Alterações climáticas em quinto lugar no “top” das preocupações dos portugueses
A maioria dos portugueses importa-se com as alterações climáticas, segundo o BEI, mas é a quinta preocupação do país. Maioria acredita que investir agora nas questões climáticas é essencial.
A maioria (99%) dos inquiridos portugueses no inquérito anual do Banco Europeu de Investimento (BEI) afirma que é fundamental que o país se adapte às alterações climáticas. Embora essa adaptação seja uma prioridade, fica em quinto lugar na lista de maiores preocupações no âmbito do país.
A sétima edição do inquérito BEI, divulgado em comunicado aos jornalistas, reuniu opiniões de mais de 24 mil participantes da União Europeia e dos Estados Unidos. Em Portugal, foram questionadas 1.009 pessoas, das quais 66% destacam ser necessário dar prioridade às questões climáticas. Além disso, 95% dos portugueses acreditam que investir agora é essencial para evitar custos altos no futuro, um número superior à média europeia de 85%.
“As pessoas sabem que temos de agir agora para nos adaptarmos e atenuarmos os efeitos das alterações climáticas, mas uma transição bem planeada é também a que faz mais sentido do ponto de vista económico. Cada euro investido na prevenção e na resiliência permite poupar entre 5 euros e 7 euros na reparação dos danos”, afirmou Nadia Calviño, presidente do BEI em comunicado.
A maioria dos inquiridos (95%) acreditam que investir na adaptação climática pode gerar empregos e impulsionar a economia local, ultrapassando a média da União Europeia, de 86%.
Os custos da adaptação climática, segundo 49% dos portugueses questionados, devem ser suportados pelas empresas e indústrias que contribuem para o seu agravamento, valor 14 pontos acima da média europeia. Cerca de um terço (30%) defende que todos devem contribuir igualmente, enquanto 8% sugere que as pessoas mais ricas devem suportar os custos da adaptação climática através de mais impostos.
O comunicado do BEI destaca ainda o relatório da Agência Portuguesa do Ambiente, que refere que a Europa é atualmente o continente que mais rapidamente enfrenta o aquecimento global, e espera-se que eventos climáticos extremos se intensifiquem.
Nos últimos cinco anos, de acordo com o comunicado do BEI, 86% dos portugueses afirmam ter sido afetados por, pelo menos, um fenómeno climático extremo, um índice que supera a média europeia em 6 pontos. Além disso, 71% dos portugueses relatam ter sofrido pelo menos uma consequência direta desse tipo de evento.
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