Bomba de 250 quilos da II Guerra Mundial encontrada perto de gigafábrica da Tesla em Berlim

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

A bomba não pode ser transportada e deve ser detonada no solo no sábado. Será delimitada uma área de raio de um quilómetro em torno do projétil, o que implicará o encerramento de diversas estradas.

Uma bomba de 250 quilos da Segunda Guerra Mundial foi encontrada nas imediações da gigafábrica do fabricante de automóveis elétricos Tesla, nos arredores de Berlim, adiantaram as autoridades municipais de Grünheide.

A bomba não pode ser transportada e deve ser detonada no solo no próximo sábado, segundo comunicado citado na quinta-feira pela agência Efe.

O projétil foi encontrado num terreno florestal destinado à expansão da fábrica, que a Tesla pretende ampliar com edifícios adicionais que incluem, entre outros, uma estação de carga e diversas áreas logísticas.

Como medida de segurança, no sábado será delimitada uma área de raio de um quilómetro em torno do projétil, o que implicará o encerramento de diversas estradas relacionadas com as instalações da Tesla ao tráfego rodoviário.

Ficará de fora, embora próximo da área limitada, o terreno florestal ocupado há meses por ativistas que tentam impedir a ampliação da gigafábrica de 300 para 470 hectares, aprovada pela autarquia em maio apesar dos grandes protestos.

Dezenas de ativistas permanecem desde finais de fevereiro em cabanas construídas nas árvores para protestar contra o impacto negativo que afirmam que a central tem no ambiente, especialmente devido à contaminação dos recursos hídricos.

As autoridades locais já tinham alertado os ativistas para o perigo de permanecer na área devido à presença de munições não detonadas da Segunda Guerra Mundial, uma descoberta frequente em todo o país e particularmente em torno de Berlim.

A gigafábrica da Tesla em Grünheide – a única do fabricante norte-americano na Europa – emprega cerca de 12.000 trabalhadores e começou a operar em março de 2022.

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Governo garante financiamento de 240 milhões para transportes no Porto, Coimbra e Lisboa. Conheça os projetos

Executivo abre avisos para financiar nova linha Rosa do Metro do Porto, segunda fase do metrobus do Mondego, compra de elétricos em Lisboa e modernização de linhas ferroviárias do Norte e de Cascais.

No dia em que os ministros do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, inauguram a extensão da linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila D’Este, em Vila Nova de Gaia, o Governo anunciou um investimento de 240 milhões de euros para as redes de transportes públicos no Porto, em Coimbra e em Lisboa.

O financiamento é assegurado pelo Programa Sustentável 2030, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia e que conta com uma dotação total de cerca de 3,7 mil milhões de euros, com a tutela a destacar que “representa uma forte aposta na descarbonização e modernização do setor dos transportes públicos, por forma a oferecer melhores serviços aos cidadãos, enquanto se reduzem as emissões associadas à mobilidade urbana”.

Linha Rosa do Metro do Porto (Casa da Música – São Bento)

  • Valor: 96 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
  • Entidade beneficiária: Metro do Porto
  • Objetivo: expansão da rede de transportes de passageiros (incluindo aquisição de material circulante), para a conclusão da 2ª fase da operação.

Segunda fase do Metrobus do Mondego

  • Valor: 82,1 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
  • Entidade beneficiária: Infraestruturas de Portugal
  • Objetivo: criar uma ligação de transporte público entre Coimbra e os concelhos limítrofes (Miranda do Corvo e Lousã), através de um sistema de metrobus, que consiste na implementação de um serviço tipo BRT (Bus Rapid Transit), num percurso previsto de 43 kms, ligando Serpins, Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra e servindo a estação de Coimbra B e a zona dos Hospitais. Adapta o antigo canal ferroviário e a malha urbana de Coimbra para a instalação de uma solução BRT, com canal dedicado.

Aquisição de 15 elétricos em Lisboa

  • Valor: 27,5 milhões de euros, com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%
  • Entidade beneficiária: Carris
  • Objetivo: alargamento da rede de elétricos quer em extensão quilométrica, quer em frequência do serviço a oferecer aos utilizadores atuais e futuros do transporte coletivo, contribuindo para a transição energética.

Em comunicado, o Ministério do Ambiente informa ainda que os avisos para a apresentação de candidaturas, publicados esta sexta-feira, contemplam ainda financiamentos para a modernização da Linha Norte – Ramal de Alfarelos – Troço Verride – Marujal, no valor de 10,7 milhões de euros; e a segunda fase de modernização da linha ferroviária de Cascais, com 22,9 milhões de euros.

Os transportes representam aproximadamente 29% das emissões de CO2 na União Europeia, sendo que em Portugal chegam aos 37%. Somos um país com bons indicadores, do ponto de vista da transição ambiental, mas o setor dos transportes é uma das exceções.

Maria da Graça Carvalho

Ministra do Ambiente

Na mesma nota, Maria da Graça Carvalho alerta para a necessidade de “concretização célere” destes investimentos, que poderão não se repetir no futuro. “Neste momento, temos acesso a recursos financeiros que poderão não se repetir, e que nos permitem ser ambiciosos. Mas é preciso que exista também, por parte de todas as entidades, um forte compromisso com a execução dos projetos”, sublinha a governante.

“Os transportes representam aproximadamente 29% das emissões de CO2 na União Europeia, sendo que em Portugal chegam aos 37%. Somos um país com bons indicadores, do ponto de vista da transição ambiental, mas o setor dos transportes é uma das exceções. Por isso, há que redobrar os esforços. Se queremos concretizar os nossos objetivos de combate às alterações climática, e ao mesmo tempo preservar e melhorar a mobilidade dos nossos cidadãos, temos de apostar, cada vez mais, em alternativas sustentáveis ao transporte individual”, conclui.

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Ministra da Saúde copiou partes de um curso que propôs à Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

  • ECO
  • 28 Junho 2024

Conselho científico identificou “três inconformidades” no relatório de licença sabática de Ana Paula Martins, entre as quais a “transposição” de trechos de um curso de uma universidade estrangeira.

Durante o ano de licença sabática, Ana Paula Martins propôs-se apresentar um plano curricular para uma “formação avançada em Farmacoepidemiologia”, a lecionar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL). Segundo as atas do conselho científico da instituição, o relatório apresentado já no final de 2023 pela agora ministra da Saúde, embora tenha sido aprovado, era uma “transposição de um programa pedagógico já existente” na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, onde frequentou um curso com o mesmo nome, noticia o Público.

À data professora auxiliar no Departamento de Farmácia, Farmacologia e Tecnologias em Saúde na FFUL, Ana Paula Martins apresentou um programa cuja estrutura-base dividiu em quatro módulos com nomes iguais aos que constam do programa de formação da universidade inglesa, assim como os objetivos e o próprio método de avaliação. Ainda que faça referência, no documento, ao facto de ter frequentado o curso no Reino Unido entre 2020 e 2022, nunca é mencionada qualquer tradução ou citação do mesmo, assumindo a proposta que se seguiria como autoria sua.

O conselho científico da FFUL teve o mesmo entendimento. Em ata, que data de 10 de janeiro deste ano, o órgão de supervisão científica apontou “três inconformidades” no relatório de licença sabática de Ana Paula Martins: além da “transposição” do programa pedagógico da universidade londrina, o documento inclui trabalhos que foram “publicados/apresentados antes do início do período de licença sabática” e uma “unidade curricular desenvolvida para ser lecionada noutra universidade”. Ainda assim, o relatório recebeu “luz verde” do conselho científico para ser aprovado pela direção da Faculdade de Farmácia.

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Economia, guerra e imigração dominam debate entre Biden e Trump

  • ECO e Lusa
  • 28 Junho 2024

No primeiro debate de sempre entre um ex-presidente e um Presidente em funções, analistas apontam desempenho abaixo das expectativas de Joe Biden e destacam as mentiras ditas por Donald Trump.

O primeiro debate presidencial de 2024 nos EUA, organizado pela CNN e que teve a duração de 90 minutos, aconteceu esta madrugada em Atlanta, num momento em que as sondagens mostram uma disputa apertada entre candidatos Joe Biden e Donald Trump, quando faltam menos de cinco meses para as eleições presidenciais. O segundo confronto está agendado para 10 de setembro.

No final de um debate aceso marcado por alguns insultos e por visões diferentes nos temas da economia, da guerra ou da imigração, os analistas apontaram para um desempenho abaixo das expectativas do candidato dos democratas e para o número elevado de mentiras ditas pelo rival, com os verificadores de factos a apontarem para mais de 30 ocasiões em que o republicano não disse a verdade.

A sondagem de rescaldo da CNN mostrou que os eleitores que assistiram ao debate deram a vitória a Donald Trump, com 67% contra 33% de Biden. A maioria (81%) disse que não mudou de opinião, enquanto 5% admitiram mudar o sentido de voto e 14% poderão vir a repensar. Veja os principais destaques do confronto entre os dois candidatos às presidenciais de 5 de novembro.

Biden herdou economia “em queda livre”

Joe Biden diz que herdou uma economia “em queda livre” quando chegou à Casa Branca e que passou os últimos anos a consertar os problemas deixados pelo antecessor Donald Trump, durante o primeiro frente a frente entre os candidatos presidenciais.

“A economia colapsou, não havia empregos, o desemprego subiu para 15%, foi terrível”, afirmou Biden no debate, ao ser questionado sobre a elevada inflação e a pressão dos preços sobre os consumidores. “Estamos a trabalhar arduamente para lidar com estes problemas”, disse Biden, caracterizando o que foi deixado pelo antecessor como “caos”.

Donald Trump refutou de forma incisiva esta caracterização, declarando que no seu mandato os Estados Unidos tiveram “a melhor economia na história do país” e “toda a gente estava maravilhada”. O ex-presidente defendeu os gastos “necessários” durante a pandemia de Covid-19 e disse que nunca recebeu o crédito devido por ter tirado o país da crise da pandemia. “Os únicos empregos que ele criou foram para imigrantes ilegais”, argumentou Trump, virando-se para Biden.

O republicano também defendeu os cortes de impostos que beneficiaram mais as grandes empresas e os mais ricos, garantindo que o governo conseguiu mais receitas com taxas mais baixas. “Os cortes de impostos levaram à melhor economia que alguma vez vimos”, disse Trump. “Estávamos prontos para começar a pagar a dívida”, defendeu, quando confrontado com o aumento significativo do défice durante a sua administração.

Pelo seu lado, Joe Biden argumentou que herdou 9% de inflação e que a economia durante Trump destruiu mais empregos que os que criou. “Ele é o único que pensa que esta era a melhor economia do mundo”, disse Biden. “Ele premiou os ricos”, continuou, frisando que Trump levou à “maior dívida nacional de qualquer presidente” e que se os milionários pagassem uma taxa de impostos justa seria possível financiar todo o tipo de programas sociais, incluindo subsídios para creches.

Trump disse que, se for eleito em novembro, vai impor tarifas de 10% a todos os bens importados e permitir responder aos países que têm estado a “ludibriar” os EUA, nomeando especificamente a China. Também contrariou Biden dizendo que ele não herdou nenhuma inflação.

Trump insiste que pode resolver guerra na Ucrânia…

O ex-presidente norte-americano Donald Trump prometeu “resolver” a guerra da Rússia na Ucrânia antes mesmo de assumir o cargo, com Joe Biden, o atual chefe de Estado, a alertar que o homólogo russo, Vladimir Putin, não ficará por Kiev.

No primeiro debate presidencial de 2024, Trump atacou Biden por dar à Ucrânia centenas de milhares de milhões de dólares e insistiu que seria capaz de acabar com a guerra da Rússia, apesar de não explicar como faria isso. O magnata republicano afirmou ainda que Putin o respeita, apesar de admitir que os termos que o presidente russo apresentou para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia “não são aceitáveis”.

“Esta é uma guerra que nunca deveria ter começado. Se tivéssemos um líder nesta guerra… Ele (Biden) deu 200 mil milhões de dólares ou mais agora à Ucrânia, deu 200 mil milhões de dólares. É muito dinheiro. Acho que nunca houve algo parecido”, disse Trump.

No entanto, Joe Biden alertou que Putin não se limitará à Ucrânia. “O facto é que Putin é um criminoso de guerra”, afirmou o democrata. “Ele (Putin) quer toda a Ucrânia. É isso que ele quer. E então você acha que ele vai parar por aí? Você acha que ele vai parar quando, se ele tomar a Ucrânia? O que você acha que acontecerá com a Polónia, Bielorrússia? O que você acha que acontecerá com países da NATO?”, questionou.

…e recusa culpa pelo ataque ao Capitólio. Biden chama-o de “choramingas”

Num debate em que, para evitar a repetição das cenas caóticas registadas no passado, foram ditadas regras incomuns, como a ausência de público, o silenciamento dos microfones ou a proibição dos candidatos trocarem ideias com a sua equipa durante os intervalos ou de levarem notas escritas para o palco, Trump recusou culpa pelo ataque ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021 e Biden chamou-o de “choramingas”, apontando que o ex-presidente quer perdoar os assaltantes que foram condenados em tribunal.

“A Nancy Pelosi disse à sua filha que ela foi a responsável. Eu ofereci 10 mil elementos da Guarda Nacional e ela rejeitou por escrito”, afirmou Donald Trump, referindo-se à então líder democrata da Câmara dos Representantes. “Eu conseguia ver o que estava a acontecer e disse que era muita gente. E ofereci a Guarda Nacional e ela admite que rejeitou. Ela disse que assumiu responsabilidade total pelo 6 de janeiro”, argumentou o ex-presidente.

Joe Biden refutou a descrição do assalto ao Capitólio e acusou Trump de ter encorajado os seus apoiantes a atacarem o Congresso. “Imploraram-lhe que fizesse alguma coisa, o seu vice-presidente e colegas do Congresso, e em vez disso falou de grandes patriotas da América”, disse Biden. “Agora diz que quer perdoar as sentenças dos que foram condenados”, apontou.

Trump assumiu que sim porque considerou que os processos “destruíram a vida” de pessoas inocentes. “Agora ele diz que se perder outra vez, como choramingas que é, vai haver um banho de sangue”, afirmou Joe Biden. O republicado, por sua vez, acusou a comissão bipartidária de investigação do assalto de ter destruído documentos e informação porque, segundo ele, descobriram que o ex-presidente tinha razão. “Eles deviam ir para a prisão”, afirmou.

Biden aproveitou a deixa para lançar uma farpa relativa à condenação criminal de Trump: “A única pessoa que é um criminoso condenado aqui é o homem para quem eu estou a olhar”, disse. “O que ele está a dizer não é verdade. Ele não fez nada para acabar com o que estava a acontecer no Capitólio”. O democrata também se mostrou indignado com a ideia de que os assaltantes que “mataram pessoas, partiram janelas, ocuparam escritórios e derrubaram estátuas” sejam apelidados de patriotas.

Trump contra-atacou dizendo que o filho do presidente, Hunter Biden, também foi condenado em tribunal. “E ele [Joe Biden] pode ser um criminoso condenado assim que sair da Casa Branca, com base nas coisas horríveis que fez”, sugeriu Trump. “Este homem é um criminoso. Eu não fiz nada de errado”, defendeu o republicano.

Trump acusa Biden de liderar onda de “crimes migrantes”

Neste que foi o primeiro debate presidencial de 2024, o tema da imigração serviu para Trump atacar fortemente Biden, num dos momentos mais acesos na primeira meia hora do debate entre o Presidente democrata e o magnata republicano.

“Ele permitiu que milhões de pessoas viessem aqui desde prisões, cadeias e instituições psiquiátricas – para entrarem no nosso país e destruírem o nosso país”, acusou Trump, sem provas e apesar das estatísticas não confirmarem essa afirmação.

“Basta dar uma olhada onde eles (imigrantes) estão a morar. Eles estão a morar em hotéis luxuosos na cidade de Nova Iorque e em outros lugares”, acrescentou Trump, uma declaração que foi prontamente classificada como falsa pelo jornal New York Times.

Veteranos de guerra: “Parvo e perdedor”

Neste o primeiro debate presidencial entre os candidatos às eleições agendadas para 5 de novembro, que que teve dois intervalos comerciais e a moderação dos jornalistas Jake Tapper e Dana Bash, Joe Biden chamou ainda o rival Trump de “parvo e perdedor” numa discussão acesa sobre veteranos de guerra.

“O meu filho [veterano de guerra Beau Biden] não era um perdedor nem um parvo. Você é o parvo. Você é o perdedor”, apontou o candidato democrata à reeleição. Agitado, Biden abandonou o tom calmo que o caracteriza para recordar que recentemente visitou França para o aniversário do desembarque dos aliados da Normandia na 2ª Guerra Mundial e visitou o cemitério de militares mortos em combate, a que Trump se recusou a ir enquanto presidente.

Segundo revelou a revista The Atlantic, citando vários altos funcionários, quando era presidente Trump disse que não queria visitar os túmulos dos soldados norte-americanos enterrados em Aisne-Marne, o cemitério norte-americano perto de Paris, “por estar cheio de perdedores”.

Biden aproveitou para recordar este caso e afirmou que hoje existe “um grande respeito pelos veteranos”. Trump rejeitou a versão, atribuída ao seu ex-chefe de gabinete John Kelly, e disse ter testemunhas de que nunca proferiu tal afirmação sobre os veteranos. Na sequência, exigiu um pedido de desculpas a Biden por proferir afirmações falsas, o que este recusou.

Proibição nacional do aborto divide candidatos

O Presidente norte-americano Joe Biden acusou esta noite o seu rival Donald Trump de querer assinar uma proibição nacional do aborto, durante o primeiro debate das presidenciais entre os dois candidatos, em Atlanta, Geórgia. “O que é que ele vai fazer se a ala MAGA [“Make America Great Again”, afecta a Trump] controlar o Congresso e aprovar uma proibição federal?”, questionou Joe Biden. “Ele vai assinar essa lei [a proibir o aborto]. Eu vou vetar, ele vai assinar”.

O direito federal ao aborto foi revogado em junho de 2022 quando a super maioria conservadora do Supremo Tribunal, com três juízes nomeados por Donald Trump, anulou a decisão de 1973 conhecida como Roe v. Wade. “Foi a lei durante 51 anos”, apontou Joe Biden, num dos segmentos em que o presidente apareceu mais animado depois de um início anémico. “Eu apoio Roe v. Wade”, afirmou, considerando “ridícula” a ideia de que os fundadores dos EUA queriam que fossem os políticos a tomar decisões de natureza médica.

Do outro lado, Donald Trump congratulou-se por ter sido responsável pela revogação de Roe v. Wade e disse que a situação atual é a mais apropriada, em que os vários estados decidem o que fazer em relação ao aborto. Trump acusou os democratas de serem radicais e quererem poder abortar após o nascimento da criança, algo que Biden refutou. “Acredito em exceções para incesto, violação e perigo de vida para a mãe”, disse Donald Trump. O candidato republicano também disse concordar com a recente decisão do Supremo Tribunal de continuar a permitir a utilização de pílulas abortivas.

Biden recusou a ideia de que devem ser os estados a tomarem estas decisões e disse que seria a mesma coisa que devolver a decisão sobre o respeito dos direitos civis aos estados. Os rivais também discordaram sobre a posição dos especialistas constitucionais quanto ao aborto: Trump disse que todos queriam a anulação de Roe v. Wade, Biden disse que a vasta maioria concordava com a constitucionalidade da lei.

Desde que o direito federal ao aborto foi revogado, 14 estados proibiram o procedimento sem exceções e 7 restringiram fortemente o seu acesso. De acordo com os dados de 2024 do Pew Research Center, 63% dos eleitores norte-americanos dizem que o aborto deve ser legal em todos ou quase todos os casos, enquanto 36% consideram que deve ser ilegal em todos ou quase todos os casos.

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António Costa assume Conselho Europeu com “enorme sentido de missão”

  • ECO e Lusa
  • 28 Junho 2024

António Costa diz estar “totalmente empenhado em promover a unidade entre os 27 Estados-membros”. Montenegro diz que experiência do antigo governante para criar consensos é “a essência” das funções.

António Costa, que acaba de ser eleito presidente do Conselho Europeu, afirma que assumirá o cargo com “enorme sentido de missão”, empenhado em promover a unidade entre os 27 Estados-membros e a Agenda Estratégica para os próximos cinco anos.

Esta posição foi transmitida pelo ex-primeiro-ministro português na sua conta na rede social X (antigo Twitter), depois de ter sido noticiada a sua eleição pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia para o cargo de presidente do Conselho Europeu, com um mandato de dois anos e meio.

“É com um enorme sentido de missão que assumirei a responsabilidade de ser o próximo presidente do Conselho Europeu. Agradeço aos membros do Conselho Europeu pela confiança que em mim depositaram ao me elegerem, bem como ao Partido Socialista Europeu (PSE) e ao Governo de Portugal pelo seu apoio nesta decisão”, escreveu António Costa.

O anterior primeiro-ministro português acrescentou que, como presidente do Conselho Europeu, a partir de 1 de dezembro, estará “totalmente empenhado em promover a unidade entre os 27 Estados-membros e focado em implementar a Agenda Estratégica, hoje aprovada e que orientará a União Europeia nos próximos cinco anos”.

Já em videoconferência após a cimeira europeia, o agora eleito presidente do Conselho Europeu afirmou que a sua principal prioridade para o cargo é “construir unidade” entre os países da União Europeia (UE), perante “momentos difíceis”.

“A Europa e todos nós estamos a enfrentar momentos difíceis, sim, mas a União Europeia demonstrou a sua resiliência no passado, encontrando sempre força na unidade e, por isso, construir unidade entre os Estados-membros será a minha principal prioridade quando assumir o meu cargo em dezembro”, declarou António Costa.

Esta sexta-feira, António Costa vai estar em Bruxelas para se encontrar com Ursula von der Leyen e também com a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, que foi nomeada Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, disse à Lusa fonte diplomática.

Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, recorreu à rede social X para felicitar António Costa “em nome do Governo de Portugal”, afirmando esperar uma União Europeia (UE) “mais coesa e capaz de construir pontes”.

“A Europa enfrenta grandes desafios e contaremos com todos para defender uma União Europeia mais coesa, capaz de construir pontes para que os Estados possam dar às pessoas as respostas de que elas precisam”, adiantou Luís Montenegro na mensagem.

O socialista António Costa foi eleito pelos chefes de Estado e de Governo da UE como presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio a partir de 1 dezembro de 2024.

De acordo com fontes diplomáticas, a decisão foi adotada numa reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, na qual os líderes da UE propuseram também o nome de Ursula von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, que depende porém do aval final do Parlamento Europeu, e nomearam a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, sujeita à eleição pelos eurodeputados de todo o colégio de comissários.

Após a demissão na sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português António Costa foi escolhido para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, a instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado do bloco europeu, numa nomeação feita por maioria qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representem 65% da população total).

Experiência de Costa é “essência” das funções

Entretanto, em conferência de imprensa em Bruxelas, Luís Montenegro reafirmou que a escolha de António Costa é “particularmente feliz para a Europa” e defendeu que a experiência do antigo governante português para criar consensos é “a essência” das funções que vai desempenhar.

António Costa reúne a experiência, a capacidade de diálogo, de concertação, de construção de pontes, que é a base, a essência, o fulcro do exercício da função de presidente do Conselho Europeu.

Luís Montenegro

Primeiro-ministro

No final de uma reunião do Conselho Europeu, o primeiro-ministro sustentou que a eleição do ex-primeiro-ministro socialista é um “grande regozijo e satisfação”. “Não apenas porque é português, mas, sobretudo, porque na configuração das personalidades indicadas pelas várias famílias políticas […], António Costa reúne a experiência, a capacidade de diálogo, de concertação, de construção de pontes, que é a base, a essência, o fulcro do exercício da função de presidente do Conselho Europeu”.

Questionado sobre a oposição da homóloga italiana, Georgia Meloni, ao nome de António Costa, Luís Montenegro recusou comentar o sentido de voto dos outros chefes de Estado e de Governo, remetendo qualquer explicação para o ainda presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Mas reconheceu que o apoio ao ex-chefe do Governo socialista “foi esmagadora”. “É verdade que sobre todos os candidatos, não apenas sobre António Costa, houve algumas dúvidas, necessidade de aprofundamento daquilo que são os objetivos estratégicos. Em concreto, sobre António Costa aquilo que posso assegurar é que nenhuma das suas posições políticas […], no contexto europeu, foram poucas as vezes que divergimos”, completou.

Luís Montenegro felicitou também Ursula von der Leyen – que fazer parte da sua família política europeia, o Partido Popular Europeu – pela nomeação para um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia e a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia europeia.

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Hoje nas notícias: ministra da Saúde, Cavaco e TAP

  • ECO
  • 28 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A ministra da Saúde copiou partes de um curso de uma universidade inglesa para um relatório em que propunha a criação de um programa de formação na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Cavaco considera que a atual situação política, com um Governo com apoio minoritário e com “dificuldade de entendimento” com a oposição, torna inviável a aplicação de políticas públicas orientadas para o crescimento da produção interna, da produtividade e da competitividade externa. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Ministra da Saúde copiou partes de um curso que propôs à Universidade de Lisboa

Ana Paula Martins propôs-se apresentar, durante o ano de licença sabática (entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021), um plano curricular para uma “formação avançada em Farmacoepidemiologia”, a lecionar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Segundo as atas do conselho científico da instituição, o relatório apresentado já no final de 2023 pela agora ministra da Saúde, embora tenha sido aprovado, era uma “transposição de um programa pedagógico já existente” na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, onde frequentou um curso com o mesmo nome. A estrutura-base é dividida em quatro módulos com os mesmos nomes que constam do programa de formação inglês, assim como os objetivos e o próprio método de avaliação.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Cavaco defende eleições para desbloquear impasse político

Cavaco Silva identifica, num artigo de opinião, as políticas necessárias para a melhoria do bem-estar das famílias portuguesas na próxima década, cruzando-as com cinco cenários políticos que vê como mais prováveis no futuro. Para o ex-Presidente da República, a probabilidade de sucesso é “muito alta” apenas se houver um governo com “apoio maioritário” no Parlamento, na sequência de “eleições legislativas, antecipadas ou não”. Embora apoiante de Luís Montenegro, Cavaco considera que a atual situação política torna inviável a aplicação de políticas públicas orientadas para o crescimento da produção interna, da produtividade e da competitividade externa.

Leia o artigo de opinião completo no Expresso (acesso pago)

Governo pretende relançar privatização da TAP este ano

O Governo quer relançar a privatização da TAP já este ano, mas o modelo de venda da participação do Estado na companhia aérea ainda não foi definido. O anterior processo de reprivatização arrancou em setembro de 2023, quando o governo de António Costa aprovou as condições da venda. O decreto-lei, depois vetado pelo Presidente da República, previa a venda de, pelo menos, 51% do capital da TAP, através de um processo competitivo de venda direta. Há três interessados na corrida à companhia aérea portuguesa: a Lufthansa; a Air France – KLM; e o grupo IAG, dono da British Airways e Iberia.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Risco de uvas serem destruídas por quebra no consumo de vinho

Há empresas produtoras de vinho que estão a comunicar aos viticultores que vão comprar menos uvas ou podem nem sequer comprar, devido à queda nas vendas que está a manter as adegas com stocks elevados e a diminuir a capacidade para nova vindima. Alguns agricultores dizem esperar um “ano pior” do que 2023 e admitem não colher uvas se o preço não compensar, perspetivando baixos rendimentos após terem investido “milhares de euros”. Entretanto, o ministro da Agricultura promete “medidas de curtíssimo prazo” de apoio aos viticultores, que serão anunciadas durante o mês de julho.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Guerra judicial luso-belga pela sede da falida Soares da Costa

A VGP Park Portugal, subsidiária portuguesa do grupo belga VGP, e a construtora Alberto Couto Alves (ACA), de Vila Nova de Famalicão, estão em litígio judicial pela aquisição do “Estaleiro do Norte”, situado em Vila Nova de Gaia. No início de junho, o ativo que servia de sede à falida Soares da Costa foi adjudicado em leilão à VGP por 6,666 milhões de euros, mas a construtora minhota, que é inquilina do imóvel, invoca direito de preferência.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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Euronext apresenta uma mão cheia de propostas de investimento em Portugal

Saúde, energia e turismo são apenas algumas das áreas em que a Euronext encontra vantagens comparativas capazes de convencerem os investidores a apostar em empresas nacionais.

Portugal está a posicionar-se como um destino atrativo para os investidores, com oportunidades significativas em setores-chave da economia, segundo o relatório “Structural Trends Shaping Portugal’s Economy and Growth”, produzido pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa a pedido da Euronext e da AEM no âmbito da iniciativa Portugal Capital Markets Day, que se realiza esta sexta-feira em Lisboa.

“Não estamos apenas a mostrar as transformações recentes, mas sobretudo a perspetivar onde podemos aumentar a competitividade e o crescimento das empresas portuguesas“, refere Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisboa, a propósito da realização do evento.

As conclusões do “Structural Trends Shaping Portugal’s Economy and Growth” assentam nas tendências estruturais que estão a moldar a economia nacional, identificando cinco áreas promissoras para cativar a confiança dos investidores.

  1. Saúde: O setor representa 11% do PIB, uma percentagem superior à média da OCDE. Entre as oportunidades identificadas pelos autores do estudo estão startups de biotecnologia, cuidados geriátricos e turismo médico.
  2. Energia: Os autores do estudo sublinham que Portugal está a liderar investimentos em energias renováveis, referindo que o investimento em “projetos de energia eólica e solar, hidrogénio verde e lítio são de assinalar, apoiados por um contexto regulatório que se tem mostrado favorável e estável.”
  3. Imobiliário e Turismo: Estes setores estão a “atravessar um período de prosperidade”, que é espelhado por um “crescimento substancial do investimento direto estrangeiro e também nacional” em virtude da localização estratégica do país, a qualidade e vida e os preços competitivos dos imóveis, destaca o estudo da Universidade Católica.
  4. Agricultura e Florestas: Alavancado um crescimento de 45% das exportações agrícolas entre 2018 e 2022, os autores do estudo destacam que ambos os setores apresentam oportunidades em tecnologias agrícolas avançadas e gestão florestal sustentável e na produção de produtos de maior valor como o vinho, azeite, frutas e produtos hortícolas.
  5. Infraestruturas: A localização geográfica de Portugal oferece vantagens únicas para investimentos em infraestruturas de transporte e logística, refere o estudo da Universidade Católica, identificando como áreas-chave de investimento futuro o transporte ferroviário, os portos, os aeroportos e as infraestruturas hídricas e culturais.

O relatório coordenado pelo professor Ricardo Reis também destaca o compromisso de Portugal com a sustentabilidade e a inovação, notando que “o país está a posicionar-se como um centro de inovação tecnológica e de startups”, com áreas promissoras como transformação digital, fintech e inteligência artificial.

A competitividade de Portugal também é evidenciada pela sua posição favorável no índice de restritividade regulatória do investimento direto estrangeiro da OCDE, ocupando o segundo lugar entre os países membros.

Será sobre todas estas linhas orientadoras que irá decorrer a primeira edição do Portugal Capital Markets Day, que tem como objetivo “promover oportunidades de investimento em Portugal, com um foco particular nas empresas cotadas, destacando as principais tendências de evolução estrutural da economia portuguesa”, destaca a Euronext Lisboa em comunicado.

“Esta iniciativa não só reconecta os stakeholders, mas também catalisa novas colaborações e investimentos”, destaca ainda Miguel Athayde Marques, presidente do conselho diretivo da AEM.

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Italiana Esseco lança contra-oferta de aquisição da Ercros, superior à da portuguesa Bondalti

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

Oferta do grupo italiano é 6,7% mais alta do que apresentada em março pela empresa química portuguesa Bondalti, que integra o Grupo José de Mello, e que já tinha sido aprovada pelo governo espanhol.

O grupo italiano Esseco Industrial anunciou esta sexta-feira uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a empresa química espanhola Ercros pelo preço de 3,84 euros por ação, que é superior à que foi lançada no início de março pela portuguesa Bondalti.

A oferta do grupo italiano é 6,7% mais alta do que a da Bondalti Ibérica, subsidiária da química portuguesa Bondalti (3,60 euros), e representa uma valorização de 10% face ao preço das ações da Ercros no final da sessão de quinta-feira da bolsa espanhola.

Em comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), o regulador do mercado espanhol, a empresa italiana referiu que a oferta para a compra da totalidade das ações da Ercros avalia a química em 351,1 milhões de euros.

A Esseco acrescentou que a oferta pública, de caráter voluntário, foi aprovada pelo conselho de administração por unanimidade em 19 de junho e está condicionada à obtenção de 75% do capital e à autorização das autoridades reguladoras e da concorrência.

O Governo espanhol aprovou em 12 de junho a compra da empresa química Ercros pela Bondalti, um dos passos para a concretização da OPA. “O Conselho de Ministros deliberou, na reunião de 11 de junho de 2024, […] autorizar o investimento estrangeiro da oferente e do seu investidor final na empresa espanhola Ercros”, lê-se numa nota enviada à CNMV.

A autorização em causa consiste num passo para que a OPA possa ser concretizada. Já a 20 de março, a CNMV tinha aceitado a OPA sobre a Ercros, lançada pelo grupo Bondalti.

A empresa química portuguesa Bondalti lançou a 5 de março deste ano uma OPA sobre 100% das ações da Ercros, num valor que ronda os 329 milhões de euros.

A Ercros é um grupo industrial, líder em Espanha, especializado na produção e venda de produtos químicos, sendo que emprega 1.350 pessoas e tem três áreas de atividade: a divisão de cloro, a divisão de produtos químicos e a divisão farmacêutica.

Em 2023, a Ercros faturou cerca de 750 milhões de euros e teve um lucro de 27,5 milhões de euros.

A Bondalti garantiu que manterá os postos de trabalho da Ercros, a sede da empresa em Barcelona e a presença nas regiões autónomas em que opera – Catalunha, Comunidade Valenciana, Aragão e Madrid.

A OPA está condicionada “à aceitação de mais de 75% do capital e à obtenção de todas as aprovações regulamentares e governamentais relevantes”, segundo a Bondalti.

A Bondalti, que faz parte do Grupo José de Mello, está em Espanha há mais de 20 anos, onde emprega mais de 200 pessoas.

Atualmente, tem duas unidades produtivas em Espanha, em Torrelavega (Cantábria) e em Alfaro (La Rioja), bem como um centro logístico em Vigo, além de quatro escritórios em Barcelona, Madrid, Pontevedra e Logronho.

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Governo e LALIGA partilham ferramenta de monitorização do discurso de ódio

  • Servimedia
  • 28 Junho 2024

O Ministério da Inclusão, Segurança Social e Migrações e a LALIGA vão assinar em setembro um acordo para partilhar a ferramenta 'MOOD' de monitorização e análise do discurso de ódio.

O anúncio foi feito pela ministra da Inclusão, Segurança Social e Migração, Elma Saiz, esta sexta-feira, durante a apresentação do balanço da campanha contra o racismo no desporto “Este jogo vamos ganhar”, onde também esteve presente o presidente da LALIGA, Javier Tebas.

A ferramenta, fornecida pela Liga de Futebol Profissional, irá otimizar a estratégia de monitorização levada a cabo pelo Observatório Espanhol do Racismo e da Xenofobia (Oberaxe), através da escuta ativa nas redes sociais de ações racistas e discursos de ódio de todos os tipos.

Esta missão fará parte de um acordo entre o Ministério e a LALIGA com o objetivo de “prevenir episódios de violência, enfrentá-los e trabalhar concretamente contra o racismo e a xenofobia”, segundo Saiz.

Por outro lado, serão desenvolvidas campanhas de comunicação e sensibilização, bem como no domínio da formação através de um módulo sobre o racismo no futebol de base e de diferentes colaborações específicas com a Fundação LALIGA.

Saiz sublinhou que “não podemos ficar de braços cruzados perante os discursos de ódio, que se multiplicaram nos últimos tempos devido, em grande medida, à sua difusão na Internet e nas redes sociais. Com esta ferramenta, estamos certos de que melhoraremos o nosso diagnóstico e poderemos atuar em conformidade”.

Por seu lado, Tebas concordou com a importância de continuar a atuar contra o racismo. “Aderir a projetos como este do governo, trabalhando em conjunto, confirma o esforço investido até agora. Este acordo marcará um antes e um depois na luta contra a violência e o ódio”, afirmou.

RESULTADOS

Além disso, durante o dia, os resultados da campanha de comunicação “Este jogo vamos ganhar” foram apresentados pela directora do Oberaxe, Karoline Fernández. Esta iniciativa, realizada durante quatro semanas com atividades informativas nas redes, principalmente, e enquadrada no projeto europeu SCORE ‘Sport Cities opposing Racism in Europe’, teve mais de 102 ‘posts’ nas redes sociais, com mais de 300.000 impressões; chegou a mais de 85 meios de comunicação nacionais e internacionais, e a 1,7 milhões de ‘newslatter’, que recolheram mais de 560.000 aberturas.

“O discurso do ódio não tem lugar em nenhuma área da sociedade e o desporto é um excelente local para o reivindicar”, afirmou a ministra. O talento não compreende a cor da pele, a origem ou a classe social, e o futebol é um excelente exemplo de integração dos melhores talentos, embora ainda haja muito a fazer em termos de discurso de ódio e é aí que nos vamos concentrar neste acordo”, acrescentou.

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America’s Cup Trophy Tour continua a sua viagem e aproxima os fãs da America’s Cup

  • Servimedia
  • 28 Junho 2024

O Auld Mug já passou por L'Escala, Palamós, Vilassar de Mar e Sitges. As suas próximas paragens serão Tarragona, Cambrils e terminará na capital catalã como preâmbulo da competição oficial.

O America’s Cup Trophy Tour chegou a meio do seu percurso. Depois de já ter passado por L’Escala, Palamós e Vilassar de Mar, está agora em Sitges para aproximar a competição da população local. Centenas de pessoas vieram desfrutar desta atividade nas suas primeiras paragens, absorvendo os valores transmitidos por esta competição histórica.

Os clubes náuticos dos municípios colaboraram com a America’s Cup Event (ACE), a Emirates Team New Zealand, as câmaras municipais e a Generalitat de Catalunya para expor o troféu, contar a sua história e informar sobre as novidades desta edição que se realizará dentro de algumas semanas em Barcelona. Também incentivaram a participação da comunidade local com regatas e outras atividades culturais e gastronómicas.

L’Escala foi o cenário da primeira paragem da America’s Cup Trophy Tour, atraindo os participantes ao mar de Empúries. Durante o evento, o cobiçado troféu foi oficialmente apresentado no cais de espera do Club Nàutic L’Escala. A cerimónia contou com a presença de personalidades como Narcís Carreras, presidente do Club Nàutic L’Escala, Grant Dalton, CEO da America’s Cup, Joan Plana, segundo vice-presidente do Conselho de Turismo da Costa Brava, Anna Torrentà, delegada do Governo catalão em Girona, e Josep Bofill, presidente da Câmara Municipal de L’Escala.

Os adeptos puderam informar-se sobre a 37.ª edição da America’s Cup e tirar fotografias com o troféu mais antigo do desporto internacional. O dia incluiu uma variedade de atividades na escola de vela do clube, com a participação de quase 80 velejadores. Os visitantes desfrutaram de uma aldeia que oferecia uma experiência imersiva sobre a história da competição, os seus barcos e tripulações, bem como uma degustação gastronómica de vários produtos locais.

ATIVIDADES

Na localidade de Baix Empordà, a equipa do Club Nàutic Costa Brava – regata Vela Palamós expôs a sua experiência por ocasião da visita deste lendário troféu. Miquel Aviño, vice-presidente do clube, Natalia Via-Dufresne, ex-velejadora olímpica e chefe de operações na água da America’s Cup Event (ACE) Barcelona, e o presidente da Câmara Municipal de Palamós, Lluís Puig, falaram aos adeptos.

Entretanto, no município de Maresme, foi organizada uma regata social com a participação de vários clubes da região, uma exposição da classe Patí català e uma degustação de conservas. Laura Martínez Portell, Presidente da Câmara de Vilassar de Mar, esteve presente no evento.

A próxima paragem também está a ser um sucesso retumbante. As atividades organizadas pelo Club Nàutic de Sitges incluíram uma regata com equipas constituídas por alunos da escola de vela local e uma exibição de velejadores de Patí de Vela. A ação prosseguirá durante a tarde no Passeig de la Ribera com a chegada do troféu, que trará consigo outros espetáculos, como uma pintura de um artista local.

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Madrid lidera a formação e o acesso à procura na indústria do espetáculo, segundo a última análise do Instituto Coordenadas

  • Servimedia
  • 28 Junho 2024

A nova indústria do entretenimento tem registado um crescimento exponencial nas últimas décadas, impulsionada pelos avanços tecnológicos e pela crescente procura de conteúdos audiovisuais e digitais.

Este setor não só aumentou a sua dimensão e alcance, como também aumentou a procura de profissionais qualificados para responder às exigências de um público global cada vez mais exigente, de acordo com a última análise do Instituto Coordenadas.

Neste contexto, Madrid, de acordo com o relatório, tornou-se um dos principais pólos de produção, com o sucesso da Madrid Content City em Tres Cantos; e também concentra a oferta de formação mais ampla e inovadora. A capital acolhe as 5 principais escolas de formação profissional (VET) e universitárias que desempenham um papel crucial na preparação de novos profissionais com as qualificações exigidas pelos operadores da nova indústria. Estes programas não só dotam os estudantes de competências técnicas e criativas, como também os preparam para cargos que oferecem salários competitivos, muitas vezes superiores aos das profissões tradicionais com diplomas superiores.

As principais escolas destacadas no relatório são: The Core, a Escola Superior de Audiovisuais do Grupo Planeta, situada no coração da Cidade dos Conteúdos de Madrid e que oferece todas as linhas de formação superior, desde os Ciclos de Formação de Nível Superior (FP), passando pelos Mestrados, até às Licenciaturas, sempre em relação com as áreas de conhecimento exigidas pela indústria do espetáculo. Localizada em Tres Cantos, oferece uma formação eminentemente aplicada graças ao excelente equipamento do seu campus, concebido em conjunto com os seus parceiros, Secuoya e Antena 3, e uma vasta gama de estágios em empresas do setor.

ECAM (Escuela de Cinematografía y del Audiovisual de la Comunidad de Madrid), um estabelecimento de ensino de renome que oferece programas de formação em cinema e meios audiovisuais. Situada em Pozuelo de Alarcón, os seus programas incluem realização cinematográfica, guionismo, produção, montagem, som, animação e efeitos especiais, entre outros. TAI (Escuela Universitaria de Artes y Espectáculos TAI) com programas em disciplinas artísticas como cinema, fotografia, música, artes cénicas e artes plásticas. Situada no centro de Madrid, está orientada para a criatividade e a inovação.

UTAD (Universidade de Tecnologia e Arte Digital) especializada em tecnologia e arte digital, com programas em videojogos, animação, design digital, engenharia de software e realidade virtual, localizada em Las Rozas. A UDIT (Universidade de Design, Inovação e Tecnologia) centrou-se em programas de design, inovação e tecnologia, oferecendo formação em design gráfico, design de interiores, design de moda e tecnologia aplicada ao design.

A este respeito, o último relatório da PwC sobre a indústria do entretenimento e dos meios de comunicação social (E&M) destaca a importância económica deste setor em Espanha e a necessidade urgente de formar novos profissionais qualificados. Com uma previsão de crescimento anual composto de 4,6% até 2027, atingindo 35.011 milhões de euros, a indústria do entretenimento é uma das áreas mais dinâmicas e promissoras da economia espanhola.

De acordo com a análise, os estudantes formados em centros de formação profissional (VET) e universidades especializadas no setor do entretenimento terão uma vantagem significativa no mercado de trabalho. As instituições que lideram esta área estão a oferecer uma educação de vanguarda, adaptada às necessidades de uma indústria em rápida evolução e com uma elevada procura de novas competências tecnológicas e criativas.

Do mesmo modo, os dados confirmam que os profissionais formados nestas escolas podem alcançar salários elevados, comparáveis ou mesmo superiores aos dos licenciados em disciplinas tradicionais. Os domínios da animação, dos efeitos especiais, do desenvolvimento de jogos de vídeo e da produção audiovisual, em particular, oferecem oportunidades de emprego bem remuneradas devido à elevada procura de competências especializadas e ao caráter global do mercado do entretenimento. Os novos profissionais destas escolas estão a igualar os recém-licenciados da Universidade Carlos III de Madrid (UC3M), da Universidade Pompeu Fabra (UPF) ou da Universidade de Navarra (UNAV), que são as universidades com os salários médios mais elevados em Espanha.

O Core, a ECAM, o TAI, a UTAD e a UDIT estão a atingir taxas de empregabilidade de 90% nos primeiros seis meses após a conclusão dos estudos; com salários iniciais muito competitivos ou rendimentos que superam a média nacional, com remunerações que variam entre 30.000 e 50.000 euros por ano, dependendo da dedicação e da especialização. E o estudo reflete também a elevada procura destes profissionais, que responde ao crescimento e dinamismo da nova indústria, e a atração de Espanha como destino de produção de entretenimento; e o trabalho de longa data de organizações como a Spain Film Commission, ou a já mencionada Madrid Content City, onde a Netflix abriu recentemente a sua sede europeia. Uma verdadeira declaração de intenções.

Jesús Sánchez Lambas, vice-presidente executivo do Instituto Coordenadas de Governação e Economia Aplicada, considera que “o entretenimento vai crescer exponencialmente devido ao novo estilo de vida e à nova realidade laboral, e a procura destes perfis vai crescer em conformidade”, e acrescenta que “é muito importante que Madrid tenha capitalizado a tendência para se tornar um hub e, também, para oferecer a melhor oferta académica”.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 28 de junho

  • ECO
  • 28 Junho 2024

Ao longo desta sexta-feira, 28 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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