Plataformas disponíveis para mais reuniões para discutir preocupações dos estafetas

Depois de uma primeira reunião, as plataformas digitais sinalizam estar abertas a mais encontros para discutir preocupações dos estafetas, como contas falas e seguros de trabalho.

Os estafetas sentaram-se à mesa, pela primeira vez, com as plataformas digitais esta terça-feira. E podem estar no horizonte mais encontros deste tipo. Foi esse, pelo menos, o sinal deixado pelas plataformas digitais, que dizem estar abertas a mais fazer reuniões de modo a discutir as preocupações dos estafetas, como as contas falsas e os seguros de saúde. Os assuntos “operacionais”, como o pagamento por viagem, devem ficar fora destas reuniões, ainda que estejam entre as principais reivindicações dos estafetas.

“A Associação Portuguesa das Aplicações Digitais (APAD) reuniu esta terça-feira, em Coimbra, com alguns estafetas, que fizeram este pedido. Na reunião foram ouvidas preocupações destes estafetas, como as questões com contas falsas, pedido de intermediação junto de seguradoras para melhores condições, entre outras”, indicam as plataformas, num comentário enviado às redações.

A APAD garante ainda que foram discutidos “eventuais caminhos de mitigação” das preocupações dos estafetas e adianta que está disponível para “no futuro agendar outras reuniões“.

Este encontro foi o primeiro que juntou a APAD e os estafetas, mas as plataformas deixaram claro que “os assuntos operacionais não poderiam ser discutidos“, por “motivos de concorrência”, de acordo com um email enviado aos estafetas, a que o ECO teve acesso. A APAD junta Uber, Glovo e Bolt, aplicações que têm modelos de negócios distintos e concorrentes entre si.

Quer isto dizer que é previsível que temas como o pagamento por viagem devem ficar de fora desta reuniões, ainda que seja uma das principais reivindicações dos estafetas. Em concreto, os estafetas defendem o pagamento mínimo de três euros para qualquer entrega até 1,99 quilómetros.

Além do pagamento mínimo, da lista de reivindicações consta a exigência de compensações por cada quilómetro percorrido (50 cêntimos por cada quilómetro entre dois e 4,9 quilómetros, e um euro por quilómetro para viagens acima dos cinco quilómetros de distância).

Os estafetas querem também que os pedidos duplos sejam pagos individualmente e que acabem os pedidos triplos. Pedem, além disso, que a deslocação até ao ponto de recolha seja remunerada e que as plataformas (Uber, Bolt e Glovo) abram escritórios nas principais cidades, com os quais possam dialogar e reportar eventuais dúvidas ou problemas.

Já um dos temas mais quentes do trabalho nas plataformas digitais (os contratos de trabalho) não consta da lista de exigências dos estafetas.

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