Tributação extra sobre elétricos da China com impacto nos concessionários. E China pode retaliar

O líder da ACAP - Associação Automóvel de Portugal alerta para o risco das penalizações anunciadas pela Comissão Europeia sobre as importações de carros elétricos da China.

O líder da ACAP – Associação Automóvel de Portugal alerta que os concessionários poderão sentir o impacto das penalizações que a Comissão Europeia vai impor na importação de carros elétricos a partir da China. Hélder Pedro entende que o comércio livre sai prejudicado e que o gigante asiático pode adotar medidas de retaliação.

A Comissão Europeia vai impor uma tributação provisória sobre as importações de veículos elétricos provenientes da China, para responder ao que considera “subsidiação injusta” por parte de Pequim para a produção destes automóveis, de acordo com um comunicado publicado esta manhã.

A situação “poderá naturalmente ter impacto nos concessionários que vendem este tipo de veículos”, indica Hélder Pedro. Desde logo, aponta, pode haver uma retração da procura, já que este tipo de notícias pode minar a confiança dos consumidores, entende.

No que diz respeito à política de preços, prefere não comentar, e indica que “cada marca tem a sua estratégia”, portanto, terá de ser feita uma análise caso a caso.

De uma perspetiva mais alargada, da relação entre a União Europeia e a China, também assinala riscos relevantes: “Já se fala de retaliação da China. Pode acontecer um conflito comercial”. O líder da ACAP antevê a possibilidade de serem aplicadas taxas da parte da China, não necessariamente sobre os automóveis mas eventualmente sobre outros produtos de origem europeia.

O regulamento da UE entra em vigor desde já, e até novembro vão existir conversações entre os dois blocos comerciais, de forma a chegarem a acordo. Mas as perspetivas, na ótica de Hélder Pedro, não são as mais animadoras: “Vai ser difícil chegar a acordo”.

Para a ACAP, o melhor cenário é de uma economia globalizada, já que a indústria automóvel é uma indústria global. O pior cenário será mesmo a retaliação da parte da China.

No comunicado da Comissão, esta identifica três produtores chineses e a respetiva tributação a que serão submetidos: BYD Auto (17,4%), Gelly (19,9%) e SAIC (37,6%).

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