Problema de saúde afasta Borrell “nos próximos dias” de eventos públicos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Fevereiro 2024

Nas redes sociais, o responsável espanhol revelou que está com "um pequeno problema de saúde" e, por isso, faltou ao debate desta manhã com os eurodeputados sobre a política de Defesa da UE.

O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, está com um problema de saúde, que o levou a faltar a um debate no Parlamento Europeu esta quarta-feira.

Lamentavelmente, tive de faltar aos debates no Parlamento Europeu devido a um pequeno problema de saúde e os médicos aconselharam-me a adiar os eventos públicos por alguns dias. Estou ansioso para retomar minha programação completa em breve”, escreveu o responsável, numa publicação na sua conta na rede social X (antigo Twitter).

De acordo com a agenda do Parlamento Europeu para esta quarta-feira, estaria em causa um debate sobre a NATO e a Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD), a política do bloco comunitário que abrange a defesa e os aspetos militares. Houve, contudo, intervenções do comissário europeu para Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Janez Lenarčič, bem como das responsáveis pelas pastas da Energia, Kadri Simson, e das Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen.

Para esta quarta-feira, o Alto Representante tinha ainda agendado um encontro com a presidente do Banco Europeu de Investimento, Nadia Calviño.

Durante esta manhã, o plenário em Estrasburgo contou com uma intervenção de Yulia Navalnaya, a viúva do ativista e opositor político russo Alexei Navalny, que pediu aos eurodeputados que continuem a apoiar o combate contra o regime do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

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Comprar Farfetch a “um preço muito atrativo” foi uma “oportunidade”, diz Coupang

A Coupang, que acordou a compra da Farfetch por 500 milhões de dólares, adianta que já está a implementar um plano para tornar a empresa viável financeiramente e não prevê investimentos adicionais.

Os sul-coreanos da Coupang, os novos donos da Farfetch, não estavam à procura de empresas para comprar, mas fechar a aquisição da empresa fundada por José Neves por 500 milhões de dólares revelou-se uma “oportunidade” para adquirir a tecnológica por “um preço muito atrativo”, revelou o CEO da Coupang, Bom Kim, adiantando ainda que não estão previstos investimentos adicionais na Farfetch.

“M&A (Fusões e Aquisições) não é a nossa estratégia, não estávamos à procura de uma aquisição. Deparamo-nos com uma oportunidade para comprar a Farfetch a um preço muito atrativo”, adiantou Bom Kim, na conferência de imprensa com analistas, após a divulgação de resultados do quarto trimestre do ano. A empresa fechou o último ano com um crescimento de 18% das receitas para 24,4 mil milhões de dólares e um lucro de 1,4 mil milhões.

Não estávamos à procura de uma aquisição. Deparamo-nos com uma oportunidade para comprar a Farfetch a um preço muito atrativo.

Bom Kim

CEO da Coupang

Questionado sobre as expectativas para a incorporação da Farfetch, o líder da Coupang referiu que vê “imenso potencial” neste negócio, contudo adiantou que é muito cedo para fazer previsões, uma vez que a empresa está ainda a implementar um plano de reestruturação, para tornar o negócio autofinanciado, “sem nenhum investimento adicional além do capital anunciado”.

A aquisição da Farfetch pela Coupang por 500 milhões de dólares ficou fechada no início deste mês, tendo anunciado há cerca de duas semanas um plano de reestruturação, que inclui a redução de 25% a 30% dos trabalhadores a nível global.

No mesmo dia em que foram comunicados os despedimentos foi também anunciada a saída de José Neves do cargo de CEO e de outros oito diretores da empresa, ficando a liderança entregue a Bom Kim e à equipa executiva da tecnológica.

Esperamos que dentro de alguns anos possamos conversar sobre como a Coupang transformou a Farfetch num negócio que transformou a experiência do cliente em torno da moda de luxo, ao mesmo tempo que proporcionou valor estratégico à Coupang“, apontou Bom Kim.

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PLMJ reforça a equipa de Imobiliário e Turismo

Beatriz Paredes, Diogo Neves, Maria Goreti Rebêlo, Maria Sanches Afonso e Raquel de Lóia Sequeira são os novos reforços da equipa de Imobiliário e Turismo da PLMJ.

A PLMJ reforçou a equipa de Imobiliário e Turismo com a contratação de cinco novos advogados: Beatriz Paredes, Diogo Neves, Maria Goreti Rebêlo, Maria Sanches Afonso e Raquel de Lóia Sequeira.

Estamos muito satisfeitos com este reforço tão valioso para a nossa equipa. Os últimos anos têm sido de um enorme crescimento no setor do imobiliário e turismo e a tendência é de que se mantenha”, referiram Francisco Lino Dias e Teresa Madeira Afonso, sócios e cocoordenadores da área.

Em comunicado, os sócios afirmaram estar “muito entusiasmados” com a integração destes novos advogados, “quer pela sua experiência, quer pelas suas características pessoais”.

Transitando da Uría Menéndez – Proença de Carvalho, Maria Goreti Rebêlo integra a PLMJ como consultora sénior. Com mais de 20 anos de experiência, será responsável pela assessoria a investidores e promotores imobiliários nas mais diversas operações envolvendo a aquisição, venda ou arrendamento/utilização de todo o tipo de ativos imobiliários.

Beatriz Paredes, Diogo Neves, Maria Goreti Rebêlo, Maria Sanches Afonso e Raquel de Lóia Sequeira

Diogo Neves, que transita da TELLES, vem integrar o escritório do Porto como associado sénior. Conta com dez anos de experiência e tem prestado assessoria regular a clientes nacionais e internacionais de diversos setores.

Maria Sanches Afonso reforça a equipa de Lisboa da PLMJ como associada sénior, transitando da Cuatrecasas. A advogada conta com 10 anos de experiência na área do imobiliário, com especial foco nos setores do retalho, escritórios, residencial e, igualmente, em agribusiness.

Por fim, Beatriz Paredes e Raquel de Lóia Sequeira integram a área de Imobiliário e Turismo como associadas, atuando em operações imobiliárias de compra e venda, arrendamento e constituição de direitos reais. As advogadas transitam da Cuatrecasas.

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Urgências vão poder passar baixas a partir de sexta, exceto a pulseiras azuis e verdes

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2024

Até agora, os doentes tinham de se dirigir ao seu médico de família para que fosse emitido o certificado de incapacidade temporária. Pulseiras azuis e verdes fora da medida que começa na sexta.

Os serviços de urgência dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passam na sexta-feira a poder passar baixas aos doentes ali atendidos, exceto aqueles que cheguem por sua própria iniciativa e que tenham pulseira azul ou verde. Em causa está o decreto-lei que altera os serviços competentes para a emissão do certificado de incapacidade temporária para o trabalho (CIT), que passam a incluir os serviços de urgência, bem como médicos de clínicas privadas ou do setor social.

Até agora, os doentes tinham de se dirigir ao seu médico de família para que fosse emitido o certificado de incapacidade temporária. Anunciada em novembro pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a medida visa facilitar a vida aos cidadãos, mas também desburocratizar o Serviço Nacional de Saúde, e entra em vigor após a introdução da autodeclaração de doença (ADD), por compromisso de honra dos utentes, através do Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24).

Desde que a ADD entrou em vigor, em maio de 2023, mais de 300.000 autodeclarações de doença foram emitidas, sem necessidade de alocação de recursos e tempo dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo um comunicado esta quarta, publicado na página eletrónica da Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

Com o alargamento dos serviços competentes para passar baixas, que entra em vigor na sexta-feira, deixa de ser necessário que um utente que tenha sofrido uma situação de doença aguda urgente, e que tenha sido observado num serviço de urgência, necessite de se deslocar até aos cuidados de saúde primários apenas para requerer o respetivo CIT.

No entanto, explica ainda o comunicado, para evitar que utentes não urgentes passem a dirigir-se às urgências apenas para obter CIT ou cuidados do foro não urgente, a medida não se aplica aos utentes que tenham sido classificados, segundo a Triagem de Manchester, com a pulseira azul ou verde (doente não urgente ou pouco urgente, respetivamente).

A DE-SNS recomenda por isso que o médico que, no serviço de urgência de uma instituição do SNS, dê alta a um utente não deve emitir CIT aos que cumpram cumulativamente as seguintes três condições: serem autorreferenciados, triados com cor azul ou verde e que não possuam motivo de exceção.

As exceções, previstas na portaria n.º 438/2023, de 15 de dezembro, incluem doentes acamados ou em cadeira de rodas, idosos com mais de 70 anos, grávidas ou vítimas de agressão, entre outras. Caso os utentes não tenham direito à CIT passada na urgência, os médicos deverão orientá-los para pedirem uma autodeclaração de doença através do SNS 24 ou para recorrerem aos serviços de saúde primários para a emissão dos respetivos CIT.

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Indaqua integra clube de empresas e investigadores para inovar na área do ambiente

Com uma rede de mais de 800 investigadores nacionais e internacionais, a associação HiSeed Tech apoia atividades de investigação, desenvolvimento e inovação na área do ambiente.

O grupo Indaqua passou a integrar a associação portuguesa HiSeed Tech, que junta empresas, investigadores e empreendedores com o objetivo de apoiar atividades de investigação, desenvolvimento e inovação na área do ambiente.

Esta associação portuguesa “funciona como uma plataforma que aproxima as necessidades das empresas à investigação científica que é produzida em território nacional”, contando com uma rede de mais de 800 investigadores nacionais e internacionais, refere a empresa em comunicado.

“Vemos a integração do grupo Indaqua na HiSeed Tech como um contributo para o trabalho científico, de forma global, e especificamente no setor da água e saneamento”, explica Pedro Perdigão, CEO da Indaqua. Até porque, sublinha, “a ligação entre o tecido empresarial, a academia e os empreendedores é fulcral para o desenvolvimento tecnológico e científico”. Desde 2016, a Indaqua já investiu seis milhões de euros em 15 projetos de investigação e desenvolvimento.

Pedro Perdigão considera, por isso, de grande relevância a inovação no setor da água e saneamento. “Esta tem de ser uma prioridade, mais ainda, tendo em conta os desafios trazidos pelo agravamento das alterações climáticas. Mais do que nunca, serão necessários conhecimentos científicos e capacidade tecnológica para encontrar respostas que promovam o bom uso dos recursos ambientais”, sustenta.

A ligação entre o tecido empresarial, a academia e os empreendedores é fulcral para o desenvolvimento tecnológico e científico.

Pedro Perdigão

CEO da Indaqua

Já o presidente da direção da HiSeed Tech, Mário Freire, refere, por sua vez, que “a iniciativa privada, de empresas como a Indaqua, tem tornado possível a missão da HiSeed Tech, que tem grande impacto público ao traduzir a investigação científica em respostas úteis ao tecido empresarial e às pessoas que este serve”.

Fundada em 2017, a HiSeed Tech é uma associação sem fins lucrativos, que conta atualmente com mais de 20 empresas de diversos setores.

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Norte tem mais devedores nos empréstimos à habitação do que o resto do país

A região Norte tem o maior número de devedores nos empréstimos à habitação e ao consumo, mas é a Península de Setúbal que concentra o mais elevado nível de crédito vencido.

É no Norte do país que se concentra o maior número de particulares devedores nos empréstimos à habitação (665 mil pessoas), ao consumo e para outros fins (1,1 milhões pessoas), de acordo com dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Banco de Portugal referentes a janeiro de 2024.

É igualmente no Norte que há mais empresas devedoras (77 mil), representando 34% do total do país nesta situação. Também é no Norte que se regista o maior montante dos créditos para habitação e consumo e outros fins a particulares.

Segundo os novos dados estatísticos regionais da entidade liderada por Mário Centeno, a região Norte contabiliza 665 mil devedores de empréstimos à habitação, a que se segue a Grande Lisboa com 424 mil e a região Centro com 296 mil devedores. As regiões autónomas da Madeira (43 mil) e dos Açores (50 mil) são as que têm menos pessoas nesta situação.

Para realizar esta análise o Banco de Portugal debruçou-se sobre nove territórios de Portugal: Norte, Grande Lisboa, Centro, Península de Setúbal, Oeste e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Região Autónoma dos Açores, e Região Autónoma da Madeira.

Fonte: Banco de Portugal

Em termos de volume, os dados do Banco de Portugal mostram ainda que, só em janeiro, a região Norte destacou-se das restantes, ao absorver cerca de 29 mil milhões de euros de crédito à habitação, seguido da região da Grande Lisboa com 27 mil milhões de euros.

No canto oposto estão os arquipélagos dos Açores e da Madeira, ao não contratualizarem mais que 2 mil milhões de euros cada.

Destaque ainda para os números referentes ao crédito vencido, com os dados do Banco de Portugal a mostrarem que o Alentejo, a Península de Setúbal e o Algarve são as regiões com maiores níveis de crédito vencido, com cerca de 2% dos particulares com empréstimos para a compra de casa a constarem já no campo do incumprimento.

Já no indicador dos empréstimos ao consumo vencidos, são as regiões da Península de Setúbal e a Grande Lisboa que mais sobressaem, com cerca de 9,1% e 8,9% dos particulares, respetivamente, a encontrarem-se em janeiro em estado de incumprimento com os seus créditos ao consumo.

Em oposição surgem os arquipélagos da Madeira e dos Açores, ao apresentarem níveis de incumprimento dos particulares no crédito ao consumo perto dos 6%.

 

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Costa disponibiliza segurança pessoal a líderes partidários após ataque a Montenegro

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2024

O primeiro-ministro "deu instruções ao ministro da Administração Interna para que a PSP disponibilizasse segurança pessoal aos candidatos que lideram as listas dos partidos com assento parlamentar".

O primeiro-ministro, António Costa, deu esta quarta-feira instruções para que a PSP disponibilize segurança pessoal aos líderes dos partidos com assento parlamentar que o pretendam, na sequência do ataque ao presidente do PSD por um ativista climático. Fonte do gabinete do chefe do Governo disse à agência Lusa que António Costa já falou com Luís Montenegro, tendo-lhe transmitido a sua decisão.

“O primeiro-ministro deu instruções ao ministro da Administração Interna para que a PSP disponibilizasse segurança pessoal aos candidatos que lideram as listas dos partidos com assento parlamentar”, afirmou à Lusa a fonte do gabinete do chefe do executivo. A mesma fonte acrescentou que Costa “já falou com Luís Montenegro, transmitindo-lhe isto mesmo”.

A decisão de António Costa foi tomada após o ataque ao presidente do PSD ocorrido esta quarta durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), no âmbito de uma ação de campanha eleitoral da AD. Montenegro foi atingido com tinta verde por um jovem, que seria depois afastado por um agente da PSP.

Os ativistas do movimento Fim ao Fóssil reivindicaram entretanto a ação em comunicado, argumentando que “nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática”. O movimento estudantil reivindica o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e exige que se pare de usar gás para produzir eletricidade até o próximo ano, utilizando antes 100% eletricidade renovável e gratuita.

Montenegro anunciou, entretanto, que vai formalizar ainda uma queixa contra o ativista que o atingiu com tinta verde, à entrada da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), e agradeceu as manifestações de solidariedade.

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Tornar EDP e EDP Renováveis numa só? Está “constantemente” na mesa, mas não avança agora

"É uma opção, nós analisamo-la, mas não me parece que faça muito sentido neste momento", indica o CEO de ambas as empresas.

O CEO da EDP e EDP Renováveis, Miguel Stilwell, admite que é frequentemente discutida a hipótese de combinar a EDP com a EDP Renováveis numa única entidade, mas indica que, neste momento, não estão reunidas condições para que tal movimento aconteça.

Obviamente, olhamos para essa opção constantemente“, respondeu Stilwell, confrontado por um analista com a ideia de combinar as duas empresas, numa chamada a propósito da apresentação de resultados da empresa de energias limpas. “É uma opção, nós analisamo-la, mas não me parece que faça muito sentido neste momento“, concluiu.

Para já, indica Stilwell, a administração executiva está “confortável” com a estrutura atual, e a trabalhar para que existam “tantas sinergias quanto possível”. A EDP detém de momento 71% do capital da EDP Renováveis.

O líder que dá a cara por ambas as energéticas sublinhou ainda que em 2017, quando a EDP lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP Renováveis, viviam-se “circunstâncias diferentes” e, a seu ver, também o mercado estava num momento não comparável ao atual.

A EDP Renováveis alcançou lucros de 309 milhões de euros em 2023, que foi metade do resultado líquido conseguido no ano anterior. A queda é justificada, entre outros fatores, pela redução do preço médio de venda do megawatt-hora (MWh) em 6%, reflexo dos preços mais baixos da eletricidade na Europa em comparação com os máximos alcançados em 2022.

 

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Polónia admite fechar fronteiras a comércio de produtos ucranianos

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2024

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, reconhece que o cenário de encerramento está a ser discutido. Uma “solução dolorosa para ambas as partes”, disse.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, não descartou esta quarta-feira um encerramento temporário da fronteira do seu país ao comércio de mercadorias com a Ucrânia, numa altura em que a Polónia é abalada por protestos de agricultores. “Estamos também a discutir com o lado ucraniano o encerramento temporário da fronteira e o encerramento do comércio de mercadorias em geral”, explicou Tusk, sublinhando que esta seria uma “solução dolorosa para ambas as partes”.

“Estou preparado para tomar decisões firmes em relação à fronteira com a Ucrânia, sempre em comunicação com Kiev, para que não haja tensões desnecessárias. Mas temos de encontrar uma solução a longo prazo”, prometeu o chefe do Governo polaco.

Tusk anunciou ainda que irá encontrar-se na quinta-feira com representantes dos agricultores polacos que se manifestam há várias semanas, bloqueando estradas em todo o país e passagens de fronteira com a Ucrânia, para protestar contra a importação de cereais ucranianos.

A Polónia tem sido um dos principais apoiantes da Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, mas as relações entre os dois países têm sido tensas nos últimos meses por causa de disputas comerciais, em particular pela abertura, por parte de Bruxelas, das fronteiras europeias aos produtos ucranianos.

Tusk também já anunciou que as quotas para importações de produtos ucranianos, propostas por Bruxelas e Kiev, eram inaceitáveis para o Governo de Varsóvia.

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Com “défice” de 80 mil trabalhadores, construtoras fecham acordo com sindicatos para nova tabela salarial

Nova tabela “assegura diferenciação e valorização de todos os grupos” após aumento do salário mínimo nacional. Subsídio de refeição sobe para 7,5 euros e é eliminado o bónus de férias por assiduidade.

Os industriais da construção anunciaram esta quarta-feira a revisão do contrato coletivo de trabalho (CCT) aplicável ao setor, de forma a “assegurar a diferenciação e valorização de todos os grupos” da tabela salarial na sequência do aumento do salário mínimo nacional para 820 euros. Alterações produzem efeitos a 1 de janeiro de 2024.

O acordo assinado entre a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e os sindicatos prevê ainda a subida do valor do subsídio de refeição diário para 7,5 euros, assim como a eliminação do bónus de férias em função da assiduidade dos trabalhadores, alinhando o regime de férias com o previsto no atual Código do Trabalho.

Em comunicado enviado às redações, o organismo liderado por Manuel Reis Campos identifica um “défice” de cerca de 80 mil trabalhadores neste setor. Sublinha que “a evolução do mercado de trabalho e a carência de mão-de-obra é um dos principais constrangimentos ao exercício da atividade das empresas de construção” e que é preciso “potenciar a atração, captação e manutenção de recursos humanos no setor, em especial dos jovens”.

Como pano de fundo desta preocupação dos industriais da construção está a resposta ao “desafio nacional” de concretizar o plano de investimentos previstos, que no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ascendem a 22.216 milhões de euros e têm de estar concluídos até ao final de 2026.

“O presente acordo reflete o sentimento manifestado pelas empresas, no sentido de reforçar a valorização dos seus recursos humanos, como forma de dar continuidade à modernização, industrialização e dignificação do setor da construção e do imobiliário, enquanto motor da economia nacional”, sublinha a AICCOPN.

Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN

Fechado a 23 de fevereiro, o processo negocial envolveu várias organizações sindicais: o Sindicato da Construção, Obras Públicas e Serviços – SETACCOP; a FE – Federação dos Engenheiros, em representação do SNEET – Sindicato Nacional dos Engenheiros, Engenheiros Técnicos e Arquitetos, do SERS – Sindicato dos Engenheiros e do SEMM – Sindicato dos Engenheiros da Marinha Mercante; o SINDEL – Sindicato Nacional da Indústria e da Energia; e o SITESE – Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços.

Na mesma nota, a associação patronal destaca ainda, sem pormenorizar, que as partes assumiram o “compromisso de dar continuidade ao trabalho que está a ser desenvolvido de revisão e atualização das categorias profissionais do CCT e de dar seguimento à negociação em curso para a alteração de outras cláusulas” deste contrato.

Os custos dos patrões portugueses com os salários aumentaram no último ano e, regra geral, aceleraram face a 2022. Mas o setor da construção fugiu a essa tendência: os custos salariais saltaram 3,4% em 2023, mas esta foi a menor variação dos três grandes setores para os quais há dados, que inclui também a indústria e os serviços.

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Ordem dos Médicos encontra “espiral preocupante” na PPP do hospital de Cascais

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2024

"O que surpreendeu a Ordem dos Médicos é que os problemas do Hospital de Cascais vão muito além da Neurologia e muitas especialidades expressaram as suas enormes dificuldades", disse bastonário.

O bastonário da Ordem dos Médicos disse esta quarta-feira que a situação que encontrou numa visita ao Hospital de Cascais é mais preocupante do que antecipava e que os problemas afetam outras especialidades além da Neurologia. “O cenário que nos foi descrito foi o de uma espiral preocupante que vai além das informações que nos tinham sido remetidas antes da reunião. Há dificuldades em recursos humanos, não só na neurologia”, explicou Carlos Cortes, em declarações à agência Lusa.

O bastonário visitou esta quarta o Hospital de Cascais – uma Parceria Público-Privada – e reuniu com o Conselho de Administração, a Comissão de Internos e vários profissionais, na sequência de denúncias de um grupo de médicos do hospital sobre a falta de capacidade de resposta em Neurologia. “O que surpreendeu a Ordem dos Médicos é que os problemas do Hospital de Cascais vão muito além da Neurologia e muitas especialidades expressaram as suas enormes dificuldades”, relatou o responsável.

De acordo com o bastonário, os problemas afetam serviços como Medicina Interna, Urologia, Gastrenterologia, Urgência, Cardiologia, Pediatria e Radiologia. Carlos Cortes sublinhou ainda que o Hospital de Cascais vai aumentar, em breve, a área de referenciação, que passará de abranger cerca de 320 mil habitantes para 450 mil habitantes.

“O Hospital de Cascais está com dificuldades, vai aumentar a sua área de influência em 130 mil habitantes, mas não vai aumentar em termos de recursos humanos. É uma missão impossível, uma equação difícil de resolver”, alertou. Além da falta de recursos humanos – o serviço de Neurologia, por exemplo, é composto apenas por uma médica –, Carlos Cortes diz que foram relatados problemas com equipamento obsoleto e relacionados com o próprio ambiente no hospital.

“O ambiente que os médicos referiram não é de governação clínica, mas de um olhar muito económico e financeiro. Obviamente é importante, mas não podemos esquecer que, em primeiro lugar, estas instituições, independentemente do seu modelo de organização, têm como missão os cuidados de saúde de qualidade”, sublinhou.

Uma das consequências mais preocupantes, além da prestação de cuidados adequados, relaciona-se com a capacidade formativa do hospital que, no entender do bastonário, não é suficientemente valorizada no contrato da Parceria Público-Privada. “O hospital tem de desenvolver preocupações assistenciais, não só em número, mas sobretudo em qualidade. O aspeto formativo tem de ser reforçado, porque é o que vai permitir, em primeiro lugar, ter mais médicos especialistas para o SNS e fixar os seus próprios internos”, defendeu.

Numa carta aberta divulgada na terça-feira, um grupo de médicos do Hospital de Cascais anunciou a entrega de declarações de escusa de responsabilidade por falta de condições para assegurar em segurança a prestação de cuidados adequados aos doentes do foro neurológico.

Para tentar encontrar solução, os médicos pedem a criação de um protocolo de articulação com outro hospital ou Unidade Local de Saúde com capacidade para prestar este tipo de cuidados diferenciados aos doentes com patologia do foro neurológico afetos à área de residência do Hospital de Cascais até que esta capacidade esteja novamente garantida.

Após 14 anos a gerir a parceria público-privada (PPP) do Hospital de Cascais, a Lusíadas Saúde desistiu do novo concurso, em 2022, por já não estar garantida a sustentabilidade económica. Numa entrevista ao jornal Negócios na segunda-feira, o presidente executivo do Grupo Lusíadas Saúde explicou que o novo contrato adicionou um conjunto de valências e novas áreas de influência, que tornavam as contas deficitárias.

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Ações portuguesas rendem menos de 1% ao ano desde 1974

Apesar de terem apresentado um desempenho bastante baixo ao longo dos últimos 50 anos, as ações apresentaram uma rendibilidade acima dos restantes ativos financeiros.

O mercado nacional de ações está longe de ser apetecível para os investidores. Durante os 50 anos de Democracia, as ações portuguesas renderam, em termos reais, em média, 0,9% por ano, segundo dados divulgados esta quarta-feira por três investigadores para um trabalho da UBS, o “Global Investment Returns Yearbook 2024”.

Mas apesar de oferecerem ganhos bastante reduzidos aos investidores, as ações portuguesas conseguem apresentar uma rendibilidade bem superior às perdas registadas pelas obrigações do Tesouro e dos Bilhetes do Tesouro, que desde 1974 até ao final do ano passado contabilizaram perdas reais médias de 0,5% e 0,8%, respetivamente.

Encurtado o horizonte temporal, considerando apenas o período de 2004 a 2023, os números são ligeiramente diferentes, com as ações e as obrigações do Tesouro a equipararem-se, ao apresentarem uma rendibilidade média real de 2,9% por ano ao longo das últimas duas décadas. No entanto, os Bilhetes do Tesouro mantêm um desempenho negativo real de 0,8% neste período.

Estes dados revelam a pouca atratividade dos ativos financeiros nacionais no longo prazo, no entanto, mostram com clareza que as ações continuam a ser o ativo financeiro mais rentável no longo prazo, tanto em Portugal como no resto do mundo.

De acordo com dados recolhidos por Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton ao longo de 124 anos de história em 35 países, as ações apresentaram rendibilidades acima das obrigações e dos títulos de dívida de curto prazo em todos os mercados que os académicos e investigadores recolheram dados.

Ao longo deste período, entre 1900 e 2023, o prémio da rendibilidade oferecida pelas ações face aos títulos de dívida de curto prazo foi de 4,7% por ano e face às obrigações foi de 3,3%, com as ações mundiais a apresentarem uma rendibilidade real média de 5,1% por ano nos últimos 124 anos.

Em Portugal, o diferencial do desempenho entre ativos ao longo deste período foi ainda maior, com as ações a registarem um prémio de 5,4% face às obrigações e 4,9% face aos títulos de dívida de curto prazo, que foi espelhado por uma rendibilidade real média de 3,7% ao ano pelas ações desde 1900 face a uma rendibilidade de -1,6% das obrigações do Tesouro e -1,1% face aos Bilhetes do Tesouro.

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