DGEG tem um modelo de leilão eólico preferido, mas não está escolhido. Segue-se nova fase de diálogo

Depois de uma sessão de diálogo que decorreu no início do ano, as conversações com os promotores devem ser reabertas em breve. A DGEG aguarda ainda, também, as orientações do novo Governo.

O diretor-geral da Energia e Geologia, Jerónimo Cunha, assume que, apesar de a entidade que representa estar inclinada para a escolha de um modelo sequencial para o leilão de eólico offshore, ainda não está definido qual será o modelo final. Depois de uma sessão de diálogo que decorreu no início do ano, as conversações com os promotores devem ser reabertas em breve. A DGEG aguarda ainda, também, as orientações do novo Governo sobre o tema.

À data não temos um modelo fechado“, afirmou o diretor-geral, numa apresentação na conferência da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), “Renováveis Oceânicas”, que decorre esta quarta-feira na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

Depois dos vários contributos – mais de 300 – que foram recebidos na fase de diálogo que existiu em janeiro, a DGEG indica que deverá ser aberta uma “segunda sessão de diálogo”, com o objetivo de obter um “modelo de leilão mais maduro e mais pensado”. O início do novo diálogo não tem data prevista, mas seguirá “no curto prazo”.

Há dois modelos em cima da mesa, como o ECO/Capital Verde aprofundou: o modelo unificado centralizado e o modelo sequencial. “A diferença está sobretudo no calendário de atribuição dos diversos direitos”, resume o diretor-geral.

Agora, a “nova tutela terá de imprimir uma orientação sobre o tema“, algo que Jerónimo Cunha afirma estar a aguardar. “O caminho deve ser para um modelo sequencial, mas não nos cabe a nós decidir“, remata, remetendo para as várias tutelas que tocam o tema. “O diálogo vai continuar e muito em breve vamos ter novidades sobre os próximos passos“, concluiu.

No painel que se seguiu, representantes de diferentes empresas que já se assumiram como interessados em participar no leilão português, dividiram-se nas opiniões sobre o modelo que deveria vingar. Álvaro de Miguel, responsável em Portugal da RWE, assinalou a preferência da empresa pelo modelo unificado. No entanto, os rostos da Reventus Power, Bluefloat Energy e Ocean Winds mostraram-se mais a favor de um modelo sequencial.

Independentemente do modelo escolhido, indicou Jerónimo Cunha, vai ser necessário avaliar a capacidade técnica e financeira daqueles que querem ir a jogo. Alerta ainda que terão de ser entregues garantias para que se assegure, de alguma forma, a implementação dos projetos.

A última indicação sobre o calendário do leilão foi dada na pasta de transição, um documento entregue pelo antigo Governo ao novo Executivo. Nela, o Governo chefiado por António Costa considerou que “a fase de pré-qualificação e licitação deverá ser iniciada ainda durante o primeiro semestre do ano“.

(Notícia atualizada pela última vez às 16:27)

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