Da Microsoft à Delta, estas são as empresas “mais atrativas” para trabalhar
Microsoft, OGMA e Delta Cafés são empresas mais atrativas para trabalhar em Portugal, segundo a Randstad, que ouviu cinco mil profissionais. Salários são o que mais pesa na escolha de empregador.
Afinal, que empresas são “mais atrativas” para se trabalhar em Portugal? Cinco mil profissionais de diferentes setores, idades e qualificações responderam a essa questão e a tecnológica Microsoft voltou a conquistar a medalha de ouro. A completar o ranking estão a aeronáutica OGMA e a Delta Cafés, de acordo com o estudo publicado esta sexta-feira pela empresa de recursos humanos Randstad.
“Este ano, a Microsoft volta a figurar no ranking como a empresa mais atrativa para trabalhar, o que tinha já acontecido em 2023. Neste pódio, segue-se a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal e a Delta Cafés, que esteve também no ano passado destacada como uma das três melhores empresas para trabalhar em Portugal“, anunciou esta manhã a Randstad.
No último ano, a Delta Cafés tinha ficado em segundo lugar e a completar o pódio tinha estado a Hovione. Já este ano, a Delta Cafés desceu uma posição, perdendo a medalha de prata para a OGMA, enquanto a Hovione aparece agora em quarto lugar.
A concluir o top dez estão ainda a Nestlé, a Bosch, a RTP, os Hotéis Real, a ANA – Aeroportos de Portugal e o Banco de Portugal.
“Relativamente aos setores, é a área da saúde aquela que se destaca como sendo a mais atrativa para trabalhar, seguindo-se os setores do turismo, desporto e entretenimento, aviação e indústria“, assinala a Randstad, que ressalva que a atratividade da saúde pode ter sido impulsionada pela Hovione.
A propósito, no setor da saúde, além da Hovione, também a Lusíadas Saúde e o Hospital da Luz estão em destaque, como mostra a tabela abaixo, que indica os empregadores “mais atrativos” em cada setor.
Em reação a estes resultados, o CEO da Randstad Portugal, Raul Neto, sublinha que, “numa altura em que tanto se fala de escassez de talento, saber aquilo que é mais valorizado pelos profissionais numa decisão de emprego é determinante para conseguir construir uma estratégia de atração e retenção“.
Salário pesa, mas não é o único fator relevante
O estudo divulgado esta sexta-feira mostra também que fatores pesam no momento em que o trabalhador está a escolher para que empregador exercer funções. Sem surpresa, o salário é o mais relevante. Mas o grau de importância dado a outros critérios tem vindo a crescer nos últimos três anos, observa a Randstad.
Assim, os cinco critérios mais pertinentes na escolha de um empregador, neste momento, são o salário e os benefícios (73%), seguindo-se o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (66%), o ambiente de trabalho (65%), a progressão de carreira (61%) e a segurança do emprego (59%).
“Vimos que são as mulheres quem dá maior importância ao ambiente de trabalho, tal como os profissionais com níveis de educação mais elevados. Por sua vez, e se olharmos para aquilo que as diferentes gerações valorizam, vimos que o top três se mantém, com exceção dos baby boomers que colocam em pé de igualdade o ambiente de trabalho e equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional no segundo lugar“, pormenoriza o estudo agora conhecido.
O que leva trabalhadores a mudar de emprego?
Da mesma forma que são o fator mais importante na escolha de um empregador, os salários são também o que pesa mais no momento de decidir continuar ou não num posto de trabalho.
“A remuneração demasiado baixa (54%), seguido do objetivo de melhorar equilíbrio entre vida pessoal e profissional (42%) e a falta de oportunidades de desenvolvimento (40%) são os três principais motivadores para procurar novo desafio profissional“, observa a análise da Randstad.
Esta vontade de mudar de emprego é maior nas gerações mais jovens, com os profissionais da geração Z a serem simultaneamente aqueles que mudaram mais de emprego no último ano e os que planeiam mudar no próximo.
Além disso, é de salientar que um quinto dos trabalhadores considera que não lhe são dadas oportunidades de desenvolvimento suficientes, o que “resulta numa maior tendência para abandonar o empregador (43%) face aos que têm oportunidades suficientes (15%)”.
“A análise revela que ainda ter oportunidades de qualificação e requalificação é importante para uma grande maioria dos trabalhadores portugueses (83%)”, sublinha a empresa de recursos humanos.
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