Comissão Nacional de Eleições recebeu queixas da campanha da Ikea que se tornou viral
As queixas foram apresentadas por cidadãos que consideram que a campanha da marca sueca representa uma interferência no processo eleitoral. A CNE deve analisar a questão na próxima terça-feira.
A campanha da Ikea que se tornou viral e que teve como elemento central o montante em dinheiro apreendido ao chefe de gabinete de António Costa continua a dar que falar. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu queixas de cidadãos contra a campanha lançada pela marca sueca esta semana, segundo o jornal Público.
Estas queixas – apresentadas por cidadãos que “consideram que a campanha publicitária representa uma interferência no processo eleitoral” – devem ser analisadas na reunião da CNE na próxima terça-feira, onde se vai tentar aferir a existência de uma eventual interferência do anúncio outdoor no processo eleitoral.
Contactada pelo +M, Cláudia Domingues, country communication manager da Ikea Portugal, defende que a marca não tem nenhuma indicação de que exista um fundamento legal para estas queixas, o que de resto foi analisado antes do lançamento da campanha.
“Boa para guardar livros. Ou 75.800€“, refere o anúncio em questão, que contou com a criatividade da Uzina. A campanha ficou rapidamente viral nas redes sociais, gerando inúmeras reações e diferentes opiniões.
Ao +M, Cláudia Domingues, explicou na altura que a campanha “não tem nada a ver com política”.
“Brincamos com os termos políticos, brincamos com a atualidade, sem tomar partido de qualquer uma das fações políticas. Esse não é de todo o nosso território. É um tema da atualidade e que tem a ver com o nosso universo, a arrumação”, afirmou.
“Assumir o tema das eleições não significa assumir um lado político, mas sim falar de um tema da atualidade. E é tão simples quanto isso. É um tema da atualidade, que está na vida das pessoas e nós gostamos de estar ao lado das pessoas e fazer parte da conversa social“, clarificou ainda, referindo que este é um tema que mexe com as pessoas e que tem despertado interesse.
Entretanto foram várias as marcas que aproveitaram a “boleia” e partilharam conteúdos em resposta à campanha, num verdadeiro exemplo de real-time marketing.
As reações também já chegaram à política, com a Iniciativa Liberal (IL) a aproveitar o tema do momento nas suas publicações.
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