Taxa de juro dos novos créditos à habitação volta a cair para 3,81%. É o valor mais baixo em quase um ano

Há três meses consecutivos que a taxa de juro dos novos créditos à habitação está a cair. Em janeiro fixou-se em 3,81%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2023.

A contínua tendência de queda das taxas Euribor voltou a baixar o custo financeiro da compra de casa. Em janeiro, a taxa de juro dos novos empréstimos à habitação registou a terceira queda mensal consecutiva, fixando-se nos 3,81% no primeiro mês do ano, menos 18 pontos base face à taxa registada em dezembro.

Segundo dados do Banco de Portugal publicados esta segunda-feira, é também a taxa de juro mais baixa em quase um ano. É preciso recuar a fevereiro de 2023 para encontrar uma taxa mais baixa do que a registada em janeiro. Sem alteração esteve a taxa de juro média dos contratos renegociados, que se manteve nos 4,39%.

“Em janeiro de 2024, os novos empréstimos à habitação foram realizados, sobretudo, a taxa mista (isto é, com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável)”, refere o Banco de Portugal em comunicado, sublinhando ainda que “os empréstimos a taxa mista representaram 71% do total de novos empréstimos à habitação.”

Os dados do Banco de Portugal mostram também uma subida do volume de renegociações de créditos à habitação, ao movimentarem cerca de 716 milhões de euros em janeiro, cerca de 13,7% acima dos 630 milhões contabilizados em dezembro e mais 23,7% face aos 579 milhões renegociados em janeiro de 2023.

O Banco de Portugal revela ainda que a prestação média mensal dos créditos à habitação aumentou de 425 euros em dezembro para 426 euros em janeiro, “uma subida inferior à registada nos meses anteriores.”

Além disso, os dados do regulador apontam para que, em janeiro, as amortizações antecipadas dos créditos à habitação tenham representado 1,29% do stock de empréstimos, 3 pontos base menos que no mês anterior.

“Apesar de ter diminuído, o peso das amortizações antecipadas foi o segundo mais elevado desde o início da série estatística, em dezembro de 2021”, nota do Banco de Portugal, referindo ainda que “as amortizações antecipadas totais (que incluem os contratos finalizados por amortização da dívida do devedor, as consolidações de crédito em novo contrato e as transferências de crédito para outra instituição) representaram 87% das amortizações antecipadas em janeiro de 2024.

Nos empréstimos ao consumo, “a taxa média de novas operações fixou-se nos 9,44% em janeiro de 2024, o valor mais alto desde fevereiro de 2014”, destaca ainda o Banco de Portugal, referindo também que, “nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média aumentou 0,11 pontos percentuais, para 5,31%.”

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