos em 15 infraestruturas e que estão disponíveis para viajantes com mais de 12 anos, sejam britânicos, cidadãos da UE ou de vários outros países (incluindo Austrália, Canadá, Islândia, Japão ou Estados Unidos).

“Estamos cientes de que temos um problema nacional que afeta as chegadas ao Reino Unido”, disse uma porta-voz do Ministério do Interior do Reino Unido., acrescentando que “estão a trabalhar para resolver o problema o mais rápido possível, em colaboração com operadoras e companhias aéreas para minimizar os problemas dos viajantes”.

Longas filas também foram relatadas na manhã de hoje para embarcar nos navios que atravessam o Canal da Mancha através do porto de Dover (sudeste da Inglaterra) devido a um problema informático no controlo de passaportes na fronteira francesa, problema que já se encontra revolvido segundo um Twitter da organização.

De acordo com a mesma publicação, o problema “foi resolvido”, estimando entre 30 e 45 minutos o tempo de espera a meio do dia, em comparação com os 90 minutos da manhã.

Estas perturbações surgem depois de a companhia aérea British Airways ter tido de cancelar muitos 175 voos entre quinta e sexta-feira devido a um problema técnico, segundo a agência britânica PA.

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