Powell diz que políticas de “qualquer administração” podem ter “efeitos importantes” para metas da Fed

A curto prazo, a eleição de Trump não terá impacto na política monetária, diz o presidente da Fed. Mas num horizonte mais longo, admite, decisões da Casa Branca podem afetar o caminho para as metas.

O resultado das eleições nos Estados Unidos não vai no curto prazo ter qualquer efeito nas decisões da Reserva Federal (Fed), garantiu esta quinta-feira Jerome Powell. O presidente do banco central admitiu, contudo, que as políticas de qualquer administração podem ter efeitos económicos importantes para como a Fed persegue os objetivos em relação aos preços e ao mercado laboral.

“A curto prazo, as eleições não terão qualquer efeito nas nossas decisões políticas”, disse Powell, em conferência de imprensa após a reunião de política monetária. “Como sabem, há muitas, muitas coisas que afetam a economia e qualquer pessoa que escreva previsões no seu trabalho dir-vos-á que a economia é bastante difícil de prever a muito curto prazo.”.

A Fed cortou esta quinta-feira as taxas de juro em 25 pontos base (pb), indo ao encontro das expectativas da grande maioria dos economistas e investidores. A descida é a segunda seguida. A 18 de setembro o banco central liderado por Jerome Powell interrompeu uma pausa de um ano nas taxas de juro com um corte ‘jumbo’ de 50 pontos base.

“Neste caso, não sabemos qual será o calendário e a substância de quaisquer alterações políticas“, referindo-se ao regresso do republicano Donald Trump à Casa Branca. “Por conseguinte, não sabemos quais serão os seus efeitos na economia”.

Em que medida essas políticas seriam importantes para os objetivos de emprego máximo e estabilidade de preços? “Não adivinhamos, não especulamos e não assumimos”, respondeu.

Sublinhou, no entanto, que: “Em princípio, é possível que as políticas de qualquer administração, ou as políticas postas em prática pelo Congresso, possam ter efeitos económicos que, ao longo do tempo, seriam importantes para a prossecução dos nossos objetivos de duplo mandato“.

“Não é permitido por lei”

No primeiro mandato na presidência dos Estados Unidos, Donald Trump nomeou Jerome Powell em 2018, mas rapidamente começou a criticar o presidente da Fed porque resistiu aos seus apelos para baixar drasticamente as taxas de juro. O republicano considerou demitir ou despromover Powell, mas sua equipa concluiu que isso seria legalmente complicado.

Questionado esta quinta-feira se se demitiria caso lhe fosse pedido por Trump, conforme tem sido sugerido por assessores do presidente-eleito, Powell foi direto: “Não”.

Foi igualmente telegráfico quando questionado se acredita que o Presidente tem o poder de o despedir ou despromover e se a Fed já determinou a legalidade de um presidente despromover à vontade qualquer um dos outros governadores com cargos de chefia, respondendo: “Não é permitido por lei”.

(Noticia atualizada às 20h17)

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BE quer que Governo português não reconheça resultados eleitorais em Moçambique

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

Os bloquistas lembram que o processo eleitoral moçambicano "tem sido ainda marcado pela violência política e a repressão policial contra a população".

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) apresentou esta quinta-feira um projeto de resolução em que recomenda ao Governo português que não reconheça os resultados das eleições de 9 de outubro em Moçambique. “Todo o processo eleitoral decorreu sob inúmeras acusações de falta de transparência e de falta de fiscalização, principalmente nos quinze dias que mediaram entre o dia da votação e o dia de anúncio dos resultados eleitorais”, salienta o BE.

Acresce que o processo eleitoral moçambicano “tem sido ainda marcado pela violência política e a repressão policial contra a população”, acrescenta. Na texto entregue no parlamento, o partido destaca também que observadores nacionais e internacionais, neste caso da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e da União Europeia, denunciaram situações de adulteração de cadernos eleitorais, falta de isenção dos órgãos eleitorais e “grandes disparidades” no número de delegados de partidos concorrentes, favorecendo o partido no poder, a Frelimo.

O BE cita igualmente as organizações não-governamentais Amnistia Internacional e Human Rights Watch, segundo as quais o atual momento em Moçambique é marcado pela “pior repressão dos últimos anos contra os protestos no país”, com o número de vítimas a aumentar diariamente, com “derramamento de sangue completamente desnecessário, uma vez que as autoridades tentaram parar um movimento de protesto pacífico com força letal”, além de terem reiteradamente cortado o acesso à Internet para “tentar silenciar o povo e impedir que o mundo saiba o que está a acontecer”.

“Perante as denúncias que apontam para várias irregularidades eleitorais, para a falta de transparência e de fiscalização do processo e dos resultados, e perante a intensificação da violência de estado e da repressão sobre a população, o Governo português não deve reconhecer os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições moçambicana e deve condenar todas ações do governo e das autoridades moçambicanas que violam os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e cidadãs daquele país”, recomenda.

O grupo parlamentar bloquista insta ainda o Governo português a condenar todas as ações governamentais moçambicanas “que violam os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e cidadãs daquele país”, e que se deve empenhar “ativamente em todas as iniciativas diplomáticas que visam pôr termo à repressão de manifestações pacíficas, à violência política e a detenções arbitrárias motivadas politicamente”.

O anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, em 24 de outubro, dos resultados das eleições de 09 de outubro, em que atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos, espoletou protestos populares, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. Após protestos nas ruas que paralisaram o país, Mondlane convocou novamente a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo convocada para hoje.

Esta quinta-feira cumpre-se o oitavo dia de paralisação e manifestações em todo o país, com a generalidade a levar à intervenção da polícia, que dispersa com tiros e gás lacrimogéneo, enquanto os manifestantes cortam avenidas, atiram pedras e incendeiam equipamentos públicos e privados.

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Galp reduz capital social para 753 milhões após recompra de ações

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

A empresa de anunciou que o Conselho de Administração tinha aprovado a redução do capital social de 773.082.725 euros a 753.495.159 euros.

A Galp reduziu o capital social de 773 milhões de euros para 753 milhões, após concluir um programa de recompra de ações, adiantou esta quinta-feira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A petrolífera portuguesa já tinha referido que concluiu no passado dia 9 de outubro o programa de recompra de ações no montante de 350 milhões de euros, com o objetivo de reduzir o capital social da empresa.

Agora, “após a conclusão do programa de recompra de ações de 350 milhões de euros para redução de capital da empresa, a Galp informa que o Conselho de Administração aprovou a redução do seu capital social de 773.082.725 euros a 753.495.159 euros, representados por 753.495.159 ações, na sequência da extinção de 19.587.566 ações próprias”, lê-se no comunicado enviado à CMVM.

Além disso, a Galp informou também os mercados de que nomeou João Gonçalves Pereira para ser o novo representante para as relações com o mercado e com a CMVM, tendo assumido funções em 1 de novembro.

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📈 Lucros recorde, travão na margem financeira e custos controlados: assim foram os nove meses na banca em Portugal

Cinco gráficos que mostram a evolução dos resultados da banca até setembro: lucros continuam em forte alta, mas travou a fundo (assim como a margem); há mais crédito e depósitos e capital em excesso.

Os lucros dos cinco principais bancos em Portugal subiram 20% para um novo nível histórico acima dos 3,9 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Nem tudo foi positivo: a margem financeira está a abrandar significativamente (deverá cair no próximo ano perante a descida das taxas de juro). Mas as notícias são boas no geral: o setor está mais eficiente do que nunca, há mais crédito e depósitos e regista uma situação de excesso de capital. Como mostram estes cinco gráficos.

Lucros históricos de 3,9 mil milhões

Os cinco maiores em Portugal registaram lucros de 3,9 mil milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 19% em comparação com o mesmo período do ano passado. Há um ano os resultados estavam a subir 75% e estão agora a caminho de uma tendência de “normalização”. A Caixa registou o lucro mais elevado: 1,369 mil milhões de euros, mais 38,7% em termos homólogos. Mas o campeão da rentabilidade é o Santander Totta, com um ROE de 23,9%.

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Margem ainda engorda, mas trava a fundo

A margem financeira mantém-se como o principal motor dos lucros dos bancos. No seu conjunto, Caixa, BCP, Santander Totta, BPI e Novobanco registaram ganhos com juros na ordem dos 5,9 mil milhões de euros com a atividade doméstica. Trata-se de uma subida de 5,2% em termos homólogos, representando um claro abrandamento face ao que acontecia há um ano, em que a margem estava a disparar 60%. No caso do BCP esta rubrica já apresenta uma variação negativa (compensado com o negócio na Polónia). E o próximo ano será de queda perante o alívio dos juros do Banco Central Europeu (BCE).

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Custos controlados

Os custos subiram, mas a um rimo inferior ao aumento dos proveitos, o que levou a uma melhoria geral da eficiência dos bancos. Na sua atividade doméstica, os cinco grandes bancos tiveram faturas de 1,6 mil milhões de euros com pessoal, gastos administrativos, entre outros, subindo 3,35% em termos homólogos. Mas o rácio cost-to-income melhorou e posicionam o setor português (rácio abaixo dos 40%) entre os que têm as estruturas mais otimizadas no panorama europeu (60% no final de 2023). Uma parte do impacto da baixa de juros vai ser mitigada justamente por aqui.

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Mais crédito e depósitos

A descida das taxas de juro está a ter impacto no balanço dos bancos. Por um lado, a carteira de crédito aumentou cerca de 2% com a retoma da procura e também com o facto de menos famílias estarem a amortizar antecipadamente os seus empréstimos. A base de depósitos cresceu 5%, mas também aqui os bancos estão a assistir a um incremento nos recursos fora de balanço (fundos de investimento, seguros de capitalização, etc) devido às taxas de juro menos atrativas nos depósitos.

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Balanços bem capitalizados

Fruto da acumulação de lucros, os bancos reforçaram e bem os seus rácios de solvência. Caixa e Novobanco apresentam rácios de Capital Tier 1 (os primeiros a serem usados em caso de perdas) acima dos 20%, colocando ambos em situação de excesso de capital face aos riscos dos seus balanços. Apenas o BPI viu o rácio baixar, mas mantém uma boa margem face às exigências regulamentares.

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Fed corta taxas de juro em 25 pontos base

Segundo corte seguido pelo banco central dos EUA leva taxas de juro para o intervalo de 4,50%-4,75%. Investidores estão atentos às palavra de Jerome Powell sobre o regresso de Donald Trump.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) cortou esta quinta-feira as taxas de juro em 25 pontos base (pb), indo ao encontro das expectativas da grande maioria dos economistas e investidores.

A descida é a segunda seguida. A 18 de setembro o banco central liderado por Jerome Powell interrompeu uma pausa de um ano nas taxas de juro com um corte ‘jumbo’ de 50 pontos base.

“Para apoiar os seus objetivos, o FOMC (Comité de Política Monetária) decidiu reduzir o intervalo do objetivo para a taxa dos fundos federais em um quarto de ponto percentual para 4,50% a 4,75%”, informou a Fed, em comunicado.

O banco central liderado por Jerome Powell sublinhou que os indicadores recentes sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido.

“Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm, de um modo geral, abrandado, e a taxa de desemprego subiu, mas permanece baixa”, referiu, adiantando que “a inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comité, mas permanece ligeiramente elevada“.

O Comité reiterou que procura atingir o máximo de emprego e uma taxa de inflação de 2% a longo prazo. “O Comité considera que os riscos para a consecução dos seus objetivos em matéria de emprego e de inflação são aproximadamente equilibrados“, disse, sublinhando que as perspetivas económicas são incertas, e que está atento aos riscos para ambos os lados do seu duplo mandato.

(Notícia atualizada às 19h26 com mais informação)

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Saídas na bolsa? Negócio da Euronext em Portugal é para manter

A gestora da bolsa portuguesa mantém o "compromisso" com o mercado português, reiterando a importância estratégica do centro tecnológico no Porto, onde quer continuar a crescer.

A bolsa portuguesa despede-se de quatro empresas este ano, com o índice de referência PSI reduzido a 15 cotadas após a exclusão da Greenvolt na sequência da aquisição pelos americanos da KKR. Apesar de mais esta onda de saídas, a gestora da bolsa portuguesa garante que a praça portuguesa é para manter. E o centro tecnológico do Porto continua a ser estratégico para o crescimento da Euronext.

Portugal tornou-se parte da Euronext em 2002 e vai manter-se no negócio“, garantiu Stéphane Boujnah, CEO do grupo responsável pela gestão da bolsa de Lisboa. O responsável adiantou ainda que, na Europa, “não há pequenos países e países grandes, há mercados mais pequenos e outros maiores”.

Boujnah, que assume que a Euronext quer ser o “campeão” da negociação em 2027, adiantou que há, neste momento, duas empresas brasileiras que estão a avaliar a dispersão de capital na Europa, ponderando fazer esta entrada através de Lisboa, ou de Paris. “O facto de empresas do Brasil decidirem que querem listar na Europa e que o facto de para eles o melhor mercado para o fazer seja Portugal diz muita coisa, porque isto é o que a Europa é, interações com o resto do mundo com base no legado da história”, apontou.

Mas a maior contribuição de Portugal para o grupo continua a ser o centro tecnológico no Porto, que arrancou com cerca de 60 pessoas e tem hoje mais de 300 e que vai ser transferido, juntamente com a ex-Interbolsa, para um novo edifício no centro da cidade, para acomodar a expansão prevista para os próximos anos. Segundo avançou ao ECO, a empresa vai contratar cerca de duas centenas de pessoas para o Porto, nos próximos três anos.

O nosso negócio e o número de colaboradores em Portugal está a crescer massivamente e é o local onde estamos a criar mais postos de trabalho nos últimos anos”, destacou o CEO da Euronext, adiantando que o grupo mantém “o compromisso com Portugal, pela capacidade de Portugal para comunicar com o resto do planeta e também pelo tamanho, relevância e sucesso da plataforma tecnológica“.

Apesar do número de empresas da bolsa continuar a reduzir-se – este ano saíram Inapa, Reditus e Greenvolt, com a Lisgráfica a dizer adeus ao mercado na próxima semana –, o negócio do grupo no país assume particular relevância. Além do centro tecnológico, a antiga Interbolsa, que integra agora um dos quatro mercados de liquidação e custódia de títulos, a Euronext Securities, é uma das apostas do grupo para crescer nos próximos anos.

A Euronext prevê, no seu plano estratégico para 2027, apresentado esta quinta-feira, continuar a reforçar na diversificação e na inovação, alargando a liderança da gestora de bolsas a novas atividades e classes de ativos na Europa. Boujnah garante que a empresa, hoje muito diferente do que era em 2020, quer assumir-se como um “campeão mundial” de negociação, procurando atrair para a Europa “empresas mais internacionais, especialmente empresas tecnológicas”.

“Até 2027, a Euronext será maior, mais forte e mais diversificada. A nossa liderança será alargada a novas atividades e classes de ativos na Europa. O Grupo posicionar-se-á como a porta de entrada única e mais eficiente para os mercados de capitais europeus para cotar em bolsa, negociação, compensação, liquidação e custódia“, adiantou Stéphane Boujnah, CEO do grupo que gere a bolsa de Lisboa e que detém a Euronext Securities (liquidação e custódia de títulos) e a Euronext Technologies (centro tecnológico), onde quer contratar mais 200 pessoas nos próximos três anos.

“A Euronext cobre agora toda a cadeia de valor dos mercados de capitais na Europa, com um alcance global. Estamos totalmente equipados para aproveitar os ventos favoráveis ​​e capturar oportunidades em negócios de volume e não volume”, acrescenta Boujnah.

O CEO adiantou que a estratégia de crescimento do grupo para os próximos três anos é assente em três prioridades:

  • acelerar o crescimento em negócios sem volume, posicionando a Euronext Securities como a principal escolha nos mercados europeus;
  • expandir os serviços de negociação e compensação de títulos de dívida, moedas e matérias-primas;
  • e desenvolver liderança em negociação, aproveitando a sua posição para criar novos serviços de negociação e construindo um mercado de ETF na Europa.

Buyback de 300 milhões de euros

Além da nova estratégia, a Euronext apresentou ainda os resultados do terceiro trimestre. Os lucros baixaram 4,2% para 159,5 milhões de euros, “refletindo uma comparação negativa de base relacionada com ganhos de capital de 41,6 milhões de euros recebidos no terceiro trimestre de 2023 pela venda da participação de 11,1% da LCH pela Euronext”, justifica a empresa em comunicado.

Já as receitas subiram 10% para 396,3 milhões de euros, impulsionadas pelas receitas não relacionadas com volume, receitas de negociação e pela expansão do segmento de liquidação.

No plano estratégico para 2027, o grupo prevê manter um crescimento anual das receitas e do EBITDA ajustado superior a 5%, uma estratégia focada no controlo de custos e no investimento para o crescimento futuro.

A companhia compromete-se ainda a manter a sua política de distribuição de dividendos e adiantou que vai avançar com um plano de recompra de ações até 300 milhões de euros, que vai arrancar no dia 11 de novembro.

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A não perder: três casacos de Carolyn Bessette–Kennedy vão a leilão na Sotheby’s Nova Iorque

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 7 Novembro 2024

De 27 de Novembro a 17 de Dezembro vai poder licitar entre três peças históricas da coleção de moda do casal Bessette-Kennedy, que a Sotheby’s New York leva a leilão.

Se faz parte da geração que, nos anos 90, acompanhava atentamente os passos do casal mais fashionable da “realeza americana” – Carolyn Bessette-Kennedy e John F. Kennedy Jr. – vai gostar de saber que, a partir de dia 27 de Novembro e até 17 de Dezembro, pode licitar uma das peças históricas da coleção de moda do casal, que a Sotheby’s New York leva a leilão. Neste, que é o segundo leilão anual “Fashion Icons” que a leiloeira promove, contam-se três casacos icónicos usados pela it-girl novaiorquina que era conhecida pela sua estética minimalista, com recurso a peças de variados designers caracterizadas por um luxo discreto – um casaco vintage trespassado em pêlo de leopardo datado de cerca de 1969 (estimativa: 20.000 a 30.000 dólares); um casaco de lã dupla face preto da Prada, do ano 1997; e um blusão preto de lã Yohji Yamamoto, também de 1997.

Estas três valiosas peças de vestuário foram usadas – e amplamente fotografadas pelos paparazzi – por Carolyn antes de as oferecer a Rose Marie Terenzio, amiga e assistente pessoal de Bessette-Kennedy. Terenzio, que disse que Carolyn era a sua “fada-madrinha da moda”, divulgou algumas das histórias que estão por detrás destes casacos, um storytelling que contribui para valorizar ainda mais esta venda. Por exemplo, o casaco vintage de pêlo de leopardo tem sido usado por Terenzio nos últimos 25 anos e foi-lhe oferecido para usar numa ocasião especial. “Fica-te perfeito, fica com ele!”, terá dito Carolyn à amiga. “Já fui fotografada com ele tantas vezes que os media vão começar a gozar comigo”, justificou Terenzio à revista Tatler.

Já o casaco de lã preta da Prada com um design que evoca as silhuetas dos anos 60 (com preço base de licitação base estimado entre os 15.000 e os 20.000 dólares) foi usado por Carolyn Bessette-Kennedy na tomada de posse de Bill Clinton em 1997, que combinou com uns óculos de sol ovais e uma carteira Prada Spazzoloto. Foi, durante uma época, um favorito de Carolyn para passear os cães no bairro novaiorquino de Tribeca, onde morava o casal.

Por último, o casaco de lã preta Yohji Yamamoto (15.000 a 20.000 dólares) foi, por sua vez, usado em 1997 num evento formal da Medalha Jacqueline Kennedy Onassis em Nova Iorque. Com as ancas acolchoadas e a cintura justa, o casaco foi combinado com uma saia assinada por Junya Watanabe para a Comme des Garçons.

Lucy Bishop, especialista em moda da Sotheby’s, refere que “não existe maior expressão da vida de alguém do que a sua roupa. Foram escritos incontáveis ​​artigos sobre a vida de Carolyn e o estilo minimalista que definiu uma era, mas pouco existe no registo público da sua voz. Estas roupas falam muito sobre a sua vida tragicamente curta, mas notável. Revelam uma mulher que fez escolhas ponderadas, navegou no escrutínio público com inteligência e graciosidade, demonstrando uma generosidade e bondade que tocou aqueles que a rodeavam. Carolyn Bessette-Kennedy compreendeu o poder de se vestir bem, e essa crença está para sempre refletida nestas roupas.”

São peças particularmente raras de chegar a leilão, tendo em conta o perfil reservado da mulher de John Kennedy Jr. Conhecida pelo seu cabelo loiro, olhos azuis e corpo de modelo, Carolyn era detentora de um gosto excecional, muito seletiva nas roupas que usava. Era discreta, em grande parte por se sentir incomodada com a atenção que os media lhe dispensavam. Desde a licenciatura ao casamento com o advogado da família mais famosa da América, Carolyn Bessette-Kennedy trabalhou para a Calvin Klein, uma marca que também marcou a estética dos anos 90. Foi uma figura influente na moda, tendo ajudado a lançar a carreira do designer Narciso Rodriguez, que foi o seu escolhido para desenhar o vestido de casamento. A discrição do seu guarda-roupa é, precisamente, aquilo que o tornou tão desejável. Ainda hoje, 25 anos após o acidente de avião que matou o casal na costa de Martha’s Vineyard, em 1999, que o público mantém o fascínio pelo seu estilo simples mas sofisticado.

O leilão Fashion Icons estará aberto para licitação online de 27 de novembro a 17 de dezembro, com as peças em exposição na Sotheby’s de Nova Iorque de 5 a 10 de dezembro.

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Now renova com Rui Rio até final de dezembro

O contrato com o ex-presidente do PSD foi renovado até final de dezembro, altura na qual "será feito um balanço".

Rui Rio vai manter-se como comentador do Now até ao final de dezembro. O acordo do canal de informação da Medialivre com o ex-presidente do PSD terminou em outubro e foi agora renovado até ao final de dezembro, avançou o Now ao +M.

O Informação Privilegiada tem sido uma marca importante da informação diferenciadora que transmitimos em horário nobre, com a análise de protagonistas de referência como Rui Rio“, comenta Paulo oliveira Lima, diretor executivo Now. “É um dos programas que contribui para o sucesso” do canal e, nesse sentido, “entendemos que se impunha uma extensão desta nossa colaboração até ao final do ano, altura em que faremos um balanço“, conclui.

A segunda série do formato com Rui Rio começa na próxima quarta-feira, com um programa especial, a partir do Porto, sobre regionalização.

Dos “protagonistas” com os quais o Now arrancou em julho, mantém-se Santana Lopes à segunda-feira, Judite de Sousa, sem Luís Paixão Martins, à terça, seguindo a semana com Rui Rio, Fernando Medina e o padre Américo Aguiar.

Graça Freitas e Luís Paixão Martins vão a antena duas vezes por mês, em função da atualidade, e António Costa, futuro presidente do Conselho Europeu, já terminou a colaboração com o canal.

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Moçambique. Mondlane garante protestos de rua até reposição da “verdade eleitoral”

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

"O povo está disponível para tomar o poder e vai tomar o poder. A hora já chegou e o povo já tomou o poder", disse Venâncio Mondlane.

O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique, anunciou esta quinta-feira que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral.

Mondlane, que fez o anúncio num live na rede social Facebook, acusou a polícia de estar a saquear estabelecimentos comerciais e, no bairro de Maxaquene, de ter matado duas pessoas. “O povo está disponível para tomar o poder e vai tomar o poder. A hora já chegou e o povo já tomou o poder”, frisou, referindo-se aos populares que estão nas ruas da capital moçambicana.

O anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, em 24 de outubro, dos resultados das eleições de 09 de outubro, em que atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos, espoletou protestos populares, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. Após protestos nas ruas que paralisaram o país, Mondlane convocou novamente a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo convocada para hoje.

Hoje cumpre-se o oitavo dia de paralisação e manifestações em todo o país, com a generalidade a levar à intervenção da polícia, que dispersa com tiros e gás lacrimogéneo, enquanto os manifestantes cortam avenidas, atiram pedras e incendeiam equipamentos públicos e privados.

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Campanha de Natal da Coca-Cola quer inspirar gestos de bondade

  • + M
  • 7 Novembro 2024

A marca incentiva à criação de globos de neve digitais personalizados através de inteligência artificial, que visam ser "um presente virtual para partilhar com alguém como um gesto de bondade".

A Coca-Cola quer inspirar gestos de bondade em todo o mundo, aliando as relações humanas à inovação tecnológica. Dando seguimento, pelo segundo ano, à campanha “O mundo precisa de mais Pais Natais”, a marca pretende celebrar o espírito do Pai Natal que existe dentro de cada um.

Este ano, a marca de refrigerantes revela uma nova experiência digital que recorre a inteligência artificial (IA) para permitir que as pessoas interajam em conversas calorosas com o Pai Natal, criando uma animação personalizada em forma de globo de neve, baseada numa memória pessoal de Natal, e que pode depois ser partilhada.

Este globo de neve digital funciona como “um presente virtual para partilhar com alguém como um gesto de bondade“, explica-se em nota de imprensa. Acessível através da leitura do QR code disponível na edição de Natal das garrafas ou latas de Coca-Cola, a experiência “utiliza IA multimodal, incluindo geração de avatares 3D, conversação em tempo real habilitada por IA generativa e geração de imagens para criar uma experiência completamente única e personalizada para cada utilizador”.

Este ano, damos especial atenção às experiências numa campanha que incentiva e inspira gestos de bondade, ao mesmo tempo que reconhecemos a importância das relações humanas entre os nossos parceiros e consumidores. Estamos entusiasmados por trazer novos canais e ferramentas para esta campanha para ajudar nesta viagem movida por gestos de bondade, ao mesmo tempo que continuamos a promover a união quer digitalmente como na vida real”, diz Leonor Falcão, brand manager da Coca-Cola em Portugal, citada em comunicado.

A Coca-Cola dá também continuidade ao conceito iniciado no ano passado, através do anúncio televisivo “O Mundo precisa de Mais Pais Natais”. O spot “funciona como um reminder de que até um gesto de bondade natalícia pode despertar o ‘Pai Natal’ em cada um de nós, demonstrando como a verdadeira magia da época se multiplica quando é abraçada”.

Além da já referida edição especial de Natal da Coca-Cola (que remete para a experiência de IA), a campanha natalícia da Coca-Cola marca também presença em anúncios out-of-home (OOH), através de “imagens da ‘sombra’ do Pai Natal em poses quotidianas que o público pode facilmente reconhecer nas suas próprias rotinas e que vão estar presentes em localizações estratégicas a nível nacional”.

Ao longo da campanha, a marca de origem norte-americana vai dispor ainda de espaços interativos onde, utilizando tecnologia avançada de câmaras, vai permitir que a sombra do Pai Natal simule as ações e movimentos em tempo real dos consumidores no local.

A campanha é assinada pela WPP Open X, e as marcas VMLY&R, Ogilvy e Essence Mediacom, juntamente com a Accenture e a JKR.

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Já estão abertas as candidaturas à linha Turismo+Sustentável de 50 milhões

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

A linha destina-se a apoiar empresas do setor do turismo na realização de investimentos que contribuam para a transição energética e para o alinhamento com as metas de neutralidade carbónica".

As candidaturas à nova Linha de Apoio Turismo + Sustentável, no valor de 50 milhões de euros, já estão abertas, anunciaram esta quinta-feira o Banco Português de Fomento (BPF) e o Turismo de Portugal.

“Com uma dotação de até 50 milhões de euros, cobertura de garantia mútua até 80% do valor do financiamento e com possibilidade de conversão em subvenção não reembolsável de até 30%, esta linha destina-se a apoiar empresas do setor do turismo na realização de investimentos que contribuam para a transição energética e para o alinhamento com as metas de neutralidade carbónica”, lê-se no comunicado conjunto.

A Linha de Apoio Turismo + Sustentável, financiada pelo Turismo de Portugal e gerida pelo BPF, está disponível para Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), Small Mid Cap, Mid Cap e Grandes Empresas que estejam localizadas em território nacional, desenvolvam atividade principal enquadrada nos CAE elegíveis e sejam empresas aderentes ao Programa Empresas Turismo 360º, que incentiva as empresas do setor a implementar uma agenda ESG (Environmental, Social, Governance).

O financiamento é de até 750 mil euros por empresa, com um prazo máximo de 15 anos, até 48 meses de período de carência de capital e uma garantia das Sociedades de Garantia Mútua de até 80%.

Existe ainda a possibilidade de conversão parcial do empréstimo em subvenção não reembolsável, até 20% do valor do financiamento contratado, na generalidade das localizações, sendo que “para operações enquadradas exclusivamente no plano de prevenção, monitorização e contingência para situações de seca na região do Algarve, a conversão em subvenção não reembolsável poderá alcançar os 30%”.

Sobre este processo, as entidades adiantam que o acesso à conversão (que representa a passagem a subvenção não reembolsável de parte do financiamento contratado) “estará condicionado à demonstração, por parte das empresas, diretamente junto do Turismo de Portugal, da realização do investimento previsto no pedido de financiamento e do cumprimento dos indicadores de desempenho estabelecidos”.

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Governo promete aumentos salariais e técnicos do INEM suspendem greve

Ministério da Saúde e sindicato assinaram um protocolo negocial no qual a tutela compromete-se a valorizar os salários destes trabalhadores em mais de 150 euros. Próxima reunião marcada para dia 21.

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar desconvocou a greve às horas extraordinárias em vigor desde 30 de outubro, depois de ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde com vista à valorização da carreira, anunciou esta quinta-feira o presidente da estrutura sindical, Rui Lázaro, à saída de uma reunião com a ministra Ana Paula Martins.

“Acabámos de assinar um protocolo negocial que se irá iniciar este mês e, sendo assim, estão reunidas as condições para levantar a greve às horas extraordinárias desde o dia 30 outubro”, afirmou o dirigente sindical. “A próxima reunião está marcada para dia 21 deste mês”, acrescentou.

O princípio para as negociações estabelece que não será com dois ou três níveis remuneratórios que haverá a um acordo”, indicou o sindicalista. Isto significa que os aumentos salariais deverão ser superiores a 150 euros, de acordo com os cálculos do ECO a partir da tabela remuneratória desta carreira.

Neste momento, o salário de entrada começa nos 922,47 euros brutos mensais. Se o ordenado mínimo nesta carreira avançar quatro posições irá saltar para 1.070,19 euros, ou seja, são mais cerca de 148 euros no bolso.

“Esta é uma profissão muito desvalorizada. Os técnicos de emergência pré-hospitalar têm uma abnegação extrema à missão por 922 euro por mês. Esta greve foi um grito de revolta“, salientou o dirigente.

Questionado se, com o fim da greve, vão também terminar os constrangimentos no socorro do INEM, Rui Lázaro disse que “infelizmente não vai ser possível eliminar todos os constrangimentos”, porque “os quadros do INEM deviam comportar 1.480 técnicos e tem pouco mais de 700”.

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