Turismo tem de ser de “quantidade” e de “crescente qualidade”, afirma Marcelo

  • Lusa
  • 21 Fevereiro 2024

O Presidente da República elogiou o desempenho dos empresários hoteleiros, mesmo com decisões adiadas como a do novo aeroporto que ficará "algures no continente português".

O Presidente da República elogiou esta quarta-feira o desempenho dos empresários hoteleiros na capacidade de obterem excelentes resultados em conjuntura económica e geopolítica difícil ou com decisões adiadas como a do novo aeroporto que ficará “algures no continente português”.

Na abertura do 34.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), no Funchal (Madeira), Marcelo Rebelo de Sousa invocou, numa mensagem vídeo, o quadro geopolítico e económico internacional difícil que se vive para lembrar que é nesta conjuntura que os agentes do turismo “têm de prosseguir o relançamento” do setor. Um turismo que o Presidente defende ter de ser “de quantidade”, mas também “um turismo de crescente qualidade”.

“A vossa resposta [aos desafios] tem sido excecional. Já o disse várias vezes: antecipam o que é preciso fazer, preparam, preveem, ultrapassam os problemas de mão-de-obra – às vezes até as dificuldades de recursos de outra natureza, nomeadamente logísticos –, fazem de conta que não existem questões que vão marinando, marinando, marinando até uma decisão definitiva, como é o caso do aeroporto – eu ia dizer perto de Lisboa, mas direi algures no continente português”, acrescentou Marcelo.

O período de consulta pública do relatório preliminar da Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pela avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto, que apontou Alcochete e Vendas Novas como as duas opções viáveis, já terminou em janeiro. A comissão considerou que, das nove opções em estudo, Alcochete é a que apresenta mais vantagem, com uma primeira fase em modelo dual com o Aeroporto Humberto Delgado, passando depois para uma infraestrutura única na margem sul do rio Tejo, mas foi também considerada viável a opção de Vendas Novas, nos mesmos moldes.

Na terça-feira, o líder da AD acusou o Governo de “falta de coragem” para obrigar a concessionária ANA a fazer obras no atual aeroporto em Lisboa e assegurou que avançará rapidamente com uma nova solução, mesmo sem consenso com o PS. “O meu compromisso é, no início do Governo, pegarmos no resultado final – que ainda não foi entregue – da Comissão Técnica Independente e decidir. Nós vamos decidir, vamos tentar consensualizar com o PS, que será na altura o maior partido da oposição. Se não conseguirmos, nós avançaremos”, assegurou Luís Montenegro, num almoço organizado pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

Já em 6 de fevereiro, o secretário-geral do PS prometeu não perder “nem mais um segundo” sobre a escolha da localização do novo aeroporto de Lisboa. Estas posições foram transmitidas por Pedro Nuno Santos no final de um almoço com a CTP, em Lisboa, após a intervenção de abertura do presidente desta entidade, Francisco Calheiros, que disse que o secretário-geral do PS, enquanto ministro das Infraestruturas, “teve razão” quando em 2022 fez publicar contra a vontade do primeiro-ministro, António Costa, uma portaria em que numa primeira fase se avançava para a construção de uma solução aeroportuária no Montijo e, depois, a médio e longo prazos, em Alcochete.

O secretário-geral do PS não se debruçou de forma desenvolvida sobre esse episódio que marcou a sua presença no Ministério das Infraestruturas, mas advertiu que nenhuma solução para o futuro aeroporto de Lisboa terá um apoio maioritário e que gerará sempre contestação.

“Temos um aeroporto com uma pista esgotada, já tivemos 50 anos de debates com 19 localizações diferentes estudadas. Do que é que Portugal está à espera. Fiz uma tentativa que se frustrou e com a certeza que não vou perder nem mais um segundo, por duas razões: a primeira é a de que precisamos mesmo de avançar sobre o novo aeroporto o quanto antes; e a segunda é simbólica, porque precisamos de passar a mensagem que o país tem de avançar, não pode ter medo de decidir”, declarou.

Conjuntura é menos difícil do que se imaginava mas mais difícil do que se desejaria

O Presidente da República mostrou-se ainda otimista que o turismo vai continuar a vencer os desafios, considerando também que a conjuntura é menos difícil do que se imaginava há algum ano, mas mais difícil do que se desejaria.

“Tenho pena de não estar convosco hoje [na Madeira] porque o vosso congresso acontece num momento que é um momento muito importante para a economia portuguesa. É importante porque o contexto internacional não é fácil. Não é fácil em termos geopolíticos, com duas guerras e mais um conflito aberto. Não é fácil em termos económicos. Os custos económicos dessa situação geopolítica em grandes economias, por exemplo, a China. Mas, sobretudo, no que nos toca mais diretamente na Europa”, afirmou, exemplificando, por exemplo, com a economia alemã, “que não arranca”.

Ainda assim, o Presidente da República considerou que a conjuntura “vai ser, portanto, um tempo menos difícil do que se imaginava há meio ano, mas mais difícil do que aquilo que se desejaria para todos”. O Presidente da República reafirmou ainda que neste contexto Portugal tem uma oportunidade.

Estamos perto daquilo que é a inserção europeia, mas longe das áreas de tensão, longe das regiões mais problemáticas, o que é uma vantagem em termos turísticos”, disse, lembrando que isso “permite novos públicos”, enquanto “permite antigos públicos desviados” para Portugal. E é neste quadro – reforça – que se tem que prosseguir o relançamento do turismo português.

“E estes próximos meses vão ser decisivos. Mas pelo meio não há ciclos políticos que se podem sobrepor e podem interromper, prejudicar? A minha resposta é não. Há ciclos em tempos diferentes, mas esses ciclos vão sendo vividos e devem ser vividos com a normalidade constitucional. E sobretudo, com a normalidade económica e social”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a elogiar a capacidade dos agentes do setor de se reinventarem, sempre antevendo os problemas e respondendo com muita determinação. “Por isso, estou otimista e vejo com otimismo a vossa magna reunião aí na Madeira. Um grande abraço para todas e para todos com a certeza de que também este ano os desafios para o turismo português, o mesmo será dizer para a economia portuguesa ou para Portugal, serão vencidos”, conclui.

O congresso nacional da AHP conta com 500 participantes e decorre até sexta-feira, sob o tema “Horizonte 20-30”.

(Artigo atualizado pela última vez às 20h)

 

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Nervo lança novo site ao fim de seis anos para mostrar o trabalho feito

  • + M
  • 21 Fevereiro 2024

No seu novo site, a Nervo partilha alguns dos seus trabalhos, como o realizado com a Moche no Meo Sudoeste, com a Sumol no Sumol Sumer Fest, com a Control no Nos Alive ou com a LeYa na Feira do Livro.

Com o objetivo de demonstrar o trabalho que tem realizado nos seus seis anos de existência, a agência Nervo lançou um novo website, apresentando uma seleção dos trabalhos feitos desde a sua criação, em 2018.

O objetivo passa por convidar “clientes, parceiros e curiosos a descobrirem o que tem feito a agência mexer ao longo destes seis anos de brand entertainment – que deixaram pouco tempo para se falar sobre o que se fez (ou até mesmo para lançar um website)”, refere-se em nota de imprensa.

Less Bark, More Bite é o mote que define a Nervo. Somos bons a fazer acontecer, mas nem sempre somos os melhores a falar do nosso trabalho. Ter seis anos de portfólio recheado de pessoas, cultura e ação e só agora colocar um site digno desse nome no ar é a prova maior daquilo que apregoamos”, refere Miguel Pires, creative partner da agência, citado em comunicado.

“A verdade é que o trabalho fala por si e as oportunidades de trabalhar com os melhores clientes do nosso mercado têm aparecido uma atrás da outra… mas chegou a altura de partilhar o que fazemos com o mundo. É um site straight to the point, sem rodeios, que se preocupa apenas e só em mostrar o nosso trabalho e a ética que o guia“, acrescenta.

No novo site, a Nervo partilha alguns dos trabalhos desenvolvidos, como aquele realizado com a Moche no Meo Sudoeste, com a Sumol no Sumol Sumer Fest, com a Control no Nos Alive ou com a LeYa na Feira do Livro. Entre os trabalhos divulgados, encontra-se também um roadshow da Liga Portuguesa Contra o Cancro que combateu a transmissão de HPV nas faixas mais jovens em Portugal, os momentos de lançamento das marcas DPD e Siggi’s em Portugal ou um stunt para a Unicef com a Buy Happiness Store.

Mais do que uma ferramenta para partilhar o nosso trabalho, este lançamento é algo que nos permite olhar para trás com orgulho e demonstrar ao mercado que temos um longo caminho de sucesso partilhado a percorrer. Não podemos deixar de reforçar o agradecimento às marcas que confiam em nós, aos projetos que contam com a contribuição ativa da Nervo e aos parceiros que nos ajudam a fazer acontecer cada ideia. É isto que nos faz mexer”, afirma Tiago Tarracha, managing partner da agência do WYgroup.

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TotalEnergies já devia ter retomado operações, afirma presidente moçambicano

  • Lusa
  • 21 Fevereiro 2024

O Presidente de Moçambique demonstrou desconforto com o apelo da França aos seus cidadãos para não viajarem para Cabo Delgado. "Cada país tem uma agenda e a agenda é alinhada e integrada", diz Nyusi.

O Presidente moçambicano disse esta quarta-feira que a petrolífera francesa TotalEnergies já devia ter retomado as operações em Cabo Delgado, classificando o apelo da França para que cidadãos daquele país não viajem para alguns pontos da província como “decisão diplomática”.

“Para mim [a retoma do projeto] devia ter sido ontem ou no mês passado”, declarou Filipe Nyusi, questionado por jornalistas sobre a situação de segurança de Cabo Delgado face a novas incursões rebeldes, momentos após orientar uma reunião do Governo em Pemba, capital provincial. A Embaixada de França em Moçambique está a apelar aos cidadãos franceses para não viajarem para as cidades de Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, em Cabo Delgado (norte), devido à “ameaça terrorista”.

“Devido à presença de uma ameaça terrorista e de rapto nas cidades de Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, é fortemente recomendado não viajar para estas cidades, bem como viajar nas estradas que ligam estas localidades”, lê-se numa mensagem aos viajantes publicada há uma semana pela Embaixada de França em Maputo. “Quem falou não foi o dono do projeto, foi um diplomata, pelo que ouvi”, limitou-se a declarar o chefe de Estado moçambicano.

No domingo, o Presidente de Moçambique demonstrou desconforto com o apelo da França aos seus cidadãos para não viajarem para Cabo Delgado, norte do país, devido à “ameaça terrorista”, falando mesmo numa agenda. “Cada país tem uma agenda e a agenda é alinhada e integrada. Deve haver um motivo qualquer por que foi feito um comunicado”, disse Filipe Nyusi, à margem da cimeira da União Africana, em Adis Abeba.

A multinacional francesa TotalEnergies tem em curso o desenvolvimento de construção de uma central, nas proximidades de Palma, para produção e exportação de gás natural, avaliada em 20 mil milhões de dólares (cerca de 18,6 mil milhões de euros), mas suspenso desde 2021 devido aos ataques terroristas.

As novas movimentações e ataques de grupos rebeldes começaram há algumas semanas, provocando novas vagas de deslocados, sobretudo a partir de segunda-feira, quando moradores de Mazeze, Chiúre-Velho, Mahipa, Alaca, Nacoja B, Nacussa abandonaram as respetivas aldeias percorrendo mais de 20 quilómetros ao longo da estrada Nacional (N1), até atravessar o rio Lúrio, fronteira com a província de Nampula, à procura de refúgio no distrito de Eráti (Namapa).

Nas últimas semanas têm sido relatados casos de ataques de grupos insurgentes em várias aldeias e estradas de Cabo Delgado, inclusive com abordagens a viaturas, rapto de motoristas e exigência de dinheiro para a população circular em algumas vias. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou há uma semana a autoria de um ataque terrorista em Macomia, em Cabo Delgado, e a morte de pelo menos 20 pessoas, um dos mais violentos em vários meses.

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Facebook enfrenta processo de três mil milhões de libras no Reino Unido

Alega-se que o Facebook abusou do seu domínio de mercado para obrigar os utilizadores à partilha de dados com terceiros, condição que se teria tornado obrigatória para o acesso à rede social.

Depois de a União Europeia ter multado a dona do Facebook em 1,2 mil milhões de euros por infrações na proteção de dados no ano passado, a Meta vai enfrentar de novo um caso judicial no continente europeu, depois de um juiz britânico ter dado luz verde para que uma ação legal contra o Facebook seja ouvida em tribunal.

Na mesma é reclamada uma compensação de cerca de três mil milhões de libras (3,5 mil milhões de euros) para os 45 milhões de utilizadores britânicos que tinham contas ativas na rede social entre fevereiro de 2016 e outubro de 2023, de forma a serem compensados pelo valor económico que teriam recebido pelas suas informações pessoais, caso a rede social não tivesse uma posição dominante no mercado, refere a Reuters.

No caso apresentado alega-se que o Facebook abusou do seu domínio de mercado para obrigar os utilizadores a fornecer dados de outros sítios e produtos – incluindo o Instagram (também detido pela Meta) e outros sites de terceiros – argumentando-se que a partilha de dados com terceiros se tinha tornado uma condição obrigatória de acesso à rede social.

O caso, apresentado originalmente pela investigadora na área do direito Liza Lovdahl Gormsen, foi recusado em 2023, mas uma versão revista foi agora aceite em tribunal, pelo que a audição final tem de ser realizada, o mais tardar, no primeiro semestre de 2026, segundo foi decidido pelo juiz Marcus Smith, citado pela agência de notícias britânica.

A Meta, dona do Facebook, Instagram ou Whatsapp, já disse que as alegações continuam a não ter “qualquer mérito” e que se vai defender “vigorosamente” contra as mesmas.

“Estamos comprometidos em dar às pessoas um controlo significativo sobre a informação que partilham nas nossas plataformas e com quem, e já investimos robustamente para criar ferramentas que lhes permitam fazer isso”, acrescenta, citada pela Reuters.

Esta ação legal está a ser financiada pela Innsworth, uma empresa que recebe apoio de um fundo de gestão de investimentos que também já financiou ações legais contra outras grandes empresas como a Mastercard, Ericsson ou Volkswagen, refere a BBC.

Em 2023, a União Europeia multou a dona do Facebook em 1,2 mil milhões de euros por infrações na proteção de dados. Também no ano passado, a Meta pagou 725 milhões de dólares, num caso parecido nos Estados Unidos da América.

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Truist vende ações de corretora de seguros de 15 mil milhões de dólares

  • ECO Seguros
  • 21 Fevereiro 2024

A companhia quer fortalecer a liquidez dos seus ativos e aumentar a sua reserva de capital para enfrentar possíveis imposições pela Reserva Federal.

O banco americano Truist Financial assinou, esta terça-feira, um acordo de venda da sua corretora Truist Insurance Holdings (TIH) a um grupo de investidores, incluindo a Mubadala Investment Company, negócio avaliado em 15,5 mil milhões de dólares. A venda visa fortalecer o negócio bancário da companhia, antecipando obrigações de aumentar as suas reservas de capital pela Reserva Federal, avança a Reuters.

O Truist prevê que a venda resulte num aumento na posição do seu capital, aumentar o seu capital líquido e também o valor das ações em 33% para 7,12 dólares. O CEO Bill Rogers refere que a venda também aumentar a capacidade do banco de recomprar as suas ações. Enquanto os ganhos dos bancos diminuíram após uma alta das taxas de juro, uma vez que diminuíram o crescimento dos empréstimos e os bancos pagam mais pelos depósitos e espera-se requerimentos de capital mais pesados com o basileia III. De acordo com o Citigroup, a venda retira a Truist de uma posição “relativamente franca de posição do capital”.

Esta não é a primeira vez que o banco vende ações da corretora. Em abril de 2023 vendeu 20% do capital por 1,95 mil milhões de dólares a fundos geridos pela Stone Point Capital.

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AXA alerta os clientes dos alarmes Redcare para trocarem de fornecedor rapidamente

  • ECO Seguros
  • 21 Fevereiro 2024

A seguradora desde já alerta para a dificuldade de substituir os produtos da empresa de sistemas de alarmes por outros com performance semelhante.

A AXA alertou os clientes da empresa de sistema de alarmes Redcare, cuja proprietária anunciou que vai fechar portas em agosto de 2025, para a necessidade de encontrarem alternativas de serviços prestados pela empresa com a maior brevidade possível. Segundo o Insurance Business, a seguradora insiste que os clientes ajam rapidamente devido à dificuldade de encontrarem produtos equivalentes aos oferecidos pela Redcare.

“Acreditamos que mais de 100 mil clientes e empresas vão ser afetadas e vão precisar de alternativas. Estes clientes vão, provavelmente, receber chamadas e comunicações de um vasto número de empresas de manutenção de alarmes, de fornecedores de alarmes e outras empresas que podem ver aqui uma oportunidade de negócio inesperada”, escreve a seguradora num comunicado.

A seguradora prevê que muitos clientes afetados que tenham seguro sobre o alarme vão acionar as apólices e clarifica que apenas vai permitir a troca por serviços com performances semelhantes. “É muito limitado o número de potenciais fornecedores alternativos”, refere. Por isso, clarifica alguns casos: “os produtos de sinalização de alarme como o CSL Dualcom Gradeshift Pro DP3 ou, na verdade, qualquer sistema de transmissão de alarme de via dupla com nível de desempenho DP3 certificado de acordo com a BSEN50136-1:2012 serão aceites pela AXA como um substituto semelhante.”.

Além disso, também salienta a importância dos alarmes serem instalados por empresas reguladas pela National Security Inspectorate ou o Security Systems and Alarm Inspection Board. Assim como deve ser mantido em funcionamento com um contrato de manutenção anual com uma empresa regulamentada.

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APS lança o curso “Transformação digital em seguros”

  • ECO Seguros
  • 21 Fevereiro 2024

A associação desenvolveu este curso para abordar "as competências fundamentais para entender e agir na transformação digital em Seguros, aos mais diversos níveis". 

A Associação Portuguesa de Seguros (APS) anunciou o lançamento do curso “Transformação digital em seguros”, a realizar-se às quartas e quintas-feiras entre os dias 6 e 21 de março das 9h15 às 17h15 na sede da APS. Para inscrições, carregue aqui.

A inovação tecnológica faz com que players do mercado se adaptem às novas expectativas dos consumidores. Nesse sentido, a APS desenvolveu este curso para abordar “as competências fundamentais para entender e agir na transformação digital em Seguros, aos mais diversos níveis”.

Nesse sentido, o curso divide-se em cinco módulos. A primeira aula do curso, dia 6 de março, intitula-se “Drivers e Estratégia da Transformação e Estratégia Digital”. O segundo módulo, “Alavancas da Transformação Digital em Seguros” terá lugar nos dias 7 e 13 de março, onde, como o nome supõe, se irá abordar “Inteligência artificial”, “Blockchain“, “Big Data, Analytics”, “Cloud e SAAS“, “Markting digital”, “Novas formas de segurar: IoT, Pay-per-Use, Seguros paramétricos”, e muito mais. No dia 14 de março inicia um novo módulo – “Métodos para a transformação” – com os subtemas “design thinking”, “Preparação caso”, e “agile”. No módulo “Gestão do processo de transformação”, a 20 de março, serão abordados os “Métodos de Gestão da Mudança”, “Cibersegurança” e “barreiras internas e externas”. O curso encerra com o módulo, “Caso de transformação”, com a apresentação do mesmo e “Wrap up”, no dia 21.

Para a associação os principais benefícios do curso são a sua perspetiva prática, o uso de casos reais de aplicação em seguros, uma “visão geral e atualizada das forças e métodos para a digitalização do negócio segurador” e os formadores terem experiência prática profissional na área e qualificações académicas.

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No “Explicómetro” da Rádio Comercial são as crianças que explicam o mundo

  • + M
  • 21 Fevereiro 2024

Os novos episódios, em formato vídeo, são lançados todas as segundas-feiras nas plataformas digitais da Rádio Comercial. A apresentação está a cargo de duas crianças de 10 anos.

Explicómetro – A Vida explicada com Jeitinho” é o novo formato de explicador da Rádio Comercial que pretende ajudar os mais pequenos a perceber melhor o mundo. A apresentação fica à responsabilidade de duas crianças de dez anos.

“A Rádio Comercial é uma rádio de toda a família e muitas crianças já nos ouvem diariamente, no carro com os pais, ou em casa, já tínhamos a rubrica ‘Eu é que sei’, onde vamos às escolas falar com os mais pequenos sobre temas do mundo, mas os mais novos nem sempre compreendem o que se passa. Por isso, criámos agora um explicador, em que também duas crianças vão explicar na sua linguagem alguns dos assuntos que marcam o país e o mundo”, diz Pedro Ribeiro, diretor da Rádio Comercial, citado em comunicado.

O primeiro episódio já está no ar e visa responder à questão “porque é que os meus pais dizem que o azeite está tão caro?”. Mas além de explicarem porque é que “azeite é ouro”, Mia Matos e Guilherme Fernandes, ambos com 10 anos, vão também explicar outros temas da atualidade como “porque é que os meus pais vão votar em março?” ou “porque é que as casas estão tão caras?”.

Sob o lema “Não percebe nada do que se passa no país e no mundo? Nós também não! É por isso que temos o Explicómetro!”, os novos episódios, em formato vídeo, são lançados todas as segundas-feiras nas plataformas digitais da Rádio Comercial e abordam temas da atualidade “contados por duas crianças muito credíveis, com alguns memes à mistura”, refere a estação.

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Centro Zaragoza lança curso online de peritagem de seguros automóvel

  • ECO Seguros
  • 21 Fevereiro 2024

As aulas 100% online, irão ser dadas em streaming e vai se recorrer a vídeos, webinars assim como a chats.

O Centro Zaragoza, escola de peritos espanhola, anunciou três convocatórias para o curso 100% online “Especialista em peritagem de seguros automóvel”. Segundo o comunicado do centro, a formação divide-se em quatro blocos: legislação sobre os seguros, tecnologia automóvel, sistemas tecnológicos de avaliação de sinistros e de avaliação específica do seguro automóvel.

A escola famosa de peritos está a organizar cursos remotos. As aulas irão ser dadas em streaming e vai se recorrer a vídeos, webinars assim como a chats.

Há três datas para o curso. A primeira começa a 11 de março e termina a 25 de outubro. O segundo vai de 3 de junho até 10 de janeiro de 2025. A última começa a 14 de outubro e vai até 16 de maio de 2025.

Segundo o centro, os alunos têm valorizado os recursos didáticos utilizados nas aulas e que serão no mesmo formato nesta formação. Nesse sentido, as aulas irão ser dadas em streaming e vai se recorrer a vídeos, webinars assim como a chats.

Uma vez finalizado o curso, as saídas profissionais são: peritagem de automóveis para seguradoras e escritórios de peritos, tratamento de dados nas empresas de seguros, investigação de acidentes de trânsito, avaliação para empresas dedicadas ao aluguer, leasing e leilões de veículos; gestão de oficinas de reparação; prestadores de serviços para a indústria automóvel.

O valor do curso é de 4.995 euros (isento de IVA). Se for pago numa única vez antes do início do curso é aplicado um desconto de 15% ficando a 4.245 euros. Também pode ser pago a prestações, com o pagamento da matrícula de 1.395 euros e mais dez prestações de 360 euros sem juros.

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Operação Influencer: Recursos foram distribuídos a diferentes juízes. Há risco de decisões contraditórias

  • ADVOCATUS
  • 21 Fevereiro 2024

Os três recursos apresentados contra a decisão do juiz Nuno Dias Costa foram distribuídos a diferentes juízes da Relação de Lisboa. Pode levar a decisões contraditórias sobre as medidas de coação.

Os três recursos apresentados contra a decisão do juiz Nuno Dias Costa das medidas de coação no âmbito da Operação Influencer foram distribuídos a diferentes juízes do Tribunal da Relação de Lisboa, avança a Visão. A distribuição foi feita por sorteio no passado dia 16 de fevereiro e pode levar a decisões contraditórias sobre as medidas de coação aplicadas e também sobre os indícios de crime.

Segundo a Visão, dois dos recursos foram distribuídos às juízas desembargadoras Cristina Almeida e Sousa e Adelina Barradas Oliveira da 3ª secção e o terceiro ficou com Luísa Oliveira Alvoeira, desembargadora da 5ª secção. Os arguidos Vítor Escária e Diogo Lacerda Machado e o Ministério Público (MP) foram os autores dos três recursos interpostos.

O juiz de instrução Nuno Dias Costa decidiu deixar em liberdade os cinco arguidos, detidos a 7 de novembro, não validando ainda os crimes de prevaricação e de corrupção ativa e passiva que estavam imputados a alguns arguidos. Estas medidas ficaram muito aquém do pedido pelo MP, que queria a prisão preventiva para Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária (“melhor amigo” e ex-chefe de gabinete de Costa, respetivamente), cauções de 200 mil euros para Afonso Salema e 100 mil para Rui Oliveira Neves (administradores da Start Campus), e a suspensão do mandato do autarca de Sines, Nuno Mascarenhas

Esta investigação tornou-se pública com a operação realizada em 7 de novembro pelo MP, que envolveu 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas: Vítor Escária, Diogo Lacerda Machado, os administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas.

No total, há nove arguidos no processo, incluindo o agora ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado, antigo secretário de Estado da Justiça e ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

O processo está relacionado com a exploração de lítio em Montalegre e de Boticas (ambos distrito de Vila Real), com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados (Data Center) na zona industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.

O primeiro-ministro, António Costa, que surgiu associado a este caso, foi alvo da abertura de um inquérito no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça, situação que o levou a pedir a demissão, tendo o Presidente da República marcado eleições antecipadas para 10 de março de 2024.

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Morte de Navalny? Resposta do embaixador russo foi “perfeitamente insuficiente” para Gomes Cravinho

  • Lusa
  • 21 Fevereiro 2024

"Infelizmente a resposta do lado russo foi uma resposta perfeitamente insuficiente" , frisou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

O embaixador russo em Portugal foi ouvido esta quarta-feira e as suas respostas em relação à morte de Alexei Navalny não esclareceram e não convenceram o Estado português, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.

“Já teve lugar esta manhã e o embaixador não foi capaz de nos fornecer os esclarecimentos que havíamos pedido”, afirmou João Gomes Cravinho, à margem do primeiro dia de reunião dos chefes de Estado do G20, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

“Infelizmente a resposta do lado russo foi uma resposta perfeitamente insuficiente, frisou.

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“Não temos porta-aviões na nossa economia”, diz CEO da Bial

O líder da Bial contraria a ideia de que a solução para a economia é a redução da carga fiscal. Apenas se poderá inverter o ciclo de taxas de crescimento reduzidas com a implementação de reformas.

Portugal precisa criar condições para que as empresas possam internacionalizar-se e crescer. Mas isso não se faz apenas com menos impostos, são necessárias reformas, defende António Portela. Segundo o CEO da Bial, ao contrário do que acontece com outros países, Portugal não tem multinacionais, “não temos porta-aviões na nossa economia”.

Acho que o ponto principal não é a descida de impostos“, defendeu António Portela, na conferência da CIP “Pacto Social: Mais economia para todos”. O empresário português argumentou que é possível atrair tanto talento português como estrangeiro, referindo a atratividade do regime especial para portugueses que regressam ao país, após mais de cinco anos fora.

Ainda que reconheça que a parte fiscal é “importante”, o CEO da Bial considera que é preciso que as empresas portuguesas cresçam, para que também assim possam investir e pagar melhores salários. “Se a minha empresa tivesse crescido 0,8% a cada ano nos últimos 20 anos, onde estaria a minha empresa?“, questiona num paralelismo com o que foi a evolução da economia nacional neste período.

Se assim fosse, continua, a empresa “não tinha capacidade de inovação. A única solução era endividar-nos para investir em inovação em novos produtos, para internacionalizar para levar os produtos para mercados externos e aumentar os salários”, o que não é solução, porque a fatura do endividamento terá que pagar-se no futuro.

Para quebrar este ciclo, o empresário pede reformas e que as empresas tenham vontade de crescer. Olhando para a sua empresa, António Portela revela que a Bial assentou o seu crescimento, nos últimos trinta anos, na investigação e desenvolvimento na área de novos medicamentos” e nunca deixou de investir. “Investimos mais de 20% da nossa faturação. Somos a empresa que mais investiu, 81 milhões de euros”.

Temos mais de 85% de licenciados na empresa e 11% de doutorados, que não recebem o salário mínimo, recebem bem acima disso, mas são essas pessoas que trazem valor acrescentado.

António Portela

CEO da Bial

Além do investimento em inovação, Portela tem também priorizado o investimento em pessoas. “Temos mais de 85% de licenciados na empresa e 11% de doutorados, que não recebem o salário mínimo, recebem bem acima disso, mas são essas pessoas que trazem valor acrescentado“.

Bruno Bobone, presidente da Pinto Basto, também concorda que apenas com salários dignos é possível reter e atrair talento. “Se lhe der um ordenado de 800 euros, com que espírito vem trabalhar?”, questiona, defendendo o pagamento de um salário digno, que permita à pessoa pagar as suas despesas, ter férias e ainda chegar ao fim do mês com dinheiro.

Se tivermos empregados com salários dignos vamos ter produtividade significativamente superior e vamos chegar aos 4% de crescimento“, antecipa.

Se tivermos empregados com salários dignos vamos ter produtividade significativamente superior.

Bruno Bobone

Presidente da Pinto Basto

O empresário argumenta que o governo “deve preocupar-se com as pessoas e as pessoas em Portugal não vivem bem” e as empresas beneficiam se as pessoas estiverem bem.

De volta à questão fiscal, o economista Ricardo Arroja rebate o “discurso que redução dos impostos não vai acelerar o crescimento da economia”, referindo que esta é uma “questão relevante”, com as grandes empresas em Portugal a enfrentarem uma taxa efetiva de IRC mais elevada do que na UE.

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