De salário em salário. Jovens portugueses estão muito preocupados com custo de vida

O custo de vida é o principal motivo de preocupação entre os jovens portugueses, de acordo com um novo estudo da Deloitte. Desemprego, cenário político e alterações climáticas também causam apreensão.

Os jovens portugueses estão mais otimistas, mas continuam muito preocupados com o custo de vida. Aliás, essa é a sua principal apreensão, neste momento. De acordo com um estudo da consultora Deloitte divulgado esta segunda-feira, cerca de metade destes portugueses admitem mesmo ter dificuldades em suportar os gastos do dia a dia.

“Pelo terceiro ano consecutivo, o custo de vida mantém-se como principal motivo de preocupação entre a geração z [nascidos entre janeiro de 1995 e dezembro de 2005] e millennials [nascidos entre janeiro de 1983 e dezembro de 1994]”, lê-se no estudo da Deloitte.

Entre os membros portugueses da geração z, 47% confessam dificuldades em fazer face aos gastos do dia a dia. Já entre os membros portugueses da geração millennials, a situação é ainda mais grave: 50% admitem tais constrangimentos.

Pior, além do custo de vida, os jovens portugueses têm como motivo de preocupação o desemprego — a ministra do Trabalho alertou, recentemente, que, entre as faixas etárias mais novas, esse indicador chegou mesmo a níveis inadmissíveis –, a instabilidade política, as alterações climáticas e a saúde mental, enumera a Deloitte.

Ainda assim, os jovens parecem mais otimistas do que há um ano. Cerca de 56% dos membros da geração z e 44% dos membros da geração millennial em Portugal acreditam que a sua situação financeira vai melhorar nos próximos 12 meses. Em comparação, há um ano, 48% e 30% dos jovens, respetivamente, tinham essa perspetiva.

Convém explicar que este estudo não se foca apenas no cenário português. Antes, tem por base respostas de jovens de 44 países.

De modo global, seis em cada dez jovens vivem de salário em salário, o que representa um agravamento face a 2023. Mas também no conjunto dos países o otimismo está mais presente.

São cada vez mais os inquiridos a acreditar que a sua situação financeira pessoal irá melhorar espaço de um ano: são 48% da geração z e 40% dos millennials que assim o afirmam, face a 44% e 35% no estudo anterior, respetivamente”, sublinha a Deloitte.

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