UNEF apela a um empenhamento contínuo na I&D&I para cumprir os objectivos de descarbonização

  • Servimedia
  • 22 Abril 2024

A União Fotovoltaica Espanhola, no âmbito do seu compromisso de promover uma transição energética justa e sustentável através da inovação e da investigação volta a comemorar o Dia Internacional Terra.

Voltou a sublinhar a necessidade de tanto as empresas como as instituições públicas continuarem a apoiar a I&D&I como ferramenta básica para alcançar os objetivos nacionais de descarbonização.

“A inovação é como uma bicicleta, se deixarmos de pedalar ela pára. Por isso, é essencial que, através da colaboração público-privada, o nosso setor continue a fazer os maiores esforços possíveis para gerar soluções tecnológicas mais eficientes e para aumentar ainda mais os rácios de integração social e ambiental dos nossos projetos, ampliando ao mesmo tempo a criação de valor para os cidadãos”, disse José Donoso, diretor-geral da associação setorial.

Além disso, no contexto deste dia, a UNEF quis também destacar a atual capacidade do setor fotovoltaico nacional para gerar novas inovações em toda a sua cadeia de valor, destacando os quatro desenvolvimentos fotovoltaicos que são atualmente mais promissores para a implantação da energia solar.

Em primeiro lugar, aponta o armazenamento de energia a temperaturas muito elevadas com a tecnologia termo-fotovoltaica. Assim, o projeto Termobat do Instituto de Energia Solar promete armazenar eletricidade através da fusão de ligas de ferro-silício a temperaturas superiores a 1000°C. Este calor pode ser armazenado durante longos períodos de tempo e convertido de novo em eletricidade através da tecnologia termo-fotovoltaica. Este calor pode ser armazenado durante longos períodos de tempo e convertido de novo em eletricidade utilizando energia termo-fotovoltaica. Esta abordagem inovadora fornece calor e eletricidade a pedido, resolvendo as atuais ameaças de fornecimento incerto e permitindo um futuro limpo e sustentável. Este projeto será apresentado no evento espanhol de inovação tecnológica, a Assembleia Fotoplat, em 7 de maio.

O Comissário também aponta para os seguidores solares com backtracking. Estes algoritmos avançados permitem uma maior eficiência dos painéis. Em Espanha, as empresas Soltec e PVH, entre outras, estão a trabalhar neles.

Também aponta para a reutilização de painéis. Este projeto, desenvolvido pelo centro de investigação Ciemat, permite prolongar a vida útil dos painéis que já foram utilizados. Para saber mais sobre este projeto, pode assistir a este Webinar.

Por último, refere-se à manutenção fotovoltaica com drones. Celsos é a tecnologia de inspeção e diagnóstico das instalações fotovoltaicas baseada na profundidade de análise proporcionada pelas imagens de eletroluminescência, na eficácia da captura de dados por drones e nas possibilidades da inteligência artificial para a identificação e classificação em massa dos defeitos e patologias presentes nos módulos fotovoltaicos. Este projeto é conhecido como o projeto spin-off Celsos do centro de investigação Cener.

“A inovação é uma alavanca fundamental para enfrentar os novos desafios apresentados pela emergência climática e para a qual temos muito a contribuir como um sector-chave para a descarbonização. Atualmente, o nosso país dispõe de bons centros de investigação para implementar novas soluções que nos permitam aumentar ainda mais os rácios de integração social e ambiental dos projetos de energia solar, aumentando simultaneamente a sua produtividade”, sublinhou Donoso.

FOTOPLAT

Há mais de cinco anos que a UNEF, como parte do compromisso da associação do setor com a inovação, é membro da Plataforma Tecnológica Fotovoltaica Espanhola (Fotoplat), uma iniciativa que depende do Ministério da Ciência, Inovação e Universidades espanhol através do programa de Plataformas Tecnológicas.

“A partir da UNEF, estamos empenhados em fomentar e manter uma plataforma tecnológica fotovoltaica espanhola com continuidade no tempo, que promova a I+D+i no setor fotovoltaico, reunindo no mesmo fórum tanto empresas como centros de investigação de diferentes tecnologias”, explicou Donoso.

Neste contexto, a UNEF organiza a Assembleia Anual do Fotoplat, a 7 de maio, na Agência Estatal de Investigação, em Madrid. Durante o evento, oradores de renome, representantes das principais empresas e dos principais centros de investigação apresentarão os últimos avanços tecnológicos do setor, bem como as necessidades do setor para impulsionar a inovação.

A Assembleia Fotoplat contará com a presença de Elisa Rivera, Diretora Geral de Planificação, Coordenação e Transferência de Conhecimento do Ministério da Ciência, “cuja presença evidencia a importância estratégica que o Governo atribui ao desenvolvimento da energia fotovoltaica em Espanha”.

“Na UNEF, estamos empenhados em que o setor fotovoltaico nacional continue a progredir, tendo a tecnologia como bandeira. A nossa prioridade é que Espanha se converta num hub fotovoltaico, já que as distopias que vivemos nos últimos anos nos mostraram a importância de contar com uma tecnologia própria que nos dê estabilidade e segurança na hora de completar a transição energética tanto no nosso país como no resto da Europa”, explicou o CEO da UNEF.

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Securitas Direct lança o primeiro alarme com fechadura inteligente em Espanha

  • Servimedia
  • 22 Abril 2024

O novo alarme inclui, pela primeira vez, uma fechadura concebida para reforçar a proteção da porta de entrada, com um cilindro antirroubo de máxima segurança e alerta imediato em caso de violação.

A Securitas Direct, empresa especializada na proteção de pessoas, casas e pequenas empresas, lançou um novo alarme que afirma ser “pioneiro no mercado por ser o único que inclui, como elemento adicional, uma fechadura inteligente”.

A empresa explicou que este alarme proporciona uma camada extra de segurança à casa ao integrar um cilindro antirroubo de máxima segurança (verificado com a certificação SKG***) que é à prova das técnicas de arrombamento mais avançadas: colisão, perfuração, abertura e extração. Além disso, incorpora o Autolock, uma funcionalidade que bloqueia automaticamente a porta para a manter sempre segura, quando o utilizador sai de casa ou numa altura à sua escolha.

“O nosso alarme de fechadura inteligente vem proporcionar uma proteção sem precedentes contra a intrusão, reforçando a porta e gerando um alerta imediato em caso de violação. Mas também torna o dia a dia mais seguro para os clientes, que, por exemplo, poderão dar acesso a terceiros sem terem de lhes entregar uma cópia das chaves: agora podem abrir e fechar a partir do seu telemóvel, de forma cómoda e segura”, explica Nina Llordachs, Diretora de Recrutamento de Marketing da Securitas Direct.

ABERTURA REMOTA

Sob a premissa de garantir a máxima segurança contra intrusões, mas também para ajudar os clientes em caso de qualquer emergência ou acidente doméstico, o alarme smart lock permite, pela primeira vez, a abertura remota da porta da casa a partir da Central de Receção de Alarmes Securitas Direct para que a polícia, a assistência médica ou os bombeiros possam aceder sem demora.

Esta funcionalidade é uma tentativa de continuar a reforçar a segurança integral das pessoas com que a empresa está comprometida, uma vez que mais de 10% das ativações de alarme reais registadas pela Securitas Direct em 2023 foram emergências.

No seu último estudo do Observatório Securitas Direct, a empresa revela que 8 em cada 10 intrusões domésticas ocorrem através da porta da frente. Este acesso é também o que mais preocupa os espanhóis (41%), duas vezes mais do que qualquer outro acesso como o terraço (18%), o pátio (17%), a varanda (16%) ou a porta da garagem (15%).

Estas preocupações reflectem-se também nas medidas de segurança instaladas, com 84% dos casos a referirem pelo menos uma medida de segurança na porta.

O relatório revela ainda que 60% das pessoas têm entre 3 e 5 cópias das suas chaves, que partilham com terceiros para maior tranquilidade. Um facto com o qual 40% da população espanhola não se sente confortável. Consciente disso, a Securitas Direct incorporou no seu novo alarme a possibilidade de abrir a porta de forma segura a partir do telemóvel, eliminando este fator de preocupação.

TRÊS ANOS DE DESENVOLVIMENTO

A integração da fechadura inteligente pioneira no sistema de alarme da Securitas Direct levou três anos de trabalho e envolveu uma equipa multidisciplinar de mais de 200 engenheiros especializados do centro de I&D da Securitas Direct, o maior da Europa especializado em segurança e com escritórios em Madrid, Genebra e Mälmo.

Além disso, para garantir a máxima qualidade e fiabilidade da fechadura inteligente, foram aplicados os mais elevados padrões de testes e projectos-piloto na Holanda, Alemanha, Itália, França e Espanha, a fim de garantir o sucesso do dispositivo e a excelência do serviço de proteção.

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Galp dispara mais de 20% após revelar boas notícias na Namíbia

Forte subida dos títulos da petrolífera chegou a ditar suspensão das ações da empresa no arranque da sessão, após revelar "potencial importante descoberta comercial" na Namíbia.

As ações da Galp arrancaram esta segunda-feira a disparar mais de 20%, depois de, no fim de semana, a empresa ter anunciado uma potencial “importante descoberta comercial” na exploração petrolífera no campo Mopane, na Namíbia. Cerca das 8h20, os títulos da petrolífera somavam 20,17%, para 19,275 euros, contribuindo para uma subida de mais de 3% do PSI.

No domingo, a Galp enviou uma nota à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a dar conta da conclusão da primeira fase da campanha de exploração do campo Mopane, do qual é o operador e detém 80%, em conjunto com os parceiros Namcor e Custos. Os trabalhos “potencialmente posicionam” este projeto como “uma importante descoberta comercial”, afirmou a empresa.

Com este forte desempenho em bolsa, a Galp caminha para fechar a melhor sessão em 17 anos — só superada pelo ganho de 24,7% registado em 9 de novembro de 2007, de acordo com dados da Refinitiv. Os títulos estão a cotar perto do máximo histórico de 19,5 euros alcançado durante a sessão do dia 27 de dezembro de 2007.

A força da Galp é tal que, nos primeiros instantes do dia de negociações, os títulos chegaram a estar suspensos pelo mecanismo da bolsa que é acionado quando se verificam grandes oscilações, constatou o ECO na página oficial da Euronext.

Galp dispara na bolsa de Lisboa

Galp e BCP carregam PSI

A subida histórica da Galp, coligada ao bom momento das ações do BCP e da Nos, está a conduzir o principal índice da bolsa de Lisboa a um ganho superior a 3%.

Cerca das 8h37, o banco liderado por Miguel Maya somava 2,13%, enquanto a operadora de telecomunicações comandada por Miguel Almeida valorizava 2,77%.

Com uma única cotada no vermelho — a Greenvolt, a recuar 0,12% — a tabela do PSI contemplava ainda uma valorização de 1,91% da Jerónimo Martins, a recuperação de 1,53% dos títulos da Mota-Engil e a subida de 0,78% da EDP Renováveis.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h40)

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Asepeyo assina acordo com a T-Systems para migrar os seus sistemas de informação para a nuvem híbrida

  • Servimedia
  • 22 Abril 2024

A T-Systems vai implementar uma solução de cloud híbrida, integrando as plataformas de grandes fornecedores de cloud pública, como a Google e a AWS, com uma solução de cloud privada integrada.

A Asepeyo adjudicou à T-Systems Iberia, a divisão de serviços de digitalização para empresas e administração pública do Grupo Deutsche Telekom, o contrato para a tecnologia necessária à migração dos seus sistemas de informação para uma plataforma de cloud híbrida. Com este contrato, a Mútua pretende promover um novo modelo de maior soberania tecnológica, minimizando a dependência de soluções proprietárias. O acordo terá uma duração máxima de 5 anos, com um valor de 19 milhões de euros.

O salto para a cloud pública dotará a Asepeyo de novas capacidades que lhe permitirão evoluir para um modelo mais flexível, o que reduz significativamente o risco de descontinuidade de serviços para as suas mais de 270 mil empresas associadas, 3 milhões de doentes e utentes e 3.500 colaboradores.

Neste sentido, a T-Systems Iberia irá implementar uma solução de cloud híbrida de forma simplificada, garantindo uma gestão uniforme do serviço, de modo a facilitar a governação integrada dos sistemas de informação. O modelo incorpora grandes fornecedores de cloud pública, como a Google e a Amazon Web Services (AWS), pelas vantagens que proporcionam em termos de flexibilidade, escalabilidade, automatização e, sobretudo, capacidade de inovação em novos serviços diferenciadores.

“O acesso à informação, a gestão de procedimentos e o portefólio de serviços devem garantir a agilidade dos processos. Por isso, a transformação digital das empresas tornou-se um fator essencial”, afirma Ramon Puigoriol, responsável pela área da saúde da T-Systems Iberia.

Desde 2017, o projeto Asepeyo Live promove a digitalização integral dos processos e serviços, a fim de melhorar a experiência do cliente e do utilizador. O seu objetivo final é tornar a empresa mútua uma referência na digitalização de processos e na inovação em medicina do trabalho.

Joan Lluís Pagès, CIO da Asepeyo, explica que o seu compromisso com a transformação digital “é impulsionado por requisitos empresariais cada vez mais exigentes. Os sistemas de informação e os diferentes elementos que os compõem são cada vez mais críticos, tanto no seu funcionamento como na flexibilidade, agilidade e fiabilidade dos processos de transformação que devem suportar”.

Com este acordo de colaboração, a migração dos sistemas de informação da Asepeyo permitirá uma renovação tecnológica dos elementos que compõem a plataforma atual da empresa, para uma arquitetura atualizada e mais inovadora.

 

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Hoje nas notícias: Apoios à vinha, subsídio parental e SNS

  • ECO
  • 22 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ministro da Agricultura admite um travão aos apoios para plantar vinha. O subsídio parental aumenta o rendimento disponível das famílias, mas favorece os salários mais elevados. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) conseguiu reter 86% dos jovens médicos que concluíram a especialidade nos últimos cinco anos. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Ministro da Agricultura defende “travão” nos apoios à plantação de vinhas

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, considera que “terá de haver um travão” nos apoios para a vinha nova — atribuídos via FEADER, o segundo pilar da PAC, e do Vitis, que tem uma dotação de 80 milhões de euros até 2025. Para o ex-eurodeputado, o stock de vinho é um “problema brutal”, apontando que até agora já se gastaram 60 milhões de euros em destilação. “Algum português percebe que se esteja a dar recursos financeiros para plantar vinha e depois para arrancar vinha ou para o vinho ser destilado (…)?”, questiona, em entrevista ao Público, acrescentando que “já há gente que está a pôr em cima da mesa coisas como a vindima verde”.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

Subsídio parental aumenta rendimento das famílias mas favorece salários mais altos

O subsídio parental pago aos pais nos primeiros meses de vida da criança aumenta o rendimento disponível das famílias. Contudo, quem tem salários mais altos é beneficiado — com ganhos que podem chegar a 62,5% — face a famílias com salários próximos do mínimo, que, em alguns casos, podem perder rendimentos enquanto estão de licença. A conclusão consta do estudo “Os impactos do subsídio parental no rendimento disponível das famílias”, de Paulo Renato Costa, técnico superior do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ex-presidente da CP contradiz secretária de Estado sobre indemnização de 80 mil euros

Quando saiu da CP — Comboios de Portugal, em julho de 2015, a atual secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, não fez nenhuma comunicação formal à empresa de que ia ser administradora da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (ATM), alega Manuel Queiró, ex-presidente da empresa pública, contrariando a versão da governante. “Se essa comunicação formal tivesse sido feita, o tratamento da indemnização [no valor de quase 80 mil euros, paga então a Cristina Pinto Dias] não seria o mesmo”, disse, em declarações ao Correio da Manhã.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

SNS conseguiu reter 86% dos médicos formados nos últimos cinco anos

Dos 7.116 jovens médicos que terminaram a especialidade no período entre 2019 e 2023, 6.099 tinham algum tipo de vínculo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em fevereiro deste ano. Os dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) revelam, porém, diferenças entre as várias especialidades. Enquanto as taxas de retenção em medicina geral e familiar e saúde pública estão acima dos 80% nos últimos cinco anos, já em psiquiatria e psiquiatria da infância e da adolescência estão nos 70%.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Brisa ultrapassa mil milhões de receitas pela primeira vez

O volume de negócios da Brisa ultrapassou pela primeira vez os mil milhões de euros em 2023, num total de 1.003,7 milhões. Este valor equivale a um aumento de 17,7% face ao ano anterior, quando a empresa registou receitas de 852,4 milhões de euros. Ainda de acordo com o relatório integrado de 2023, aprovado na sexta-feira passada, o grupo liderado por António Pires de Lima teve lucros de 254,8 milhões de euros, mais 6% do que os 240,8 milhões apurados em 2022.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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A Sociedade Espanhola de Neurociências e a IKEA unem esforços para estudar a atividade do cérebro exposto à cor e aplicá-la à casa

  • Servimedia
  • 22 Abril 2024

IKEA associou-se à Sociedade Espanhola de Neurociências para realizar uma revisão bibliográfica de 47 estudos científicos que analisam a atividade cerebral humana na perceção de diferentes cores.

O estudo “Perceção visual das cores e atividade cerebral”, apresentado esta segunda-feira numa conferência de imprensa, é a primeira revisão do conteúdo científico publicado até à data sobre a ativação cerebral distribuída (a mesma informação é processada em paralelo em diferentes estruturas do cérebro para depois convergir novamente e criar a “perceção”) que produz a visualização de cada cor e foi realizado pela Dra. Concepción Lillo, pelo Dr. Juan de los Reyes, pela Dra. Teresa de los Reyes, pela Dra. Marta Zaforas e pela estudante de pré-doutoramento Patrycja A. Klimzak, todos membros da Sociedade Espanhola de Neurociências (SENC). Klimzak, todos membros do comité de comunicação do SENC.

A perceção da cor é uma característica geral da nossa experiência neurológica, com um papel fundamental em muitos aspetos do comportamento humano. Esta experiência percetiva é recebida através da combinação de vários estímulos que percecionamos através dos nossos olhos, mas depende não só do comprimento de onda da luz associada a uma cor, mas também da orientação, contraste, movimento ou forma do objeto, entre outras características.

As frequências da atividade cerebral são agrupadas e designadas em gamas específicas, desde as frequências mais baixas, conhecidas como delta (1-4 Hz) e teta (4-8 Hz), até às gamas de frequências mais rápidas, como alfa (8-12 Hz), beta (13-30 Hz) e gama (30-100 Hz). Consoante a gama de frequências predominante, resultam diferentes estados comportamentais gerais do indivíduo. “As ondas de baixa frequência estão relacionadas com o relaxamento, a introspeção e a meditação, enquanto as ondas de alta frequência estão envolvidas na concentração, atenção, ansiedade e atividade”, explica a Dra. Teresa de los Reyes do SENC.

Além disso, esta informação visual sobre a cor está intimamente relacionada com a forma como o nosso cérebro interpreta as diferentes propriedades daquilo que perceciona, como a intensidade da cor, a temperatura e o brilho da luz, o contraste… Por conseguinte, o processamento da cor pelo nosso cérebro é um processo complexo que ocorre de forma distribuída, ou seja, a informação chega a diferentes estruturas cerebrais em que cada uma desempenha uma função em paralelo e depois converge para produzir a perceção. Os neurónios integram toda esta informação visual e relacionam-na com o nosso estado interno, mas também com o ambiente externo.

O ser humano é tricromata e consegue distinguir as cores vermelho, verde e azul, a partir das quais qualquer cor pode ser representada. No total, o ser humano é capaz de distinguir cerca de 1 milhão de tonalidades. Esta distinção de cores é feita graças aos diferentes tipos de fotorrecetores existentes na retina, células responsáveis por transformar a luz ou os estímulos luminosos em algo compreendido pelo nosso cérebro, um impulso nervoso, que é posteriormente transformado em cores.

O sinal neural em resposta ao modelo de cor RGB é transmitido através dos olhos para o córtex occipital e frontal do cérebro, onde cada cor é percecionada e integrada de uma forma específica ao contexto e à experiência. Além disso, é ativada uma via não visual através da qual a perceção da cor ativa o sistema nervoso autónomo. “É o que acontece, por exemplo, com um flash de uma determinada cor em diferentes contextos: o vermelho pode indicar perigo nos sinais de trânsito, mas indica amor em contextos sociais e pessoais”, explica a Dra. Teresa de los Reyes.

COMO O CÉREBRO É ATIVADO

Na revisão efetuada pelo SENC sobre a ativação cerebral e a perceção das cores segundo o modelo RGB, verifica-se que as cores fornecem informações muito relevantes no aspeto da atenção, uma vez que uma cor pode aumentar a atenção para um objeto específico, o que leva a uma construção específica do espaço visual. Num estudo com humanos, foi descrito que a componente da cor influencia a atenção visual ainda mais do que a linguagem.

Assim, cores como o vermelho, o laranja e o cor-de-rosa favorecem a atenção e estão relacionadas com oscilações de alta frequência (alfa, beta e gama), que também estão associadas a comportamentos gerais relacionados com o estado de alerta e/ou maior concentração, indicando uma maior excitação cerebral. Por exemplo, alguns grupos de estudo referem que as tonalidades quentes geram uma procura visual mais rápida nos participantes do estudo, em comparação com outras tonalidades. No entanto, durante um período de tempo prolongado, a exposição à luz quente (comprimentos de onda no espetro visível do vermelho) tem um efeito relaxante em comparação com outras tonalidades.

O azul, por outro lado, tem sido associado a estados mais relaxados. Além disso, a exposição prolongada à luz azul com um grau de luminosidade não excessivo pode estar relacionada com um estado de ativação e um melhor desempenho cognitivo.

Por último, a cor verde tem efeitos atencionais semelhantes aos da cor vermelha. No entanto, a resposta a esta cor é mais lenta do que a do vermelho, o que pode dever-se a uma perceção subjetiva mais neutra do verde.

É também de notar que a perceção de uma cor depende diretamente da luminosidade com que é percebida (a iluminação de uma sala). A título de exemplo, numa situação quotidiana, a entrada numa sala ou num salão provoca a ativação de diferentes mecanismos cerebrais que estão na origem da perceção da cor no ser humano. Um dos componentes da perceção da cor será o grau e as nuances da luminosidade do espaço, pelo que uma baixa luminosidade ativaria mecanismos semelhantes aos baixos comprimentos de onda (azul).

Por outro lado, também afetaria a cor das paredes (saturação, contraste) e do mobiliário, e até a decoração da sala. “Embora não tenham sido realizadas experiências para obter medidas cerebrais e fisiológicas dos participantes que são submetidos a tais situações com estímulos combinados, existem alguns estudos observacionais que relacionaram a exposição a uma sala com a perceção subjetiva. Por exemplo, um estudo com 370 hóspedes de um hotel multinacional, aos quais foi pedido que classificassem seis fotografias do mesmo quarto de hotel, mas com um tema de cores diferente, em termos das sensações que sentiam. Assim, foram utilizados seis temas de cores compostos pelas três cores primárias (vermelho, verde e azul) e pelas suas cores complementares (laranja, amarelo e roxo). O vermelho, o laranja e o amarelo representam cores quentes, enquanto o verde, o azul e o roxo representam cores frias. As fotografias de divisões com um tema de cores interiores frias (ou seja, verde, azul e púrpura) obtiveram uma classificação mais elevada em termos de pontuação de bem-estar do que as divisões com cores interiores quentes (ou seja, vermelho, laranja e amarelo), embora devam ser tidas em conta variáveis como a idade, o género ou o contexto sociocultural”, salienta Teresa.

IKEA E A UTILIZAÇÃO DA COR

A cor faz parte da identidade da IKEA e Almudena Cano, Diretora de Retail Design e Interior Design da IKEA em Espanha, fez um apanhado dos principais marcos da história do design que tiveram uma clara influência na conceção dos produtos da marca em termos de cor.

Para isso, recuou até ao século XVI, mencionando o vermelho Falun, a cor vermelha característica das casas na Escandinávia, obtida a partir de um pigmento de óxido de ferro que servia para proteger as casas de madeira das intempéries, para continuar com o estilo Gustaviano do século XVIII, inspirado no mobiliário das cortes italianas e francesas, mas numa versão mais austera, e que se caracterizava pela sua cor cinzenta pérola. No século XIX, referiu-se aos artistas Carl e Karin Larsson, que combinaram as influências do estilo gustaviano, do folclore sueco e do movimento inglês Arts & Craft para criar e decorar a sua casa em Sundborn, que se tornou um ícone do design sueco.

Do século XX, destacou outras tendências como a Bauhaus, que se centrava na funcionalidade dos produtos e nas cores primárias, o arquiteto Josef Frank, que rompeu com este pragmatismo e optou por uma expressão mais livre e artística, caracterizada por cores alegres e formas orgânicas, o arquiteto finlandês Alvar Aalto, que optou por cores naturais e madeira de bétula curvada e, por último, fez referência à Marimekko, uma marca que nos anos 60 se destacou pela utilização arrojada da cor nos seus designs.

Por fim, Almudena Cano quis sublinhar que “a natureza é uma marca clara da IKEA e do seu design, porque sempre quisemos trazê-la para dentro de casa utilizando materiais, padrões e, claro, cores inspiradas nela”.

NOVA COLEÇÃO TESAMMANS

Neste contexto, a IKEA apresentou a coleção TESAMMANS dos seus criadores, uma edição limitada que chega a 2 de maio às lojas IKEA em Espanha e que foi desenvolvida pelo estúdio holandês Raw Color. Daniera ter Haar e Christoph Brach estão por detrás deste estúdio, um casal dedicado ao design gráfico, à fotografia e ao design de produto, para quem a cor desempenha um papel fundamental. O seu trabalho tem sido exposto em galerias e museus em todo o mundo, incluindo a Galeria Aram, o Museu Cooper Hewitt e o Museu Stedelijk em Amesterdão, entre outros.

TESAMMANS é composto por 18 produtos que nascem da combinação do conhecimento do lar da IKEA e da experiência da Raw Color, e apresenta uma variedade de combinações de cores.

De acordo com o estudo SENC, a Raw Color salienta que “a cor nunca está sozinha, uma cor só é o que é quando está ao lado de outras. Por exemplo, um vermelho ao lado de um cor-de-rosa manterá a sua tonalidade, mas ao lado de um azul parecerá mais intenso e criará um maior contraste”.

Para além da interação entre as cores, a coleção TESAMMANS é sobre a interação entre diferentes objetos. Muitos dos objetos da coleção estão juntos: o par de jarras, os pequenos castiçais ou as garrafas e copos, por exemplo. “Pode colocá-los um ao lado do outro, ou em cima do outro, e mudar a expressão visual”, acrescentam. Também estão incluídos têxteis, mobiliário ocasional, como mesas de apoio e cómodas, bem como candeeiros.

 

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Vieira Lopes: “Sempre torcemos o nariz” a fixar metas salariais

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

Presidente da Confederação do Comércio e Serviços diz que os aumentos salariais devem ser associados ao crescimento económico, produtividade e inflação, sem metas rígidas por "via administrativa".

Os aumentos salariais devem ser associados ao crescimento económico, produtividade e inflação, diz o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, assinalando que sempre “torceu o nariz” a metas rígidas para os salários.

Em entrevista à Lusa, o presidente da CCP refere que os referenciais de aumentos salariais previstos no acordo da Concertação Social assinado com o anterior Governo em 2022 (e reforçados em 2023) devem ser revistos em função do andamento da economia.

“Uma das razões da revisão do acordo anual é precisamente para reanalisar, em função da evolução da economia, todas essas áreas”, afirma, acrescentando que “a Europa, neste momento, não está com uma grande saúde económica” o que terá reflexo nas exportações portuguesas.

Tendo em conta este cenário, há referenciais que podem ser revistos “em baixa” e outros “não em baixa”, diz Vieira Lopes referindo que a valorização remuneratória, tal como a do salário mínimo nacional, deve ter em conta três variáveis: o crescimento da economia, a inflação e a produtividade.

“Como sabemos que o salário mínimo também tem um certo papel no combate à pobreza, admitimos que se possa fazer um ajustamento para além das fórmulas económicas”, indica o líder da confederação patronal.

No entanto, acrescenta, se se fizerem alterações “só por via administrativa, corre-se o risco de tudo suceder como já sucedeu em anos anteriores, que é um esmagamento cada vez maior entre o salário mínimo e o salário médio” criando “dificuldades na contratação coletiva, porque não se conseguem diferenciar categorias”. “Portanto, não devemos fazer acordos com base em fórmulas rígidas”, sublinha.

Questionado sobre se concorda com a meta para o salário mínimo que consta no Programa do Governo, de atingir os 1.000 euros em 2028, Vieira Lopes responde: “Sempre torcemos o nariz, como se costuma dizer em linguagem popular, a marcar objetivos fixos desse tipo, portanto, a fazer compromissos fixos”.

“O salário mínimo deve ser visto anualmente em função dos indicadores. E depois, com uma margem de manobra em função do papel que tem de combater a pobreza”, reforça Vieira Lopes.

Como sabemos que o salário mínimo também tem um certo papel no combate à pobreza, admitimos que se possa fazer um ajustamento para além das fórmulas económicas.

João Vieira Lopes

Presidente da CCP

“Não há governos a prazo”

O presidente da CCP considera que “não há governos a prazo” e diz estar disponível para negociar, seja com que executivo for, medidas que defendam os interesses das empresas. “Para nós, não há governos a prazo. Nós negociamos com o Governo que estiver em funções e exigimos que ele faça o máximo possível e o mais rapidamente possível”, afirma.

João Vieira Lopes reforça que a CCP não trabalha em função de “cenários” mas sim em propostas que defendam o interesse das empresas, sublinhando que a confederação não vai ficar parada perante um governo minoritário. “Não nos interessa se o Governo dura muito ou dura pouco, se é prazo ou não é prazo. Queremos medidas para as empresas”, reitera.

O presidente da CCP conta que se reuniu pela primeira vez com o novo ministro da Economia, Pedro Reis, na semana passada, e que a reunião foi positiva, tendo ficado “com a ideia” de que o Governo, “independentemente do enquadramento político” pretende passar à prática um conjunto de medidas para apoiar as empresas que estão no Programa do Governo.

Para Vieira Lopes, é fundamental que o executivo avance com a baixa fiscal para as empresas, nomeadamente a redução do IRC prevista no Programa do Governo, porque é um imposto pesado uma vez que, além das taxas, tem uma série de “acrescentos”, diz, referindo-se às derramas estadual e municipal e às tributações autónomas.

“A estrutura do IRC deve ser uma estrutura centrada em […] taxar os lucros que são distribuídos e não os lucros que são investidos”, afirma, notando que esta é uma “questão estrutural para o crescimento económico” sem o qual não é possível aumentar salários.

Ainda na área fiscal, Vieira Lopes defende “um incentivo radical para a capitalização das empresas” indicando que “tem que ser mais barato fiscalmente para os empresários, colocar dinheiro próprio” e recorrer menos à banca.

Não nos interessa se o Governo dura muito ou dura pouco, se é prazo ou não é prazo. Queremos medidas para as empresas.

João Vieira Lopes

Presidente da CCP

Acordos na Concertação Social geram maior consenso no Parlamento

O presidente da CCP defende que as medidas acordadas na Concertação Social terão maior possibilidade de gerar consensos no Parlamento e afirma que avançar para um novo acordo de rendimentos e competitividade “é um não problema”.

“Todos os acordos que forem feitos no quadro da Concertação Social, se exigirem legislações que sejam aprovadas no parlamento, terão, provavelmente, mais possibilidades de encontrar consensos no Parlamento do que questões que sejam rejeitadas na Concertação Social”, diz Vieira Lopes.

O líder da CCP sublinha a importância da Concertação Social, sobretudo num momento político “em que há uma grande dispersão partidária na Assembleia da República” onde “há partidos que valorizam a Concertação Social e outros que não valorizam”.

Para Vieira Lopes, seria importante que na área fiscal as medidas fossem consensualizadas “pelo menos com os partidos do chamado arco governativo”, como é o caso da redução do IRC, “para que cada orçamento de Estado não seja uma espécie de reforma fiscal com toda a complicação que isso tem para o funcionamento das empresas”.

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CaixaBank apoia mais de 1.000 empresários rurais com o programa “Tierra de Oportunidades”

  • Servimedia
  • 22 Abril 2024

Entre maio e junho, será dado o sinal de partida para que empresários de mais de 40 províncias se candidatem à nova edição de 2024.

Abelardo Ripoll e Alexia Lozano são dois empreendedores rurais que desenvolvem, respetivamente, atividades muito diferentes em ambientes despovoados: “Tierra de Arte”, um projeto familiar de aluguer para férias que oferece estadias rústicas e sustentáveis em alojamentos únicos em San Jorge (Castellón), e “La Cabrera”, localizado no município segoviano de Otero de Herreros, centrado na criação de cabras e na produção de leite, e que procura uma substituição geracional para a atividade da sua família.

Tanto “Tierra de Arte” como “LaCabrera” foram dois dos cinco projetos premiados em 2023 no programa Terra de Oportunidades do CaixaBank, que visa promover a criação de emprego, impulsionar o empreendedorismo rural e fixar a população em zonas despovoadas. Mais de 1.000 iniciativas concorreram no ano passado a este programa, que inclui ações de formação nas suas regiões.

Ambos os empresários concordam com as dificuldades e os desafios que enfrentam para levar a cabo as suas respetivas propostas nas zonas rurais. “É muito difícil começar um negócio numa aldeia de 1300 habitantes, a burocracia é muito complicada e não temos as mesmas ferramentas que nas cidades. No entanto, conseguimos tornar-nos conhecidos em praticamente toda a Espanha”, diz Abelardo Ripoll, promotor de “Tierra de Arte”.

Apercebi-me de que tenho de digitalizar a minha atividade e criar produtos diferentes que pensava que os consumidores não gostavam ou que já estavam obsoletos e que são realmente procurados porque não existem nos grandes supermercados”, diz Alexia Lozano, do projeto “La Cabrera”.

Para além de “La Cabrera” e “Tierra de Arte”, outros vencedores foram as iniciativas “Eco Rico Vegano”, uma empresa localizada em Santa María de Guía de Gran Canaria que fabrica e vende refeições veganas feitas a partir de vegetais cultivados na sua própria quinta; a cooperativa Paterna del Madera de Albacete, “Pellets Astilla La Mancha”, que fabrica pellets de madeira a partir da gestão sustentável das florestas e “TocarJugarMadera”, uma iniciativa de Gascones, na Serra Norte de Madrid, que promove a recuperação de jogos tradicionais com brinquedos artesanais de madeira que respeitam o meio ambiente.

O Diretor de Ação Social do CaixaBank, Josep Parareda, afirma que “no CaixaBank estamos convencidos do impacto social positivo que o empreendedorismo e a criação de emprego têm na revitalização e sustentabilidade das zonas rurais, o que por sua vez promove um futuro próspero para os seus habitantes. Ao apoiarmos estes projetos, estamos a dar às comunidades rurais a oportunidade de construírem um futuro forte e promissor.

Todos os projetos vencedores partilham o mesmo objetivo de conseguir impulsionar os respetivos negócios em municípios com um elevado risco de despovoamento, um fenómeno crescente no nosso país, uma vez que 48% deles se encontram nesta situação, bem como metade da superfície do país, de acordo com os últimos dados recentes do Eurostat. De facto, a Espanha é o quarto país mais afetado por este êxodo na Europa, sendo as Astúrias, Castela e Leão e a Extremadura as comunidades mais afetadas.

CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS 2024

Para a convocatória de 2024, o Terra de Oportunidades consolidar-se-á, reforçando a sua capilaridade territorial e a sua dotação económica, que pretende estender-se a mais de 40 províncias através de acordos com os Grupos de Desenvolvimento Rural de diferentes regiões espanholas, bem como com entidades sociais que trabalham para evitar o despovoamento. Além disso, os empreendedores terão à sua disposição uma rede de alianças, soluções e recursos que os acompanharão em todas as fases do seu projeto, com a colaboração de outras entidades do Grupo CaixaBank, como o AgroBank, o MicroBank, a Associação de Voluntários CaixaBank, entre outras.

Entre maio e junho, será dado o sinal de partida para que os empresários cuja atividade se desenvolva num município com uma população inferior a 5.000 habitantes – embora em alguns municípios sejam aceites municípios até 10.000 habitantes – e que tenham um volume de negócios inferior a 150.000 euros por ano, possam candidatar-se às novas convocatórias propostas nas províncias incluídas na edição de 2024. Nesta ocasião, o concurso centrar-se-á no potencial de crescimento e criação de emprego rural, na inovação, no impacto social e na viabilidade das iniciativas.

Desde o seu lançamento em 2021, o programa Terra de Oportunidades apoiou mais de 2.000 empresários e permitiu a assinatura de 71 acordos de colaboração com Grupos de Desenvolvimento Rural com o objetivo de promover o empreendedorismo rural e o emprego nestas áreas.

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Portas diz que Passos via na troika um “bem virtuoso” e ele um “mal necessário”

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

Paulo Portas respondeu a Passos Coelho afirmando que o ex-primeiro-ministro via na troika "um bem virtuoso", enquanto ele a considerava "um mal necessário".

O antigo líder do CDS-PP Paulo Portas disse este domingo que Passos Coelho via na troika “um bem virtuoso”, enquanto ele a considerava “um mal necessário”, e apontou a TSU dos reformados como um dos momento difíceis da coligação.

“Às vezes Passos Coelho achava ou dava a entender que achava a troika um bem virtuoso, eu achava a troika um mal necessário”, afirmou Paulo Portas no seu espaço de comentário televisivo na TVI, respondendo às declarações do então primeiro-ministro e parceiro de coligação governamental durante o período em que Portugal esteve sobre intervenção da União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

Na semana passada, em entrevista ao podcast “Eu estive lá” da rádio Observador, o antigo presidente do PSD, em conversa com a jornalista Maria João Avillez, revelou que durante o seu governo com o CDS-PP, a troika sinalizou “a partir de certa altura” que havia um problema de confiança em relação ao parceiro de coligação e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e “passou a exigir cartas assinadas” por ele.

“Julgo que ele não sabe isto: para impedir uma humilhação do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, obriguei o ministro das Finanças a assinar comigo e com ele a carta para as instituições. Assinámos os três. A troika exigia uma carta só dele. Porque não confiava nele”, contou Passos Coelho.

Afirmando que “quem não se sente, não é filho de boa gente”, Paulo Portas considerou que os comentários do ex-primeiro-ministro “não foram apropriados, nem justos”, mas recusou “usar conversas privadas entre líderes políticos” e entrar “em polémica pessoal” com Passos Coelho.

“Estamos em 2024, acabou de chegar um Governo de centro-direita, não vejo qual seria a utilidade de contribuir para essa polémica”, comentou.

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O desafio de reconstruir parte do teto do Mosteiro de Sigena, em Úbeda, foi concluído com êxito

  • Servimedia
  • 22 Abril 2024

O mestre artesão de Úbeda, Paco Luis Martos, juntamente com uma equipa de especialistas, completou com êxito o desafio de reconstruir um novo alfarge da mítica Casa Capitular do Mosteiro de Sigena.

O Centro Cultural do Hospital de Santiago de Úbeda foi o cenário escolhido pelo filantropo Juan Naya (CEO da Isdin) e pela equipa do projeto Sigena Mágica para anunciar a reconstrução, em apenas três meses, de um novo alfarge da Casa Capitular do Mosteiro de Sigena (Huesca), um marco realizado pelo mestre artesão de Úbeda, Paco Luis Martos, galardoado com o Prémio Nacional de Artesanato, e por uma equipa de especialistas em arte e restauro que se deslocaram a Úbeda para este projeto.

A apresentação do novo alfarge, restaurado com o seu teto em caixotões de madeira, o seu douramento e policromia tal como era feito no século XIII, contou com a presença da presidente da Câmara de Úbeda, Antonia Olivares, e com o apoio do presidente de Aragão, Jorge Azcón.

“Ver este alfarge em todo o seu esplendor só nos mostra a grandeza artística do que foi uma joia do românico como a Casa Capitular do Mosteiro de Sigena”, disse Olivares, que acrescentou: “Úbeda, berço histórico de grandes artesãos como o mestre Paco Luis Martos, orgulha-se de fazer parte de um projeto de recuperação patrimonial tão importante”.

Por seu lado, numa mensagem de vídeo, Azcón felicitou Juan Naya e toda a sua equipa “pelo extraordinário trabalho de investigação, recuperação e recriação que levam a cabo há mais de 15 anos no Mosteiro de Sigena” e encorajou-os “a continuar com este maravilhoso projeto, esperando poder desfrutar em breve de todo este trabalho em Aragão, como aconteceu com a recente exposição Sigena Mágica, que foi um grande sucesso”.

UM DESAFIO “IMPOSSÍVEL” TORNADO REALIDADE

Foi em dezembro do ano passado que Juan Naya escolheu Úbeda para levar a cabo o desafio de reconstruir um novo alfarge desta joia do românico europeu em apenas três meses, com o empenho do mestre de Úbeda, Paco Luis Martos, vencedor do Prémio Nacional de Artesanato 2023. “Parecia impossível policromar e dourar um novo alfarje em apenas três meses, especialmente tendo em conta que quando reconstruímos o primeiro investimos mais de 3.000 horas de dedicação por mãos experientes”, disse o mestre ubetense.

Neste sentido, Juan Naya indicou que “este desafio que juntos tornámos possível em três meses abre o caminho para o renascimento completo do teto em caixotões da Casa do Capítulo, um património nacional que todos merecemos desfrutar”, e acrescentou que “graças à mestria de Paco Luis Martos, Florencia Olivera, Anna Bedmar e Pilar Domínguez como curadora do projeto, hoje apresentamos em Úbeda o terceiro alfarje terminado, recuperando assim um novo fragmento do nosso passado”.

A curadora do projeto, Pilar Domínguez, anunciou o início da reconstrução de dois novos alfarjes: “Já começámos em Úbeda os trabalhos de reconstrução do quarto alfarje e em breve começaremos com um quinto na localidade de Almudévar em Huesca, ambos dirigidos e supervisionados pelo mestre Paco Luis Martos, para acelerar o projeto e em poucos meses teremos cinco dos doze alfarjes que compõem todo o teto da Casa Capitular do Mosteiro de Sigena”.

UM TESOURO PERDIDO EM VIAS DE RECUPERAÇÃO

A Casa Capitular do Mosteiro de Sigena foi uma das maravilhas da arte do século XIII e é considerada pelos especialistas como uma das melhores obras de arte românica da Europa. Fazia parte de um dos mosteiros mais ricos e belos de Aragão. Albergou reis e nobres, foi depositário de parte do tesouro real, de um panteão real e tornou-se num dos arquivos mais importantes do reino. Entre as suas salas encontrava-se a Casa do Capítulo, decorada com ricos frescos medievais, cujas pinturas murais constituem um dos mais importantes legados da história da arte em Espanha.

Em 1936, durante a Guerra Civil Espanhola, o mosteiro sofreu um incêndio que danificou irreversivelmente as pinturas da Casa do Capítulo e causou a perda do extraordinário teto em caixotões mudéjar, que está agora a ser restaurado graças ao projeto Sigena Mágica. “Antes da Guerra Civil Espanhola, os doze alfarrábios de Sigena eram testemunhos de um trabalho extraordinário. Douradas e policromadas, cada uma delas contava uma história única. No entanto, o fogo da guerra consumiu-os, levando consigo não só a madeira esculpida, mas também uma parte significativa da história cultural de Espanha”, afirmou Juan Naya. “É muito emocionante poder reconstruir a Casa do Capítulo, pois estamos a recuperar um património nacional de valor incalculável e um legado para as gerações futuras”, acrescentou.

UMA EQUIPA ESPECIALIZADA

O projeto Sigena Mágica contou em Úbeda com uma equipa de especialistas em arte e restauro altamente qualificados: o mestre de Úbeda, Paco Luis Martos; as restauradoras Florencia Olivera (Uruguai) e Anna Bedmar (Manresa); e também com a curadora, Pilar Domínguez, e a liderança de Juan Naya, promotor do projeto.

“Este desafio monumental foi mais do que o restauro de um teto; foi uma afirmação de que, mesmo nos momentos mais sombrios da história, a luz do restauro pode iluminar o caminho para um futuro cultural vibrante”, disse Juan Naya, cuja visão intrépida é não só completar este desafio, mas conseguir a reconstrução completa do teto em caixotões, restaurando assim a glória da Casa Capitular de Sigena.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 22 de abril

  • ECO
  • 22 Abril 2024

Ao longo desta segunda-feira, 22 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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LALIGA intensifica a sua luta contra a pirataria e pede a acusação da Google, da Apple e da Huawei em Espanha

  • Servimedia
  • 22 Abril 2024

LALIGA pediu aos tribunais espanhóis que intimassem os diretores destas empresas pela sua alegada inação contra a aplicação de IPTV Newplay acusada de facilitar a pirataria de transmissões de futebol.

A LALIGA acusa estas empresas de “desobediência grave” por não impedirem os utilizadores dos seus telemóveis de utilizarem a aplicação e de “cooperação necessária” no crime de pirataria alegadamente cometido pelo criador da Newplay. Pede também que sejam declarados “participantes com fins lucrativos” por não terem bloqueado o acesso à aplicação Newplay, apesar da ordem de 2022 que os obriga a retirá-la das suas plataformas, bem como a impedir o acesso aos utilizadores que a descarregaram, a cessar imediatamente o pagamento das comissões derivadas da sua versão paga e a colocar à disposição do tribunal os montantes que possam ter pendentes de entrega ao criador da tecnologia.

Embora a aplicação Newplay já não esteja disponível para ser descarregada, a LALIGA considera que não foram cumpridos os restantes requisitos da ordem, tanto no que se refere ao bloqueio da sua utilização por parte das pessoas que já a descarregaram, como no que se refere ao depósito do dinheiro que a aplicação gerou com as subscrições no Tribunal de Instrução n.º 1 de Cieza. A LALIGA considera que o facto de estas organizações não terem impedido os utilizadores que descarregaram a aplicação de a utilizarem significa que “teriam incorrido não só em responsabilidade penal pelos factos que estão a ser investigados neste processo, mas também em responsabilidade civil pelos danos causados”.

Esta nova ação judicial vem juntar-se às iniciativas contínuas da LALIGA para proteger os direitos de transmissão de jogos de futebol e outros conteúdos desportivos, insistindo no respeito pela legalidade e na punição dos que lucram com a pirataria.

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