Pingo Doce vai abrir 50 restaurantes este ano para ser maior rede em Portugal

Resposta à concorrência internacional em Portugal passa por abrir mais restaurantes nos supermercados. Grupo quer chegar aos 240 este ano.

O Pingo Doce está a apostar na área de meal solutions como fator de diferenciação e rentabilidade num ambiente mais competitivo, prevendo abrir este ano 50 restaurantes nos supermercados, para chegar a um total de 240 e tornar-se na maior cadeira de restauração no país, afirmou esta quinta-feira a CEO da rede de retalho nacional do grupo.

Questionada, em conferência de imprensa, sobre a posição e resposta da Jerónimo Martins face a um aumento de concorrência no mercado doméstico de retalho alimentar com investimento de players internacionais, como a espanhola Mercadona, a francesa Auchan e as alemãs Lidl e Aldi, Isabel Ferreira Pinto, CEO do Pingo Doce, respondeu que os preços e a diferenciação são as apostas.

“Aquilo que está a acontecer no mercado português não é novo. Estamos habituados a operar num mercado competitivo e encaramos isso com uma certa naturalidade. Faz parte do nosso dia-a-dia”, afirmou, adiantando que a empresa vai continuar a investir na sua “proposta de preço e manter a atividade promocional como o centro da estratégia para continuar a honrar a preferência dos portugueses”.

Sublinhou, no que entanto, que a empresa tem, “acima de tudo, para marcar a diferenciação versus todos os outros operadores, de continuar a investir na área de meal solutions, que é a área de diferenciação e de rentabilidade no futuro”.

Explicou que, depois de terminar 2023 com 190 restaurantes, o Pingo Doce “está a contar abrir mais 50 este ano”. “Abrimos o nosso primeiro restaurante há 17 anos e contamos terminar o ano de 2024 a ser maior cadeia de restauração em Portugal“, concluiu.

Os lucros líquidos da Jerónimo Martins subiram 28,2% em 2023, para 756 milhões de euros, informou a empresa em comunicado enviado ao mercado esta quarta-feira.

A empresa já tinha informado, a 11 de janeiro, que o volume de negócios disparou 20,6% para 30.608 milhões de euros em 2023, devido ao forte desempenho de vendas com “foco na competitividade de preço e no crescimento em volume”, que permitiu superar pela primeira vez o marco dos 30 mil milhões de euros de vendas.

Em Portugal, o Pingo Doce registou uma subida de 7,9% nas vendas anuais para 4,9 mil milhões de euros, com venda like-for-like (LFL), ou seja comparando as mesmas lojas sem ter em conta novas aberturas, de 7,7%. No segmento cash&carry, o turismo foi o motor de crescimento, com o Recheio a aumentar as vendas em 15,1% para 1,3 mil milhões de euros, com um LFL de 14%.

Nas perspetivas para 2024, a empresa frisou que em Portugal persistem sinais de pressão sobre as famílias relacionados com taxas de juro elevadas, “esperando-se, por isso, que o consumo continue pouco dinâmico”, adiantando que o Pingo Doce “manterá a sua forte e reconhecida dinâmica comercial e prosseguirá com a implementação do novo conceito de loja que evidencia a diferenciação da insígnia, a nível de meal solutions e perecíveis.

O Pingo Doce terminou 2023 com 482 lojas, tendo aberto 11 lojas e encerrado uma. A empresa prevê remodelar entre 60 e 80 lojas no ano e inaugurar cerca de 10 novas localizações.

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