Contas públicas com excedente recorde no primeiro semestre

As Administrações Públicas tiveram um excedente de 1.707 milhões de euros no 1.º semestre, cerca de 1,2% do PIB. É um recorde desde pelo menos 1999 e acima dos 0,3% estimados pelo Governo para 2024.

Portugal registou no primeiro semestre de 2024 o maior excedente orçamental num primeiro semestre desde 1999, quando se iniciou a série trimestral das contas nacionais. Segundo o mais recente relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), as Administrações Públicas alcançaram um saldo positivo de 1.707 milhões de euros, o equivalente a 1,2% do PIB.

Este resultado supera em 0,1 pontos percentuais o excedente verificado no mesmo período do ano anterior e compara favoravelmente com a meta do Governo para o conjunto do ano, que aponta para um excedente de 0,3% do PIB.

Segundo a UTAO, a evolução favorável do saldo orçamental face ao período homólogo refletiu principalmente o crescimento da receita (subida de 9,4%), particularmente da receita fiscal e contributiva, que se situou acima do previsto para o ano completo (aumento de 5,4%) à boleia da atividade económica, do mercado de trabalho e da inflação.

Os dados conhecidos são apenas do primeiro semestre, mas sugerem a possibilidade de um resultado orçamental no final de 2024 superior ao previsto, apesar de não refletirem os encargos com novas medidas de política, entretanto adotadas.

UTAO

Relatório das contas das Administrações Públicas: janeiro a junho de 2024

A despesa, por sua vez, cresceu “praticamente em linha com o previsto”, referem os técnicos da UTAO, contribuindo assim para a melhoria do saldo orçamental. A despesa teve um acréscimo homólogo de 12% no montante de 730 milhões de euros (cerca de 0,3% do PIB), particularmente por conta de “subsídios e prestações sociais para compensar o agravamento dos preços da energia, combustíveis e habitação.”

O desempenho alcançado entre janeiro e junho foi de tal forma significativo que, segundo a UTAO, é possível que as metas orçamentais estabelecidas no Orçamento do Estado para 2024 sejam superadas.

“Os dados conhecidos são apenas do primeiro semestre, mas sugerem a possibilidade de um resultado orçamental no final de 2024 superior ao previsto, apesar de não refletirem os encargos com novas medidas de política, entretanto adotadas, e que reduzem receita e aumentam despesa”, refere o relatório da UTAO, escrito pelos técnicos Filipa Almeida Cardoso, Jorge Silva e Vítor Nunes Canarias e sob a coordenação de Rui Baleiras.

Dívida pública em queda e investimento aquém das metas

Os números apresentados pela UTAO para as contas nacionais referentes ao primeiro semestre revelam o maior excedente neste período mas também “largamente acima da meta orçamental para o ano como um todo, prevista no Programa de Estabilidade 2024–2028”, destaca a UTAO.

Porém, a equipa de Rui Baleiras alerta que “este resultado não considera um conjunto de medidas de política que entraram em vigor no segundo semestre do ano, com impactos diretos na subida da despesa e na redução da receita fiscal”.

Entre estas medidas está o suplemento extraordinário de pensões, o aumento do subsídio de risco das forças de segurança e das forças armadas, a recuperação do tempo de serviço e apoio extraordinário para os professores deslocados da sua área de residência, a redução adicional do IRS e a isenção de IMT e Imposto de Selo nas aquisições de casa pelos jovens até 35 anos.

Os dados apresentados pela UTAO revelam também que o saldo primário, que exclui os encargos com juros da dívida pública, evoluiu favoravelmente. Atingiu 3,3% do PIB no primeiro semestre, contra 3,2% no período homólogo de 2023.

Esta melhoria do saldo primário “superou o aumento dos encargos com a dívida pública”, destaca a UTAO. Com efeito, apesar do incremento nominal, os juros da dívida mantiveram-se estáveis em percentagem do PIB, representando 2,1% da riqueza produzida no país.

Aquém das estimativas voltou a estar o investimento. Segundo cálculos da UTAO, a Formação Bruta de Capital Fixo aumentou apenas 7,4% no primeiro semestre em cerca de 187 milhões de euros, que corresponde a uma taxa de crescimento homóloga muito abaixo dos objetivos anuais da Proposta de Orçamento do Estado para 2024 (32,3%) e do Programa de Estabilidade 2024–2028 (35%), “à semelhança do que a UTAO tem notado em todos os exercícios orçamentais há vários anos seguidos.”

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Católica prevê crescimento da economia de 1,6% em 2024

Economistas do NECEP cortam previsão de expansão do PIB em duas décimas e esperam uma taxa de crescimento de 2% no terceiro trimestre.

Os economistas da Católica cortaram a previsão de crescimento da economia portuguesa de 1,8% para 1,6% em 2024, de acordo com a nota do NECEP – Católica-Lisbon Forecasting Lab divulgada esta quarta-feira. Esperam ainda uma taxa homóloga de 2% e de 0,4% em cadeia no terceiro trimestre.

“O ponto central da estimativa de crescimento da economia portuguesa foi revisto em baixa em 0,2 pontos percentuais para 1,6% em 2024, na sequência do crescimento fraco do segundo trimestre (0,2% em cadeia) e da revisão dos dados dos últimos dois anos pelo INE, já que a atividade económica continua a evoluir de uma forma aparentemente estável, com crescimento ligeiramente abaixo do potencial”, pode ler-se na nota.

Segundo o NECEP, “os fatores determinantes continuam a ser as elevadas taxas de juro e a fragilidade da atividade económica na Zona Euro, em particular na Alemanha e França”, dando nota de que “o investimento cresceu apenas 0,6% no segundo trimestre e os sinais para o terceiro trimestre são de moderação, refletindo também o atual ambiente externo”.

Para 2025, prevê uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8% e uma taxa de inflação de 2,2%.

Para o terceiro trimestre de 2024 apontam para um crescimento de homólogo de 2% e em cadeia de 0,4% em cadeia, o que significaria um acelerar face aos 1,6% homólogos e 0,2% em cadeia registados no terceiro trimestre. Segundo os economistas da Católica, a Zona Euro deverá ter crescido 0,2% e 0,8%, respetivamente, “num contexto de crescente fragilidade da economia europeia”.

Alerta ainda que “os riscos políticos e geopolíticos mantêm-se elevados”, com o foco “agora nas eleições norte-americanas de novembro e nas suas potenciais consequências para o resto do mundo”.

“Há um clima de grande incerteza no mundo e não se vislumbra um fim próximo para os principais conflitos armados que se estão a alargar e aprofundar”, aponta.

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WTW convidou Pedro Brinca a expor desafios macroeconómicos

  • ECO Seguros
  • 9 Outubro 2024

A corretora realizou um encontro de partilha de conhecimentos, tendo convidado o economista Pedro Brinca a detalhar a sua opinião sobre o Relatório Draghi.

A WTW reuniu alguns convidados em Lisboa para atualizar conhecimentos importantes para a gestão das empresas, nomeadamente na avaliação de riscos.

O economista Pedro Brinca aprofundou o diagnóstico e as conclusões do Relatório Draghi sobre competitividade da economia europeia.

Assim, a corretora liderada por Nuno Arruda, convidou também o economista Pedro Brinca para falar nos “Desafios macroeconómicos no mundo, na Europa e em Portugal” numa apresentação onde foi dissecada o Relatório Draghi sobre a competitividade da Europa no Mundo e a sua indissociável ligação a ameaças e oportunidades para a economia portuguesa.

A sessão contou ainda com a intervenção do próprio Nuno Arruda e de Elsa Carvalho, Head of Business Development da WTW, tendo sido moderada pelo apresentador Fernando Alvim.

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Festival de Marvila vai ter mais de 30 iniciativas gratuitas até domingo

  • ECO
  • 9 Outubro 2024

O festival “Os Dias de Marvila” vai ter exposições, espetáculos de música, dança, teatro, de multimédia, caminhadas e workshops. Começa nesta quarta-feira e prolonga-se até domingo.

A terceira edição do festival “Os Dias de Marvila” começa esta quarta-feira e vai até domingo. O festival é organizado pelas Bibliotecas de Lisboa e pela Câmara Municipal da capital, reunindo mais de 30 iniciativas culturais gratuitas.

A programação desta edição, cujo tema é “Habitar”, pretende refletir sobre a diversidade cultural local. O festival procura promover a participação ativa dos cidadãos através do envolvimento da comunidade, associações, instituições públicas e artistas profissionais nas iniciativas.

A abertura oficial do festival está marcada para as 17h00 na Biblioteca de Marvila. Ao longo de cinco dias, esta freguesia lisboeta será palco de exposições, espetáculos de música, dança, teatro, caminhadas, workshops e espetáculos de multimédia. Na programação conta-se ainda a iniciativa “Livros Livres”, da Biblioteca de Marvila, que vai espalhar livros pela zona, desafiando os visitantes a encontrarem-nos. O festival terá, no último dia, às 20h00, o concerto de encerramento com o cantor Gui Aly.

O festival tem lugar, para além da Biblioteca de Marvila, em salões de festas, igrejas, parques, no complexo polidesportivo Marquês de Abrantes, nas estações de metro e de comboio locais e nas escolas Eça de Queirós e D. Dinis.

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Descontos no teatro e reforço de 18% no Orçamento. Conheça as 25 medidas para a Cultura

Conselho de Ministros aprovou esta quarta-feira várias medidas destinadas ao setor da cultura. Ministro da Presidência anuncia reforço de 18% das verbas face ao orçamento de 2024.

O Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) prevê um reforço de 18% no orçamento destinado à cultura no próximo ano, face ao que estava previsto para este ano. O anúncio foi feito pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, após a reunião do Conselho de Ministros em que foi aprovada a versão final do Orçamento do Estado para 2025.

“Sendo concreto, há um aumento de 25% do orçamento para 2025 face ao que se estima ser a execução do orçamento da cultura em 2024 e de 18% face aquilo que constava do Orçamento para 2024″, elucidou António Leitão Amaro, em conferência de imprensa, tendo ao lado a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.

O reforço no investimento vai permitir que o Governo execute um pacote de 25 medidas para reforçar o setor da Cultura, que está assente em quatro eixos: a formação e criação cultural e artística; preservação e valorização do património cultural e artístico; acesso e democratização da cultura e, por fim, ação cultural e artística.

Entre as medidas do primeiro eixo, o Governo prevê avançar com uma estratégia para a valorização das bibliotecas nacionais, através de programas, iniciativas e bolsas e, no caso das livrarias, propõe rever o regime do preço fixo do livro.

Em linha com a ambição de fomentar a procura de museus, monumentos e palácios tutelados, disponibilizando 52 dias por ano de acesso gratuito, o Ministério da Cultura vai ainda conceder um desconto de 50% a todos os jovens até 25 nos nos teatros nacionais. No caso das visitas escolares, o acesso vai mesmo passar a ser gratuito.

Já no âmbito da ação cultural e artística, o Governo prevê desburocratizar e flexibilizar os apoios ao cinema e audiovisual, às bandas sinfónicas e orquestras e concretiza a proposta de Lei do Mecenato, “que garante princípios fundamentais que a lei tem de representar”, afirmou Dalila Rodrigues, durante a conferência de imprensa.

Segundo a ministra, a proposta surge com uma “ambição” de “simplificação” do apoio mecenático e ainda no sentido de “facilitar o reconhecimento das entidades que vão ser beneficiadas”. Estas últimas, revela a ministra, vão aumentar de forma “expressiva”.

“Nenhuma lei de mecenato pode deixar de ter inscrita esta decisão e compromisso de um aumento generalizado dos benefícios fiscais”, frisou.

Veja aqui as medidas do Governo para apoiar o setor da Cultura:

(Notícia atualizada pela última vez às 14h45)

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Madeira demorou quatro dias para aceitar ajuda de Lisboa no combate aos incêndios

  • Lusa
  • 9 Outubro 2024

Governo Regional tem "autonomia sobre a gestão de meios" e “um serviço de proteção civil” autónomo, destacou a ministra da Administração Interna nesta quarta-feira, numa audição no Parlamento.

A ministra da Administração Interna disse hoje que o Continente disponibilizou ajuda para o combate aos incêndios florestais da Madeira, mas o Governo Regional recusou esse apoio inicialmente, tendo só aceitado o auxílio quatro dias depois.

Numa audição pedida pelo PS sobre a gestão dos meios de proteção civil no incêndio ocorrido, entre 14 e 27 de agosto, na Madeira, Margarida Blasco realçou que o Governo Regional tem “autonomia sobre a gestão de meios” e “um serviço de proteção civil” autónomo.

Aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a governante avançou com a fita do tempo sobre a ajuda disponibilizada pelo Continente.

Segundo a ministra, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) teve conhecimento do incêndio na Madeira na manhã de 14 de agosto e, no dia seguinte, à hora de almoço, o presidente da ANEPC telefonou ao secretário regional da Proteção Civil a disponibilizar ajuda e a resposta dada pela Madeira foi de que “não seria necessário pois estava tudo controlado”.

Margarida Blasco salientou que foi respeitada a autonomia da região e que, em 16 de agosto, o secretario de Estado da Proteção Civil, “precavendo um eventual pedido de auxílio”, pediu ao presidente da ANEPC para delinear um plano para enviar para a Madeira.

A governante avançou que o pedido de ajuda do Governo Regional da Madeira chegou em 17 de agosto e que “recebeu resposta imediata” com o envio nesse mesmo dia dos primeiros 76 operacionais, uns dias depois seriam enviados mais operacionais do Continente e dois meios aéreos através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

A ministra disse ainda que, desde o início dos fogos na Madeira, que o Continente estava “a prever que a situação podia piorar de um dia para o outro”, estando por isso “tudo pronto” para avançar assim que o pedido de ajuda fosse feito.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. No dia 26, ao fim de 13 dias, a Proteção Civil regional deu o fogo como “totalmente extinto”.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para 5.104 hectares de área ardida, embora as autoridades regionais tenham sinalizado 5.116.

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Governo já aprovou versão final do Orçamento do Estado para 2025. Ainda não há acordo com PS

Proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano foi aprovada em Conselho de Ministros, sem acordo fechado com o PS para a viabilização. Documento é entregue no Parlamento na quinta-feira.

O Conselho de Ministros aprovou esta quarta-feira a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que será entregue na quinta-feira no Parlamento e apresentado às 16 horas. O documento será remetido aos deputados sem acordo fechado entre o Governo e o PS, partido que adiou a decisão sobre o sentido de voto para depois de 10 de outubro.

Esta proposta de lei para 2025 reflete, como transmitido ontem pelo senhor primeiro-ministro, as negociações ocorridas com o PS, procurando relativamente ao ano de 2025 acolher todas as preocupações manifestas pelo PS“, disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante a conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, acrescentando que reflete também o acordo assinado em sede de Concertação Social.

Leitão Amaro indicou que a proposta orçamental deverá ser entregue na quinta-feira no Parlamento cerca das 13 horas, antes de ser apresentado à tarde aos jornalistas pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento. O governante garantiu que a convicção do Governo sobre a viabilização “mantém-se”, mesmo após o PS anunciar que mantém o sentido de voto em aberto.

As negociações com o PS foram concluídas. Agora há um período de deliberação interna do PS que aguardaremos com toda a serenidade e tranquilidade“, disse.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, já tinha adiantado na terça-feira à noite, em entrevista à SIC, que a proposta seria aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, após a pré-aprovação do documento na segunda-feira. O líder do Executivo indicou que foi possível chegar a entendimento com o PS quanto ao IRS Jovem, mas não relativamente à redução do IRC.

Não posso anunciar que há um acordo ou desacordo. Compete ao PS apresentar a sua decisão”, afirmou, embora se tenha mostrado convicto de que a proposta orçamental será aprovada. “A minha convicção plena é que vai ser viabilizada. Vamos ter Orçamento do Estado para 2025″, disse ainda.

Por outro lado, Montenegro afastou o diálogo com o Chega. “Isso está afastado de todo. Não vai acontecer. Não é possível haver um diálogo produtivo com quem muda de opinião tantas vezes, com quem se transformou num catavento nesta discussão do Orçamento do Estado e, portanto, não se apresentou à altura sequer de poder negociar com o Governo”, justificou.

Depois de o secretário-geral do PS ter estado reunido durante a noite com a bancada parlamentar, a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, afirmou de madrugada que o sentido de voto do partido no Orçamento não está fechado e depende da proposta.

“O Partido Socialista ainda não tomou, o secretário-geral ainda não tomou uma decisão quanto ao sentido de voto. Quando tomar ela será, em primeiro lugar, anunciada na Comissão Política Nacional”, disse citada pela Lusa.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h35)

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Autarcas de Tabuaço e de São Brás de Alportel integram Comité das Regiões Europeu

Após auscultar a ANMP, a Presidência do Conselho de Ministros propõe ao Conselho da União Europeia novas nomeações para integrar o Comité das Regiões, para o quinquénio de 2020 a 2025.

O presidente de câmara de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro, e o seu homólogo de Tabuaço, Carlos Carvalho, deverão substituir os antigos autarcas de Portimão, Isilda Gomes, e de de Mafra, Hélder Sousa Silva, que passaram a ser deputados no Parlamento Europeu. A proposta da Presidência do Conselho de Ministros ao Conselho da União Europeia foi publicada esta quarta-feira em Diário da República

O Governo justifica esta medida com as recentes alterações ao nível de alguns executivos municipais, decorrentes das eleições legislativas e das europeias. “Verificou-se a cessação de vários mandatos, tanto de membros efetivos, como de membros suplentes”, lê-se no diploma publicado.

Após auscultar a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), a Presidência do Conselho de Ministros propõe, assim, ao Conselho da União Europeia, novas nomeações para integrar o Comité das Regiões, para o quinquénio em curso (2020-2025).

O Comité das Regiões da União Europeia é constituído por “representantes das pessoas coletivas territoriais regionais e locais, que sejam titulares de um mandato eleitoral, a nível regional ou local, ou pessoas politicamente responsáveis perante uma assembleia eleita”, lê-se no mesmo diploma.

Nomes apontados para membros efetivos entre 2020-2025:

  • Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, em substituição de Isilda Gomes, anterior autarca de Portimão e agora deputada no Parlamento Europeu.
  • Carlos André Teles Paulo de Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Tabuaço, em substituição de Hélder Sousa Silva, anterior edil de Mafra e agora deputado no Parlamento Europeu.

Conheça os membros suplentes para integrar o Comité das Regiões da União Europeia:

  • Hugo Martins, autarca de Odivelas, em substituição de Vítor Guerreiro, anterior presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.
  • João Grilo, presidente da câmara do Alandroal, em substituição de Luís Dias, ex-edil de Vendas Novas.
  • Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, em substituição de Anabela Freitas, anterior autarca de Tomar.
  • José Manuel Gonçalves, edil de Peso da Régua, em substituição de Carlos Santiago Silva, anterior presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe.
  • Rogério David Sádio da Silva, presidente da Câmara Municipal de Fronteira, em substituição de Carlos André Teles Paulo de Carvalho, ex-autarca de Tabuaço.

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Energias renováveis cobrirão 50% da procura mundial de eletricidade em 2030

  • Lusa
  • 9 Outubro 2024

A AIE considera que, até 2030, são necessários mais esforços para cumprir o objetivo da COP28 de triplicar a capacidade renovável.

A expansão das energias renováveis está a acelerar e, em 2030, cobrirão 50% da procura mundial de eletricidade, segundo a Agência Internacional da Energia (AIE).

No relatório anual sobre as perspetivas das energias renováveis, divulgado esta quarta-feira, a AIE considera que, até 2030, são necessários mais esforços para cumprir o objetivo da COP28 de triplicar a capacidade renovável e estima que a capacidade de produção de energia renovável aumentará 2,7 vezes entre 2022 e 2030, o que é inferior ao objetivo fixado pelos cerca de 200 países que participaram na cimeira do clima do Dubai, há dez meses.

No entanto, a agência acredita que uma triplicação “é inteiramente possível se os governos aproveitarem as oportunidades de ação a curto prazo”, o que exige “planos arrojados” de cada país no próximo ano e mais cooperação internacional para reduzir os elevados custos de financiamento em regiões em desenvolvimento como África e o Sudeste Asiático.

No total, preveem-se mais de 5.500 gigawatts de nova capacidade de produção de energia renovável entre 2024 e 2030, quase o triplo do aumento registado nos sete anos anteriores.

A China será responsável por quase 60% destes 5.500 gigawatts, pelo que, no final da década, representará quase metade da produção mundial de eletricidade renovável, quando o seu peso relativo em 2010 era de um terço.

O diretor executivo da AIE, Fatih Birol, sublinha no relatório que as energias renováveis “estão a avançar mais rapidamente do que os governos nacionais podem estabelecer metas”, não só devido aos esforços para reduzir as emissões ou para reforçar a segurança energética, mas também porque já são a opção mais barata para gerar eletricidade em quase todos os países do mundo.

Isto explica, sobretudo, a explosão da energia solar fotovoltaica, que, por si só, será responsável por 80% do crescimento da produção de eletricidade renovável a nível mundial até 2030.

O colapso do preço das instalações solares explica-se pelo facto de a capacidade de produção de painéis ultrapassar este ano os 1.100 gigawatts, concentrados principalmente na China, um volume que representa mais do dobro da procura prevista para este ano.

Uma das consequências aparentemente benéficas deste desequilíbrio é o facto de os preços dos módulos fotovoltaicos terem caído para mais de metade desde o início de 2023.

Mas a outra face da moeda é que muitos fabricantes estão a incorrer em grandes perdas financeiras, com risco de falência, e que, dada a concentração da produção na China e a dependência do resto do mundo, as tensões comerciais e políticas são suscetíveis de aumentar.

A este respeito, a AIE estima que a produção de painéis solares deverá triplicar até 2030, tanto nos EUA como na Índia, mas o seu fabrico é duas a três vezes mais caro do que na China, e é pouco provável que essa diferença diminua, pelo menos nesta década.

Como a China deverá continuar a dominar mais de 80% da capacidade de fabrico de painéis solares em 2030, os autores do estudo aconselham os decisores políticos a equilibrar os custos adicionais da produção local com os benefícios em termos de criação de emprego e segurança energética.

A energia eólica, segundo a AIE, após alguns anos difíceis devido a problemas financeiros, registará também uma aceleração da sua expansão, que duplicará entre 2024 e 2030 em relação aos sete anos anteriores. Em conjunto, a energia solar e a energia eólica representarão 30% da produção de eletricidade no início da próxima década.

A crescente competitividade das energias renováveis na produção de eletricidade, onde progridem a um ritmo acelerado, não pode esconder o facto de que a sua quota no ‘bolo’ energético global continuará a ser minoritária, com 20% em 2030, contra 13% em 2023.

A razão pela qual quase 80% da procura de energia ainda terá de ser satisfeita por combustíveis fósseis no início da próxima década é que os combustíveis renováveis (incluindo biocombustíveis, biogás ou hidrogénio verde) ainda representarão menos de 6%. Quanto aos objetivos internacionais em matéria de clima, o caminho a percorrer parece muito mais longo.

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CCA Law Firm inaugura novo espaço

A nova área, com mais de 600 m², inclui várias phone booths para chamadas privadas, meeting booths para discussões em pequenos grupos, salas de reunião, áreas lounge que promovem um ambiente informal.

A CCA acaba de criar um espaço totalmente direcionado para empresas e empresários que queiram trabalhar num “ambiente diferenciador”.Depois da abertura, em 2022, de um novo escritório em formato openspace e com vista para o Tejo, a CCA Law Firm acaba de criar um espaço que define como área colaborativa projetada para “revolucionar a forma como clientes, parceiros e advogados interagem entre si, aliando a funcionalidade com um design moderno e confortável”, segundo o comunicado do escritório.

A nova área, com mais de 600 m², inclui várias phone booths para chamadas privadas, meeting booths para discussões em pequenos grupos, salas de reunião, áreas lounge que promovem um ambiente informal e áreas de foco que permitem momentos de concentração sem interrupções.

“O nosso objetivo, enquanto organização, passou sempre por ter um espaço que pudesse, também ele, espelhar os nossos valores e a proximidade que promovemos juntos dos nossos clientes e parceiros. Representativa da nossa cultura inovadora e tecnológica, esta nova área permite que o trabalho seja desenvolvido ao lado dos diferentes stakeholders, numa lógica de coworking” afirma Domingos Cruz, Managing Partner da CCA Law Firm. “Quando a CCA Law Firm inaugurou a nova sede, em Alcântara, a resposta dos clientes e visitantes foi extremamente positiva, evidenciando o compromisso da CCA em oferecer não apenas serviços jurídicos, mas também um ambiente que estimula a criatividade e a colaboração”.

A CCA Law Firm conta atualmente com uma equipa multidisciplinar de mais de 100 pessoas e presta assessoria jurídica em mais de 15 áreas de especialidade. Com escritórios em Lisboa e no Porto.

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Serviço de pagamento MB Way atinge seis milhões de utilizadores

  • ECO
  • 9 Outubro 2024

Criado em 2015 pela SIBS, o MB Way superou a marca dos seis milhões de utilizadores.

O mais popular serviço de pagamentos eletrónicos em Portugal, o MB Way, atingiu a marca dos seis milhões de utilizadores, nove anos depois da sua criação. Isto quando se prepara para enfrentar a concorrência da nova funcionalidade SPIN, que os bancos começaram a disponibilizar há um mês.

“Os números comprovam mais uma vez que este é o serviço preferido de quem utiliza apenas o telemóvel para fazer compras, transferências imediatas e levantamentos, entre outros pagamentos”, assinala a SIBS em comunicado enviado às redações.

“Este crescimento reflete o impacto positivo que o MB Way continua a garantir no dia-a-dia de milhões de utilizadores e na digitalização da economia. Em média, por mês, são mais de 70 milhões de operações, incluindo compras físicas e online, pelos mais de 10 milhões de cartões adicionados na plataforma”, acrescenta.

O MB Way foi criado em 2015 e rapidamente se tornou num popular instrumento de pagamento e transferências. Mas nos últimos meses passou a enfrentar forte concorrência do SPIN, desenvolvido pelo Banco de Portugal e que os bancos passaram obrigatoriamente a disponibilizar a partir do mês passado.

O SPIN introduziu transferências com base em contas, uma mudança que o MB Way — que até agora só permite transferências com base em cartão — vai incorporar no seu sistema.

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Honorários dos advogados oficiosos custará ao Estado mais 7 milhões de euros

Grupo de trabalho recomenda revisão dos honorários, alargamento para casos de arbitragem e cada ato passar a ser pago pela complexidade e volume presumido das horas de trabalho.

A revisão dos honorários fixados há 20 anos, uma nova classificação e listagem dos atos praticados por advogados oficiosos, para efeitos de fixação de honorários e alargar os atos praticados a processos de arbitragem, processos em Julgados de Paz e em processos de mediação extrajudicial concluídos com acordo entre as partes. Mais: a remuneração atribuída a cada ato passa a depender da complexidade jurídica e do volume presumido das horas trabalhadas, valorizando-se igualmente os atos mais solicitados. Estas são algumas das recomendações propostas pelo Grupo de Trabalho criado pelo Governo para o que chama de Reforma do Sistema de Remuneração dos Advogados Oficiosos.

As conclusões foram apresentadas esta quarta-feira à secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, na presença de elementos da Ordem dos Advogados (OA), já que a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro não compareceu à reunião marcada há várias semanas. O Ministério da Justiça espera tomar uma decisão “a breve prazo, depois de ouvida a Ordem dos Advogados e recolhidos contributos de outros interessados”, segundo comunicado do Ministério da Justiça.

O relatório apresenta ainda a criação de um “sistema de controlo de qualidade do serviço prestado pelos advogados oficiosos”, a realização de inquéritos de satisfação aos beneficiários, uma revisão ampla do sistema de registo e pagamento de despesas e ainda a exigência de certidão de não dívidas ao Estado (Fisco e Segurança Social) como condição de inscrição nas escalas das defesas oficiosas.

O GT propõe um aumento de 4,75% na Unidade de Referência (medida de cálculo dos honorários) e admite que, à luz da nova tabela, estima-se um aumento na despesa com os honorários dos advogados oficiosos de cerca de 7 milhões de euros. Este novo modelo da tabela de honorários acomoda um duplo aumento: no valor e no número de Unidades de Referência fixadas para cada ato.

Leia as conclusões:

  • A revisão dos honorários fixados há 20 anos, que foram sofrendo algumas atualizações de acordo com a evolução da taxa da inflação;
  • Uma nova classificação e listagem dos atos praticados por advogados oficiosos, para efeitos de fixação de honorários;
  • Alargar o pagamento de honorários a atos praticados por advogados oficiosos no âmbito de processos de arbitragem, processos em Julgados de Paz e em processos de mediação extrajudicial concluídos com acordo entre as partes;
  • A remuneração atribuída a cada ato passa a depender do balanceamento entre a sua complexidade jurídica e o volume presumido das horas trabalhadas, valorizando-se igualmente os atos com maior expressão, ou seja, os mais solicitados;
  • Os honorários dos advogados oficiosos são fixados em “Unidades de Referência” (UR), cujo valor atual é de 26.73€. O projeto de revisão recomenda um aumento de 4,75%, passando a UR a ter o valor de 28€. Este valor será atualizado anualmente de acordo com a taxa de inflação;
  • Abandona-se o critério que indexa os honorários dos advogados oficiosos ao valor da ação judicial, propondo-se uma nova classificação de atos.

O Grupo de Trabalho apresentou, ainda, duas medidas que visam aumentar a celeridade da Justiça: este modelo só remunera recursos admitidos pelos tribunais, sejam procedentes ou não. Ao invés, recursos apresentados a Tribunal, mas não admissíveis, não são remunerados, desincentivando-se, assim, a sua interposição.

Por outro lado, estimula-se a utilização do aconselhamento jurídico por parte dos beneficiários de apoio judiciário, remunerando melhor este serviço. Os honorários da consulta jurídica têm um aumento de 85%, passando de 26€ para 48€. Pretende-se incentivar a advocacia preventiva, dando a possibilidade de resolver conflitos, evitando recorrer aos tribunais desnecessariamente.

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