IRGAwards regressam para distinguir os melhores do mercado

Com o tema 'Upscalling human strength', os prémios promovidos pela Deloitte há mais de trinta anos vão distinguir os melhores do mercado de capitais.

A 36ª edição dos Investor Relations and Governance Awards 2024 (IRGAwards) está de volta e já estão abertas as inscrições, até 8 de março, para a apresentação de candidaturas aos prémios ‘Sustainability Initiative Award‘ e ‘Transformation Award, duas das seis categorias desta iniciativa promovida pela Deloitte. Os IRGAwards deste ano têm data marcada para 22 de maio, em Lisboa, e o ECO é parceiro da iniciativa.

  • Sustainability Initiative Award‘. Iniciativas de grande qualidade e impacto, nas áreas social, ambiental e de governance . São elegíveis para esta categoria, os projetos e as iniciativas que tenham tido impacto significativo num, ou mais, pilar(es) da sustentabilidade – Ambiental, Social ou Governo – iniciados e/ou concretizados durante o ano de 2023.
  • Transformation Award‘. Projetos de transformação e inovação de grande qualidade e impacto. São elegíveis para esta categoria, os projetos e as iniciativas que tenham tido impacto significativo na transformação das atividades ou do negócio das empresas, iniciados e/ ou concretizados durante o ano de 2023.

Na edição de 2024, com o tema ‘Upscalling human strength’, o objetivo é reconhecer as melhores práticas de gestão do mercado português no ano de 2023. Além dos dois prémios que obrigam a candidatura, os IRGAwards distinguem ainda as seguintes categorias: CEO Award, CFO Award, Investor Relations Award, o Lifetime Achievment e um Special Award.

Na 35º edição dos IRGAwards, João Manso Neto (Greenvolt) ganhou o prémio de CEO Award, Rui Teixeira (EDP) ganhou o CFO Award e Cláudia Falcão (Jerónimo Martins) o IR Award. A SIBS e a Navigator ganharam o ‘Sustainability Initiative Award’ e o ‘Transformation Award’, respetivamente. O Lifetime Achievment foi atribuído a Alberto Castro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PP tem quinta maioria absoluta consecutiva na Galiza

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2024

O Partido Popular (PP, direita) ganhou as eleições autonómicas na região espanhola da Galiza com maioria absoluta, segundo os dados oficiais da contagem dos votos.

O Partido Popular (PP, direita) ganhou as eleições autonómicas na região espanhola da Galiza com maioria absoluta, segundo os dados oficiais da contagem dos votos. Esta é a quinta maioria absoluta consecutiva do PP na Galiza, onde o partido venceu sempre as eleições regionais e liderou o governo autonómico (conhecido como Xunta) em 36 dos 42 anos de autonomia.

Apesar da vitória deste domingo, o PP perdeu terreno em relação às eleições anteriores (de 2020) e passou de 42 deputados para 40 no parlamento regional (são precisos pelo menos 38 para a maioria absoluta), segundo resultados ainda provisórios e quando estavam contados mais de 95% dos votos.

O Bloco Nacionalista Galego (BNG, esquerda) consolidou-se como segundo maior partido na Galiza, ao passar de 19 para 25 deputados e superar os 30% de votos. Já os socialistas (PSdaG-PSOE), do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, perderam votos e deputados, prejudicados pela concentração de voto à esquerda no BNG, e tiveram o pior resultado de sempre em eleições regionais galegas. Segundo os dados oficiais provisórios, o PSdeG-PSOE passou e 14 para nove deputados e alcançou cerca de 14% dos votos.

O parlamento galego tinha até agora apenas estes três partidos representados, mas vai ter um quarto após estas eleições, um deputado da Democracia Ourensana, que governa na província e município de Ourense, onde tem acordos de governo com o PP. Por outro lado, o parlamento da Galiza manter-se-á como único em toda a Espanha sem extrema-direita.

Estes dados não são ainda definitivos, por faltarem votos da emigração, que já não mudarão a vitória com maioria absoluta do PP.

O PP venceu todas as eleições autonómicas na Galiza até hoje (como Partido Popular ou sob a designação que tinha antes, Aliança Popular).

As últimas sondagens publicadas durante a campanha eleitoral (na segunda-feira passada) davam todas a vitória ao PP nas eleições de hoje, mas algumas avançavam a possibilidade de o partido perder a maioria absoluta, abrindo a porta à primeira Xunta de esquerda liderada pelos nacionalistas do BNG.

O PP candidatou nestas eleições Alfonso Rueda, que assumiu a presidência da Xunta em 2022, quando Alberto Núñez Feijóo, a cara das últimas quatro maiorias absolutas na Galiza, passou a líder nacional do partido.

A sua principal adversária foi Ana Pontón, do BNG, que lidera o partido desde 2016, quando os nacionalistas tinham apenas seis deputados no parlamento regional. Em 2020, o BNG elegeu 19 deputados e ultrapassou os socialistas, transformando-se na segunda força política na região.

Estas eleições ficaram marcadas pela inédita “nacionalização” da campanha eleitoral, com a presença frequente dos líderes nacionais do PP (Alberto Núñez Feijóo) e do Partido Socialista – PSOE (Pedro Sánchez) em comícios e outras iniciativas, levando para o debate questões nacionais como a amnistia de independentistas catalães.

Já o BNG, o único dos três partidos que já tinham representação parlamentar que cresceu nas eleições de hoje, focou exclusivamente a campanha nas questões regionais, dando destaque a temas como a saúde ou o despovoamento da Galiza.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Frente a frente: Montenegro apela ao voto útil, Rocha diz que “solução está nesta mesa”

O líder da AD sublinhou que os eleitores vão escolher um primeiro-ministro e não só parlamentares, apelando ao voto útil. Rui Rocha sinalizou que a solução pode estar entre os dois partidos.

Balanço

Após respostas pouco surpreendentes sobre a crise política na Madeira – com Luís Montenegro a aguardar “serenamente” a decisão do Presidente e Rui Rocha a pedir eleições – o debate transmitido pela SIC, sempre amigável, focou no apelo ao voto. O candidato da Aliança Democrática (AD) sublinhou a necessidade de os eleitores escolherem um primeiro-ministro (ele próprio ou Pedro Nuno Santos), enquanto o da Iniciativa Liberal (IL) deu um sinal claro de que apesar de não ter aceitado participar numa coligação pré-eleitoral, poderá estar disponível para apoiar um Governo liderado pelo PSD.

Definidas essas posições, Rui Rocha apresentou a Montenegro um documento com 10 desafios para o país, um dos quais foi tema de discussão: a baixa de impostos sobre o rendimento. O líder da IL deu um exemplo para demonstrar que a proposta do seu partido para o IRS é mais generosa e abrangente, enquanto a do PSD oferece menos e para menos contribuintes. Montenegro rebateu as críticas, dizendo que Rocha estava a mostrar uma versão muito redutora das propostas, mas piscou o olho a futuras discussões sobre o assunto.

Na Saúde, as divergências são de base no equilíbrio público-privado para resolver os problemas, mas neste campo foi Rui Rocha a sinalizar que “haverá condições para discutir”. Já na questão da privatização da CGD, as linhas são mais rígidas: o PSD é liminarmente contra, enquanto a IL completamente a favor.

Leilão

Luís Montenegro: “Não temos falta de ambição, antes pelo contrário.. Dizer ao Rui Rocha que a visão que ele aqui trouxe é muito redutora da proposta do PSD. O exemplo que aqui trouxe fala apenas da taxa do IRS, do escalão. É que além dessa medida temos duas que são complementares”.

Rui Rocha: “Ambos apresentamos baixas nos impostos. Mas eu quero apresentar um caso concreto. Alguém que tenha 40 anos e ganha 1.500 euros brutos por mês, o salário médio português. Hoje com a proposta do PS para o Orçamento essa pessoa paga 211 euros por mês de imposto antes de deduções. E o PSD retira 5 euros por mês a esta proposta. E nós retiramos 109. Aqui vemos o que é a ambição”.

Bottom line

Luís Montenegro: “Esta atitude [de a IL não participar na coligação pré-eleitoral], é legítima e respeitável, mas aquilo que está em causa também é a eleição de um primeiro-ministro. Uma eleição, naturalmente, dos deputados para a Assembleia da República, mas é a escolha entre duas opções para liderar o Governo. É a opção do PS e de Pedro Nuno Santos, e a possibilidade de eu próprio liderar o Governo. E é com base neste cenário que o eleitores ponderarão”.

Rui Rocha: “A solução para o país está nesta mesa. E mais do que isso, qualquer voto que não esteja representado nesta mesa é um voto que atrasa a solução, que pode bloquear a solução e que consiste, no final do dia em manter o PS no Governo”.

Parecer

Um debate que serviu para criar pontes. O apelo de Montenegro ao voto útil é natural, portanto o ponto alto foi a declaração de Rui Rocha sobre a solução estar na mesa do debate, ou seja que a IL poderá apoiar um Governo liderado pelo PSD caso seja necessário. Sobre as divergências, os dois líderes maior ou menor disponibilidade para conversar, maior na Saúde e nos impostos, menor no controlo público ou privado da CGD. Num debate sem grandes momentos quentes, os dois líderes conseguiram um empate amigável com um olho no futuro.

Shrikesh Laxmidas, diretor-adjunto do ECO

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Os 7 maiores concursos públicos para seguros que estão agora abertos

De seguros de saúde aos de responsabilidade civil, muitos são os tipos de seguro que entidades públicas procuram. As empresas de seguros têm até meados de março para se candidatarem.

A Ordem dos Contabilistas Certificados e a Administração do Porto de Lisboa procuram empresas que forneçam serviços de seguros de saúde. Já a Fundação Inatel precisa de vários tipos de seguro, desde responsabilidade civil a seguros multirriscos. Estes e outros concursos, abertos até meados de março, superam o preço base de meio milhão de euros. Estão no portal base.

  • A Universidade do Minho procura a aquisição de serviços de seguros diversos a partir de 3.011.523 euros por um ano e ainda prevê a sua renovação. O prazo para as candidaturas foi prorrogado, terminando a 5 de março e o contrato será atribuído a uma única entidade. Segundo o Diário da República, o contrato está dividido em três lotes: “Seguro de Acidentes de Trabalho e Seguro de Responsabilidade Civil Geral da Universidade do Minho” por 1.065.534 euros; “Seguro Multirrisco” por 1.020.000 milhões; e “Seguro Acidentes Pessoais e Assistência em Viagem” por 925.989 euros. A empresa escolhida deverá prestar uma caução de 5% do preço contratual.
  • Já o Município de São Pedro do Sul procura contratualizar apólices de seguro pelo preço base de 610 mil euros. O contrato será assinado apenas com uma entidade, estando o contrato dividido em lotes. O primeiro lote é de acidentes de trabalho destinado a Trabalhadores Municipais pelo preço 360 mil euros e o segundo lote designa-se “Pessoas, Património e Responsabilidades” pelo preço de 250 mil euros. Sem estarem previstas renovações o prazo de execução do contrato que é de 2 anos. O concurso está aberto até dia 8 de março.
  • A Fundação INATEL lançou para concurso público a aquisição de uma carteira de diversos tipos de seguro pelo valor base de 650.496,36 euros tendo as empresas até dia 6 de março para apresentar as suas propostas. Será prestada uma caução de 5%. Também este contrato será contratualizado com uma empresa de seguros estando divida em dezanove lotes, dedicados ao desporto, hotelaria, formação, viagens ao estrangeiro, seguro de multirriscos do património do INATEL e de parques de campismo, para a frota automóvel, responsabilidade civil pela exploração de atividade e de agências de viagem entre outros.
  • O Município de São João da Madeira procura adquirir apólices de seguro pelo valor base 658.000 euros. Trata-se de contratos de seguro de acidentes de trabalho a todos os trabalhadores a serviço do município, segundo o Carderno de Encargos para do concurso. As entidades interessadas têm até o dia 10 de março para se candidatarem. O prazo de execução do contrato é de 1 ano e prevê renovações. O adjudicatário deverá prestar uma caução de 5% do preço contratual.
  • A Ordem dos Contabilistas Certificados procura adquirir seguros de saúde para os contabilistas certificados, tendo o concurso preço base 2.224.509 euros. As empresas podem candidatar-se até às 19h de 9 de março. A execução do contrato será de um ano e prevê-se no máximo uma renovação.
  • A Administração do Porto de Lisboa lançou um concurso público para contratualizar seguros de saúde pelo preço base de 611.754 euros. O prazo de execução do contrato será de 3 anos e não estão previstas renovações. Prevê-se que fiquem cobertas pelos seguros de saúde colaboradores sem subsistema de saúde (contrato individual de trabalho), e os seus descendentes, os cônjuges dos Colaboradores no ativo, colaboradores no ativo, que usufruem de subsistema de saúde, descendentes dos Colaboradores beneficiários da ADSE, bem como os descendentes órfãos dos colaboradores já falecidos não beneficiários da ADSE; e viúvas de colaboradores falecidos. As candidaturas decorrem até dia 9 de março.
  • O Município de Tavira lançou a concurso público a aquisição de apólices de seguros de acidentes de trabalho, acidentes pessoais autarcas, acidentes pessoais bombeiros, acidentes pessoais – atividades desportivas culturais, recreio ou outras de natureza eventual e periódica, frota automóvel e máquinas de casco, embarcações, multirriscos patrimoniais e responsabilidade civil autarca. O preço base do procedimento é 900 mil euros e apenas será assinado com um prestador de serviços. O contrato é de um ano e prevê um máximo de duas renovações. As candidaturas decorrem até dia 18 de março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

RGA vai cobrir riscos e aceitar ativos da seguradora Baloise

  • ECO Seguros
  • 18 Fevereiro 2024

O portefólio ressegurado representa 12% do negócio de seguros de vida da Bélgica. A subsidiária belga continuará a ser a ponte de contacto entre os clientes e parceiros.

A Reinsurance Group of America (RGA) fez um acordo de resseguro asset intensive com a seguradora Baloise, aceitando os riscos e ativos de reserva dos riscos de uma carteira da subsidiária da Baloise na Bélgica. Segundo um comunicado do grupo, o portefólio consiste em cerca de 57 mil apólices de seguro de vida com rendimentos mínimos garantidos e reservas de 900 milhões de euros.

Cormac Galvin, vice-presidente sénior da RGA, a expansão de resseguros na Europa continental reflete experiência da companhia americana.

Este portefólio representa uma parte significativa de todas as reservas do negócio de seguro de vida da Bélgica. A resseguradora aceitou produtos de pensões e poupança com uma garantia de pagamento médio de 3,8%. De acordo com a subsidiária, esta continuará a ser o ponto de contacto entre os clientes e parceiros.

“A expansão da RGA no mercado de resseguros asset intensive (ativos intensivos) da Europa Continental sublinha a nossa profunda experiência e a nossa forte posição no mercado europeu”, afirmou Cormac Galvin, Vice-Presidente Sénior, Diretor da EMEA, Soluções Financeiras Globais, RGA. “A nossa equipa orgulha-se de ser um parceiro estratégico da Baloise, fornecendo a orientação e o apoio necessários para melhorar a sua eficiência financeira.”.

A resseguradora americana tinha em setembro de 2023, cerca de 3,5 mil milhões de dólares de resseguros de vida e cerca de 87,4 mil milhões de dólares em ativos sob gestão em setembro de 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ASF mantém em nível alto riscos macroeconómicos setor segurador

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2024

O painel de riscos do setor segurador, publicado pela ASF, mantém a avaliação de risco no nível alto, apontando as tensões geopolíticas e o abrandamento do crescimento da economia.

O painel de riscos do setor segurador, publicado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), mantém a avaliação de risco no nível alto, apontando as tensões geopolíticas e o abrandamento do crescimento da economia.

Na edição mais recente do painel, a ASF destacou que “a categoria de riscos macroeconómicos mantém a avaliação de risco no nível alto”, indicando que a nível nacional, “registou-se um abrandamento da taxa de crescimento da economia em setembro de 2023, face ao trimestre anterior, bem como uma desaceleração da inflação, na variação em cadeia, no mês de dezembro”.

Paralelamente, “no panorama internacional, persistem as vulnerabilidades relacionadas com os conflitos geopolíticos”, nomeadamente no Leste e no Médio Oriente.

A ASF disse ainda que os riscos de crédito “permanecem classificados em médio-alto” destacando “as vulnerabilidades decorrentes do aumento da pressão sobre as condições de financiamento dos agentes económicos”.

Também os riscos de mercado se mantêm “avaliados em médio-alto”, tendo em conta “um aumento da volatilidade nos mercados obrigacionistas no período mais recente, enquanto persiste a relevância do risco de correção descendente futura nos preços dos ativos”.

A entidade colocou ainda os riscos de liquidez em médio-baixo, apontando “uma ligeira redução no rácio global de liquidez dos ativos dos fundos de pensões”.

Já os riscos de interligações são classificados pela ASF em médio-baixo, “assistindo-se a uma ligeira diminuição da exposição do setor dos fundos de pensões à dívida soberana nacional e às instituições bancárias, por contrapartida de um aumento, também comedido, da exposição a outras instituições financeiras”.

Segundo a ASF, “observou-se um aumento da concentração dos ativos tendo por base o respetivo setor de atividade”.

Por fim, “os riscos específicos dos planos de Benefício Definido e de Contribuição Definida foram avaliados no nível baixo”, sendo que, de acordo com a ASF, “apesar do desempenho financeiro menos favorável dos fundos de pensões no terceiro trimestre de 2023” a “rendibilidade média positiva desde o início do ano e o comportamento relativamente estável dos índices compósitos de autonomia financeira representativos dos associados motivou a manutenção da classificação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APS lança curso “Seguro Automóvel e a Regularização de Sinistros”

  • ECO Seguros
  • 18 Fevereiro 2024

Finalizado o curso, os formandos devem ter conhecimentos básicos do seguro automóvel, o seu enquadramento jurídico e reflexão na relação contratual e identificar novas tendências de combate à fraude.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) vai realizar o curso “O Seguro Automóvel e a Regularização de Sinistros”, nos dias 28 e 29 de fevereiro em Lisboa e a 17 e 18 de abril no Porto e será presencial.

Na formação “serão apresentados os aspetos teóricos e práticos da gestão de sinistros de automóvel no âmbito do quadro legal em vigor, e da regularização dos sinistros no âmbito dos diferentes protocolos que integram a Convenção de Regularização de Sinistros.”.

O curso está dividido em três secções. Começa com a “Seguro Automóvel – Enquadramento Jurídico”, que, como o nome indica, será abordado o regime jurídico do contrato de seguro e do S.O.R.C.A (Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil Automóvel), “Garantias das apólices de seguro automóvel”, “Organização Judiciária. O CIMPAS” e “A tabela Práticas de Responsabilidades”. De seguida encontra-se a “Gestão de Sinistros Automóvel”, cujos subtemas são, nomeadamente, “Sinistros materiais”, “Sinistros com danos corporais”, “Convenções e protocolos”, “Organização Judiciária”, “Fraude nos sinistros”, “A integração da averiguação na gestão de sinistros automóvel das seguradoras”. Por último, irão ser realizados “Casos práticos”.

Assim, no final do curso, os formandos devem ter adquirido conhecimentos básicos do seguro automóvel, o seu enquadramento jurídico e reflexo na relação contratual. Assim como os protocolos existentes entre as seguradoras para a regularização de sinistros. Também devem ser capazes de identificar novas tendências e métodos de combate à fraude.

Há mais de 35 anos no setor segurador, tendo passado pelo cargo de diretor de Sinistros Simples e Complexos, e desde 2016 consultor de seguros, Jorge Capela será o formador deste curso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Processo de privatização da angolana ENSA avançou

  • ECO Seguros
  • 18 Fevereiro 2024

O processo de privatização de empresas públicas angolanas tem sido demorado pela dificuldade de tornar empresas, historicamente pouco transparentes, atrativas para o mercado.

A seguradora estatal angola ENSA e a TVCabo estão entre os 31 ativos que o Estado angolano pretende privatizar este ano, no âmbito do seu programa de privatizações de empresas públicas (PROPRIV). Segundo o Jornal Económico, estas duas empresas estão numa “fase mais avançada” do processo de privatização.

Inicialmente, o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) previa a alienação de 51% do respetivo capital social da seguradora através de um concurso público aberto a investidores nacionais e estrangeiros. Mas as propostas não alcançaram o valor da empresa nem o seu potencial. Por isso, Luanda colocou um fim a esse procedimento de privatização e em 2022 o governo lançou um novo processo que consiste na alienação ações, preferencialmente através da bolsa, avançou a ENSA num comunicado.

Até ao final de 2023 “apenas 54% dos 178 ativos originalmente incluídos” que constavam na lista foram privatizados, e nenhum foi a “joia da coroa” do Estado, refere ao JE Marisa Lourenço, analista independente especializada na economia da África Subsaariana. A analista aponta duas causas para estes números: a dificuldade em “preparar empresas historicamente pouco transparentes para o mercado, onde os investidores precisam de números fiáveis” e porque o Estado não quer perder grandes empresas que geram receita. Por isso, Marisa Lourenço prevê que apenas as empresas mais pequenas serão vendidas até 2027, ficando as maiores “nas mãos do estado”.

O Estado angolano tem removido e arrestado as participações de acionistas acusados de corrupção e tem vindo a “emergir como um dos lugares mais seguros de África para fazer negócios”. O programa visa diversificar a economia do país, excessivamente dependente de matérias-primas, mas também aproximar-se dos EUA e do Fundo Monetário Internacional (FMI) numa altura de grandes tensões nas relações internacionais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro destaca agricultura como setor estratégico e acusa PS de incompetência

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2024

Num auditório composto por agricultores de vários pontos do país, o líder da AD disse que o setor agrícola se encontra "num momento de rutura por manifesta incompetência do governo".

O líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, numa ação de campanha em Santarém, colocou a agricultura como um setor estratégico nacional e apontou duras críticas ao trabalho do Partido Socialista (PS) no setor agrícola.

O líder da AD, que discursava num encontro nacional de agricultores e mundo rural, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, defendeu que a agricultura é “um setor estratégico para o país”, e que tem “um papel fundamental na valorização do mundo rural e na coesão territorial”.

“A agricultura é estratégica para termos o território mais ocupado e para termos uma maior soberania alimentar. A nossa autonomia, a nossa soberania e a nossa independência também se manifesta na capacidade de produzir aquilo que precisamos para nos alimentar“, disse Luís Montenegro.

Num auditório composto por agricultores de vários pontos do país, o líder da AD disse que o setor agrícola se encontra “num momento de rutura por manifesta incompetência do governo” em responder “aos problemas reais dos agricultores”.

Luís Montenegro, no seu discurso, enumerou várias prioridades para a área do setor agrícola, entre elas a “reintegração das florestas e do desenvolvimento rural no mesmo Ministério”, a “promoção de uma relação de proximidade com os agricultores”, “pagar a tempo e horas diminuindo a burocracia” e “diminuir as diferenças de tratamento que existe com outros países da União Europeia, em particular com os nossos vizinhos espanhóis”.

O líder da AD, coligação PSD/CDS-PP/PPM, defendeu ainda a necessidade de criar um ministério que olhe para as particularidades agrícolas de todo país, referindo que o setor agrícola é importante “não só para as zonas onde a agricultura tem mais preponderância, “mas também para os meios urbanos”

“Não é só no Alentejo, Ribatejo ou nas beiras que há agricultura. Há atividades agrícolas em todo o nosso território e vamos ter um ministério da agricultura a olhar para necessidades agrícolas de todo o país”

O líder do CDS-PP, Nuno Melo, também criticou duramente o PS referindo que a “agricultura, nos últimos oito anos, foi o parente pobre da economia”.

“Nos últimos oito anos o PS não fez nenhuma obra estrutural na agricultura e tivemos um ministério que complicou, burocratizou e raramente pagou, e está nas mãos dos agricultores acabar com este pesadelo”.

O encontro contou também com a presença do cabeça de lista da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa, do presidente do PSD Distrital de Santarém, João Moura, do presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Álvaro Mendonça, do presidente da Confagri, Idalino Leão, e do diretor-geral da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) Firmino Cordeiro.

O cabeça de Lista da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa, referiu que os “agricultores sentem o peso do desdém e o sufoco da marginalização”, mas mostrou-se otimista referindo que a agricultura, com a AD, “vai voltar a ter voz no desenvolvimento e progresso no país”.

Já João Moura destacou o “mérito de se ter conseguido juntar no mesmo evento as três grandes organizações de agricultores”.

Foram ainda abordados várias questões relacionadas com o setor agrícola como a introdução de novas gerações no setor agrícola, a necessidade de criar uma rede nacional de água e ainda a articulação entre o ministério da agricultura e do ambiente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Receitas do turismo na China no Ano Novo Lunar sobem 47% e superam níveis pré-Covid

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2024

Os dados podem oferecer um alívio temporário aos decisores políticos, uma vez que a segunda maior economia do mundo tem enfrentado riscos deflacionários devido à fraca procura dos consumidores.

As receitas do turismo na China durante os feriados do Ano Novo Lunar, que terminaram no sábado, dispararam 47,3% em relação ao ano anterior e ultrapassaram os níveis de 2019, devido a um aumento de viagens domésticas numa pausa mais longa do que o normal, segundo dados oficiais citados pela Reuters no domingo.

Os dados podem oferecer um alívio temporário aos decisores políticos, uma vez que a segunda maior economia do mundo tem enfrentado riscos deflacionários devido à fraca procura dos consumidores, mas a sustentabilidade do impulso turístico é incerta e as receitas turísticas por viagem permaneceram abaixo do nível pré-pandémico.

Durante as férias, conhecidas como a maior migração anual do mundo, as atrações turísticas de todo o país registaram uma afluência maciça de pessoas.

Os gastos com turismo doméstico aumentaram 47,3% para 632,7 mil milhões de yuans (82,4 mil milhões de euros) em relação ao mesmo período de férias em 2023, de acordo com os dados do Ministério da Cultura e Turismo.

O número de viagens domésticas feitas durante o feriado deste ano cresceu 34,3% em relação ao ano anterior, totalizando 474 milhões.

Em comparação com o feriado do Ano Novo Lunar de 2019, antes de a pandemia de COVID atingir o país, as despesas com o turismo doméstico aumentaram 7,7% e as viagens domésticas aumentaram 19%, de acordo com os dados do ministério.

Mas o feriado de 2024 durou oito dias, um dia a mais do que o feriado do Ano Novo Lunar em 2019.

O ministério não deu uma repartição dos gastos com turismo por viagem, mas de acordo com os cálculos da Reuters com base nos dados do ministério, o gasto médio por viagem durante o feriado deste ano atingiu 1.335 yuans, uma queda de 9,5% em relação aos 1.475 yuans por viagem em 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pessoal de terra da Lufthansa na Alemanha volta à greve na terça-feira

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2024

O sindicato Ver.di apela a paralisações entre terça-feira às 03:00 e quarta-feira às 6:10 nos aeroportos de Frankfurt, Munique, Hamburgo, Berlim, Dusseldorf, Colónia-Bona e Estugarda.

O sindicato alemão Ver.di convocou hoje para terça-feira uma greve do pessoal de terra do principal grupo de aviação da Europa, a Lufthansa, por melhores aumentos salariais, depois da paralisação que já aconteceu no início do mês.

O sindicato Ver.di apela a paralisações entre terça-feira às 03:00 e quarta-feira às 6:10 (horas de Lisboa) nos aeroportos de Frankfurt, Munique, Hamburgo, Berlim, Dusseldorf, Colónia-Bona e Estugarda.

É provável que ocorram cancelamentos de voos e atrasos significativos“, avisou em comunicado o sindicato, que representa cerca de 25 mil funcionários.

A greve anterior, no início de fevereiro, teve muita adesão provocando o cancelamento de quase 90% dos voos inicialmente previstos pelo grupo.

Este anúncio surge após o fracasso da terceira ronda de negociações salariais entre a administração da Lufthansa e os representantes dos trabalhadores.

O Ver.di exige um aumento salarial de 12,5%, com pelo menos mais 500 euros na folha de vencimento mensal no imediato, bem como um bónus único de 3.000 euros. O objetivo é compensar a inflação dos últimos anos na Alemanha, que foi de 5,9% em 2023 após 6,9% em 2022.

A empresa, por sua vez, propõe um aumento de 4% retroativo a dezembro e 5,5% em fevereiro de 2025.

Para o sindicato, tal é insuficiente, até porque aos pilotos os “aumentos são de dois dígitos” enquanto “o pessoal de terra nem sequer é compensado pela inflação”, disse Marvin Reschinsky, que participa nas negociações em nome do sindicato.

Os pilotos da Lufthansa negociaram aumentos salariais superiores a 17% no total em agosto passado, pondo fim a uma disputa de vários meses com a administração.

Os pilotos da Discover, subsidiária do grupo, também estão em greve por uma tabela salarial e pela regulamentação sobre voo e tempos de descanso.

A Alemanha vive uma onda de greves que afeta particularmente o setor dos transportes, mas também a indústria e os serviços.

Os trabalhadores consideram os aumentos salariais propostos insuficientes, dada a subida dos preços desde 2022.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novos investimentos sobem “emprego francês” para 60 mil em Portugal

França é o segundo maior investidor direto estrangeiro em Portugal, eleito como aposta em vários setores. Para 2024 está prevista a contratação de centenas de pessoas e projetos de milhões.

As empresas francesas continuam a protagonizar grandes investimentos em Portugal, prevendo-se que existam 750 companhias gaulesas no país, responsáveis por empregar 60 mil pessoas, em 2024. Os setores industrial e tradicional continuam a ser os que atraem maior interesse.

Portugal mantém-se um destino de investimento francês, com grandes grupos a transferirem e/ou alocarem partes importantes do negócio no país. Para 2024 estão já agendados investimentos significativos, nomeadamente de novos players no mercado nacional.

A marca de hotéis de luxo francesa Fauchon tem previsto um investimento de 30 milhões de euros na compra do primeiro hotel em Portugal. A expansão da marca Fauchon para o mercado português representa o primeiro hotel do grupo francês, fora de França, e será realizada em parceria com a portuguesa Unlock Boutique Hotels.

Outro grande investimento vem pela mão da multinacional gaulesa Somfy, que vai abrir uma nova fábrica em Felgueiras e criar 800 postos de trabalho até 2025. A empresa, líder mundial em tecnologia domótica para habitações, tem um cheque de investimento inicial de 30 milhões de euros para este projeto, mas admite que pode investir até 70 milhões de euros até 2030.

A Engie é outra das empresas francesas que continuam a apostar em Portugal, colocando o país entre os 20 mercados globais prioritários para investir. Há 40 anos no país, dispõe para os próximos três anos de um envelope de 100 milhões de euros para aplicar em Portugal.

Presente neste mercado em três áreas de atividade – eficiência energética, redes urbanas de frio e calor, e produção de energia elétrica -, o Groupe Actual avança que deverá terminar o ano com 620 trabalhadores, mais 120 que os 500 profissionais que constituem a equipa atual, segundo os números revelados no site da empresa.

Na lista de grandes investimentos franceses em Portugal previstos para 2024 surge ainda o setor hoteleiro, com o grupo Accor/Ibis a adiantar que vai abrir 35 hotéis até 2028.

A gigante da aeronáutica Airbus é outra das empresas que está a apostar em grande no país. Com um plano de contratações anual superior a uma centena até 2026, a Airbus prevê que Portugal seja responsável por 25% da sua produção até 2026, altura em que conta ter entre 550 e 600 trabalhadores na fábrica de Santo Tirso.

Fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso está a aumentar a produção para o grupo em França.

Em termos de planos de contratações, além das três empresas francesas no ramo dos serviços financeiros — BNP Paribas, Natixis e Euronext –, que mantêm planos de contratação abertos, a Altice deverá criar 200 novos empregos em 2024 e a Aubay outros 150, refere o Groupe Actual.

Contas feitas, as empresas francesas deverão empregar mais de 60 mil no país, em 2024, com Portugal a continuar a apresentar-se como um destino de investimento atrativo para os gauleses.

Em termos setoriais, o setor automóvel (PSA+Renault), do comércio e distribuição (Auchan, Leroy Merlin, Décathlon, E.Leclerc), financeiro (BNP Paribas, Euronext, Natixis), hoteleiro (Accor/Ibis/Mercure, B&B Hôtels) e dos serviços de consultoria (Aubay, Capgemini, Alten) são os com maior representação no país.

No setor automóvel, apesar de não terem sido divulgados novos planos de investimento para 2024, Portugal destaca-se com unidades de produção da Renault, em Cacia, e da Stellantis, em Mangualde. No caso da empresa liderada pelo português Carlos Tavares, a fábrica de Mangualde vai começar a produzir furgões totalmente elétricos das marcas Citroën, Fiat, Opel e Peugeot já este ano e não apenas em 2025, como inicialmente previsto.

O líder da Stellantis destacou recentemente o desempenho da fábrica de Mangualde, que lidera em termos de custos e qualidade na Europa.

Segundo maior investidor direto

França é o segundo maior investidor direto estrangeiro em Portugal, tendo ultrapassado os 17 mil milhões de euros em 2022 (ainda não se conhecem os números de 2023). “França tem um papel muito importante em Portugal, com grandes grupos, como a Airbus e a Renault, a investir”, adiantou ao ECO Laurent Marionnet, diretor-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF).

França tem um papel muito importante em Portugal. É o segundo maior investidor direto estrangeiro, com grandes grupos, como a Airbus e a Renault, a investir.

Laurent Marionnet

Diretor-geral da CCILF

De acordo com o responsável da CCILF, Portugal é um país “muito atrativo” para as empresas francesas, que vêm atraídas pelos menores custos de operação, níveis de educação elevados e importantes infraestruturas. “Há tudo para funcionar bem”, refere o responsável, destacando que os investidores franceses contam ainda com incentivos financeiros, dos fundos europeus, e os apoios das câmaras municipais, que “são muito dinâmicas a apoiar as empresas a investir em Portugal”.

Em termos de setores, Laurent Marionnet refere que “há maior interesse pelo setor industrial e pelos setores tradicionais“, destacando o setor da metalomecânica, têxtil e o setor digital, com este último a registar um “grande desenvolvimento”.

“O setor tradicional ainda é muito importante em Portugal e para a posição de Portugal dentro da Europa, para desenvolver a economia e a relocalização da indústria mundial para a Europa”, remata o diretor-geral da CCILF.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.