5 coisas que vão marcar o dia

Miranda Sarmento no Ecofin. INE mede o pulso aos preços da habitação, enquanto o Banco de Portugal avalia o endividamento da economia. S&P Global publica leitura rápida do índice PMI.

Ministro das Finanças reúne com homólogos no Luxemburgo. É também um dia para conhecer vários indicadores económicos relevantes. No Parlamento, vota-se a abertura de mais uma comissão de inquérito, desta vez sobre a gestão da Santa Casa. Veja aqui alguns dos tópicos que poderão marcar a atualidade esta sexta-feira.

Miranda Sarmento no Ecofin

O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, representa Portugal na reunião do Ecofin, que junta os ministros das Finanças dos 27 Estados-membros da União Europeia. É também aqui, no Luxemburgo, que conhecerá as primeiras diretrizes da Comissão Europeia para começar a preparar o plano orçamental estrutural de médio prazo a submeter a Bruxelas na reta final do verão, ao abrigo das novas regras orçamentais.

Preços da habitação desaceleram?

O INE atualiza esta manhã a evolução do Índice de Preços da Habitação no primeiro trimestre deste ano. No ano passado, os preços da habitação subiram 8,2%, travando 4,4 pontos percentuais face à escalada registada em 2022.

Como vai a recuperação económica?

A leitura rápida do índice dos gestores de compras (PMI), que será divulgada pela S&P Global, permitirá avaliar o ritmo da recuperação da economia da Zona Euro durante este mês de junho. Em maio, este indicador, muito seguido pelos investidores, fixou-se nos 52,2, mais do que os 51,7 registados no mês anterior e acima da marca de 50 que separa expansão e contração.

BdP mede endividamento da economia

O Banco de Portugal mede esta sexta-feira o endividamento da economia no mês de abril. Em março de 2024, o endividamento do setor não financeiro aumentou 1,3 mil milhões de euros e atingiu 801,7 mil milhões de euros, dos quais 441,7 mil milhões diziam respeito ao setor privado e 360 mil milhões ao setor público.

Mais uma comissão de inquérito?

A Assembleia da República vota em plenário as propostas do Chega, Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda para a abertura de uma comissão de inquérito à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que enfrenta uma grave situação financeira, sobretudo depois de uma aposta mal sucedida na internacionalização. Na quinta-feira, PS e PSD mostraram-se disponíveis para viabilizar a abertura desta comissão de inquérito.

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“Totalmente normal”, diz convidado de honra no jantar de Galamba com Startup Campus no JNcQUOI

Michael Liebrich, consultor especializado em energia, conta ao ECO que esteve no jantar pago pelo CEO do projeto e em que participou o ex-ministro. "Normal, podia acontecer em qualquer lado", afirma.

“Quem foi o convidado de honra? Fui eu”, assume Michael Liebreich. Em declarações ao ECO, Liebreich admite ser o misterioso “Michael” que o despacho do Ministério Público (MP) sobre a Operação Influencer diz ter estado presente no polémico jantar com João Galamba, na altura secretário de Estado da Energia, e com Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, CEO e administrador da Start Campus, respetivamente.

O jantar no restaurante JNcQUOI Ásia, em Lisboa, realizado a 19 de junho de 2022, foi uma das várias refeições que o então governante terá partilhado com os representantes do centro de dados em Sines, um armazém de informação digital que previa um investimento total de 3,5 mil milhões de euros. Segundo o MP, as refeições pagas por Salema, e em que também esteve presente Nuno Lacasta, na altura presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, indicam “um sentimento de permeabilidade e vontade de favorecer os interesses [da Start Campus]”.

Michael Liebreich é um dos sócios-gerentes da EcoPragma Capital e diretor executivo da Liebreich Associates. Entre as anteriores funções contam-se a de membro do grupo de trabalho para a eficiência energética do Reino Unido, de conselheiro da ONU para a Energia Sustentável para Todos e a de membro do conselho de administração da Transport for London. É também o fundador e colaborador sénior regular da Bloomberg New Energy Finance.

Em entrevista ao ECO realizada em Munique (Alemanha), onde esteve no palco da segunda edição da conferência “We Choose Earth Tour”, organizado pela empresa esta quinta-feira, Liebreich explicava a importância dos data centers para a Europa, quando falou sobre a presença no polémico jantar.

A digitalização é um dos “pontos de verdadeiro entusiasmo no sistema elétrico”, pois estamos a viver um momento na Inteligência Artificial “que é incrivelmente excitante e, de certa forma, também ameaçador”. O entusiasmo reside no facto de ajudar a empresas a gerir melhor o sistema e a obter mais capacidade nas linhas de transmissão porque podem geri-las digitalmente, argumenta.

“A parte ameaçadora é que vão ser necessários centros de dados muito grandes. Curiosamente, Portugal é um dos locais interessantes, com o desenvolvimento em Sines do Start Campus“, vincou. “É incrível e é o caminho certo a seguir. Participei um pouco nesse projeto”.

“Um dos problemas foi o facto de Galamba ter aceitado a ‘hospitalidade’ de um jantar 260 euros no restaurante. Quem é que foi o convidado de honra do jantar? Fui eu”, revelou o empresário e consultor especializado em energia.

João Galamba, que entretanto, em janeiro de 2023, acabaria por ser nomeado ministro das Infraestruturas, demitiu-se a 13 de novembro do ano passado, seis dias depois da demissão do próprio primeiro-ministro António Costa, também na sequência da Operação Influencer.

A 27 de abril deste ano, João Galamba, que é arguido no processo, disse à CNN Portugal que a Operação Influencer terá um de dois desfechos: ou um arquivamento ou uma absolvição, caso seja acusado.

Michael Liebrich, em entrevista ao ECO
Michael Liebreich, em entrevista ao ECO

Mesa para nove

O valor total do jantar foi de 1.301 euros, uma média de 260,3 por cada uma das cinco pessoas, segundo foi noticiado em novembro de 2023. No entanto, Michael Liebreich diz que, afinal, estavam nove pessoas no jantar, sem divulgar os nomes dos restantes convidados.

“O problema é que a mesa estava reservada para cinco pessoas. A fatura do restaurante foi de 1.301 euros e, se fizermos a divisão, ele [Galamba] devia ter participado com 260 euros. Mas não eram cinco pessoas, eram nove pessoas”, disse.

O problema é que a mesa estava reservada para cinco pessoas. A fatura do restaurante foi de 1.301 euros e, se fizermos a divisão, ele [Galamba] devia ter participado com 260 euros. Mas não eram cinco pessoas, eram nove pessoas.

Michael Liebreich

Empresário e consultor especializado em energia

Liebreich recorda como se apercebeu que aquele jantar estava na origem de um escândalo. “Eu não sabia nada sobre isso. Mas de repente houve um grande escândalo. E quando li que tinha a ver com o jantar, disse: ‘espera aí, em que data? Esse jantar foi o meu, foi organizado para eu conhecer as pessoas'”, relata.

Foi muito profissional e totalmente normal. Há pessoas que dizem que isto nunca aconteceria na Escandinávia. Errado. Acontece todo o tempo um jantar com um especialista visitante”, salientou.

Para Michael Liebreich, o próprio projeto nunca esteve na origem do escândalo, até porque o vê como de enorme importância.

“Enquanto país, Portugal deveria estar muito orgulhoso desse projeto porque a Europa tem agora dificuldade em construir estes grandes centros de dados“, explica. “Necessitam de muita eletricidade verde, 24 horas por dia, sete dias por semana. E se não conseguirmos resolver o problema por causa da proteção de dados ou da eletricidade, ficaremos atrás dos EUA e da Ásia, e eles colocarão estes grandes centros de dados no Golfo ou noutro local. É um problema sério”, resume.

“É claro que temos de fazer as coisas corretamente, não estou a dizer que temos de cortar caminhos“, conclui.

(O jornalista viajou para Munique a convite da EDP)

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EDP está “confortável” com estrutura e não planeia integrar Renováveis na “casa-mãe”, diz CEO

O CEO da energética disse que a estrutura atual, com a EDPR separada e cotada, não só dá visibilidade ao negócio como também "tem sido uma boa forma de levantar capital".

A EDP EDP 0,00% e a subsidiária EDP Renováveis EDPR 0,00% foram no mês passado obrigadas a rever em baixa os seus planos de investimento, para os ajustar às condições de mercado mais difíceis, mas o grupo não planeia integrar as duas empresas, porque a Renováveis atrai visibilidade e capital como entidade separada e cotada, explicou o CEO das duas empresas, Miguel Stilwell de Andrade.

Questionado se uma fusão, com a integração da EDP Renováveis na ‘casa mãe’, é analisada pelo board, o CEO disse que “obviamente é sempre uma opção”, mas adiantou que “o ponto aqui é que estamos confortáveis com a atual estrutura, portanto, só vamos mudar a estrutura, uma coisa que funciona, se houver condições boas para fazê-lo, se os prós forem maiores que os contras”.

Stilwell falou aos jornalistas no final da segunda edição da conferência “We Choose Earth Tour”, organizada pela empresa esta quinta-feira em Munique, Alemanha, que conta com líderes globais e empresários para debater um futuro mais sustentável para o planeta.

A EDP, em 2017, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP Renováveis, mas não teve sucesso.

Até este momento não houve condições para isso, não achámos que era oportuno, e, portanto, não temos nenhuns planos para voltar em integrar as duas”, salientou Stilwell de Andrade esta quinta-feira.

“Aliás, a EDP Renováveis têm momentos melhores e piores, mas a verdade é é que é das poucas empresas puras de renováveis que existe no mercado“, adiantou. “Há muitas delas, aliás, que já entraram na bolsa, já saíram da bolsa, e a EDP Renováveis tem-se mantido, e isso, para além de dar bastante transparência e visibilidade aos ativos e ao negócio, também tem sido uma boa forma de levantar capital”.

Stilwell de Andrade sublinhou que no ano passado a EDPR “levantou” mil milhões de euros na EDPR Renováveis, e, há três anos, 1.500 milhões de euros.

Nos últimos mesmos três anos, entre a EDPR e a EDPR Renováveis, levantámos 4.000 e 4.500 milhões de euros de capital. Portanto, quando se fala que as empresas portuguesas não estão capitalizadas, a verdade é que isso é mais do que a capitalização bolsista da maior parte das empresas portuguesas”, adiantou.

“Temos tido essa capacidade de atrair capital para ir crescer, e obviamente ter as duas, por agora, tem sido muito positivo”, explicou.

Jogar no meio campo

Pressionadas pela forte queda dos preços da energia, especialmente na Europa, e a manutenção de um ambiente de taxas de juro altas, entre outros fatores, as duas empresas cortaram em maio os planos de investimento até 2026.

A EDP explicou que irá fazer uma desaceleração do investimento, com 17 mil milhões de euros de investimento bruto, e que irá aplicar “critérios de investimento seletivos e disciplinados, priorizando o retorno sobre o volume”, enquanto cortou o plano em três mil milhões de euros.

Stilwell de Andrade justificou esta quinta-feira a decisão: “Qualquer negócio tem que ser realista e procura maximizar e acelerar ao máximo o seu potencial de crescimento.”

“Estamos num mundo onde, claramente, o custo de capital está muito mais alto, o preço de energia está mais baixo e, portanto, nós ajustámos, em função do nosso balanço, em função também destas perspetivas que nós vemos, ajustámos o nosso plano de investimento, que, ao mesmo tempo, continua a ser dezenas de milhares de milhões de euros ao longo deste período, até 2026″, adiantou.

“Ajustámos isso em função das condições de mercado e, aliás, isso foi reconhecido pelos investidores. Quando comunicámos as novas metas, que eram mais baixas, as nossas ações subiram”, disse.

Questionado se a EDP passou de uma estratégia de estar ao ataque para estar mais à defesa, o CEO respondeu: “Utilizando essa analogia, nós temos de ganhar o campeonato.”

“Às vezes, é preciso jogar entre o ataque e a defesa, mas, acima de tudo, temos de estar focados no objetivo final, que é ganhar o campeonato”, rematou o CEO em Munique, uma das cidades que acolhe o Euro 2024 de futebol masculino sénior.

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#8 Itália já não é invencível, Hjulmand toca no Céu e Sérvia no Inferno

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Não recordo um Europeu tão bom há muito tempo. Entre quem entre em campo o futebol tem sido o vencedor, com grandes exibições, golos de fora-de-área e muitas vezes uma narrativa dramática. É o terceiro dia consecutivo em que há um golo decisivo nos minutos finais, depois de Francisco Conceição no Portugal 2-1 Chéquia (92´) e Klaus Gjasula no Croácia 2-2 Albânia (95´). Luka Jovic, avançado da Sérvia, foi o mais recente ao impedir a vitória da Eslovénia, aos 95 minutos. Atenção a Jaka Bijol, defesa-central da Eslovénia. Seguiu-se o grande momento de Morten Hjulmand no Dinamarca x Inglaterra e o dia terminou com a Espanha a bailar uma salsa sobre a carbonara italiana.

Hoje, temos a Eslováquia x Ucrânia (14h00), Polónia x Áustria (17h00) e o grande jogo Países Baixos x França (20h00). Vamos a isso.

Os 3 Cantos do Dia

Fim da invencibilidade da Itália

Há dois tipos de pessoas: as que jogam dentro de campo e as que assistem nas bancadas. Para quem viu o jogo, não é difícil perceber quem foi a Espanha e quem foi a Itália. O conjunto de Luis de la Fuente anulou a Itália (sobretudo ofensivamente) desde o primeiro minuto e só não houve goleada graças a Gianluigi Donnarumma (fez oito defesas, quatro dentro de área). Nico Williams e Lamine Yamal deram dinamismo aos flancos, os médios espanhóis tomaram conta do jogo (Fabián Ruiz a brilhar novamente) e Marc Cucurella tem justificado a aposta. 10 jogos depois, a Itália volta a perder noEuropeu (série entre 2016 e 2024) e atenção que nunca foram derrotados mais que uma vez numa edição do Campeonato da Europa.

Hjulmand toca no céu e Kasper Schmeichel aproxima-se do pai

A Dinamarca e a Inglaterra empataram 1-1 na segunda jornada do Euro 2024. Aos 34 minutos, Morten Hjulmand, médio do Sporting, estreou-se a marcar pela seleção (nono jogo) com um fantástico golo. Já Kasper Schmeichel fez o jogo 102 e torna-se no segundo guarda-redes com mais internacionalizações pela Dinamarca, atrás de … Peter Schmeichel, o seu pai. Tem 129. Também a Inglaterra continua sem nunca ter ganho os dois primeiros jogos disputados num Campeonato da Europa. Depois de vencer a Sérvia com golo de Jude Bellingham, não foi além do empate com a Dinamarca.

Coletivo > Individualidades

Um grupo de 11 individualidades e uma equipa são conceitos diferentes no futebol. Não basta ter uma boa geração com talento para a máquina funcionar, tal como não basta ter um Ferrari se não o souberes conduzir. A Sérvia tem ótimos jogadores, mas não tem apresentado um bom coletivo e porventura mentalidade necessária. Não ganha há sete jogos em fases finais, sendo a pior marca da Sérvia. Caiu contra a Inglaterra e só não caiu com a Eslovénia por um milagre de Jovic. Há potencial para muito mais.

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Aprovada criação do primeiro doutoramento no Instituto Politécnico de Coimbra

  • Lusa
  • 20 Junho 2024

Foi aprovada a criação do doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental do Instituto Politécnico de Coimbra.

O Instituto Politécnico de Coimbra anunciou esta quinta-feira que foi aprovada a criação do doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental, o primeiro a ser ministrado neste estabelecimento de ensino superior conimbricense.

Segundo o Politécnico de Coimbra, o doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental é uma parceria do Politécnico de Coimbra com o Instituto Politécnico de Castelo Branco e o Instituto Politécnico de Viseu, em cooperação com o Instituto Politécnico de Santarém.

“Trata-se de um passo importante para o Politécnico de Coimbra e para as outras instituições envolvidas, porque vem provar aquilo que há muito se sabia: os Politécnicos têm massa crítica suficiente para ministrar doutoramentos”, sublinhou o presidente do Politécnico de Coimbra, Jorge Conde.

O responsável destacou ainda a relevância do tema do doutoramento, que é definido pela Comissão de Avaliação Externa (CAE) como “muito importante e inovador no sistema de ensino português”.

O doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental visa “formar massa crítica e profissionais de elevado nível com competências para apoiar o desenvolvimento de áreas rurais em regiões vulneráveis face às alterações climáticas e socioeconómicas, como a Região Centro de Portugal”.

O curso será ministrado, a partir de setembro, nas escolas superiores agrárias de Coimbra, Castelo Branco e Viseu, e na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, contando com a cooperação da Escola Superior Agrária de Santarém.

De acordo com o Politécnico de Coimbra, o relatório de avaliação da CAE aponta como pontos fortes desta proposta de curso de doutoramento a “designação atrativa que identifica uma temática atual e relevante nas suas dimensões científica e social”.

“Constitui-se como oferta inovadora no sistema de ensino superior português, o plano de estudos, o elenco de unidades curriculares e os seus conteúdos e a capacidade científica, a experiência e os meios para o desenvolvimento de atividades de investigação, nomeadamente a qualidade do corpo docente nas áreas de conhecimento do novo ciclo de estudos”, evidencia.

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PS diz que Comissão Europeia voltou a desmentir o Governo

  • Lusa
  • 20 Junho 2024

Decisão de retirar Portugal da lista dos países com desequilíbrios macroeconómicos "é mais uma vez a Comissão Europeia a desmentir o Governo", considera António Mendonça Mendes.

O PS considerou esta quinta-feira que a saída de Portugal do lote dos países com desequilíbrios macroeconómicos significa que a Comissão Europeia desmentiu o Governo, defendendo um “ato de contrição” do ministro das Finanças pelas críticas à estratégia socialista.

“A notícia de que Portugal sai da lista de países com desequilíbrios macroeconómicos é uma boa notícia para Portugal e vem confirmar que o país fez uma grande evolução ao nível do crescimento do emprego, do crescimento das remunerações, da sua diminuição da dívida, tanto para as famílias como para as empresas, e também do ponto de vista da sua gestão orçamental. É a confirmação de que Portugal está mais preparado”, disse, em declarações à Lusa, o deputado do PS António Mendonça Mendes.

Para o antigo governante, esta decisão “é mais uma vez a Comissão Europeia a desmentir o Governo”. Mendonça Mendes recordou as declarações de Miranda Sarmento quer como líder parlamentar do PSD, quando defendeu que Portugal “não estava a fazer uma consolidação orçamental saudável”, quer já como ministro das Finanças, quando afirmou “que o país estava numa situação pior do que aquilo que o Governo anterior queria fazer crer”.

“É irónico que a declaração que o ministro das Finanças faz de elogio àquilo que foi a trajetória do país nos últimos dez anos quando disse exatamente o contrário quando era líder parlamentar e mesmo agora no início das suas funções como ministro das finanças”, apontou o socialista.

De acordo com Mendonça Mendes, o ministro das Finanças fez “um mau serviço ao país e foi desmentido logo na altura pela Comissão Europeia” quando colocou “em causa aquilo que eram os resultados orçamentais e os resultados da dívida do país”.

“É novamente desmentido e quando agora aparece a elogiar este caminho não fez um ato de contrição sobre aquilo que ele próprio disse como líder parlamentar e também no início como ministro das Finanças”, lamentou.

O antigo secretário de Estado antecipou ainda que, na próxima semana, Miranda Sarmento “tem uma boa oportunidade” para no Parlamento, em audição na comissão a pedido do PS, “assumir que errou como líder parlamentar quando criticou aquilo que era a estratégia de consolidação orçamental do país”.

“E agora diz exatamente o contrário daquilo que disse sem atribuir o mérito a quem tem que ser atribuído: às famílias, às empresas e também ao Governo que liderou essa altura que foi o Governo do PS”, apontou.

O deputado do PS avisou ainda que “é muito importante que os portugueses tenham consciência” que esta trajetória dos últimos anos está em risco tendo em conta “as medidas anunciadas por este Governo”.

“O Banco de Portugal, no seu relatório de primavera, foi muito claro: as medidas anunciadas pelo Governo são medidas que colocam em risco aquilo que são as contas públicas no próximo ano. Temos que estar muito atentos àquilo que é a ação do Governo para que não possamos desbaratar em pouco tempo aquilo que demorou tanto tempo a conseguir conquistar”, defendeu.

Na quarta-feira, o ministro das Finanças saudou a “notícia muito importante” de que Portugal foi retirado pela Comissão Europeia da lista de países com desequilíbrios macroeconómicos, falando num “esforço muito significativo de correção” feito nos últimos dez anos.

“É uma notícia muito importante para o país. Nos últimos mais de dez anos, o país fez um esforço muito significativo de correção de vários desequilíbrios estruturais”, reagiu Joaquim Miranda Sarmento, em declarações à Lusa.

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Ageas Seguros abre Loja Premium em Ponte de Sor

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2024

A marca Não Vida do grupo Ageas Portugal já ultrapassou 200 lojas em todo o país e marca mais território no Alto Alentejo com a inauguração de uma loja Premium que vai ser gerida por Armando Carniça.

A Ageas Seguros abriu uma nova loja em Ponte de Sor, município de Portalegre, com o novo conceito Premium de loja da marca.

A equipa da nova Loja Premium de Ponto de Sor: Tiago Lourenço, Ana Cristina Monteiro, Armando Carniça, Olinda Farinha e Alexandra Catalão, diretora de Agentes da Ageas.

“A Ageas Seguros quis trazer à cidade de Ponte de Sor uma nova loja, com um conceito mais moderno, mais cómodo e, sobretudo, que convide todos os visitantes a sentirem-se, automaticamente, bem-vindos. Temos uma equipa especializada, experiente e pronta a adaptar as soluções da marca, priorizando sempre a necessidade de cada pessoa”, refere Armando Carniça, Sócio-Gerente sobre a nova loja.

A marca do Grupo Ageas Portugal tem vindo a investir na abertura de novas lojas e na melhoria das existentes, através da aplicação de um novo conceito e imagem, denominado como Loja Premium. Até ao momento, a marca conta com mais de 200 lojas espalhadas de norte a sul do País.

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Prémios globais Vida podem chegar a 4 biliões de dólares até 2034, diz Swiss Re

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2024

As taxas de juro elevadas tornam os produtos poupança mais atrativos. Nos próximos 10 anos as seguradoras podem emitir mais do dobro de seguros vida que na última década.

O aumento das taxas de juro deverá impulsionar o crescimento da lucratividade dos seguros Vida globalmente. Segundo relatório da Swiss Re, poderá verificar-se a inversão da tendência dos últimos anos de fraca procura e reduzidos retornos destes produtos, para a emissão de mais 1,5 biliões de dólares em prémios de poupança ao longo dos próximos 10 anos, mais do dobro da última década.

Segundo Jérôme Jean Haegeli, Economista-chefe da Swiss Re, as taxas de juros elevadas tornam os produtos de poupança mais atrativos, melhorando os rendimentos dos investimentos. Paul Murray, CEO de Reasseguro de Vida e Saúde do Swiss Re, acrescenta que estas condições permitem aos consumidores opções mais vantajosas para assegurar um rendimento na reforma e ajudam as seguradoras a cumprir seus custos de capital.

“Taxas de juros mais altas também permitem que as seguradoras respondam aos seus custos de capital. As resseguradoras podem, além disso, apoiar as seguradoras de vida, libertando capital, aumentando a capacidade de subscrição e concentrando-se na inovação de produtos para o crescimento com pouco capital.”, afirmou Paul Murray, CEO da Swiss Re Life & Health Insurance.

O estudo do Swiss Re, “Seguros de Vida na Era das Taxas de Juros Mais Altas: a Expertise em Ativos é o Novo Modelo”, estima que os prémios globais de seguros de vida vão atingir 4 biliões até 2034. A alta nos rendimentos das obrigações do Estado está a melhorar os retornos dos investimentos, projetando um aumento de 60% nos resultados operacionais dos oito principais mercados Vida até 2027.

Nota que para a Swiss Re os produtos de seguros Vida são importantes para colmatar a lacuna de proteção para a reforma, que se situa nos 106 biliões de dólares nas seis principais economias mundiais, mais a China e a Índia.

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EDP vai investir mais de 300 milhões de euros na Alemanha até 2026, diz CEO

Miguel Stilwell de Andrade disse que a energética quer inaugurar a primeira central solar no país este ano, parte de um plano para chegar aos 500 megawatts de capacidade até 2026.

A EDP quer inaugurar a primeira central solar na Alemanha ainda este ano, com capacidade de 50 megawatts (MW), parte de um plano para investir 300 milhões de euros e para instalar 500 MW em capacidade fotovoltaica até 2026, afirmou esta quinta-feira Miguel Stilwell de Andrade, CEO da EDP.

Estamos a trabalhar nisso [a primeira central], mas provavelmente ainda em 2024“, disse Stilwell de Andrade aos jornalistas, durante a segunda edição da conferência “We Choose Earth Tour”, organizada pela empresa esta quinta-feira em Munique, Alemanha, que conta com líderes globais e empresários para debater um futuro mais sustentável para o planeta. “Estamos a falar de cerca de 50 megawatts”, acrescentou.

O gestor adiantou que a empresa pretende instalar capacidade de 500 MW até 2026: “Estamos a falar de mais de 300 milhões de euros de investimento e depois obviamente queremos crescer bastante mais, portanto isto é uma aposta de longo prazo”, referiu.

Em julho de 2022, a EDP Renováveis, detida em 71,29% pela EDP, comprou 70% da Kronos Solar Projects GmbH, uma empresa alemã de desenvolvimento solar, por 250 milhões de euros, numa aquisição que abriu as portas do grupo não só para a esse mercado como também para o dos Países Baixos.

(Notícia atualizada às 19h58)

(O ECO viajou a convite da EDP)

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Howden Iberia compra mais uma corretora especializada em entretenimento

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2024

Com esta compra a Howden torna-se na maior corretora de seguros na Gipuzkoa, Espanha. Passa a ter uma equipa altamente especializada em coberturas relacionadas com eventos musicais.

A Howden Iberia anunciou em comunicado a compra da corretora especializada em entretenimento, Boni Aldayada. Desta maneira, a corretora entra numa nova linha de negócios de seguros especializados com fortes competências em eventos musicais.

Com esta aquisição a Howden torna-se na maior corretora de seguros da Gipuzkoa, província do País Basco, Espanha, tendo lá se estreado com a abertura de um escritório em 2018.

Assim, com a compra da Hencilla Canworch, corretora especializada em artes performativas, e da Artic Insurance, esta aquisição enquadra-se no extenso investimento que a corretora, presente em Portugal desde 2016, tem feito para fortalecer a sua presença na Europa.

Nesse sentido, para Gonzalo Villabaso, diretor regional da Zona Norte (de Espanha) da Howden Iberia esta compra reflete o compromisso da corretora “com o crescimento territorial”, o que reflete “uma estratégia clara para estar mais perto dos nossos cliente e compreender melhor as suas necessidades”.

Também as anteriores aquisições da corretora demonstram a sua ambição em entregar serviços especializados aos seus clientes. Estratégia enaltecida pelo diretor da Zona Norte da Howden, Jon Loidi quando afirmou que “a especialização na Howden é essencial para oferecer ao cliente o melhor serviço possível, e com esta nova aquisição teremos as melhores equipas especializadas em áreas de entretenimento”.

Para Boni Aldaya, esta sinergia é uma oportunidade de melhorar a “capacidade de solucionar as necessidades dos clientes”, na voz da diretora-geral da corretora, Martina Aldaya Irigon escreveu no LinkedIn. Especialista que se junta à Howden levando para esta 30 anos de experiência no setor e um vasto conhecimento em coberturas, “contribuindo para a sustentabilidade e desenvolvimento musical e cultural em Espanha.

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APS prepara profissionais para inovar nos seguros com Design Thinking

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2024

A formação será em formato digital e o início está marcado para dia 26 de junho. Será tratado o processo de Design Thinking de Inspiração, Ideação, Experimentação e Implementação. Perceba o conceito.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) lança curso “Inovar nos Seguros com Design Thinking, para explicar aos formandos em que consiste este método, como pode ser aplicado na criação de novos produtos, e como pode fomentar uma cultura de inovação na empresa, “ao abrir espaço para a partilha, para a geração de ideias e para a co-criação de soluções inovadoras human-centered“.

O curso começa no tema “Inovação e Design Thinking” e acaba com “O processo de Design Thinking” que está divido em quatro subtemas: “inspiração” onde os formandos deveram aprender a entender o desafio, contexto e o mercado, assim como preparar a pesquisa, mapear a jornada do cliente e interpretar problemas e oportunidades; “Ideação” onde aprenderão a gerar ideia para produto ou serviço e como aprender como as priorizar; “Experimentação”onde se cria o protótipo, testar e receber feedback; e, por fim, a “Implementação”, onde se passa das ideias à ação.

A formação será em formato digital e está marcada para dia 26 de junho entre as 14h00 e as 17h00 e nos dias 27 e 28 entre as 9h00 e 13h00. Para mais informações e inscrições aqui.

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Hong Kong atrai turismo segurador

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2024

Chineses do continente estão a apostar nos produtos financeiros de seguros, instigados pelas elevadas taxas de juro. Além disso, pessoas com mais capital optam cada vez mais por seguros de saúde.

O setor segurador de Hong Kong registou um aumento de 12,2% no total de prémios brutos emitidos para 21,1 mil milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, já os prémios totais das apólices ativas aumentaram 14%. Este crescimento é impulsionado pelo crescente número de visitantes da China continental optarem por comprar seguros em Hong Kong – as vendas aumentaram quase dois terços para 2 mil milhões de dólares no primeiro trimestre, segundo dados do regulador da cidade lançados pelo Financial Times.

Há várias razões que justificam o apetite pelas apólices de Hong Kong. Entre elas está a queda de 40% das ações de empresas chinesas desde o seu pico em 2021, que levou os investidores a fugir com o capital e, alguns, encontraram uma solução nas apólices de seguro que em alguns casos garantem capital por mais de uma década após a compra.

Outro motivo prende-se com os cidadãos chineses com mais capital estarem a optar por seguros de saúde privados, um dos segmentos de crescimento mais rápido das seguradoras.

Além dos investidores chineses, as apólices de seguro, especialmente aquelas que oferecem pagamentos de rendimentos, têm sido populares entre os de outras partes da Ásia, especialmente naquelas com a taxa de juro inferior à de Hong Kong – que é de 5,75%.

As ações da seguradora AIA, cujo seu maior mercado é Hong Kong, caíram um terço em 2023, no entanto, a perpetiva dos seus lucros futuros aumentaram 14 vezes, mais do dobro que a China Life Insurance, a maior seguradora da China Continental, o que reflete as perspetivas a longo prazo da apólice, indicando que Hong Kong deverá permanecer um destino de forte rendimento no futuro, segundo o jornal.

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