Exclusivo Fidelidade põe à venda futura sede por mais de 200 milhões. Amancio Ortega, dono da Zara, está na corrida
Futura sede ainda está a ser construída, mas a seguradora já está à procura de um proprietário. Negócio valerá mais 200 de milhões. O homem mais rico de Espanha é um dos principais interessados.
Ainda se encontra em fase de construção, mas a Fidelidade já está à procura de um comprador para a sua futura sede em Entrecampos, em Lisboa, segundo as informações recolhidas pelo ECO. A seguradora detida pelo grupo chinês Fosun está a pedir mais de 200 milhões de euros pelo edifício que ficará pronto no próximo ano. O homem mais rico de Espanha, Amancio Ortega, é um dos principais interessados.
Neste negócio, a Fidelidade vende o imóvel a um investidor, mas ficará como arrendatária, tratando-se de uma tradicional operação de sale & lease back.
Em cima da mesa está um contrato de arrendamento de longo prazo com a duração de 20 anos, que pode ser prolongado por dois períodos de cinco anos, sendo que a seguradora irá pagar uma renda anual superior a 10 milhões de euros ao próximo proprietário (incluindo parque de estacionamento), segundo a apresentação que está a ser feita junto do mercado e a que o ECO teve acesso.
Contactada pelo ECO, a Fidelidade confirma a intenção de vender o edifício. “A potencial alienação, através de sale & lease back, do edifício onde se localizará a futura sede da Fidelidade corresponde a uma operação comum e recorrente no mercado imobiliário”, adiantou fonte oficial.
“Esta operação, a efetuar-se, será em tudo semelhante à que foi concluída em 2019 relativamente aos atuais escritórios da Fidelidade, nos quais passou a ser arrendatária”, acrescentou a companhia seguradora cujo capital é detido maioritariamente pelo conglomerado chinês Fosun (84,99%), com a Caixa Geral de Depósitos a deter uma posição de 15%.
Já depois da publicação deste artigo, a seguradora acrescentou que: “As seguradoras seguem em geral uma política de asset-light em relação a este tipo de ativos, a qual se revela mais eficiente sob diversos pontos de vista. Em relação à notícia divulgada no ECO, não existe qualquer processo negocial com investidores determinados e nenhum dos valores referidos na referida notícia tem aderência à realidade, sendo pura especulação”.
Após lucros de 180 milhões em 2023, a Fidelidade está a preparar a entrada em bolsa em 2025, tendo já começado a sondar o apetite do mercado. Para o IPO procura um valor implícito da companhia da ordem dos 3 mil milhões de euros, segundo avançou o ECO em abril.
Homem mais rico de Espanha é o principal candidato
A nova sede da Fidelidade está a ser construída num terreno junto à estação de comboio e de metro de Entrecampos, em Lisboa. A conclusão das obras está prevista para o segundo trimestre do próximo ano.
O empreendimento terá 46 mil metros quadrados, dos quais 40 mil serão de escritórios e os outros seis mil de espaços comerciais acima da superfície. O parque de estacionamento terá 440 lugares. A Fidelidade conta subarrendar uma parte do espaço.
A operação de venda está em curso e já atraiu um conjunto seletivo de investidores, incluindo Amancio Ortega, dono da Inditex (das marcas Zara, Berhska ou Stradivarius), que surge na pole position de candidatos a fecharem o negócio com a Fidelidade.
O conhecido empresário espanhol — o homem mais rico do país vizinho — está na corrida através da sua sociedade de investimentos Pontegadea, que já detém vários ativos no mercado português, nomeadamente uma participação de 12% na REN. É inclusivamente o segundo maior acionista da gestora da rede elétrica nacional.
A Fidelidade mandatou a Cushman & Wakefield para avançar com a operação, que poderá ser um dos grandes negócios do ano no mercado imobiliário nacional.
Fidelidade comprou terrenos da Feira Popular por 270 milhões
A seguradora adquiriu esse terreno em 2018 juntamente com outros dois lotes onde estava localizada antiga Feira Popular, pagando à Câmara de Lisboa mais de 270 milhões de euros, como avançou o ECO na altura.
Para os terrenos do antigo parque de diversões da capital lisboeta está prevista a construção de habitação, comércio e serviços e ainda parques de estacionamento, mas as obras ainda se encontram numa fase muito inicial.
(Notícia atualizada às 13h00 com segunda reação de fonte oficial da Fidelidade)
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