PSD quer “botão de pânico” nos TVDE e filtro a motoristas pela língua

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

Projeto de resolução do PSD recomenda ainda ao Governo que limite os exames de certificação de motoristas TVDE ao Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT).

O PSD recomenda ao Governo que limite os exames de certificação de motoristas TVDE ao Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT) e garanta a possibilidade dos utilizadores destas plataformas selecionarem as línguas faladas pelos motoristas.

Num projeto de resolução apresentado em conferência de imprensa na Assembleia da República pelo deputado João Vale e Azevedo, o partido propõe – entre oito recomendações – que o Governo avance com o fim da certificação de motoristas TVDE nas escolas de condução, limitando-a ao IMT.

Com esta medida, explicou o deputado, não se pretende criar “uma nova barreira” à emissão destes certificados, uma vez que deverá também ser garantida pelo Governo a celeridade destes processos.

João Vale e Azevedo, deputado do PSDLusa

Os social-democratas pedem também que o Governo garanta que os utilizadores destas plataformas digitais de transporte de passageiros possam escolher a língua falada pelo condutor, “através de um filtro que mostra quais são as línguas faladas pelos motoristas”.

“Nós não estamos a exigir que os condutores de TVDE dominem o português, achamos que seria desproporcional nesta altura e injustificável do ponto de vista económico e da atividade, mas percebemos que há pessoas que o exigem, pessoas que querem falar português”, frisou Vale e Azevedo.

O partido recomenda ainda o Governo a instar os operadores de TVDE a criarem medidas de promoção de segurança destas plataformas como, exemplificou o deputado, um “botão de pânico para efeitos de segurança que permita a partilha da localização ou um telefonema à esquadra mais próxima”.

O partido apela também ao executivo que acelere a implementação da plataforma de dados já anunciada pelo IMT para combater a falsificação de documentos dos TVDE e defende que o curso de renovação TVDE seja dispensado para os detentores do curso de táxi.

O deputado social-democrata lamentou o que diz serem “dificuldades de fiscalização e regulação da atividade por parte das autoridades no terreno”, mas sublinhou que não é intenção do PSD criar “barreiras adicionais que impeçam a entrada de novos veículos e novos condutores”.

“Quem cumpra a lei deve ter a mesma facilidade que tem hoje em dia. Apenas queremos maior rigor. E, portanto, recomendamos ao Governo que fiscalize o setor com rigor”, acrescentou.

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Mais otimista do que o Governo, FMI prevê economia portuguesa a crescer 1,9% em 2024 e 2,3% em 2025

Fundo Monetário Internacional prevê um crescimento da economia portuguesa de 1,9% em 2024 e 2,3% em 2025, acima das estimativas do Ministério das Finanças e da média da zona euro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista do que o Governo sobre o desempenho da economia portuguesa este ano e no próximo. Na atualização das projeções económicas mundiais, divulgadas esta terça-feira, a instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê uma taxa de 1,9% em 2024 e de 2,3% em 2025, uma décima e duas décimas, respetivamente, a mais do que o estimado pelo Ministério das Finanças.

As previsões da instituição de Bretton Woods estão em linha com o relatório divulgado, em 2 de outubro, na sequência da visita ao país em setembro para avaliar a economia nacional ao abrigo do Artigo IV. Os técnicos reviram em baixa de uma décima a previsão de crescimento da economia portuguesa deste ano, para 1,9%, face à análise divulgada em julho, refletindo “a fraca procura externa, enquanto a procura interna seria apoiada por um mercado de trabalho restritivo e políticas orçamentais expansionistas”, prevendo um acelerar para 2,3% em 2025.

O FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) português irá crescer acima da zona euro, para a qual espera uma subida de 0,8% em 2024 e de 1,2% em 2025, como também mais do estimado pelo Governo português no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025): 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025.

As projeções para 2024 comparam com os 1,8% esperados pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP), de 1,7% pela Comissão Europeia e de 1,6% pelo Banco de Portugal (BdP) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Para 2025, o CFP aponta para 2,4%, o BdP para 2,1%, a OCDE para 2% e a Comissão Europeia para 1,9%.

No que toca à inflação, o FMI também mantém as previsões face a setembro e prevê que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português recue para 2,5% em 2024 e 2,1% e 2025. O Ministério das Finanças aponta para uma inflação de 2,6% este ano e de 2,3% no próximo.

A instituição com sede em Washington aponta ainda para uma taxa de desemprego em Portugal de 6,5% este ano e de 6,4% em 2025.

No relatório divulgado esta terça-feira, no âmbito das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial em Washington, a instituição liderada por Kristalina Georgieva destaca que o crescimento económico mundial deverá manter-se estável, mas face a perspetivas fracas e ao aumento de ameaças, o mundo precisa de alterações de políticas.

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FMI corta crescimento da Zona Euro para 0,8% este ano

Fundo Monetário Internacional reviu em baixa as projeções de crescimento dos países do euro em 2024 e 2025 e prevê que inflação global caia para 3,5% até ao final de 2025.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista sobre a economia da zona euro. No World Economic Outlook (WEO), divulgado esta terça-feira, a instituição com sede em Washington reviu em baixa o crescimento da Zona Euro para 0,8% este ano e 1,2% em 2025, menos uma décima e menos três décimas, respetivamente, do que no relatório de julho.

Depois de uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,4% em 2023, ainda do que o previsto anteriormente, o FMI espera uma ligeira recuperação dos países do euro este ano, suportado por um melhor desempenho das exportações, em particular dos bens. Para 2025, as previsões assentam num crescimento da procura interna.

Espera-se que o aumento dos salários reais aumente o consumo e um relaxamento gradual da política monetária apoie o investimento“, considera. No entanto, aponta que a “persistente” fraqueza na indústria pesa sobre o crescimento para países como Alemanha e Itália, ainda que assinale que a procura interna italiana deve beneficiar do Plano de Recuperação e Resiliência. Por outro lado, a Alemanha está a enfrentar a pressão da consolidação orçamental e uma forte queda nos preços do imobiliário.

O FMI prevê, assim, que o Produto Interno Bruto (PIB) alemão passe de uma contração de 0,3% em 2023 para 0% em 2024 e 0,8% em 2025 (menos duas décimas e cinco décimas, respetivamente, face a julho), enquanto o italiano avance 0,7% este ano e 0,8% em 2025.

Para França estima uma estabilização de 1,1% nos dois anos, enquanto para Espanha projeta um avanço de 2,9% este ano (mais cinco décimas), desacelerando para 2,1% em 2025.

Fonte: World Economic Outlook, outubro de 2024

O corte das projeções para os principais países europeus é, em parte, compensado por uma melhoria para os Estados Unidos, para o qual prevê um crescimento de 1,8% em 2024 e 2025, contribuindo para um crescimento global estimado em 3,2% em ambos os anos.

A última previsão para o crescimento global daqui a cinco anos – de 3,1% – continua medíocre em comparação com a média pré-pandemia. Persistentes ventos contrários estruturais – como o envelhecimento da população e a fraca produtividade – estão a travar o crescimento potencial em muitas economias”, alerta.

Inflação da Zona Euro atinge meta do BCE em 2025

O FMI mostra-se confiante na desaceleração da inflação nos países do euro, prevendo que passe de uma taxa de 5,4% em 2023 para 2,4% em 2024 e para 2% em 2025, ano para o qual prevê que atinja a meta do Banco Central Europeu (BCE).

A instituição destaca que a batalha global contra a inflação está a ser ganha em grande parte, embora as pressões sobre os preços persistam em alguns países. Depois de atingir o pico de 9,4%, na comparação homóloga, no terceiro trimestre de 2022, a taxa de inflação global está agora projetada para atingir 3,5% até ao final de 2025, abaixo do nível médio de 3,6% entre 2000 e 2019.

Apesar de um aperto acentuado e sincronizado da política monetária a nível mundial, a economia global continuou extraordinariamente resiliente ao longo do processo desinflacionista, evitando uma recessão global“, realça.

No entanto alerta que, embora a descida global da inflação seja “um marco importante”, os riscos descendentes estão a aumentar e dominam agora as perspetivas. Entre estes elencam: uma escalada nos conflitos regionais, política restritiva durante demasiado tempo, um eventual ressurgimento da volatilidade dos mercados financeiros com efeitos adversos nos mercados de dívida soberana, uma desaceleração mais profunda do crescimento na China e o contínuo aumento das políticas protecionistas.

“Os governos recentemente eleitos (cerca de metade da população mundial foi ou irá às urnas em 2024) poderão introduzir mudanças significativas no comércio e na política orçamental”, aponta.

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Aumento das tarifas entre EUA, Zona Euro e China afetaria um quarto do comércio mundial

Fundo Monetário Internacional estima que tarifas comerciais de 10% entre EUA, a Zona Euro e a China afetaria o correspondente a 6% do PIB mundial. Atividade seria afetada em todas as regiões.

Um aumento das tensões comerciais que leve a uma subida permanente das tarifas comerciais a partir de meados de 2025 irá afetar de forma considerável o comércio mundial. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que se os Estados Unidos, a Zona Euro e a China impusessem tarifas de 10% sobre os fluxos comerciais entre as três regiões – e os norte-americanos sobre as restantes regiões também -, o impacto abrangeria cerca de um quarto do comércio mundial de mercadorias.

No World Economic Outlook (WEO), publicado esta terça-feira no âmbito das reuniões anuais entre o FMI e o Banco Mundial, a instituição liderada por Kristalina Georgieva faz uma simulação sobre o impacto de medidas protecionistas e conclui que afetaria “cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial“.

“O aumento das tarifas afeta a atividade em todas as regiões. A imposição de tarifas sobre as importações aumenta os custos internos dos fatores de produção e tarifas mais altas sobre as exportações reduzem a procura externa. O efeito líquido sobre a inflação depende na força relativa desses dois canais, mas é pequeno”, considera.

Estima, contudo, que o impacto negativo no investimento é pequeno, uma vez que a receita das tarifas é transferida de volta para as famílias, contribuindo para o consumo. Entre regiões, prevê que o impacto é maior nos Estados Unidos, porque os fluxos comerciais dos norte-americanos estão inteiramente sujeitos a novas tarifas: o PIB contrai-se 0,4% em 2025 e em 0,6% em 2026.

O impacto noutras regiões e no mundo atingirá -0,3% do PIB até 2026, e as importações e exportações globais também caem cerca 4%, em relação ao cenário base. “Os efeitos no PIB são, no entanto, permanentes”, adverte.

Aliado ao aumento das tarifas, se a incerteza geopolítica também se agravar, o impacto também se fará sentir no investimento. Os técnicos de Washington estimam ainda que o efeito mais imediato será na atividade global. O investimento global cai perto de 2% até 2026, reduzindo o PIB em 0,4% mesmo período, enquanto a inflação global cai em 10 pontos base.

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CA Vida cria mascote que apela ao rastreio do cancro da mama

  • ECO Seguros
  • 22 Outubro 2024

A campanha de sensibilização da CA Vida 'Levante os Braços por uma boa causa' desafia as mulheres a levantar os braços na luta contra a doença e apela à realização do autoexame e rastreio regular.

A seguradora do Grupo Crédito Agrícola renovou o seu apoio à Corrida Sempre Mulher como Patrocinador Oficial do Boné e, desta vez, criou uma mascote para apelar ao rastreio do cancro da mama e aproximar a sua marca dos participantes.

A iniciativa solidária decorreu nesta segunda-feira na zona do Parque das Nações, em Lisboa, contou com mais de 12.000 participantes e angariou mais de 132 mil euros a favor da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama – organização sem fins lucrativos que se dedica ao diagnóstico precoce da doença e se foca em prestar cuidados de medicina preventiva, curativa e reabilitação de utentes com doença oncológica, avança a CA Vida em comunicado.

À boleia do trocadilho, a campanha de sensibilização da CA Vida ‘Levante os Braços por uma boa causa’ desafia as mulheres a levantar os braços na luta contra a doença e apela à realização do autoexame e rastreio regular – “um ato simples que poderá ajudar a identificar de forma precoce o cancro da mama, aumentando as hipóteses de um tratamento eficaz”.

O desafio foi lançado através da mascote de um telemóvel mimo que tinha nas traseiras o mote “CA Vida vai consigo para todo o lado” com um código para aceder aos novos canais digitais através de um smartphone – site CA Vida, MyVida Clientes – Área Clientes e APP. Através desta ‘estratégia de proximidade’, a CA Vida procurou apresentar-se “como uma seguradora mais ligada, humana e próxima” dos seus clientes. É a terceira vez que a marca apoia a Corrida Sempre Mulher.

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AAMTLEGAL tem três novos associados

Fernando Bergantino Sosa e João Sawaya foram promovidos a associados. Já Zuzanna Maria Sadlowska foi contratada par reforçar o departamento de laboral da AAMTLEGAL.

A AAMTLEGAL tem três novos associados: Fernando Bergantino Sosa e João Sawaya, que foram promovidos, e Zuzanna Maria Sadlowska, que integra o escritório depois de passar pela Caiado Guerreiro.

Fernando Bergantino Sosa integra o departamento de Corporate da AAMTLEGAL. Já João Sawaya encontra-se inserido no departamento de Contencioso e Resolução de Litígios da firma.

A sociedade de advogados fundada por Inês Azevedo e João Ascenso contratou ainda uma nova associada, Zuzanna Maria Sadlowska. Transitando da Caiado Guerreiro, a advogada vai reforçar o departamento de laboral da AAMTLEGAL.

“Com as novas aquisições e promoções, a AAMTLEGAL reforça o seu estatuto de sociedade focada na prestação de um serviço de excelência, aliando o conhecimento e prática profissional à história de vida dos seus recursos humanos, que são ferramentas transversais e especializadas de forma a garantir o acompanhamento personalizado de quem procura Portugal para viver, trabalhar e investir”, referem em comunicado.

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Investimento da Repsol em Portugal é “estruturante”, avalia Pedro Reis

Repsol desvia para Sines investimento de 15 milhões em hidrogénio. Questionado pelo ECO sobre eventual fim da contribuição sobre setor energético, o ministro respondeu apenas: “Não vou entrar por aí”.

“O investimento espanhol é muitíssimo bem-vindo a Portugal. É muitíssimo estruturante e já está em Portugal”. É desta forma que o ministro da Economia, Pedro Reis, reage à notícia de que a Repsol decidiu suspender todos os investimentos de hidrogénio previstos em Espanha, e vai avançar com a construção do novo eletrolisador em Sines.

Pedro Reis admite que não sabe se outras empresas espanholas vão seguir o caminho da Repsol. Mas, à margem do congresso dos gestores portugueses, esta terça-feira, sublinhou que “seja um reforço ou um novo investimento, todo o investimento externo é importante para nós e, por maioria de razão, o espanhol é particularmente próximo, interessante e complementar”.

A relocalização do eletrolisador para Portugal e a suspensão de uma carteira de investimentos de hidrogénio em Espanha foram decididas como forma de protesto contra a decisão do Governo espanhol de tornar permanente um imposto extraordinário cobrado em 2022. Isso “faz com que o ambiente regulamentar não seja propício a grandes investimentos industriais a longo prazo”, disse ao ECO fonte oficial da Repsol.

No entanto, Portugal também tem uma contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE), que é cobrada desde 2014 e que este ano deverá render aos cofres do Estado cerca de 125 milhões de euros. Apesar de ter um caráter temporário, já foi renovada pela 12.ª vez consecutiva.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 admite arrecadar 563 milhões de euros com a CESE, o Adicional ao IMI (AIMI), a Contribuição sobre o Setor Bancário (CSB) e o Adicional de Solidariedade sobre o Setor Bancário (ASSB).

Questionado pelo ECO sobre se este é um sinal de que Portugal deveria pôr fim à contribuição sobre o setor energético, Pedro Reis atirou apenas: “Não vou entrar por aí”.

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Política é o tema preferido dos portugueses nos jornais. Assuntos de sociedade lideram nas revistas

  • + M
  • 22 Outubro 2024

O tempo médio de leitura de imprensa situa-se perto dos 48 minutos, apresento algumas oscilações consoante a tipologia de jornal ou revista.

A política continua a ser o tema preferencial dos portugueses, no que toca à leitura de jornais de informação geral. Já no que diz respeito às revistas, a preferência recai sobre os temas de sociedade.

Aos temas de política, que recolhem 53% de referências por parte dos inquiridos no estudo Press Insights, do Bareme Imprensa da Marktest — contou com uma amostra anual de 5040 entrevistas –, seguem-se os de sociedade (51%) e o internacional (44,9%). O top cinco de temas destacados como mais interessantes pelos leitores de jornais fica completo com a opinião (43,7) e economia (42,7).

Já entre os leitores de revistas, a preferência vai de forma expressiva para os temas de sociedade (65%), recaindo depois sobre os espaços de opinião (57%) e os temas de ciência e tecnologia (47,5%), seguindo-se de muito perto os temas de política (47,2%). Um pouco mais distante surge o internacional (41,4%).

Já no que diz respeito ao tempo médio de leitura de imprensa, este situou-se perto dos 48 minutos, apresentando-se algumas oscilações consoante a tipologia de jornal ou revista.

O tempo dedicado à leitura de jornais generalistas, por exemplo, foi o mais alto, atingindo cerca de 52 minutos. Já na leitura de jornais desportivos verifica-se um tempo médio na ordem dos 36 minutos.

Entre as revistas, o tempo médio dedicado aos títulos mensais é de cerca de 50 minutos, contra 42 minutos dedicados às revistas semanais.

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Continente, Dentsu Media e VML lideram publicidade em setembro

No acumulado do ano, o Modelo Continente é o maior anunciante. Dentsu Media e VML lideram nas agências.

O Continente voltou a ser em setembro o maior anunciante do país, posição que não ocupava desde abril. A marca liderada por Filipa Appleton investiu a preços de tabela — ou seja, sem os descontos negociados com os meios — 58,7 milhões de euros em publicidade. Destes, e sempre a preços de tabela, 57,1 milhões foram canalizados pera televisão, 926 mil para rádio, 383 mil para internet, 215 mil para imprensa e 65 mil euros para outdoor, mostra o relatório mensal elaborado pela MediaMonitor.

No último mês, na segunda posição surge a Vodafone Portugal, com 51 milhões de euros, e na terceira a Unilever-Fima, com 38,9 milhões. Ediclube, Lidl, Renault, L’Oréal Portugal, Nos, Pingo Doce e Procter & Gamble encerram o ranking dos 10 maiores anunciantes do país.

Nas agências de meios há troca de posições, com a Dentsu Media a subir ao primeiro lugar e a Arena a passar para o segundo, ao contrário do que aconteceu em agosto. Seguem-se a Wavemaker e OMD, que também trocaram de posições, a Initiative, a Zenith, a EssenceMediacom, a Havas Media, a Mindshare e, a fechar o top 10, a Starcom MediaVest Group.

No ranking das maiores agências criativas também há trocas de posições, com a VML a subir um posto, para a primeira posição, a Fuel a subir à segunda e a O Escritório a descer à terceira.

No acumulado dos primeiros nove meses do ano, os maiores anunciantes continuam a ser Modelo Continente, Unilever Fima e Ediclube. A Dentsu Media, OMD e Arena continuam a ocupar as primeiras posições do ranking das agências de meios, mas agora com a agência liderada por Samuel Godinho a subir da terceira para a primeira posição, a agência dirigida por Bernardo Rodo a descer à segunda e a maior agência do grupo Havas a passar para a terceira. Nas criativas, VML, Fuel e O Escritório mantém as primeiras posições.

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Barcelos lidera subida do preço das casas. Matosinhos e Coimbra têm as maiores descidas

Valores da habitação aceleram em metade dos maiores municípios. Preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal regista crescimento homólogo de 6,6% no segundo trimestre.

Os preços das casas voltaram a crescer no segundo trimestre do ano. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “ocorreu uma aceleração dos preços da habitação em 12 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes“. Barcelos liderou a subida, enquanto Matosinhos e Coimbra registaram uma desaceleração homóloga.

“No 2.º trimestre de 2024, o preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal foi 1.736 €/m2, representando um acréscimo de 5,6% em relação ao 1.º trimestre de 2024 e de 6,6% relativamente ao trimestre homólogo“, refere o INE, acrescentando que a taxa homóloga ficou acima da registada no trimestre anterior, que se situou em 5%.

Entre os maiores 24 municípios, Barcelos liderou a subida de preços, tendo apresentado o maior acréscimo, de 16,6 pontos percentuais (p.p.), enquanto Matosinhos (-17,6 p.p.) e Coimbra (-15,9 p.p.) registaram as maiores descidas face a igual período do ano passado. Já o município do Porto registou um decréscimo de 4,8 p.p. e o de Lisboa um acréscimo de 0,1 p.p.

O INE destaca ainda que todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto, com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional. “Deste conjunto de 17 municípios, nove apresentaram taxas de variação homóloga superiores à nacional (6,6%), destacando-se Odivelas com 15%”, refere o mesmo relatório.

Loures, com uma desaceleração homóloga de 2,2%, foi o único município deste grupo a apresentar um decréscimo relativamente ao trimestre homólogo.

Os municípios de Lisboa, Cascais e Oeiras continuam a apresentar os preços da habitação mais elevados, com uma avaliação média de 4.367 euros por metro quadrado, 3.994 €/m2 e 3.360 €/m2, respetivamente.

Estrangeiros puxam pelos preços

As transações com compradores estrangeiros continuam a puxar pelos preços da habitação em Portugal. No 2.º trimestre de 2024, o valor mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foi 2.454 €/m2 (mais 1,9% do que no trimestre homólogo) e o das transações envolvendo compradores com domicílio fiscal em território nacional foi 1.702 €/m2 (mais 7,2% do que no trimestre homólogo).

As cinco sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro).

“As sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados apresentaram também os valores mais elevados envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro e em território nacional: Grande Lisboa (4.958 €/m2 e 2.749 €/m2, respetivamente), Algarve (3.242 €/m2 e 2.600 €/m2), Região Autónoma da Madeira (2.808 €/m2 e 2.000 €/m2), Península de Setúbal (2.333 €/m2 e 2.041 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (2.960 €/m2 e 1.930 €/m2)”, refere o INE.

Nas sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano (€/m2) das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou em 80,4% e 53,4% o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional.

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Montenegro fez queixas de vídeos falsos com a sua imagem criados por IA

  • Lusa e ECO
  • 22 Outubro 2024

Primeiro-ministro denuncia que estão a circular vídeos falsos criados com inteligência artificial (IA) em que surge a fazer declarações que nunca proferiu, incluindo a promover produtos financeiros.

O primeiro-ministro revelou na segunda-feira que, desde que tomou posse, já apresentou “três ou quatro queixas” por ter sido alvo de cibercrime, com vídeos a circularem que replicavam a sua imagem e voz, designadamente para vender produtos financeiros.

Luís Montenegro fez esta revelação durante um discurso na sede nacional da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, no âmbito da cerimónia do 79.º aniversário daquele órgão de polícia criminal, no qual salientou que o seu Governo assumiu como uma das suas prioridades o combate à cibercriminalidade.

O chefe do executivo salientou que a cibercriminalidade “é objetivamente uma das matérias que mais coloca em causa” a segurança e, muitas vezes, “a preservação da própria identidade”.

“Estava-me a lembrar que eu, desde que sou primeiro-ministro, já apresentei umas três ou quatro queixas – vou partilhar isto hoje convosco – porque, de repente, enviavam-me, amigos, intervenções minhas que não eram minhas, mas era a minha cara que aparecia e a minha voz”, afirmou, referindo-se a uma técnica chamada deep fake e salientando que muitas vezes ficou ele próprio a duvidar se teria dito alguma coisa de que não se lembrava.

“Uma das últimas que me enviaram — não sei em que pé esta essa investigação, também não perguntei — era o primeiro-ministro de Portugal, que está aqui a falar-vos, mais ou menos numa circunstância parecida, a vender um produto financeiro”, acrescentou.

Utilização de português do Brasil denuncia falsidade

Luís Montenegro referiu que “o que vale é que estes instrumentos de inteligência artificial ainda não são suficientemente robustos e ainda têm, no caso de quem fala português, uma tendência para usar o português do Brasil”.

“Portanto, percebe-se facilmente que não podia ser eu a dizer algumas coisas. Mas a dimensão do desafio que hoje todos nós enfrentamos – e quem está no terreno a investigar a criminalidade não pode deixar de ter em conta – é brutal”, frisou, antes de acrescentar que “adulterar a verdade com um impacto destes é uma coisa avassaladora”.

“Já não estou a falar de todos os outros crimes possíveis no ciberespaço – e que são muitos, de natureza patrimonial – mas este é mesmo de natureza identitária e qualquer um de nós pode estar sujeito a ser responsabilizado por tudo e qualquer coisa que alguém se lembre de promover”, referiu.

O que vale é que estes instrumentos de inteligência artificial ainda não são suficientemente robustos e ainda têm, no caso de quem fala português, uma tendência para usar o português do Brasil.

Luís Montenegro

Primeiro-ministro

Como noticiou o ECO esta terça-feira, dias antes, o diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança (GNS), António Gameiro Marques, alertou para os problemas que o flagelo dos deep fakes irá provocar na sociedade: “Dentro de muito pouco tempo, [para] nós, seres humanos, seres de hidrogénio e de carbono, vai-nos ser extremamente difícil distinguirmos entre a verdade e a mentira, se consumimos informação só de uma fonte.”

“Gostava que todos vós pensassem no recato das vossas casas, ou quando quiserem, no impacto que isto terá nas democracias. Nunca como hoje foi importante nós humanizarmos a tecnologia, socializarmos, aumentarmos a nossa capacidade de socialização, por oposição a recolhermo-nos nas nossas redes sociais e interagirmos com o mundo real através de algo que nos virtualiza esse mundo real”, afirmou o contra-almirante numa conferência na Fundação Champalimaud, que decorreu no último sábado à tarde.

Governo “altamente comprometido” no combate a todo o tipo de criminalidade

Neste discurso, o chefe do executivo frisou que o seu Governo está “altamente comprometido” em combater todo o tipo de criminalidade, mas assumiu como prioridade, além do cibercrime, o combate à corrupção e à criminalidade que diz respeito ao tráfico de seres humanos e aos direitos das pessoas.

Sobre este último tipo de criminalidade, Montenegro frisou que o tráfico de seres humanos é precisamente “o único ponto de contacto entre uma imigração que não tem regulação e os níveis de segurança”, voltando a rejeitar que haja qualquer correlação entre a imigração e o aumento da criminalidade.

“Não que os imigrantes não sejam como aos nossos nacionais: todos cometem crimes. Nós sabemos que as nossas prisões têm cerca de 15% a 17% de reclusos que são originários do estrangeiro. Estaremos mais ou menos, em termos de correlação, a acompanhar aquilo que é o desenho social que hoje temos em Portugal”, disse.

No entanto, no que se refere ao combate ao tráfico de seres humanos, o primeiro-ministro frisou que, “quando não há capacidade de controlar as entradas de imigração, há um aproveitamento de redes que estão estabelecidas”.

“E esse combate é mesmo um combate que nós temos de vencer para erradicar esse crime e valorizar aquilo de que verdadeiramente o país precisa, que é de mão-de-obra qualificada, pessoas que venham para Portugal ajudar o país a crescer e que venham estabelecer-se. E eu não tenho nenhum problema em dizer isto desta maneira: que venham para ser novos portugueses”, disse.

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Famílias rejeitam Certificados de Aforro há 11 meses. Estado já “perdeu” 171 milhões de euros este ano

Desde outubro do ano passado que, mês após mês, o saldo de subscrições líquidas é negativo. Só este ano, o stock de Certificados de Aforro já baixou mais de 171 milhões de euros.

As famílias continuam a chumbar os Certificados de Aforro. Há 11 meses consecutivos que as subscrições líquidas destes títulos de dívida do Estado desenhados para o retalho são negativas. Significa que, desde novembro do ano passado, o montante dos resgates de Certificados de Aforro têm sido repetitivamente superiores às subscrições.

Só em setembro, o stock de Certificados de Aforro “emagreceu” 0,1%, quase 35 milhões de euros, para 33,9 mil milhões de euros, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal. É preciso recuar sete anos, até setembro de 2017, para se assistir a uma retirada mensal absoluta tão grande do investimento nestes títulos de dívida do Estado.

Segundo dados do Banco de Portugal, este ano, as subscrições líquidas de Certificados de Aforro acumulam mais de 171 milhões de euros negativos, que se traduz numa queda de 0,5% do stock em 2024. Mais negativo que este saldo só em 2018, quando nos primeiros nove meses do ano o stock de Certificados de Aforro caiu 0,7% em quase 80 milhões de euros, depois de em 2017, no mesmo período, o saldo ter minguado 6,5% ou cerca de 835 milhões de euros.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Mas não são apenas os Certificados de Aforro a serem rejeitados pelas famílias. Também os Certificados do Tesouro continuam a não merecer a confiança dos pequenos investidores: há 35 meses consecutivos (desde novembro de 2021) que o volume dos resgates destes títulos de dívida do Estado é superior às subscrições.

Segundo dados do Banco de Portugal, só em setembro, as subscrições líquidas dos Certificados do Tesouro superaram os 69 milhões de euros negativos, levando a uma queda de 0,68% do stock para 10,1 mil milhões de euros. Este ano, o montante aplicado nestes títulos de dívida acumula uma saída de mais de 931 milhões de euros.

Somando o comportamento dos dois títulos de dívida do Estado este ano, significa que em 2024 a República viu esfumar-se mais 1,1 mil milhões de euros dos títulos de dívida do Estado desenhados para as famílias.

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