CCPJ vai analisar os casos públicos de queixas sobre quem exerce jornalismo sem carteira

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

A Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas diz estar a ser "confrontada" com o facto de pessoas exercerem a profissão sem o título profissional e diz não ter meios de fiscalização.

A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), apesar de não ter meios para fiscalizar quem exerce a profissão sem estar habilitado, disse hoje que vai analisar todos os casos públicos e as queixas apresentadas.

Esta posição surge depois do Diário de Notícias (DN) ter noticiado que o primeiro-ministro deu uma entrevista, “num espaço de informação, a Maria João Avillez, que não possuiu carteira profissional desde 2008“. Na sequência disso foi também noticiado pelo Página Um que havia vários outros profissionais a exercer profissão sem estarem habilitados pela lei para tal.

Em comunicado, o secretariado da CCPJ refere que, nos últimos dias, tem vindo a ser “confrontado com o facto de diversas pessoas estarem a exercer profissionalmente as funções de jornalista em diferentes órgãos de comunicação social sem que para tal estejam legalmente habilitadas“.

Isto além de, “publicamente, alguns destes cidadãos assumirem que para exercer a profissão de jornalista não é obrigatório ter a carteira profissional, o que não corresponde à verdade“, aponta o órgão, sublinhando que para se exercer esta atividade em Portugal “é obrigatório, à luz da lei, possuir a carteira profissional válida emitida pela CCPJ“.

Perante isso, “pese este organismo independente de direito público não ter meios para fiscalizar todos quantos possam estar a praticar atos próprios da profissão (descritos no n.º 1 do artigo 1.º do EJ – Estatuto do Jornalista) sem que para tal estejam habilitados nos termos da lei, ou empresas que mantém ao seu serviço pessoas que exercem a atividade jornalística sem estarem habilitadas, o secretariado da CCPJ não deixará de analisar todos os casos que vierem a público, assim como as queixas apresentadas, e agir em conformidade com a lei”.

Ora, “se uma das missões fundamentais dos jornalistas é o escrutínio dos poderes públicos em relação ao cumprimento das leis, a CCPJ considera incompreensíveis algumas manifestações públicas por parte de alguns jornalistas, ou de quem se considera jornalista, (não estando no entanto no ativo) de desafio e até de soberba, considerando-se acima das leis, apenas porque não gostam ou não concordam com elas”.

Até porque, acrescentam, “estas atitudes alimentam desinformação e agravam a iliteracia” em relação à condição e ao estatuto dos jornalistas na sociedade. A profissão de jornalista em Portugal, lembra o secretariado da CCPJ – à semelhança de muitos outros países do mundo e em particular na Europa – é regulamentada e constitucionalmente protegida.

De acordo com o EJ, “é condição do exercício da profissão de jornalista a habilitação com o respetivo título, o qual é emitido e renovado” pela CCPJ. “O facto de se praticar atos próprios da profissão não faz dessa pessoa jornalista. Assim como, o facto de o ter sido no passado, independentemente do número de anos em que legalmente desempenhou funções, garante que pode exercer presentemente a profissão de jornalista, identificar-se e ou permitir que o identifiquem como jornalista, sem que para tal esteja munido da respetiva carteira profissional atualizada, de acordo com a legislação em vigor”, alerta o órgão.

A violação da lei que estabelece a obrigatoriedade de ser portador de acreditação profissional válida, emitida e renovada pela CCPJ, “configura uma contraordenação nos termos do artigo 20.º do Estatuto do Jornalista”, assim “como, um eventual crime de usurpações de funções em observância ao artigo 358.º, n.º 1, alínea b) do Código Penal”.

Além disso, “nenhuma empresa com atividade no domínio da comunicação social pode admitir ou manter ao seu serviço, como jornalista, indivíduo que não se mostre habilitado com a carteira profissional e a violação desta norma constitui uma contraordenação, tal como está consagrado no Estatuto do Jornalista”, conclui.

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Rádio Comercial e RFM separadas por três pontos

A Bauer Media Áudio Portugal obtém agora uma AAV de 30,1% e o Grupo Renascença Multimédia de 24,1%. TSF e Rádio Observador estão separadas por 1,2 pontos percentuais.

Três pontos percentuais (pp) separam a Rádio Comercial e a RFM na vaga de setembro do Bareme Rádio. De acordo com a quarta vaga do estudo, a estação do grupo Bauer Media Áudio Portugal obteve uma AAV (Audiência Acumulada de Véspera) de 19,6 % (+0,2 pp do que na terceira vaga), um reach semanal de 38,9% (o mesmo da terceira vaga) e um share de audiência de 26,2 % (25,7% na segunda vaga).

A RFM, por sua vez, apresenta uma AAV de 16,6% (+0,4 pp), um reach semanal de 36,7% (em linha com a vaga anterior) e um share de audiência de 19,1 % (17,1% na terceira vaga).

Na terceira posição permanece a M80, com uma AAV de 8,8% (+0,2 pp), um reach semanal de 20,3% (+0,4 pp) e um share de audiência de 10,7% (+0,6 pp).

A Rádio Renascença mantém-se na quarta posição com uma AAV de 6,6% (-0,2 pp), e na quinta, com 4,8%, surge agora a Antena 1, que ultrapassou a Cidade FM, estação que perdeu 0,8 pp, situando-se agora nos 4,4%.

A TSF mantém uma AAV de 3,2%, um reach semanal de 7,3% (-0,6 pp) na vaga anterior) e um share de audiência de 3,2% (2,4% na vaga anterior). Seguem-se a Mega Hits (3,1%) e a Rádio Observador e a Antena 3, ambas com uma AAV de 2% (embora em reach semanal e em share de audiência a estação mais jovem da RTP ganhe vantagem).

Smooth FM (0,9%), Rádio Nova Era (0,5%), Antena 2, Estação Orbital e a R. Sudoeste, as três com 0,4%, são as restantes estações que surgem com referência a audiência acumulada de véspera nesta quarta vaga do estudo de audiências de rádio.

Por grupos, a Bauer Media Áudio Portugal obtém agora uma AAV de 30,1% (30,5% na terceira vaga) e o Grupo Renascença Multimédia de 24,1% (24% na segunda vaga). O reach semanal do grupo liderado por Salvador Bourbon Ribeiro situou-se nos 52,8% (-0,8 pp) e o do grupo Renascença Multimédia nos 50,6% (+0,1 pp). O share de audiência do grupo Bauer é de 42,3% (43,2 na terceira vaga) e o do grupo Renascença Multimédia de 27,8% (26,3% na vaga anterior).

O grupo RTP regista uma AAV de 6,9% (em linha), um reach semanal de 15,3% (versus 14,9%) e um share de audiência de 7,3% (7,4%, na anterior).

Em comunicado, a Bauer Media Áudio Portugal destaca que a Rádio Comercial mantém liderança em todos os indicadores e reforça nos 25-34 anos. A M80 Rádio alcança maior audiência de sempre, com mais de 756 mil ouvintes diários e a Cidade FM é a estação mais ouvida entre os mais jovens.

O Grupo Renascença Multimédia, por seu lado, destaca ser o único grupo que sobe em AAV e share, que a RFM e Mega Hits são as rádios que mais sobem e que a Renascença cresce nas classes A/B e nos quadros médios e superiores.

As entrevistas que integram esta quarta vaga da ano do Bareme Rádio, o estudo regular de audiências elaborado pela Marktest, foram recolhidas entre 2 de maio e 23 de setembro. Para a análise foram consideradas válidas 6.032 entrevistas.

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EUA sancionam setor petrolífero do Irão

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

As sanções visam o conjunto do setor, incluindo 20 petroleiros, bem como empresas com sede no estrangeiro, acusados de envolvimento no transporte de petróleo e matérias petroquímicas iranianas.

Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira a imposição de uma série de sanções à indústria petroquímica iraniana, em “resposta ao ataque de 1 de outubro a Israel, o segundo ataque direto deste ano”.

Segundo um comunicado do Departamento do Tesouro norte-americano, as sanções visam o conjunto do setor, mas também cerca de 20 petroleiros, bem como empresas com sede no estrangeiro, todos eles acusados de envolvimento no transporte de petróleo e matérias petroquímicas iranianas.

“Esta ação intensifica a pressão financeira sobre o Irão, limitando a capacidade do regime para obter receitas energéticas essenciais para minar a estabilidade na região [do Médio Oriente] e atacar parceiros e aliados dos Estados Unidos”, lê-se no comunicado.

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Esta é a chave do Euromilhões. Prémio sobe para 29 milhões de euros

  • ECO
  • 11 Outubro 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 29 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 29 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 11 de outubro:

Números: 16, 23, 32, 46 e 49

Estrelas: 4 e 5

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Rangel considera “inaceitável” ataque de Israel contra missão da ONU no Líbano

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que se vive "uma situação muito preocupante" e apelou à contenção "de todos, mas em particular" de Israel.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou esta sexta-feira “inaceitáveis” os ataques de que a força de manutenção de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) foi alvo, considerando que Israel está a “usurpar” a sua legitimidade para atuar.

Falando no final da XI Cimeira dos Países do Sul da União Europeia (MED9) em Pafos, Chipre, e que foi dominada pelo alastramento do conflito no Médio Oriente com as operações militares israelitas no Líbano, que entre quinta-feira e esta setxa provocaram feridos entre os ‘capacetes azuis’ da ONU, Rangel considerou que se vive “uma situação muito preocupante” e apelou à contenção “de todos, mas em particular” de Israel.

O chefe da diplomacia considerou “inaceitável que haja uma ação deliberada contra as forças da ONU que estão no Líbano”, apontando que na reunião de líderes do MED9 – na qual representou Portugal em substituição do primeiro-ministro, Luís Montenegro – foi possível ter “informação muito circunstanciada sobre essa matéria, porque tanto a França, como a Itália, como a Espanha [três países que também integram o MED9] têm efetivos em número relevante no Líbano, justamente em missões de paz das Nações Unidas”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou ainda “perfeitamente normal” ter substituído o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na cimeira de líderes dos países do sul da União Europeia, em Chipre, dada a “conjuntura de apresentação do orçamento”. Ao ser questionado sobre se faz sentido o primeiro-ministro não ter viajado até Chipre dado já não haver negociações em curso sobre o OE2025, apresentado na véspera pelo Governo na Assembleia da República, considerou que “foi a opção certa” e que todos os líderes compreendem.

“O momento de apresentação do orçamento é sempre um momento politicamente muito relevante e, portanto, é manifestamente compreensível que o primeiro-ministro não tenha estado”, disse, acrescentando a sua convicção de que a representação de Portugal fez-se de forma “cabal”. “Aliás, sobre estas matérias, o primeiro-ministro estará no Conselho de Cooperação do Golfo [com União Europeia], na quarta-feira ao princípio da tarde, e depois terá Conselho Europeu na quinta e sexta-feira, e portanto terá oportunidade de debater os temas que aqui foram debatidos, todos, sem exceção”, sublinhou.

Reiterando que a ausência do chefe de Governo se deveu à “conjuntura de apresentação do orçamento, que, aliás, aqui toda a gente compreende”, Paulo Rangel disse considerar que “foi a opção certa neste momento” e sem “nenhum impacto”, dado que os temas hoje abordados serão aprofundados nas reuniões de líderes agendadas para a próxima semana em Bruxelas. “E, como podem imaginar, já amanhã [sábado] estarei com o primeiro-ministro também para lhe relatar qual foi o resultado desta cimeira e, portanto, sinceramente, isto é perfeitamente normal”, reforçou.

Ainda sobre o Orçamento de Estado para 2025, cuja aprovação não está garantida, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros reafirmou a sua convicção de que a proposta orçamental adotada e apresentada pelo Governo “vai à procura do consenso e não há nenhuma razão para que não seja viabilizado”. “O Governo apresentou uma proposta que é de grande abertura, que tem todas aquelas linhas que foram negociadas com o PS, sem exceção […]. Portanto, há 100% de adesão àquelas que foram as linhas gizadas pelo PS”, apontou.

De acordo com o ministro, “numa situação de grande perturbação e turbulência internacional, numa situação em que temos o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para executar, sinceramente ninguém compreenderia que, com esta abertura e esta capacidade de diálogo que o Governo demonstrou, o orçamento não seja aprovado”.

Na quinta-feira, o gabinete do primeiro-ministro emitiu um comunicado a anunciar que “a representação de Portugal na Cimeira dos Países do Sul da União Europeia, também chamado MED9, no Chipre, vai ser assegurada pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel”, embora inicialmente estivesse prevista a presença de Luís Montenegro, dado tratar-se de uma reunião ao nível de chefes de Estado e de Governo.

As dúvidas em torno da viabilidade da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, que o Governo adotou sem um acordo fechado com o PS, já haviam levado o Presidente da República a adiar as viagens à Estónia e à Polónia previstas também para esta semana, com Marcelo Rebelo de Sousa a argumentar que fazia mais sentido “acompanhar de perto” as negociações em curso, alegando que “os portugueses não iriam compreender” se tivesse outra atitude.

Após a entrega de hoje da proposta orçamental no parlamento e a apresentação pelo ministro das Finanças, a primeira votação, na generalidade, está agendada para 31 de outubro. Segue-se o chamado debate na especialidade, nas comissões parlamentares, onde os ministros vão apresentar o orçamento das suas áreas, e o processo termina com a votação final global, em 29 de novembro.

Com a atual composição do parlamento, onde PSD e CDS não têm maioria absoluta, o OE2025 pode ser aprovado, à esquerda, com a abstenção do PS ou, à direita, com os votos dos 50 deputados do Chega. Luis Montenegro não deu sinais, até agora, de um entendimento à direita.

(Notícia atualizada às 20h39 com mais informação)

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Associação Portuguesa dos Anunciantes tem nova imagem

  • + M
  • 11 Outubro 2024

"Alinhada com as necessidades dos anunciantes, esta nova imagem reforça o nosso papel de liderança na comunicação comercial em Portugal, agora e no futuro", resume a presidente Filipa Appleton.

A voz das marcas. É esta a nova assinatura da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), a partir desta sexta-feira com uma nova identidade visual, “simbolizando uma transformação profunda e um passo estratégico para reforçar a sua relevância e influência no setor da comunicação comercial”.

O rebranding, assinado pela Mediaway, pretende refletir o compromisso de dar voz aos anunciantes e, em simultâneo, acompanhar as tendências da comunicação no mundo digital e tradicional.

“Este rebranding representa uma nova fase na história da APAN, onde a nossa missão de amplificar a voz dos anunciantes se torna ainda mais clara e impactante. Queremos que a nossa marca seja um reflexo do dinamismo do setor e da capacidade de adaptação às mudanças no mercado“, afirma Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da associação.

A nova identidade será aplicada em todos os seus canais de comunicação, incluindo o site, redes sociais, newsletters e materiais físicos na sede. A escolha da tipografia Goli e a simplicidade das formas visuais refletem o desejo de uma comunicação limpa, moderna e sem ruído, focada na clareza e na legibilidade, explica a associação.

“A nova identidade da APAN vai muito além de uma simples mudança visual. Ela representa a nossa renovada ambição e o compromisso de sermos uma entidade moderna e inovadora. Alinhada com as necessidades dos anunciantes, esta nova imagem reforça o nosso papel de liderança na comunicação comercial em Portugal, agora e no futuro”, resume Filipa Appleton, presidente da APAN.

A associação tem 83 associados efetivos e nove aderentes, que representam no seu conjunto um volume de vendas superior 46 mil milhões de euros, mais de 75 mil postos de trabalho diretos e cerca de 80% do investimento publicitário no país.

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Haitong Bank lança oferta particular de compra de obrigações até 106,8 milhões

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

“A oferta é dirigida exclusivamente a investidores qualificados e decorrerá entre 14 de outubro de 2024 e 22 de outubro de 2024", indica o banco.

O Haitong Bank lançou esta sexta-feira uma oferta particular de compra de obrigações até 106,8 milhões de euros para “otimizar liquidez e margem” da instituição, segundo um comunicado divulgado esta sexta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Assim, a entidade indicou que “na prossecução da sua estratégia financeira, para otimizar liquidez e margem, procedeu hoje ao lançamento de uma oferta particular de compra, até ao valor nominal global máximo de 106.800.000 euros, de obrigações representativas do empréstimo obrigacionista denominado ‘€230,000,000 Floating Rate Senior Guaranteed Notes due 2025’, emitidas pelo Haitong Bank, S.A. a 08 de fevereiro de 2022” e que tinham data de vencimento em 8 de fevereiro de 2025.

“A oferta é dirigida exclusivamente a investidores qualificados e decorrerá entre 14 de outubro de 2024 e 22 de outubro de 2024, conforme detalhado nos documentos da oferta, disponíveis no website do Haitong Bank, S.A.”, indicou.

Segundo a entidade, em caso de válida aceitação das respetivas ordens no âmbito da oferta, os titulares das obrigações terão direito, por cada obrigação, a receber o respetivo valor de capital em dívida e os juros corridos entre o primeiro dia do período de juros em curso e a data de liquidação da oferta.

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Ministérios com mais autonomia para gerir cativações

Para 2025 estão cativos 1,02 mil milhões, um aumento face aos 915,6 milhões de 2024: 515 milhões da dotação provisional e 514,3 milhões de reserva orçamental. Objetivo é fazer face a imprevistos.

Os ministérios vão ter mais autonomia para gerir as cativações. Com uma alteração na proposta de Orçamento do Estado para 2025, o primeiro-ministro dá mais liberdade, mas também mais responsabilidade à sua equipa.

Há semelhança do Orçamento anterior há uma parte das despesas que estão cativas e que os serviços não podem mexer a não ser com autorização do membro do Governo responsável por essa área e a título excecional. Em causa estão 12,5% das despesas afetas a projetos não cofinanciados com fundos europeus; 15% das dotações iniciais destinadas à aquisição de bens e serviços, inscritas nos orçamentos de atividades dos serviços, e 25% das das verbas reservadas para papel, deslocações e estadias, estudos, pareceres projetos e consultadoria. dependente de autorização das Finanças está parte das despesas correntes.

Mas a lei previa um largo conjunto de exceções, elencadas na lei e que desapareceram da redação da proposta de lei do OE2025. Fonte oficial do gabinete de Joaquim Miranda Sarmento explicou que esta alteração “confere mais autonomia, mas também mais responsabilidade aos ministros”.

A alteração do artigo 3º confere mais autonomia, mas também mais responsabilidade aos ministros.

Fonte oficial do Ministério das Finanças

Recorde-se que no Orçamento do Estado para 2024, o então ministro das Finanças, Fernando Medina, passou do Ministério das Finanças para os ministros setoriais a responsabilidade de libertar as cativações. Uma opção que o atual Governo manteve e alargou. Mas as reservas orçamentais continuam dependentes da autorização das Finanças e o OE2025 foi construído os mesmos pressupostos já que os vários serviços e departamentos ministeriais foram obrigados a manter, como em anos anteriores, uma reserva de 2,5% de toda a sua despesa na elaboração do documento.

De acordo com a proposta de OE2025 são 1,02 mil milhões de euros que estão cativos, um aumento face aos 915,6 milhões de 2024. Em causa estão 515 milhões de euros da dotação provisional, que são “objeto de afetação às dotações de despesa em que seja necessário o respetivo reforço, por decisão do membro do Governo responsável pela área das Finanças” e 514,3 milhões de reserva orçamental, “que corresponde a uma dotação equivalente a 2,5% dos orçamentos das entidades da Administração Central, constituindo uma margem orçamental no âmbito do programa, passível de ser utilizada no decurso da execução para acorrer a necessidades que se venham a revelar”, lê-se na proposta de Orçamento.

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Mais de 100 países ao lado de Guterres após Israel o considerar persona non grata

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

Medidas, como a aprovada pelo Governo israelita contra Guterres, "minam a capacidade das Nações Unidas para cumprir o seu mandato", incluindo a mediação de conflitos, indica a missiva.

Mais de 100 países, incluindo Portugal, subscreveram esta sexta-feira uma carta de apoio ao secretário-geral da ONU, António Guterres, depois de Israel o ter declarado persona non grata pela forma como condenou o ataque do Irão a Telavive.

“Este apoio significativo reflete o apoio maioritário da comunidade internacional ao trabalho do chefe do órgão e ao papel das Nações Unidas”, refere uma declaração emitida por iniciativa do Chile e inicialmente apoiada pelo Brasil, Colômbia, África do Sul, Uganda, Indonésia, Espanha, Guiana e México. O documento adverte que tais medidas, como a aprovada pelo Governo israelita, “minam a capacidade das Nações Unidas para cumprir o seu mandato”, incluindo a mediação de conflitos.

“No Médio Oriente, isto pode atrasar ainda mais o fim de todas as hostilidades e o estabelecimento de uma via credível para uma solução de dois Estados, com dois países a viverem lado a lado em paz e segurança”, afirmam as 105 nações, entre as quais figuram também a Alemanha e os Estados Unidos.

“Em tempos de tensão acrescida, o papel do secretário-geral é essencial para fomentar o diálogo e promover a paz e a compreensão. […] O seu trabalho continua a ser crucial para assegurar o diálogo, facilitar os esforços humanitários e promover a paz e a estabilidade em todo o mundo”, observaram.

“Reafirmamos o nosso total apoio e confiança no secretário-geral e no seu trabalho. Confiamos no seu empenho em prol da paz e da segurança e no cumprimento do direito internacional […] e das resoluções pertinentes da ONU relativas à situação no Médio Oriente”, reafirmaram.

Os cerca de 100 países exortaram todas as partes a trabalhar de forma construtiva com a ONU para alcançar uma solução sustentável e justa através dos canais diplomáticos e a evitar “ações que possam minar o papel fundamental das Nações Unidas”. A 2 deste mês, através do chefe da diplomacia israelita, Israel Katz, o Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, declarou Guterres persona non grata.

Katz criticou fortemente Guterres por não ter “condenado inequivocamente o odioso ataque de mísseis do Irão” um dia antes contra território israelita e acusou-o de ser um “secretário-geral anti-israelita que apoia terroristas, violadores e assassinos”. As relações entre a ONU e Israel – um Estado criado por uma resolução da ONU aprovada em 1947 – têm sido notoriamente difíceis e estão no seu ponto mais baixo desde 07 de outubro de 2023, data do ataque sem precedentes conduzido pelo grupo extremista palestiniano Hamas contra território israelita, que desencadeou a guerra em curso na Faixa de Gaza.

Dias depois, durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, em que participaram os embaixadores de Israel e do Irão, António Guterres veio “condenar, mais uma vez, nos termos mais fortes, o ataque maciço de mísseis do Irão contra Israel”. No entanto, condenou os dois inimigos declarados, denunciando o “ciclo doentio” de violência numa região à beira de um “precipício”.

A 1 deste mês, o Irão bombardeou Israel com mísseis, em retaliação pelos assassinatos do líder da milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano em Beirute, bem como do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão. Na sequência do ataque, Israel afirmou que irá responder, ao que o Irão insistiu que irá ripostar com mais força.

Israel intensificou os bombardeamentos no Líbano desde 23 de setembro, depois de uma ofensiva de 11 meses na Faixa de Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita. O Hezbollah, apoiado pelo Irão tal como o Hamas, atacou o norte de Israel a partir do sul do Líbano desde o início da guerra em Gaza em solidariedade com os palestinianos.

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“Que garantias de independência pode dar ao Parlamento?”. As 8 perguntas dos eurodeputados a Maria Luís

As audições aos comissários indigitados estão a menos de um mês de arrancar. Até lá, cada um dos candidatos terá 8 questões para responder. Eurodeputados pedem garantias de independência a Maria Luís.

Maria Luís Albuquerque, candidata a integrar o próximo colégio de comissários, já tem do seu lado um conjunto de questões do Parlamento Europeu às quais terá de responder até ao dia da audição, marcada para o dia 6 de novembro. Ao todo, a ex-ministra das Finanças terá de responder a oito perguntas – desde a sua competência geral e potenciais conflitos de interesse até ao mandato que pretende executar e o respetivo plano de ação. “Que garantias de independência pode dar ao Parlamento?”, é uma das questões colocadas pelos eurodeputados.

As perguntas foram divulgadas esta quinta-feira, dia em que foi conhecida a data de audição da candidata indigitada para os Serviços Financeiros da Comissão Europeia, no próximo mandato. Juntamente com o questionário, e numa página dedicada exclusivamente a Maria Luís Albuquerque no site do Parlamento Europeu, consta também o currículo e a declaração de interesses da antiga governante.

Esta última levantou algumas dúvidas entre os eurodeputados, já que Maria Luís Albuquerque entregou uma primeira declaração, em que indicava não ter quaisquer interesses financeiros de relevo. No documento, era apenas declarado a existência de imóveis de herança e de uma empresa – detida em conjunto com o marido e por onde faturava os serviços prestados nos últimos dois anos – mas que está em processo de liquidação, uma vez que se prepara para a mudança para Bruxelas. Isto se receber um parecer positivo depois da audição.

A Comissão dos Assuntos Jurídicos (JURI) – que ficou encarregue de escrutinar a declaração de interesses – enviou uma nova carta a Maria Luís (e a mais dez comissários cujas declarações pediam por mais esclarecimentos), a insistir se não havia mesmo interesses financeiros. No dia seguinte, vinham as explicações.

Além de frisar que a empresa que detém está em fase de liquidação, a responsável esclareceu o seu trabalho com a gestora portuguesa de fundos Horizon Equity Partners, entre 28 de dezembro de 2023 e 29 de agosto de 2024. No âmbito da atividade, Maria Luís Albuquerque foi membro do Conselho de Administração de uma sociedade, a HRRL Açores, criada para gerir as participações na Euroscut Azores.

Deixei o cargo quando fui anunciada como nomeada por Portugal para o colégio de comissários”, garante na resposta aos eurodeputados.

Esclarecimentos prestados e dúvidas liquidadas, Maria Luís – e os restantes candidatos – avança assim para a fase de audições, resistindo às críticas da oposição que acusam a antiga governante de ter um passado marcado por “portas giratórias”, uma vez que transitou, em 2016, do setor público (ministra das Finanças) diretamente para o setor privado (Global Arrow e depois em 2022 para o Morgan Stanley).

O processo de audição dos 26 candidatos irá decorrer entre 4 e 12 de novembro, estando a audição da portuguesa marcada para o dia 6. O escrutínio será conduzido pela Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON) e terá a duração de três horas e irá decorrer entre as 9h e as 12h.

Do ECON fazem parte os eurodeputados portugueses Lídia Pereira (PSD), Francisco Assis e Carla Tavares (ambos PS). Além desta Comissão, foram convidados a comparecer (e a inquirir) os eurodeputados da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (IMCO) – do qual faz parte Sebastião Bugalho (AD) – e a Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos (LIBE) – a qual integra Ana Miguel Pedro e Paulo Cunha (AD) e António Tânger-Corrêa (Chega), como membros suplentes.

Aos 57 anos, a antiga governante portuguesa é uma das 11 mulheres entre 27 nomes (uma quota de 40% para mulheres e de 60% de homens) do próximo executivo comunitário de von der Leyen, agora sujeitos a aval parlamentar, que tem como principal missão a competitividade económica comunitária.

Caso Maria Luís passe ao inquérito dos eurodeputados em novembro, e não seja proposta a uma segunda audição (ou não seja substituída, em caso de chumbo), a candidata indigitada integrará a proposta da presidente Ursula von der Leyen para a próxima Comissão Europeia que terá posteriormente de ser votada em bloco em Estrasburgo. O calendário aprovado pelo Parlamento Europeu prevê que o processo de audições termine a 21 de novembro para que a 1 de dezembro o novo executivo comunitário entre em funções.

As 8 questões dos eurodeputados aos comissários indigitados:

1. Competência geral, empenho europeu e independência pessoal

  • Que aspetos das suas qualificações e experiências pessoais são particularmente relevantes para se tornar Comissária e promover o interesse geral europeu, nomeadamente no domínio pelo qual será responsável? Como irá contribuir para a aplicação das orientações políticas da Comissão? Como irá implementar a integração da perspetiva do género em todas as áreas políticas da sua pasta?
  • Que garantias de independência pode dar ao Parlamento e como se certificará de que as suas atividades passadas, atuais ou futuras não poderão pôr em causa o desempenho das suas funções na Comissão?

2. Gestão da pasta e cooperação com o Parlamento Europeu

  • Compromete-se a informar devidamente o Parlamento Europeu sobre as suas ações e as dos seus serviços? Em que medida considera que deve prestar esclarecimentos perante o Parlamento Europeu?
  • Que compromissos específicos está disposta a assumir em termos de empenho e de presença no Parlamento Europeu – tanto em comissão como em sessões plenárias – à transparência, à cooperação e ao seguimento efetivo das posições e pedidos de iniciativas legislativas do Parlamento Europeu? Relativamente às iniciativas previstas ou aos procedimentos em curso, está V. Exa. disposta a fornecer ao Parlamento Europeu informações e documentos em tempo útil, em pé de igualdade com o Conselho?

Perguntas da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários:

União dos Mercados de Capitais (UMC)

  • Qual é a sua visão sobre a forma como irá desenvolver a UMC/União de Poupança e Investimento? Quais serão as medidas concretas e qual o calendário que tenciona adotar para a desenvolver? Em que medida esses planos terão em conta as recomendações específicas formuladas nos relatórios Letta, Noyer e Draghi?
  • Como tenciona continuar a desenvolver as infraestruturas de mercado (pós-comércio) da União como base para uma maior integração dos mercados? Considera que a recente revisão do EMIR (European Market Infrastructure Regulation) conseguirá levar a atividade de compensação de derivados denominados em euros para os centros financeiros da UE? Que medida tenciona tomar para conceber um produto de poupança e investimento simples e de baixo custo na União Europeia, a fim de assegurar um nível adequado de proteção dos pequenos consumidores e investidores e dos investidores, bem como aumentar a participação nos mercados de capitais? Que iniciativas tenciona adotar para melhorar a literacia financeira? Considera que as regras de titularização devem ser alteradas agora ou quando a UMC estiver plenamente executada, e de que forma poderão afetar a estabilidade financeira da União? Tenciona apresentar uma reforma legislativa para ajustar o quadro de supervisão dos mercados de capitais, tomando como exemplo o SSM (Single Supervisory Mechanism)?

União Bancária

  • Como tenciona dar prioridade à conclusão da União Bancária? De acordo com os parâmetros da sua carta de missão, qual será, em especial, o caminho a seguir para a criação de um Sistema Europeu de Seguro de Depósitos? Como tenciona abordar a questão da questão da consolidação bancária a nível da União? Está empenhada na plena aplicação das normas de Basileia III sem mais demoras?
  • As estruturas de financiamento paralelas que atualmente se encontram fora do perímetro regulamentar podem criar problemas, particularmente no que respeita aos aspetos macroprudenciais. Qual é a sua opinião sobre a ligação entre as instituições financeiras não bancárias e o sistema bancário tradicional e potenciais iniciativas a este respeito?

Finanças sustentáveis

  • Que outras medidas são necessárias para assegurar que a União Europeia continue a ser um líder mundial no domínio do sustentável, que o capital seja desbloqueado para investir na transição digital e ecológica e que o quadro de financiamento sustentável seja reforçado? Como tenciona trabalhar no sentido de criar uma base de referência internacional para o financiamento sustentável para aumentar a interoperabilidade e a eficácia das normas de financiamento sustentável em todas as jurisdições? Como tenciona simplificar, melhorar a facilidade de utilização, incluindo a redução dos encargos administrativos e de comunicação de informações, e racionalizar o quadro de financiamento sustentável, obtendo simultaneamente os resultados ambiciosos exigidos? Considera que que o atual regulamento relativo à divulgação de informações sobre o financiamento sustentável (SFDR) ajuda os pequenos investidores a avaliar os riscos de sustentabilidade e a tomar decisões de investimento informadas e considera que os produtos de investimento comercializados como sustentáveis devem obedecer a critérios mínimos de sustentabilidade?

Perguntas da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores:

  • Na carta de missão que lhe foi dirigida, a Presidente da Comissão Europeia pediu-lhe que assegurasse que as regras da UE ofereçam um nível adequado de proteção aos consumidores e aos investidores de retalho, permitindo-lhes tomar decisões informadas e aumentar a sua participação nos mercados de capitais em condições mais justas, em especial à luz da implantação de inteligência artificial (IA) no setor financeiro. Que medidas concretas, incluindo medidas legislativas tenciona adotar para alcançar os objetivos acima referidos? Para o efeito, solicita-se a elaboração de uma estratégia de literacia financeira. Qual é o seu plano e as medidas que tenciona tomar para desenvolver esta estratégia?

Pergunta da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos

  • A sua missão consistirá em continuar a trabalhar no domínio das finanças digitais, bem como na aplicação do novo pacote de medidas contra o branqueamento de capitais. Que medidas prevê tomar para avaliar a implantação de sistemas de IA no setor financeiro, incluindo a sua conformidade com os requisitos específicos para sistemas de IA de alto risco previstos na Lei da IA (tais como como os sistemas de gestão dos riscos ou as avaliações de impacto sobre os direitos fundamentais)? Que medidas prioritárias tenciona tomar para aplicar eficazmente o novo conjunto único de regras em matéria de luta contra o branqueamento de capitais, em especial no que diz respeito ao setor financeiro, mas também ao setor não financeiro, bem como os novos poderes, competências e instrumentos atribuídos às unidades de informação financeira a fim de prevenir, detetar e combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo?

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Novos escalões de IRS aquém do acordo para subir salários

Atualização em 4,6% fica 0,1 pontos abaixo do referencial para aumentos definido em concertação social. Finanças esclarecem que a "neutralidade fiscal" não estabelece uma ligação entre as duas regras.

A atualização dos escalões do IRS em 4,6%, que consta da proposta da Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e que irá permitir um alívio fiscal, ignora o referencial para aumentos salariais de 4,7% definido no acordo assinado pelo Governo e parceiros sociais (exceto CGTP), em sede de concertação social, de acordo com uma resposta do Ministério das Finanças ao ECO.

“O acordo tripartido, quando refere neutralidade fiscal, não estabelece uma ligação com o referencial de 4,7%, relevante para o incentivo à valorização salarial”, segundo fonte oficial do gabinete do ministro Joaquim Miranda Sarmento. Isto significa que não há garantia de plena neutralidade fiscal, uma vez que os trabalhadores dependentes que beneficiem de tal subida nos ordenados poderão ver o imposto agravado ao passarem para um nível de tributação mais elevado, com uma taxa mais alta.

A tutela esclarece que a atualização dos limiares dos nove patamares de rendimento “é a que resulta da lei”, que foi aprovada pelo Parlamento, por proposta do PSD. Essa regra estabelece que os escalões devem estar indexados a uma fórmula que tem em conta o deflator do PIB e o PIB por trabalhador.

“O quantitativo em euros correspondente aos limites inferiores e superiores dos escalões de rendimento coletável previstos na referida norma é atualizado anualmente, mediante a aplicação aos referidos limites da taxa de variação do deflator do produto interno bruto (PIB) e da taxa de variação do PIB por trabalhador, apuradas com base nos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no terceiro trimestre do ano anterior à entrada em vigor da Lei do Orçamento do Estado”, de acordo com o mesmo diploma.

Em termos práticos, a lei liga a atualização dos escalões à variação da inflação e da produtividade e refere que os dados a ter em consideração dizem respeito ao terceiro trimestre do ano, terminado em setembro. Mas as Finanças usaram os indicadores de agosto.

“De acordo com os dados retirados da publicação ‘Contas Trimestrais Nacionais’ do INE, de 30 de agosto (conforme previsto na lei), a taxa de variação do PIB por trabalhador é de 0,1725% e a taxa de variação do deflator do PIB é de 4,438% pelo que da aplicação da fórmula se obtém 4,6182%, que, arredondando à terceira casa decimal, corresponde a 4,62%“, conclui o gabinete de Joaquim Miranda Sarmento.

Fonte: Deloitte

O pacto firmado com patrões e sindicatos, exceto CGTP, indica que os escalões devem ser atualizados para “assegurar a neutralidade fiscal das atualizações salariais”. Ora esse acordo dita que o salário médio deve subir 4,7%. Aliás, subir em média os vencimentos nesse montante e acima do salário mínimo, que vai evoluir para 870 euros, e aumentar os ordenados que estiverem abaixo da média também em 4,7% são as duas condições para as empresas beneficiaram da majoração de 50% dos encargos correspondentes ao aumento salarial, em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC).

No entanto, essa “neutralidade fiscal” mencionada no acordo tripartido para a valorização salarial no setor privado não tem conexão direta com a atualização dos escalões, conforme explicou o Ministério das Finanças.

Apesar da proposta do Governo ficar uma décima aquém da subida dos vencimentos médios em 4,7%, trata-se de uma atualização substancial dos limiares dos escalões. Para este ano, por exemplo, o anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, do Governo socialista de António Costa, decidiu atualizar os patamares em apenas 3%, quando o acordo de rendimentos previa uma variação dos salários de 5%.

No relatório do OE2025, o Governo até apresenta simulações para os dois anos anteriores sobre a atualização que deveria ter sido aplicado, caso a nova fórmula já tivesse sido aplicada. Assim, se esta regra tivesse sido utilizada em 2023 e 2022, “a taxa de atualização dos escalões do IRS em 2023 e 2024 teria sido de 11,1% e 9,1% respetivamente, em vez de 5,1% e 3%”.

“De forma proteger o rendimento das famílias, o Parlamento aprovou”, por proposta do PSD, uma medida “que veio introduzir no Código do IRS (Artigo 68º-B do CIRS) regras que garantem a aplicação de uma taxa de atualização dos escalões do IRS que corresponda, em média, ao aumento dos salários nominais, utilizando para tal uma fórmula que considera a evolução dos preços (através do deflator do PIB) e o crescimento da produtividade do trabalho (através do PIB por trabalhador)”, lê-se no relatório.

Assim, e de acordo com o mesmo documento, “passa a prever-se um mecanismo que permite que os aumentos dos rendimentos nominais que, por via do aumento do nível geral de preços, não correspondam a um aumento do seu poder de compra, não conduzam a um agravamento da sua taxa de tributação em IRS”.

Dedução específica volta a subir em função do IAS

A dedução específica, que é a parcela que abate ao rendimento para apurar a matéria coletável, isto é, sujeita a imposto, vai voltar a subir, o que dará um alívio extra no IRS a liquidar em 2026.

Mas ainda não se sabe qual o valor desse aumento, porque a taxa de variação anual do Indexante do Apoios Sociais (IAS) apurada no terceiro trimestre só será conhecida em novembro. “A atualização do IAS será a que resulta da lei, a que a lei prevê”, indicou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, durante a conferência de apresentação do Orçamento.

A atualização da dedução específica, que esteve congelada até 2023 durante mais de uma década nos 4.104 euros, em função do IAS foi uma novidade introduzida pelo Parlamento por proposta pelo BE. Essa alteração aplica-se já este ano, o que levou aquela parcela a dar um salto de 6% ou de 246,24 euros para 4.350,24 euros.

Como este ano o IAS subiu 6%, passando de 480,43 euros para 509,26 euros, a dedução específica também cresceu os mesmos 6%, de acordo com este novo regime. A fórmula de atualização do IAS tem em conta a média da taxa de crescimento médio anual do produto interno bruto (PIB) nos últimos dois anos terminados no terceiro trimestre do ano, apurada a partir das contas nacionais trimestrais do INE e o valor da variação média do índice de preços no consumidor (IPC), sem habitação, nos últimos 12 meses, a publicar pelo INE em novembro.

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Primark reforça operação em Portugal num investimento de mais de 6 milhões

  • Lusa
  • 11 Outubro 2024

A marca abriu um novo espaço no Montijo e adianta que criou mais de 70 novos postos de trabalho na comunidade local.

A Primark abriu esta sexta-feira um novo espaço no Montijo num investimento que ultrapassou os seis milhões de euros, revelou a multinacional irlandesa do setor da moda e acessórios. A abertura deste espaço, com 2.460 metros quadrados (m2), “dá início ao plano de expansão e investimento de 40 milhões de euros da marca” no mercado português, que prevê ainda a abertura de mais três lojas, sendo esta a 11.ª.

A abertura da loja Primark Montijo permitiu que fossem criados mais de 70 novos postos de trabalho na comunidade local, sendo que há já sete anos que a empresa não abria nenhuma loja da marca no país.

Esta loja é a primeira das quatro novas lojas anunciadas em junho pelo grupo para Portugal, seguindo-se a de Guimarães, Viseu e da Covilhã, passando – ao ter 14 lojas no país –, a Primark Portugal a ver o seu espaço comercial aumentar em mais de 30% e com mais 500 novos postos de trabalho.

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