Portugal é dos países com mais reservas de alojamento local através de plataformas

Portugal foi o quinto país da UE com mais noites reservadas através de plataformas online em 2023, com destaque para AML e Algarve. No primeiro trimestre deste ano, reservas cresceram 17,8%.

Portugal é um dos países da União Europeia mais procurados por turistas para reserva de alojamentos locais, com a maior procura a centrar-se na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve. Os dados são do Eurostat e revelam que a tendência se tem acentuado após a recuperação da pandemia, tendo crescido 19,07% em 2023 face ao ano anterior.

O turismo, através da reserva nas plataformas Airbnb, Booking, Expedia Gourp e TripAdvisor, continuou a bater recordes no ano passado e não parece abrandar, segundo dados do organismo de estatística europeu, divulgados na segunda-feira.

Em 2023, Portugal foi o quinto país da União Europeia (UE) com mais reservas em alojamentos de curta duração reservado através de plataformas, com mais de 39,5 milhões de noites, apenas ultrapassado por França (159,1 milhões de noites), Espanha (141 milhões), Itália (107,3 milhões) e Alemanha (49,3 milhões). Apesar deste cenário, entre 2022 e 2023, o mercado português registou a oitava taxa de crescimento mais baixa, com a mais elevada a ser alcançada por Malta (46,8%), um país a despontar para o turismo nos últimos anos. O crescimento registado em Portugal ficou próximo da média da União Europeia, cuja taxa subiu 20,52%.

Os dados – que resultam de um acordo de partilha de dados celebrado entre o Eurostat e as quatro plataformas online – revelam que, em 2023, entre as 20 regiões mais procuradas, seis são em Espanha e França, cinco em Itália, duas em Portugal e uma na Croácia.

As regiões mais populares para alojamento de curta duração reservado através de plataformas online foram a Andaluzia, em Espanha (35,6 milhões de noites), Jadranska Hrvatska, na Croácia (32,6 milhões) e a região francesa Provence-Alpes-Côte d’Azur (24,9 milhões).

A Área Metropolitana de Lisboa ocupa o 12º lugar nesta lista e o Algarve o 15º lugar, com mais de 11,9 milhões e mais de 10,4 milhões, respetivamente. O pico de noites reservadas nas plataformas em ambas as regiões registou-se durante o mês de agosto.

Primeiro trimestre bate recordes

O número de noites em alojamentos locais na União Europeia cresceu 28,3% no primeiro trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2023, para 123,7 milhões de noites. Este é o terceiro ano consecutivo com um aumento anual de dois dígitos no primeiro trimestre, embora o crescimento tenha desacelerado desde que a contração sofrida em 2020, devido à pandemia de Covid-19, foi superada em 2022.

Os dados revelam ainda que o número de hóspedes em alojamento local continuou a registar novos valores recordes mensais: em janeiro de 2024, foram passadas 33,3 milhões de noites em alojamentos reservados através de plataformas online, um aumento de 16,7% face a janeiro de 2023. Em Fevereiro esse valor foi de 41,2 milhões (+19% face ao mês hómologo) e em março o número de 49,2 milhões (+48,0%).

No primeiro trimestre deste ano, Portugal foi o sétimo país da UE com mais reservas, superando as 6,2 milhões de noites, com um crescimento de 17,8% face ao primeiro trimestre de 2023. No último trimestre do ano passado tinham-se registado mais de 7,3 milhões de dormidas.

Entre os destinos mais populares no arranque do ano, “torna-se claro que o turismo de plataforma nos oito países beneficiou do crescimento global do sector”, destaca o Eurostat, assinalando que em todos o número de pernoitas cresceu em comparação com 2023 e todos excederam “em muito” os níveis pré-pandémicos.

Governo tem menos de 180 dias para regulamentar fim da CEAL

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou na semana passada um decreto que autoriza o Governo a revogar a Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local (CEAL). A CEAL, introduzida pelo programa “Mais Habitação” do anterior Governo, impunha uma taxa fixa de 15% sobre uma base tributável variável, afetando imóveis de natureza habitacional em zonas de maior densidade populacional, especialmente no litoral.

Esta medida foi amplamente criticada por operadores do setor, que a consideravam uma penalização injusta e prejudicial ao desenvolvimento do turismo e à sustentabilidade financeira dos pequenos operadores. O decreto promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa é um pedido de autorização do Governo para alterar a lei, tendo previsto 180 dias para o fazer.

O decreto também aborda a fixação do coeficiente de vetustez, que é o número de anos decorridos desde a data de emissão da licença de utilização ou da conclusão das obras de edificação. Este coeficiente será aplicado aos estabelecimentos de alojamento local para efeitos da liquidação do IMI, ajustando o valor tributável dos imóveis conforme a sua antiguidade.

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