UE apoia a Ucrânia até que Putin decida parar a guerra

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros da UE, Josep Borrell, afirmou hoje que os vinte sete apoiarão a Ucrânia “até que (Vladímir) Putin decida parar a guerra".

O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou este domingo que os vinte sete apoiarão a Ucrânia “até que Putin decida parar a guerra”, o que, admitiu, “não acontecerá em breve”.

Na reunião especial do Fórum Económico Mundial (WEF), que começou hoje em Riade, na Arábia Saudita, e continua até segunda-feira, Borrell reiterou o compromisso da UE em apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia, independentemente do investimento orçamental que isso represente.

“Continuaremos a apoiar o povo da Ucrânia (…) Há quem pergunte quanto dinheiro iremos gastar neste conflito. Comprometemo-nos a apoiar a Ucrânia a resistir até que Putin decida parar a guerra, mas eu acho que isso não acontecerá em breve”, disse o mais alto representante na Política de Segurança da UE.

No seu discurso, Borrell lembrou que “Putin começou a guerra” e que o presidente russo “vai esperar pelas eleições nos Estados Unidos” para considerar o futuro ou a possibilidade de pôr fim ao conflito que começou há pouco mais de dois anos.

Quanto à prolongada guerra entre a Rússia e a Ucrânia, manifestou preocupação com a possibilidade de algo semelhante acontecer no Médio Oriente, referindo-se ao conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

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Sebastião Bugalho evoca Cavaco, Durão e Moedas para justificar a sua candidatura aos 28 anos

Na apresentação das listas da AD às europeias, em Aveiro, o ex-comentador da Sic Notícias e cabeça de lista disse que é “em nome desse sonho e legado europeu” que a AD se apresenta a votos.

O candidato da AD às europeias, Sebastião Bugalho, começou por explicar as razões da sua candidatura. “É a essa pergunta que posso dar a resposta mais direta e verdadeira. Eu estou aqui porque acredito na Europa que a democracia portuguesa ajudou a construir desde 1986. E na Democracia que não seria a mesma sem essa pertença europeia.”

Na apresentação das listas da AD às europeias, em Aveiro, o ex-comentador da Sic Notícias e cabeça de lista disse que é “em nome desse sonho e legado europeu” que a AD se apresenta a votos. E apela: “O que vos peço, aqui, hoje, é que lutem comigo. Lutem comigo por esse sonho. Acreditem comigo nesse sonho ‒ que tem de ser mais do que esperança, do que uma ambição, tem de ser uma realidade. O nosso país tem quase 900 anos de história, nós sabemos o que é preciso fazer para sonhar e para cumprir. Podemos olhar para trás, para nos inspirarmos e sabemos olhar para a frente, para sabermos aquilo que queremos.”

O candidato de 28 anos começou por, em jeito de justificação, enumerar protagonistas do que chamou de sonho europeu. Primeiro falando de Cavaco Silva, “um jovem algarvio de Boliqueime, que conseguiu uma bolsa para estudar em Inglaterra e regressou ao seu país, para mais tarde ser primeiro-ministro e Presidente da República.”

“Tenho ouvido as críticas, até já respondi a algumas com humildade e boa disposição. Parece que dizem que sou muito novo. E é verdade e, como diz o senhor primeiro-ministro, é um problema que passa com o tempo. Mas o primeiro-ministro francês neste momento tem 34 anos, eu sou só candidato Parlamento Europeu”, afirma.

De seguida, foi a vez de Durão Barroso, “um jovem de Almada, que ouviu a Revolução na rádio e correu para o cacilheiro, para ver a Liberdade a acontecer ‒ e mais tarde ser primeiro-ministro e Presidente da Comissão Europeia”. Não deixando de fora o atual presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas: “um jovem alentejano de Beja, que foi para Paris estudar graças ao programa Erasmus, se tornou engenheiro e voltou ao seu país ‒ para mais tarde ser comissário europeu e presidente de Câmara.”

Antes disso, Bugalho tinha agradecido a Manuela Ferreira Leite, lembrando que foi a “última líder do PSD a vencer eleições europeias”, esperando que isso seja um sinal para repetir a vitória.

Recorde-se que nas últimas eleições europeias, o PSD conseguiu eleger seis eurodeputados e o CDS-PP, um. Portugal tem a capacidade de eleger 21 eurodeputados, de um total de 720.

Quem é Sebastião Bugalho?

Sebastião Bugalho regressa à vida política, como independente, mas agora com o apoio de mais um partido. Em 2019, Assunção Cristas, líder do CDS-PP na altura, escolheu o jovem para integrar as listas do partido para as eleições legislativas. Não foi eleito, mas depois de Ana Rita Bessa ter renunciado ao mandato, alegando descontentamento com a direção de Francisco Rodrigues dos Santos, o comentador político foi convidado a ocupar o lugar, mas não aceitou o convite.

Formado em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, Sebastião Bugalho, de 28 anos (faz 29 em novembro), é filho dos jornalistas João Bugalho e Patrícia Reis, editora da revista Egoísta. Deu os primeiros passos no jornalismo aos 19 anos, mas foi a fazer comentário político que ganhou maior protagonismo. Fê-lo na TVI24, tendo passado mais tarde para a CNN Portugal. Desde o ano passado, que se tornou num dos analistas políticos da SIC Notícias e, simultaneamente, no Expresso, ambos do grupo Impresa.

“Não é a política, não é, não é”, garantia em meados de abril ao ECO Magazine Sebastião Bugalho, quando em entrevista era perguntado ao agora cabeça de lista da AD para as eleições europeias se a sua paixão era a política. “A minha vocação é a história, é a vida pública. Há uma coisa que as pessoas não perceberam e posso explicar: Eu tenho muitos amigos políticos, passo férias com políticos, almoço e janto com políticos, dou colo aos filhos dos políticos, pronto. Mas as pessoas olhavam para esta minha proximidade ao mundo da política e achavam que tinha a ver com três razões, mais ou menos: Ambições jornalísticas, ele quer fontes, ambições políticas, ele quer lugares, ambições de poder, ele quer poder”.

Sebastião BugalhoHugo Amaral/ECO

Sebastião Bugalho dizia ver-se como jornalista. “Eu sou jornalista, faço entrevistas, faço opinião, se me pedires para escrever uma reportagem, eu escreveria. E se me desses uma notícia para fazer, eu ia fazer a notícia. A minha profissão é o jornalismo…”, garantia o candidato pelo CDS às legislativas de 2019, em que não foi eleito. “Mas, quer dizer, na Inglaterra, os políticos foram todos jornalistas e os jornalistas foram todos políticos“, prosseguia o até ontem comentador da SIC, jornalista com a carteira profissional número 7134, e cabeça de lista pela AD às europeias.

Filho de jornalistas, Sebastião Bugalho iniciou-se no jornalismo no I e no Sol, foi comentador da TVI24 e depois na CNN Portugal, até que em agosto trocou o canal da Media Capital pela SIC e pelo Expresso.

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Montenegro lembra IRS e questiona se Chega e PS querem governar em conjunto

O presidente do PSD e primeiro-ministro desafiou os líderes do PS e do Chega a dizerem se querem fazer “um governo alternativo” e “legislar em conjunto”.

Luís Montenegro defendeu que as eleições europeias “não são a desforra das legislativas”, mas “nunca ouvi o PS e o Chega a dizer que vão legislar em conjunto”, por isso, lança o desafio: “Aproveitem agora”.

O líder do PSD diz ainda que tem a lista mais qualificada e “diz que está disponível para ser um soldado ao lado do cabeça de lista para correr o país em busca de uma vitória”.

Luís Montenegro – no discurso de encerramento da Universidade da Europa, na Curia, onde foi apresentada a lista da AD às eleições europeias de 9 de junho — começou por deixar uma “nota de reflexão rápida” sobre “o desafio que é a eleição para o Parlamento Europeu”. O primeiro-ministro e líder do PSD começa por dizer que há “um desafio de participação já que foi marcada no pior dia que podíamos ter em Portugal”.

Montenegro defendeu ainda que a AD está do lado dos jovens e dos “que mesmo não tendo militância partidária aceitam representar Portugal no Parlamento Europeu”. Deixando o recado a Marta Temido e ao PS: “Não fomos buscar alguém que despedimos lá atrás”. E acrescenta, sobre Bugalho: “Eu não acho que seja um problema ser jovem, mas a ser um problema, é dos mais fáceis de resolver, porque é o tempo que o resolve”.

O presidente do PSD e primeiro-ministro desafiou hoje os líderes do PS e do Chega a dizerem se querem fazer “um governo alternativo” e “legislar em conjunto”, considerando que tal tem de ser assumido “olhos nos olhos” perante os portugueses.

Luís Montenegro referiu-se à aprovação, na semana passada, na generalidade das propostas do PS, BE e PCP sobre o IRS, com a proposta do Governo a acabar por baixar à especialidade sem votação, tal com as do Chega e IL, numa altura em que a sua aprovação parecia estar em causa. “Se acontecer o que parece ser um sinal da primeira semana, e a ideia do PS e do Chega é simularem uma oposição ao Governo fazendo um governo alternativo, então vão ter de assumir isso olhos nos olhos dos portugueses”, desafiou.

Montenegro considerou que a próxima campanha será uma oportunidade para fazer essa clarificação. “Eu fui fustigado na última campanha para dizer qual a política de alianças que tinha para Portugal e cumpri, nunca ouvi os líderes do PS e do Chega dizerem que iam legislar em conjunto na Assembleia da República, aproveitem esta campanha para deixar isso bem claro”, afirmou.

 

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PM em silêncio sobre reparação às ex-colónias e tranquilo sobre apreciações de Marcelo a seu respeito

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

Montenegro voltou a remeter para o comunicado mais esclarecimentos sobre o tema das reparações, quando questionado se o Presidente da República criou um problema ao Governo.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recusou pronunciar-se sobre a questão da reparação pelo passado colonial português, remetendo para o comunicado do Governo, e disse que ouviu com tranquilidade as apreciações de Marcelo a seu respeito.

Mais tarde, à entrada para o encerramento da Universidade Europa, na Curia (Aveiro), Montenegro voltou a remeter para o comunicado mais esclarecimentos sobre o tema das reparações, quando questionado se o Presidente da República criou um problema ao Governo.

“Não, o Governo já teve ocasião de esclarecer. Há um comunicado que diz tudo o que é a posição do Governo”, afirmou. Entre cumprimentos a vários convidados, entre os quais a ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite, o primeiro-ministro foi ainda questionado se a comunicação social não o irá ouvir sobre declarações de Marcelo Rebelo de Sousa a seu respeito. “Nem é suposto ouvirem”, disse.

Mais à frente, perante a insistência sobre como recebeu estas declarações, disse apenas: “Com muita normalidade e tranquilidade”, antes de entrar na sala onde vai decorrer a apresentação dos candidatos da AD às europeias.

Num encontro com jornalistas correspondentes, Marcelo Rebelo de Sousa associou a Luís Montenegro a características rurais, ao afirmar que o primeiro-ministro “vem de um país profundo, urbano-rural, urbano com comportamentos rurais”. Antes, à margem da cerimónia de colocação da primeira pedra do Parque da Cidade de Esposende, Montenegro também tinha optado por não responder sobre o tema da reparação às ex-colónias, remetendo para o comunicado divulgado no sábado pelo Governo.

Sobre a pretensão do presidente da Assembleia da República de ouvir a procuradora-geral da República, Montenegro disse apenas que “esse é um assunto do parlamento”.

Em comunicado divulgado no sábado o Governo afirmou que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.

“A propósito da questão da reparação a esses Estados e aos seus povos pelo passado colonial do Estado português, importa sublinhar que o Governo atual se pauta pela mesma linha dos Governos anteriores. Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito”, refere o comunicado.

Também na sexta-feira, o Presidente da República defendeu que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento, que já vêm sendo estabelecidas, disse.

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Giorgia Meloni apresenta candidatura às eleições europeias

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou a sua candidatura às eleições europeias de junho, numa altura em que o partido cresce nas intenções de voto.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou a sua candidatura às eleições europeias de junho, numa altura em que o partido cresce nas intenções de voto.

“Sempre me considerei um soldado e os soldados não hesitam em colocar-se na linha da frente quando necessário”, disse a primeira-ministra durante o seu discurso na conferência dos Irmãos de Itália, partido de extrema-direita que lidera, em Pescara, Itália.

“Queremos que a Itália seja central para mudar o que não funciona na Europa. Porque sim, a Itália hoje está a mudar, embora muitos tenham dito que não era possível”, acrescentou Giorgia Meloni, que promete levar o seu discurso conservador a Bruxelas.

A primeira-ministra italiana e agora candidata às eleições europeias recusou ainda “ceder aos delírios do politicamente correto tão em voga em alguns salões chiques”, rejeitando também “tolerar o assalto a praças e monumentos em nome de uma cultura cancelada que assim quis”.

“Não podemos permanecer calados diante daqueles que, nas nossas escolas e universidades, ensinam o ódio à nossa história e à nossa civilização. Não podemos aceitar lições daqueles que querem uma Europa secular, mas querem que as escolas fechem durante o Ramadão e, ao mesmo tempo, pedem com a mesma coerência que o crucifixo seja retirado das salas de aula”, acrescentou.

Nas últimas eleições europeias, os Irmãos de Itália conquistaram seis lugares no Parlamento Europeu, mas uma sondagem recente da Ipsos para a Euronews, aponta que o partido poderá obter até 24 assentos nas próximas eleições em junho, com 27% dos votos.

A sondagem foi referida por Meloni no seu discurso, em que disse que o crescimento nas intenções de voto não é visto como “um exercício retórico de auto-satisfação e auto-celebração”, mas antes para lembrar que “o que ganhamos não é algo que adquirimos para sempre, devemos continuar a merecê-lo”.

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Estado está atrasado no pagamento do PRR, diz CEO do Grupo Pestana

  • ECO
  • 28 Abril 2024

"Há empresas envolvidas nos projetos das agendas mobilizadoras para o turismo do PRR com dificuldades de tesouraria porque o Estado não está a fazer os pagamentos devidos", diz José Theotónio.

“Há empresas envolvidas nos projetos das agendas mobilizadoras para o turismo do PRR com dificuldades de tesouraria porque o Estado não está a fazer os pagamentos devidos”. As palavras são de José Theotónio, CEO do Grupo Pestana, em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1. Grupo esse que lidera a Agenda Mobilizadora para o Turismo. O empresário considera que a execução está a avançar a diferentes ritmos e que “há uma dificuldade grande nos pagamentos”. Esse atraso, avisa, está a comprometer sobretudo a vida das empresas mais pequenas.

José Theótonio espera que com o novo governo os pagamentos possam avançar. Em relação à nova tutela, reconhece experiência nas pessoas escolhidas, o que “é um ganhar de tempo”, mas considera que também é preciso ter peso político para poder influenciar outras áreas de que o turismo depende.”

Aponta o novo aeroporto como uma prioridade para o país e qualifica o atraso como “uma vergonha nacional”. Já em relação à privatização da TAP, espera que avance e com a maioria do capital nas mãos dos privados.

Nesta entrevista, o CEO do Grupo Pestana defende que deve existir uma regulação do turismo e manifesta-se contra as restrições de entrada de turistas no país como já aconteceu noutros destinos. José Theótonio admite que a contestação nas ruas em Portugal ao chamado excesso de turismo até venha a acontecer, como temos assistido em Espanha, mas entende que não há excesso de turismo, o que há, do seu ponto de vista, é uma concentração em determinadas zonas. Por isso, preconiza que sejam implementadas medidas pelo Estado e pelos privados para gerir melhor os fluxos turísticos.

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Ministro da Agricultura acusa anterior Governo de desperdiçar PRR e alerta contra “radicalismo verde”

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

O ministro da Agricultura acusou o anterior Governo de ter “desperdiçado a oportunidade” de usar a totalidade dos fundos do PRR e alertou para o que chamou de “radicalismo verde”.

O ministro da Agricultura acusou o anterior Governo de ter “desperdiçado a oportunidade” de usar a totalidade dos fundos do PRR à disposição de Portugal, e alertou para o que chamou de “radicalismo verde” contra os agricultores.

José Manuel Fernandes falava na 13.ª edição da Universidade Europa, uma iniciativa de formação política que reúne cerca de 70 jovens na Cúria (Aveiro), contando hoje no encerramento com intervenções do primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, e do cabeça de lista às europeias da AD (coligação que juntará PSD, CDS-PP e PPM), Sebastião Bugalho.

O ex-eurodeputado e antigo coordenador do PPE da Comissão dos Orçamentos, numa aula sobre “Quem paga a UE?”, referiu que Portugal tem à sua disposição no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) cerca de 22,2 mil milhões de euros, mas poderia ter tido 30,5 mil milhões de euros, se tivesse esgotado a totalidade da vertente dos empréstimos.

“Portugal não quis e fica aqui uma frustração (…) A Espanha quis os recursos todos e está a utilizá-los para o objetivo do armazenamento eficiente da água”, exemplificou, considerando que “Portugal perdeu uma oportunidade de usar estes 8,3 mil milhões de euros e agora não pode voltar atrás”.

José Manuel Fernandes admitiu que estes empréstimos representam mais dúvida, mas o prazo de pagamento era de 30 anos e taxa de juro “muitíssimo baixa”.

“Porque é que desperdiçámos estes recursos? Porque é que o Portugal 2030 está com taxa execução próxima do zero? Porque o governo anterior não soube planear, não soube ouvir as autarquias, as CCDR”, lamentou, considerando que poderia ter usado estes fundos quer na gestão da água quer na capitalização das empresas.

Na área da agricultura, o ministro reiterou as críticas ao executivo anterior, que considerou ter deixado “uma herança pesadíssima”, dizendo que há 1.050 milhões de euros que, até 2025, têm de chegar ao terreno e ser pagos.

“Não podemos perder um cêntimo (…) O governo socialista anterior, fruto da sua incompetência, fruto do seu desleixo, não avançou rapidamente para a execução de todos destes fundos que são cruciais para Portugal”, disse, lembrando que o país é o Estado-membro que mais depende dos fundos para o investimento público.

“Têm de ser para criar valor, para criar riqueza, não pode ser para substituir o Orçamento do Estado”, criticou. Na sua intervenção, o ministro aproveitou para defender os agricultores, considerando que é inaceitável “o ataque constante que se lhes está a fazer” e que são eles “quem melhor defende o ambiente”.

“Porque é que houve a revolta dos agricultores? Porque têm sido desconsiderados, muitas vezes são apresentados como se fossem uns vilões e uns inimigos do ambiente, porque se lhes pede exigências em termos ambientais e não se dá recursos, porque há um radicalismo verde que impede que se atinjam os objetivos climáticos”, disse.

O ministro da Agricultura defendeu que, para se atingirem estes objetivos, “para além de falar verdade às pessoas” é preciso ser gradualista, e não radical. “Os agricultores são os primeiros interessados no ambiente e em que solos estejam em bom estado”, disse, considerando que esta “revolta tem de ser ouvida e compreendida”.

No sábado, na mesma iniciativa de formação política do PSD, a ministra do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, defendeu que a agricultura pode ter menos impacto ambiental se usar “todo o conhecimento científico disponível”.

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Presidente da FPF felicita Villas-Boas e lembra “legado” de Pinto da Costa

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

A eleição de André Villas-Boas para presidente do FC Porto “será decisiva” para o “desenvolvimento do futebol nacional”, disse o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes.

A eleição de André Villas-Boas para presidente do FC Porto “será decisiva” para o “desenvolvimento do futebol nacional”, manifestou hoje o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que salientou ainda o “legado” de Pinto da Costa.

“Gostaria de felicitar André Villas-Boas pela sua eleição como novo presidente do FC Porto. No processo eleitoral mais concorrido na história do clube, os portistas ofereceram-lhe um voto de confiança que, acredito, pelo seu percurso e ideias apresentadas, tudo fará para poder corresponder”, reagiu Fernando Gomes, num comunicado publicado no site oficial da FPF.

No ato eleitoral mais concorrido de sempre do clube, a que acederam 26.876 associados, André Villas-Boas tornou-se hoje o 34.º presidente da história do FC Porto, com 21.489 votos (80,28%), quebrando um ciclo de 15 mandatos e 42 anos de Pinto da Costa, que contabilizou 5.224 votos (19,52%), enquanto Nuno Lobo (C) somou apenas 53 (0,2%).

Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, acompanhado por Fernando Gomes.Ricardo Castelo/ECO

“A sua liderança, sublinho, será decisiva não apenas no seio do FC Porto mas também no desenvolvimento do futebol nacional, que não poderá em caso algum estar alheado dos destinos de um dos seus maiores clubes associados”, referiu Fernando Gomes.

Na mesma nota, o líder da FPF recordou o “legado” de Pinto da Costa, afirmando que “os títulos e a glória a que conduziu o FC Porto foram igualmente decisivos na afirmação do futebol português no panorama internacional. Pela sua personalidade, pela sua dedicação, pelo seu carisma e pela forma como transformou o FC Porto não poderíamos deixar de, em nome da FPF, agradecer todos os serviços prestados”, notou.

A inédita eleição de André Villas-Boas, de 46 anos, para o quadriénio 2024-2028, implica o fim do ‘reinado’ presidencial de Pinto da Costa, de 86 anos, que já comandava o FC Porto desde 17 de abril de 1982, tornando-se, desde então, o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.

O Conselho Superior elegeu 20 membros efetivos através do método de Hondt, entre os quais 15 da lista B, quatro da A e um do movimento autónomo liderado pelo advogado e professor universitário Miguel Brás da Cunha (D), que só concorreu ao órgão consultivo.

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Chega vai apresentar no Parlamento voto de condenação ao Presidente da República

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

O Chega considera que as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa relativamente à eventual reparação às ex-colónias representam “uma traição ao povo português e à sua História”.

O Chega vai apresentar na próxima semana, na Assembleia da República, um voto formal de condenação ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e às declarações que proferiu sobre a reparação devida pelo passado colonial português, anunciou o partido.

Em comunicado, o Chega considera que as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa representam “uma traição ao povo português e à sua História”.

Depois de, na passada terça-feira, num jantar com jornalistas estrangeiros, o Presidente da República ter sugerido que Portugal assumisse responsabilidades por crimes cometidos durante a era colonial, propondo o pagamento de reparações pelos erros do passado, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a falar no assunto no sábado.

À margem da inauguração do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche, defendeu que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo, sugerindo como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento.

“Sempre achei que pedir desculpa é uma solução fácil para o problema. Peço desculpa… nunca mais se fala nisso. Assume-se a responsabilidade por aquilo que de bom e de mau houve no império. O assumir significa, de facto, isso”, disse.

Instado a esclarecer as declarações feitas no jantar com correspondentes estrangeiros, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que, ao longo da sua presidência, tem defendido que Portugal tem de “liderar o processo” em diálogo com esses países.

“Não podemos meter isto debaixo do tapete ou dentro da gaveta. Temos obrigação de pilotar, de liderar este processo, porque se nós não o lideramos, assumindo, vai acontecer o que aconteceu com países que, tendo sido potências coloniais, ao fim de x anos perderam a capacidade de diálogo e de entendimento com as antigas colónias”, alertou.

Depois das declarações do Presidente, o Governo afirmou, em comunicado, que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.

“A propósito da questão da reparação a esses Estados e aos seus povos pelo passado colonial do Estado português, importa sublinhar que o Governo atual se pauta pela mesma linha dos Governos anteriores. Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito”, refere o executivo, num comunicado da Presidência do Conselho de Ministros.

Na nota divulgada, o Chega diz que, apesar da nota do Governo, vai, ainda assim, chamar ao parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros, “para perceber se há algum tipo de contactos sobre esta matéria com os Estados lusófonos ou algum pedido específico dirigido ao Estado português”.

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FMI diz que países pobres devem “fazer a sua parte” para receber apoio económico

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

A diretora do FMI afirmou que os países pobres devem “fazer a sua parte” para receber o apoio económico das nações ricas, especialmente em matéria de reestruturação das dívidas.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que os países pobres devem “fazer a sua parte” para receber o apoio económico das nações ricas, especialmente em matéria de reestruturação das dívidas e das suas necessidades financeiras.

“Os países pobres também devem fazer a sua parte. Devem cobrar impostos, combater a corrupção, melhorar a qualidade dos seus gastos e demonstrar que estão comprometidos com o seu próprio povo”, declarou Kristalina Georgieva durante um painel da reunião especial do Fórum Económico Mundial, que começou este domingo em Riade, na Arábia Saudita.

A diretora do FMI garantiu que, se estas condições forem satisfeitas, os países ricos deverão responder com “uma grande quantidade de ajuda internacional para a reestruturação da dívida” desses país e para outros tipos de apoios.

“É hora de reconhecer que estamos juntos neste pequeno navio chamado mundo e que os países ricos não podem dizer aos países pobres: ‘o seu lado do navio tem fugas’. Todos nós afundaríamos”, disse a economista.

Da mesma forma, lembrou que as economias mundiais têm sido “resilientes” apesar dos choques dos últimos anos e lembrou que o FMI melhorou a projeção de crescimento global para 3,2% em 2024, principalmente devido ao bom desempenho económico de “um pequeno número de países”, como os Estados Unidos ou a China.

Por isso, a responsável do FMI estabeleceu que as prioridades “imediatas” dos países deveriam ser reduzir a inflação, reconstruir as suas reservas fiscais para enfrentar os choques externos e encontrar “maneiras de cooperar mais, porque a fragmentação da economia é certamente má para as perspetivas de crescimento”.

Já o ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed al-Jadaan, alertou no mesmo painel que os desafios geopolíticos que o mundo enfrenta, como a guerra na Faixa de Gaza, são alguns dos riscos mais importantes para a economia mundial.

“As tensões geopolíticas trazem consigo coisas que impactam diretamente as economias, como a fragmentação, o protecionismo ou o uso da economia como ferramenta para alcançar objetivos geopolíticos em termos de limitações ao comércio ou à tecnologia”, declarou o ministro saudita.

Diante disso, recomendou que os países se concentrem no desenvolvimento do seu capital humano, na inovação e tecnologia, e na sustentabilidade da dívida, para estarem mais preparados para este tipo de desafios.

Relativamente à guerra em Gaza, o ministro indicou que os conflitos geram um grande impacto nas “emoções e nos ânimos”, algo que afeta diretamente a economia, razão pela qual pediu aos líderes mundiais que mantenham a “cabeça fria” e façam o que for possível para impedir a escalada da violência na região.

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André Villas-Boas diz que FC Porto “está livre de novo”

  • Lusa
  • 28 Abril 2024

André Villas-Boas afirmque "o FC Porto está livre de novo", assumindo a vitória nas eleições de sábado para os órgãos sociais do clube portista. Novo presidente ganhou com 79,96% dos votos.

André Villas-Boas afirmou que “o FC Porto está livre de novo”, assumindo a vitória nas eleições de sábado para os órgãos sociais do clube portista. “Graças a vocês, hoje o FC Porto está livre de novo. Este é o FC Porto dos sócios e para os sócios, que vai ser competitivo, que lidera pelo exemplo, um FC Porto vencedor“, disse, no discurso na sede de candidatura, prometendo “fazer história”. Villas-Boas tornou-se hoje o 34º presidente da história do FC Porto, ao vencer as eleições com 21.489 votos (79,96%), quebrando um ciclo de 15 mandatos e 42 anos de Pinto da Costa.

Villas-Boas, que subiu ao palanque ao som do hino do FC Porto e dos “filhos do Dragão”, cantados em êxtase pela sala, falou de “uma noite histórica e um orgulho enorme”. “O nosso clube está vivo e demonstrou toda a vossa força hoje. Fazendo fé nas notícias das últimas horas, esta poderá ser uma estrondosa vitória. Dedico esta vitória a todos os portistas, esta é a vitória dos associados do FC Porto“, referiu, apesar de os resultados da votação ainda não serem oficialmente conhecidos.

Ex-treinador do FC Porto, André Villas-Boas está prestes a tornar-se o 34.º presidente da história do clube, quebrando um ‘reinado’ de mais de quatro décadas de Pinto da Costa, na sequência do ato eleitoral mais participado de sempre, com mais de 26.000 votantes.

A inédita eleição de André Villas-Boas, de 46 anos, implica o fim do ‘reinado’ presidencial de Pinto da Costa, de 86 anos, que já comandava o FC Porto há 42 anos, desde 17 de abril de 1982, tornando-se, desde então, o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.

De resto, o antigo treinador da equipa de futebol dos ‘dragões’ deixou uma palavra de reconhecimento a Pinto da Costa, garantindo que o emblema portista “sempre será a sua casa”. “Neste momento histórico para o FC Porto e para o futebol português, quero deixar uma palavra às restantes candidaturas, em especial à de Jorge Nuno Pinto da Costa. O meu agradecimento por tudo que ele deu, pela vida que deu, e a garantia de que esta é e sempre será a sua casa“, salientou, numa referência sublinhada por fortes aplausos dos seus apoiantes.

Para Villas-Boas, será necessário manter a coragem “para recuperar de novo lugar que é do FC Porto por destino”, precisando: “Somos o bastião da região norte, somos o FC Porto, o melhor clube de Portugal”.

Ao encabeçar um projeto que rotulou de “salvamento”, Villas-Boas deu conta de “um trabalho árduo” pela frente “numa casa que tem de ser arrumada e estruturada”.

O jovem dirigente terminou um discurso assumidamente de vitória repetindo a ideia tantas vezes reforçada ao longo da campanha. “O FC Porto é nosso e há-de-ser, é dos seus sócios, de todos nós. Só há um FC Porto. Viva o FC Porto!“, concluiu.

As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 foram disputadas por três candidaturas, lideradas por Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B) e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).

Resultados esmagadores

André Villas-Boas tornou-se o 34º presidente da história do FC Porto, ao vencer as eleições de sábado dos órgãos sociais, com 21.489 votos (79,96%), quebrando um ciclo de 15 mandatos e 42 anos de Pinto da Costa. No ato eleitoral mais participado de sempre do clube, o ex-treinador da equipa de futebol portista (lista B) destronou o atual líder ‘azul e branco’ (A), que contabilizou 5.224 votos (19,44%), ao passo que o empresário e professor Nuno Lobo (C) repetiu a condição de terceiro e último candidato mais votado alcançada em 2020, ao acumular 53 (0,2%).

De acordo com o presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Lourenço Pinto, houve também 73 votos em branco e 37 nulos, num dia em que um recorde de 28.876 sócios estiveram no Estádio do Dragão, no Porto, a eleger os órgãos sociais rumo ao quadriénio 2024-2028.

A inédita eleição de André Villas-Boas, de 46 anos, implica o fim do ‘reinado’ presidencial de Pinto da Costa, de 86 anos, que já comandava o FC Porto desde 17 de abril de 1982, tornando-se, desde então, o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.

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IL critica “pacto de regime” contra a Justiça

  • Lusa
  • 27 Abril 2024

O líder da IL considerou que houve "pouco bom senso" na sugestão do presidente do parlamento para uma audição da Procuradora-Geral da República, apontando um "pacto de regime" nas críticas à Justiça.

O líder da IL considerou que houve “pouco bom senso” na sugestão do presidente do parlamento para uma audição da Procuradora-Geral da República, apontando um “pacto de regime” nas críticas à Justiça e pedindo tranquilidade aos partidos. “Nós estamos a viver uma semana em que tem havido pouco bom senso da generalidade dos atores políticos. Isso é verdade para várias declarações do senhor Presidente da República e eu incluo também nessa dimensão esta sugestão do senhor presidente da Assembleia da República porque não há uma competência do presidente da Assembleia da República que lhe permita, enquanto tal, chamar a senhora Procuradora-Geral da República”, respondeu Rui Rocha aos jornalistas à margem de uma iniciativa partidária na Costa da Caparica, em Almada.

Segundo o presidente liberal, uma eventual audição de Lucília Gago passará sempre por uma iniciativa dos partidos. “Vir o senhor presidente da Assembleia da República fazer essa sugestão parece-me descabido e parece-me que não acrescenta grande coisa porque a senhora Procuradora-Geral da República, por iniciativa de um dos partidos, vai prestar esclarecimentos genéricos ou teria que vir falar sobre questões concretas dos casos que preocupam os portugueses. Isso parece-me uma intromissão indesejável no principio da separação de poderes“, condenou.

Rui Rocha afirmou que há “uma espécie de pacto de regime” que o preocupa já que, apesar de haver motivos para críticas, há uma “confluência de interesses no sentido de pôr em causa a credibilidade da Justiça”. “Parece-me um pacto de regime que não aproveita à Justiça seguramente portanto eu começo a perguntar-me o que é que move este bloco central no sentido de questionar a Justiça“, apontou.

Na opinião do líder da IL, Lucília Gago “tem uma reflexão” uma vez que não lhe parece ser “inocente esta profusão de declarações quer do presidente da Assembleia da República quer do Presidente da República sobre o maquiavelismo existente” ou mesmo do PS.

Há dois desafios: a Justiça tem que ser mais eficaz, os erros da Justiça são sempre lamentáveis quando são cometidos, mas tem que haver tranquilidade nos partidos“, pediu. Para Rui Rocha, “não é atacando a Procuradora, fazendo comentários públicos sobre a sua atuação, atacando a Justiça que os cidadãos ficarão mais tranquilos”.

BE, PCP, Livre e PAN defenderam na véspera a audição da procuradora-geral da República (PGR) no parlamento sobre a atuação do Ministério Público, insistindo na necessidade de explicações, hipótese que o Chega considerou inadequada.

Estas posições foram assumidas na Assembleia da República, em declarações aos jornalistas, depois de o presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, ter considerado na sexta-feira, em entrevista à Antena 1, que Lucília Gago deve prestar explicações ao parlamento sobre os processos que provocaram crises políticas.

Em causa estão investigações do Ministério Público como as que levaram à queda do executivo anterior, liderado por António Costa, e do governo da Madeira, chefiado por Miguel Albuquerque, provocando em ambos os casos eleições antecipadas.

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