EUA vão continuar a ser “mercado de excelência” para EDP

A vitória de Trump não altera a aposta estratégica da EDP nas renováveis nos EUA. Ainda assim, há indefinição sobre as tarifas e há um "risco enorme" para as exportações para o país.

Os Estados Unidos são um país fundamental para a EDP e continuarão a ser um “mercado de excelência” para a empresa, garante o diretor de desenvolvimento de negócios EDP em Portugal, Hugo Costa. O responsável reconhece, porém, que a eleição de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA traz riscos para as exportadoras.

“Reconheço que possa haver algum deslocar de financiamento para a Europa. Não acredito que haja paragem das renováveis“, refere Hugo Costa no Green Economy Forum, que está a decorrer esta manhã em Vila Nova de Gaia.

Hugo Costa, diretor de Desenvolvimento de Negócios em Portugal da EDPRicardo Castelo

O especialista admite que haja ainda algum “abrandamento em tecnologias menos maduras, como hidrogénio verde, atrasando licenças e incentivos”. Ainda assim, e apesar da “filosofia de aumentar atividade de oil & gas, vai ser preciso continuar com eólico e solar” e “70% investimentos renováveis são em estados republicanos e que defendem renováveis”.

Referindo-se ao caso concreto da EDP, o diretor da elétrica aponta que “mais de 50% do portefólio” de renováveis da empresa é nos EUA. “É uma peça fundamental nas renováveis, continuará a ser mercado de excelência para EDP”, garante.

Em relação à política comercial de Donald Trump, Hugo Costa diz que “há uma indefinição sobre o que serão tarifas às importações nos EUA”, apontando “um risco enorme” para as exportadoras.

A vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas castigou as ações das empresas renováveis, com os investidores a anteciparem um desinvestimento nestas áreas. O CEO do grupo EDP, Miguel Stilwell de Andrade, numa reação à queda de 11% das ações da EDP Renováveis adiantou que os mercados reagiram de forma exagerada.

“Vamos esperar para ver, mas não atiraria a toalha ao chão, penso que os mercados reagiram claramente de forma exagerada em baixa“, disse Miguel Stilwell de Andrade, em teleconferência com os analistas.

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