Governo de Montenegro com liberais ainda é uma possibilidade em cima da mesa

O futuro Governo liderado por Luís Montenegro vai incluir o CDS e poderá também integrar a Iniciativa Liberal, sendo que os partidos estarão mesmo em negociações, de acordo com o Público. O líder do PSD reúne-se com o Presidente da República esta quarta-feira e poderá ser indigitado ainda esta noite, após serem conhecidos os resultados provisórios dos círculos do estrangeiro.

Parece já, certo é que o CDS vai integrar o Governo, após ter concorrido coligado com os social-democratas e ter conseguido voltar ao Parlamento com a eleição de dois deputados. O partido deverá ficar com um Ministério, liderado pelo presidente do partido, Nuno Melo, bem como com três secretarias de Estado.

Quanto à IL, é ainda incerto se o partido vai ter representação no Executivo. Rui Rocha sinalizou que essa é uma possibilidade com pouca probabilidade, tendo dito à saída da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa que “o mais natural” é ficar fora de um Governo da AD. Apesar desta posição, disse estar disponível para o diálogo caso exista da “parte do partido vencedor das eleições outro tipo de análise que possa implicar outro tipo de solução mais estrutural”.

Depois destas declarações, o ex-presidente do PSD, Luís Marques Mendes, no habitual espaço de comentário na SIC, garantiu que um dos cenários em cima da mesa é “um Governo PSD/CDS com IL”. “Se isso acontecer, provavelmente a IL terá direito a dois ministros, o CDS terá um ministro e os restantes serão ministros do PSD”, indicou. O objetivo de Montenegro é formar um Executivo que transmita uma imagem de estabilidade à direita.

Nesta discussão, não há indicações sobre os nomes do partido poderiam vir a integrar o Governo. Mas a Renascença escreve que Rui Rocha, Carlos Guimarães Pinto e João Cotrim de Figueiredo são os elementos com peso político para eventualmente entrar no Executivo. Porém, João Cotrim de Figueiredo já foi anunciado como o cabeça-de-lista da IL para as eleições europeias, que se vão realizar a 9 de junho deste ano.

Ao final do dia serão conhecidos os resultados provisórios da emigração, que deverão atribuir dois deputados ao Chega, um ao PSD e um ao PS. Coincidindo com a reunião de Marcelo com a delegação da AD liderada por Luís Montenegro. Deverão ser conhecidos depois das 19h e o Presidente da República poderá optar pela indigitação imediata de Luís Montenegro como primeiro-ministro, no sentido de dar orientação ao presidente do PSD para começar a preparar a formação do novo Governo, revelou fonte de Belém ao ECO.