Banco de Fomento aprova investimento de 7,4 milhões na Mota-Engil Renewing e 20 milhões na Turbalvoroço

Programa Deal-by-Deal já tem dois investimentos aprovados, num total de 27,39 milhões de euros. A dois anos de terminar o prazo para concluir a execução do programa, estão investidos 6,2% da dotação.

O Banco Português de Fomento (BPF) anunciou esta terça-feira a aprovação de um investimento de 7,4 milhões de euros na Mota-Engil Renewing, sendo o primeiro “totalmente alinhado com os princípios ESG (Ambiental, Social e de Governança)”. Uma operação que já estava aprovada pelo menos desde o início de abril.

O programa já tem dois investimentos aprovados, num total de 27,39 milhões de euros. A dois anos de terminar o prazo, para concluir a execução do programa, estão investidos 6,2% da dotação do programa.

“O montante de investimento total aprovado é de 7,4 milhões de euros, com 2,4 milhões a serem aportados diretamente pelo Programa de Coinvestimento Deal-by-Deal e cinco milhões através de um Fundo de Capital de Risco sob gestão da Oxy Capital”, refere o banco liderado por Celeste Hagatong e Ana Carvalho, em comunicado.

“Esta primeira operação do Deal-by-Deal destaca-se por ser 100% ESG, permitindo à Mota-Engil Renewing, a cleantech subsidiária do Grupo Mota-Engil, implementar uma estratégia para a transição energética, alinhada com a visão e objetivos do Grupo para alcançar a Neutralidade Carbónica até 2050”, acrescenta o banco no mesmo comunicado.

Este é um programa de coinvestimento, para fomentar a constituição de novas empresas e/ou capitalização empresarial, prioritariamente nas fases de arranque, que tem uma dotação de 200 milhões de euros. O Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) pode investir até 70% na empresa mas é necessário que este seja acompanhado por 30% de investimento privado.

As candidaturas abriram a 17 de janeiro de 2023 e foram entregues 24. Mas só foram consideradas elegíveis 15, que têm subjacente um investimento de 54,63 milhões do FdCR. A Indico foi a primeira sociedade gestora escolhida para este programa como avançou ao ECO fonte oficial do BPF em setembro do ano passado. A demora na obtenção de respostas às candidaturas ao programa levou a Cedrus Capital a apresentar uma intimação, tal como o ECO avançou no início de março.

Com este investimento a Mota-Engil Renewing pretende melhorar a oferta dos seus produtos de energia e carregamento e “otimizar processos internos através de tecnologias inovadoras como a digitalização, inteligência artificial, business intelligence, algoritmia e a simulação, e desenvolver plataformas digitais e outras soluções”.

Esta operação enquadra-se na janela C do programa, destinada às operações em que o montante de investimento do FdCR é igual ou superior a dois milhões de euros. Por isso, a operação foi submetida a consulta prévia da comissão técnica de investimento do fundo que “emitiu parecer favorável, prevendo-se que a formalização do contrato possa ocorrer muito em breve”. “O investimento do BPF prevê a subscrição de obrigações convertíveis em ações preferenciais com direito de voto, com uma maturidade de sete anos”, especifica o mesmo comunicado.

O Banco de Fomento já aprovou uma segunda operação no programa Deal-by-Deal, ainda mais avultada. Um investimento de 19,99 milhões de euros na Turbalvoroço Unipessoal, uma empresa de Lisboa, de fabrico de pneus e câmaras, criada em novembro do ano passado. Neste caso, com 9,99 milhões a serem aportados diretamente pelo Deal-by-Deal e dez milhões através de um fundo de capital de risco, que não é identificado no site do Banco de Fomento.

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