Exportações descem pelo oitavo mês consecutivo, mas abrandam queda
O défice comercial diminuiu 633 milhões de euros face a novembro do ano anterior, atingindo 1.928 milhões de euros.
As exportações portuguesas de bens voltaram a recuar em novembro pelo oitavo mês consecutivo, tendo registado uma descida homóloga nominal de 1,5% — queda, ainda assim, inferior às registadas nos últimos meses, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As importações também baixaram: caíram 7,6% face a outubro de 2022.
No mês de outubro, as exportações tinham registado uma descida 3,3%, enquanto as importações tinham baixado 1,8%. Olhando para os últimos meses, é visível um abrandamento do ritmo de descidas nas exportações, que tinham contraído 8,6%, 7,6% e 10,6% em setembro, agosto e julho, respetivamente.
Os fornecimentos industriais e os combustíveis e lubrificantes foram os principais responsáveis pela queda em ambos os fluxos no mês de novembro, com uma queda homóloga de 5,4% e 13,3% nas exportações e de 12,2% e 36,8% nas importações, respetivamente.
Segundo o INE, excluindo os combustíveis e lubrificantes registaram-se decréscimos de 0,6% nas exportações e de 2,9% nas importações.
O défice da balança comercial diminuiu 633 milhões de euros face a novembro do ano anterior, atingindo 1.928 milhões de euros e 1.004 milhões de euros, face ao mês anterior.
“Os Combustíveis e lubrificantes, representaram 22,7% do défice da balança comercial em novembro (21,9% em outubro de 2023; 33,9% em novembro de 2022), pelo que o saldo da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou -1.490 milhões de euros em novembro de 2023, o que corresponde a uma diminuição do défice de 202 milhões de euros face a novembro do ano anterior e um decréscimo de 801 milhões de euros em relação ao mês anterior”, detalha o INE.
Em termos de países, novembro ficou marcado por uma quebra de 37,7% nas exportações para Angola, nomeadamente na categoria de máquinas e outros bens de capital, produtos alimentares e fornecimentos industriais; e de 15,3% para os Estados Unidos, sobretudo de combustíveis e lubrificantes.
Nas importações, “salientam-se os decréscimos do Brasil (-85,7%) e dos Estados Unidos (-52,2%), destacando-se em ambos os casos os Combustíveis e lubrificantes, embora sendo sobretudo Óleos brutos de petróleo no primeiro caso e Gás natural liquefeito no segundo”.
No trimestre terminado em novembro de 2023, as exportações e as importações diminuíram 4,4% e 7,4%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2022 (-6,5% e -10,0%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em outubro deste ano).
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