Novo governo britânico afasta aumento de impostos. Conheça o plano dos trabalhistas para “proporcionar crescimento”

A ministra das Finanças assume ainda a meta de construir 1,5 milhões de casas nos próximos 5 anos e a intenção de utilizar o sistema de pensões para potenciar o investimento em empresas nacionais.

Rachel Reeves, a nova ministra das Finanças do Reino Unido, apresentou esta segunda-feira o plano para impulsionar o crescimento económico do país, num discurso que marca o início da sua gestão no novo governo trabalhista liderado por Keir Starmer.

A ministra anunciou uma série de medidas ambiciosas, destacando que “não há tempo a perder” para elevar a taxa de crescimento britânica. “Onde os governos anteriores se mostraram relutantes em tomar decisões difíceis para proporcionar crescimento — ou esperaram demasiado tempo para agir — eu irei concretizar”, afirmou Reeves, sublinhando que esta é agora “uma missão nacional”.

Entre as principais medidas anunciadas pela ministra destacam-se as seguintes:

  • Fim imediato da proibição de novos parques eólicos onshore em Inglaterra, que Reeves classificou como “absurda”.
  • Consulta pública sobre a possibilidade de decisões relativas a grandes projetos eólicos onshore serem tomadas nacionalmente, em vez de localmente.
  • Reintrodução de metas obrigatórias de construção de habitação, com o intuito de construir 1,5 milhões de novas casas nos próximos cinco anos.
  • Avaliação do estado atual da economia britânica, com um relatório a ser apresentado ao Parlamento antes de os deputados irem de férias.
  • Elaboração de um relatório sobre o estado das despesas públicas até ao final do verão.
  • Compromisso de não aumentar o IVA, as contribuições para a Segurança Social ou o imposto sobre o rendimento.
  • Intenção de utilizar o sistema de pensões para impulsionar o investimento em empresas britânicas.

A ministra das Finanças também prometeu anunciar a data para a entrega do próximo Orçamento de Estado antes de o Parlamento encerrar para férias de verão, sinalizando a urgência do governo em implementar as suas políticas económicas.

Paralelamente, o primeiro-ministro Keir Starmer voltou a fazer declarações relevantes sobre a relação futura do Reino Unido com a União Europeia.

Embora tenha descartado a possibilidade de reintegração do país à União Europeia e ao mercado único ou à união aduaneira, Starmer afirmou que “[tem] um mandato muito forte para a mudança e para uma relação diferente com a União Europeia” e acredita que o país pode “obter um acordo melhor do que o acordo mal feito que Boris Johnson conseguiu”.

Estas declarações sugerem que, apesar de manter o Brexit como um facto consumado, o novo governo trabalhista procurará melhorar as relações comerciais e diplomáticas com a União Europeia, potencialmente negociando novos acordos em áreas como comércio, investigação e desenvolvimento, defesa, segurança e educação.

O discurso de Reeves e as declarações de Starmer marcam o início de uma nova era na política económica britânica, com um foco claro no crescimento sustentável e na melhoria das relações internacionais.

Os próximos meses serão cruciais para avaliar a eficácia destas novas políticas e o seu impacto na economia do Reino Unido.

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