“Dizer que há um modelo único para semana de trabalho 4 dias é completamente errado”, dizem coordenadores do piloto

"Mudou tudo nos últimos anos, mas continuamos a trabalhar da mesma forma". Foi assim que Pedro Gomes arrancou a audição. Coordenadores do piloto à semana de quatro dias frisam que não há modelo único.

Os coordenadores do projeto-piloto da semana de trabalho de quatro dias defenderam esta quinta-feira, numa audição parlamentar, que é “completamente errado” considerar que um único modelo de redução do tempo de trabalho funcionará para todas as empresas, em todos os setores. Pedro Gomes e Rita Fontinha sublinharam também que o modelo adequado deve ser encontrado “de baixo para cima”, isto é, com o envolvimento dos trabalhadores. Quanto ao futuro, recomendaram que se continue a experimentar, sem fixar na lei, e sugeriram que até no setor da saúde seria interessante testar a semana de trabalho mais curta.

O teste português à semana de quatro dias arrancou no verão do ano passado. Durante seis meses, 21 empresas experimentaram a semana de quatro dias, tendo o relatório final sido publicado em junho deste ano pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Já esta quinta-feira, os coordenadores foram chamados ao Parlamento para explicarem aos deputados da comissão de Trabalho os resultados deste projeto-piloto.

“A semana de trabalho de quatro dias não é apenas porque devemos trabalhar menos para ser mais felizes. Todas as mudanças estruturais que aconteceram nas últimos 30 ou 40 anos… Mudou tudo, mas continuamos a trabalhar da mesma forma. Não nos soubemos adaptar às mudanças estruturais”, começou por sublinhar Pedro Gomes, que é também autor do livro sobre o mesmo tema “Sexta-feira é o novo sábado”.

O também professor universitário salientou ainda que as tais 21 empresas implementaram de forma diferente a semana de trabalho de quatro dias, o que “é natural” tendo em conta que as funções nos vários setores de atividade têm características, diversas. “Demos um quadro branco para que as empresas encontrassem o seu modelo“, explicou Pedro Gomes.

Na mesma linha, Rita Fontinha defendeu que dizer que one size fits all é “completamente errado” e realçou que mesmo dentro de uma empresa podem ser adotados vários modelos, para os vários departamentos, consoante as características das funções.

Por outro lado, quanto aos resultados do projeto-piloto, Rita Fontinha adiantou que os lucros das empresas não caíram e a saúde mental dos trabalhadores registou “melhorias significativas”, tendo detalhado que as mulheres, as pessoas com filhos e os trabalhadores com salários mais baixos foram quem mais valorizou a semana de trabalho mais curta.

As mulheres valorizam muito mais do que os homens, as pessoas com filhos ou enteados também valorizam mais, e as pessoas que auferem menos de 1.100 euros também. Tem que ver com o custo do tempo.

Rita Fontinha

Coordenadora do projeto-piloto da semana de quatro dias

No que diz respeito, especificamente, aos lucros das empresas, importa notar que, de acordo com o relatório final, mais de 70% das organizações que participaram no piloto registaram um aumento. Em média, o salto foi de 12%. “É importante salientar que estes dados não indicam que os lucros aumentaram devido à implementação da semana de quatro dias, mas sugerem que a adoção da mesma não está associada a um desempenho negativo nas receitas ou nos lucros“, lê-se no relatório.

À parte destes resultados, Pedro Gomes deixou um recado: é a reorganização do trabalho que dá viabilidade à semana de quatro dias, isto é, não basta reduzir as horas de trabalhar, é preciso, por exemplo, criar tempos de foco, apostar em reuniões mais curtas e abraçar as ferramentas tecnológicas que ampliam a produtividade.

Conforme escreveu o ECO em junho, a maioria das empresas que participaram neste projeto-piloto decidiu manter a semana de trabalho mais curta. Nessa altura, Pedro Gomes destacou ao ECO como “indicador mais interessante” – em linha com a mensagem deixada esta tarde no Parlamento – o facto de ter sido entre as empresas que fizeram mais mudanças aos seus processos que o teste à semana de trabalho mais curta correu melhor.

Menos absentismo e menos rotatividade geram poupança

Os deputados da Comissão de Trabalho aproveitaram a audição desta quinta-feira para questionar os coordenadores do referido piloto sobre o impacto efetivo na economia. Rita Fontinha explicou, citando também o exemplo do teste feito no Reino Unido, que as empresas poupam com a redução da semana mais curtas porque há uma “grande redução do absentismo”, mas também uma “grande redução da rotatividade”.

Nesse sentido, Pedro Gomes acrescentou que um trabalhador a trabalhar quatro dias durante cinco anos é mesmo mais vantajoso para uma empresa do que um que esteja durante um ano a trabalhar cinco dias por semana, porque “quanto mais tempo está na empresa, sabe resolver melhor os problemas“.

Por ouro lado, alguns deputados criticaram a amostra do piloto, uma vez que foi composta por empresas que se voluntariaram, em vez de terem sido escolhidos para representarem a economia portuguesa.

Sobre isto, Pedro Gomes adiantou que ter uma amostra aleatória exigiria dar subsídios às empresas participantes, o que custaria 40 milhões de euros ao Estado. “Optamos por uma outra forma de avaliação. Optamos por trabalhar com as empresas que queriam, mas sem subsídio“, disse.

Os problemas do SNS são precisamente aqueles que a semana de quatro dias pode resolver.

Pedro Gomes

Coordenador do projeto-piloto da semana de quatro dias

Já quanto ao futuro, o professor defendeu que “ainda é cedo” fixar a semana de trabalho de quatro dias na lei e recomendou que se continue a experimentar em diferentes setores em Portugal, o que até pode incluir a Função Pública. “Se houver acordo e luz verde, pode avançar [na Administração Pública]”, argumentou. O Governo anterior chegou a indicar que tal aconteceria, mas o novo Executivo não tem dado sinais nesse sentido.

Sobre o setor público, Pedro Gomes deixou um desafio: “Teria muito interesse” haver um teste num hospital. “Os problemas do SNS são precisamente aqueles que a semana de quatro dias pode resolver”, garantiu o coordenador. Nesse âmbito, seria preciso fazer uma reorganização do trabalho, uma adoção da inteligência artificial e eventualmente um aumento dos trabalhadores, esclareceu o mesmo.

Rita Fontinha revelou que inclusivamente houve “muitos centros de saúde” que mostraram interesse em participar no piloto que decorreu no último ano, mas não conseguiram avançar, porque este esteve limitado ao setor privado.

Numa última mensagem, a coordenadora assinalou que é preciso prudência quanto ao futuro, para que a redução da semana de trabalho seja feita de forma sólida.

Notícia atualizada às 19h19

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Bruxelas mobiliza 10 mil milhões para países da Europa central afetados por cheias

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

Onde os danos são mais graves", Ursula von der Leyen quer "dinheiro 100% europeu", isto é, sem contribuições dos Estados-membros.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quinta-feira que a União Europeia (UE) vai mobilizar 10 mil milhões de euros em verbas da coesão para países da Europa central e de leste afetados pelas cheias.

“Estamos a viver tempos extraordinários e tempos extraordinários exigem medidas extraordinárias. À primeira vista, julgamos ser possível mobilizar 10 mil milhões de euros em fundos de coesão para os países afetados e esta é uma reação de emergência”, disse a líder do executivo comunitário, falando em conferência de imprensa na cidade de Breslávia, na zona ocidental da Polónia, uma das mais afetadas pelas cheias no país.

Nas declarações junto aos primeiros-ministros dos países mais afetados pelas inundações na Europa central – Donald Tusk da Polónia, Peter Fiala da República Checa, Robert Fico da Eslováquia e Karl Nehammer chanceler da Áustria –, a responsável acrescentou estar em causa uma redistribuição “de forma invulgar” das verbas comunitárias da coesão, pois será garantida a “máxima flexibilidade e rapidez” no envio destes fundos para os países.

A ideia é que “possam ser utilizados de forma muito flexível para aquilo de que [os países] necessitam […] e onde os danos são mais graves”, em “dinheiro 100% europeu”, isto é, sem contribuições dos Estados-membros, adiantou Ursula von der Leyen. A responsável mencionou ainda que, mais tarde, o Fundo de Solidariedade poderá ser usado “para reconstruir infraestruturas, como estradas, autoestradas, caminhos-de-ferro e pontes, por exemplo”.

A tempestade Boris, que está a afetar países da Europa Central e de Leste, já provocou a morte de pelo menos 21 pessoas: sete na Roménia, sete na Polónia, quatro na Áustria e três na República Checa. A tempestade tem causado intensas chuvas e a subida anormal dos níveis do rio, levando que as autoridades instalem infraestruturas temporárias para enfrentar as inundações junto às margens.

Ainda assim, as cheias têm vindo a rebentar barragens e diques e deixaram as ruas cobertas de pilhas de entulho e lama, deixando também populações isoladas, evacuações e cortes de comunicações. A União Europeia tem vindo a manifestar a sua solidariedade para com os países afetados por estas inundações que classificou como devastadoras e anunciou estar pronta para ajudar.

As declarações surgem no dia em que Von der Leyen anunciou um apoio comunitário de 160 milhões de euros para apoiar a preparação do inverno na Ucrânia, em abrigos e obras de reparação, divulgando também que se deslocará a Kiev na sexta-feira.

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Supremo dá razão a associações ambientalistas sobre incumprimento da lei de bases do clima

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

O Supremo Tribunal de Justiça deu razão ao recurso apresentado pelas associações ambientalistas Quercus, Último Recurso e Sciaena contra o Estado português por incumprimento da Lei de Bases do Clima.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deu hoje razão ao recurso apresentado pelas associações ambientalistas Quercus, Último Recurso e Sciaena contra o Estado português por incumprimento da Lei de Bases do Clima.

De acordo com a informação disponibilizada no portal Citius, a pretensão das três associações foi concedida, numa decisão tomada pelos conselheiros Emídio Francisco Santos, Ana Paula Lobo e Fernando Baptista de Oliveira que vai permitir que a justiça portuguesa se pronuncie pela primeira vez sobre uma ação climática.

“Ainda não conheço o texto do acórdão, mas quer dizer que esta ação proposta por estas associações vai prosseguir. É uma primeira pequena grande vitória destas associações, porque pela primeira vez vai ser apreciada uma ação climática, tal como tem sido julgado noutras partes do mundo, como houve recentemente na Coreia do Sul”, afirmou à Lusa o advogado Ricardo Sá Fernandes, que representa as associações ambientalistas.

“É um motivo de grande jubilo e esperança, no dia em que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que é nossa testemunha neste processo, vem chamar a atenção para a gravidade da situação climática e a importância que ela tem, por exemplo, nos incêndios”, acrescentou o mandatário.

Com este resultado, a ação interposta em novembro de 2023 – e inicialmente indeferida na primeira instância em abril – vai regressar ao Juízo Central Cível de Lisboa para ser apreciada. Em causa está o incumprimento de disposições da lei de bases do clima e das metas climáticas internacionais por Portugal, além de um pedido para o Estado adotar as medidas necessárias para cumprir esses objetivos até 2030.

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Sindicatos da UGT acusam BCP de má-fé nas negociações salariais

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

Os sindicatos bancários afetos à UGT pediu a intervenção do Ministério do Trabalho para obrigar o banco a negociar.

Os sindicatos bancários afetos à UGT acusaram esta quinta-feira o BCP de agir de má-fé na negociação para revisão dos salários e pediu a intervenção do Ministério do Trabalho para obrigar o banco a negociar. Em comunicado, Mais Sindicato, SBN e SBC disseram que “o comportamento do BCP no processo de revisão salarial para 2024 tem sido absolutamente inaceitável” e que age “entre mentiras e má-fé”.

Os três sindicatos dizem que “enquanto na reunião de conciliação com os Sindicatos da UGT [o BCP] alega só poder apresentar nova proposta salarial no final de setembro”, ao mesmo tempo, acordou “aumento com outro sindicato”. Na quarta-feira foi conhecido que o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) e o BCP acordaram aumentos salariais de 3%, com efeitos retroativos a 01 de janeiro deste ano.

Para os sindicatos afetos à UGT, o BCP devia ter outro comportamento depois de, no passado recente, os trabalhadores terem sido compreensivos quando o banco passou por momentos críticos, “por más decisões da administração”, período em que houve saídas de pessoal e cortes salariais.

Na mesa negocial com os sindicatos da UGT, disseram, o BCP só apresentou uma proposta de atualização salarial de 2,25% e que nunca fez uma proposta de 3%. “Face a este comportamento doloso para os associados destes sindicatos, MAIS, SBN e SBC solicitaram à DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] que convoque de imediato uma reunião para o BCP prestar os devidos esclarecimentos e, comprovando-se, como é evidente, a postura de má-fé, obrigue o banco a negociar”, lê-se no comunicado.

Os sindicatos dos bancários afetos à UGT têm insistido em aumentos salariais superiores a 3%, justificando com o aumento do custo de vida e os elevados lucros apresentados pela banca.

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Chega diz a Governo que se mantenha “firme” sobre IRS Jovem

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

O relatório do Conselho de Finanças Públicas parece corresponder "a um desejo oculto" que "o Governo tem" de ir ao encontro do que "o PS quer, que é acabar com o IRS Jovem, diz Ventura.

O presidente do Chega pediu esta quinta-feira ao Governo para se “manter firme” na proposta do IRS Jovem, apesar dos alertas do Conselho de Finanças Públicas (CFP) sobre os impactos da medida.

Em declarações aos jornalistas, no parlamento, André Ventura considerou que o relatório do Conselho de Finanças Públicas parece corresponder “a um desejo oculto” que “o Governo tem” de ir ao encontro do que “o PS quer, que é acabar com o IRS Jovem e deixar para as calendas a descida do IRC”.

É um mau sinal político. Eu gostava de instigar o Governo a manter-se firme”, disse André Ventura em reação às Perspetivas Económicas e Orçamentais 2024-2028 apresentadas pelo CFP. O Conselho das Finanças Públicas alertou que a medida do IRS Jovem proposta pelo Governo teria um impacto de 0,3 pontos percentuais no PIB, de 2025 a 2028, “implicando o regresso a uma situação de défice em 2026”.

Foi divulgada esta quinta a atualização das Perspetivas Económicas e Orçamentais 2024-2028, onde o CFP projeta os valores para as contas públicas num cenário de políticas invariantes, pelo que “não inclui o impacto da alteração do regime de IRS Jovem anunciada pelo Governo, mas ainda não aprovada”.

Para o líder do Chega, ceder nesta matéria seria correspondente a “continuar o caminho de precipício que nós tinha sido feito com o PS nos últimos anos”. André Ventura salientou ainda que a direita tinha uma estratégia de “crescimento económico baseada na premissa de que as empresas que tiverem menos carga fiscal” contribuirão mais para o crescimento e acusou o Governo de “estar a fazer tudo ao contrário”.

“[O Governo] mantém o mesmo modelo fiscal que o PS tinha, mantém o mesmo modelo de incidência sobre as empresas e assim é difícil, quando quer aplicar outras medidas, não resvalar para défice”, acrescentou, referindo os alertas do CFP.

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CEJUR lança curso sobre seguros de acidentes de trabalho e de aviação

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2024

O curso promovido pelo Centro de Estudos Jurídicos do Minho conta com oito sessões com inicio a 24 de outubro e termina a 28 de novembro. 

O Centro de Estudos Jurídicos do Minho (CEJUR) lançou um curso sobre seguros e indemnizações de acidentes de viação e acidentes de trabalho.

O curso é ministrado on-line e é dirigido a juristas.

O primeiro módulo é de 10 horas dedica-se aos acidentes de viação e está dividido em três sessões, a primeira delas dedicada ao conceito, caracterização e classificação, participação do sinistro e tipologia de danos e a sua tutela.

Ainda neste módulo será abordado a tipologia de danos e sua tutela, a quantificação do ano a ser indemnizado, o pagamento da indemnização e as dimensões processuais relevantes.

O segundo módulo é de 8 horas e sobre acidentes de trabalho. Será lecionada a quantificação do dano indemnização as especificidades do dano vida.

O curso conta com oito sessões, começa a 24 de outubro e termina a 28 de novembro.

O Centro de Estudos Jurídicos do Minho (CEJUR) tem como associados a Universidade do Minho, a Associação Industrial do Minho, o Município de Braga, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, a Associação de Municípios do Vale do Ave e a Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho. Com sede na Escola de Direito da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, em Braga, é polo de desenvolvimento dos estudos jurídicos em todos os formatos.

Pode saber mais aqui .

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Comissão Europeia lança campanha sobre o Estado de direito

  • + M
  • 19 Setembro 2024

A campanha vai estar presente em 27 países, em redes sociais. O ilustrador Christoph Niemann é o autor.

Durante quatro semanas, em 27 Estados-membros da UE, a Comissão Europeia vai divulgar nas redes sociais uma campanha sobre o Estado de direito. Igualdade perante a lei, segurança jurídica, proibição de arbitrariedade, independência judicial, legalidade e separação de poderes são os seis temas, abordados através de animações realizadas pelo artista e ilustrador Christoph Niemann. O objetivo é tornar o conceito abstrato de Estado de direito mais próximo dos cidadãos.

“O Estado de direito é, muitas vezes, visto como um conceito distante e grandioso que, para muitas pessoas, é difícil de compreender. Embora defina quem somos e o que nos une enquanto europeus, temos tendência a pensar no Estado de Direito apenas quando algo corre mal. Com esta campanha queremos ajudar todas as pessoas a compreender o que significa o Estado de direito, até que ponto está presente no nosso dia a dia e por que é importante evitar iniquidades e injustiças“, justifica Didier Reynders, comissário europeu da Justiça, citado em comunicado. “Inspiradas pelo mundo do desporto, as maravilhosas animações de Christoph Niemann permitem que todos se identifiquem com os princípios do Estado de direito”, acrescenta o responsável.

“Quis visualizar o Estado de direito comparando-o com algo que conhecemos do dia a dia: as regras do desporto. Jogar futebol, competir numa pista de atletismo ou jogar uma partida de bilhar — tudo isto só é possível se estivermos de acordo a respeito de regras e limites coerentes e justos. Nas minhas animações, imaginei de forma lúdica o que aconteceria se eliminássemos as regras“, descreve Christoph Niemann.

Em Portugal, prossegue o comunicado, uma grande maioria (91%) das pessoas consideram que é essencial ou importante que todos os Estados-membros respeitem os valores fundamentais da UE, incluindo o Estado de direito. No entanto, apenas 40% se sentem bem informadas sobre este assunto.

 

 

 

 

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Portuguesa Cleanwatts entra em projeto de energia comunitária no Reino Unido

  • ECO
  • 19 Setembro 2024

Com este projeto de energia comunitária, a startup de Coimbra expande a sua operação para o mercado internacional. Em Portugal, empresa tem mais de 210 comunidades de energia.

A Cleanwatts, tecnológica de Coimbra que atua na área de energia, entrou num projeto-piloto de energia comunitária no Reino Unido expandindo, pela primeira vez, a sua operação ao mercado externo.

“Estamos muito entusiasmados por introduzir o nosso sistema de otimização local no mercado britânico. O sistema operativo Cleanwatts foi concebido para apoiar as redes locais e proporcionar poupanças adicionais às comunidades”, refere Luísa Matos, CEO da Cleanwatts, em comunicado. “Este projeto representa uma oportunidade perfeita para demonstrar como as nossas soluções podem transformar o panorama energético do Reino Unido, contribuindo para um futuro mais eficiente, sustentável e económico”, acrescenta.

O projeto Community DSO é uma iniciativa do Consórcio Condor que, além da empresa portuguesa tem, entre os parceiros-chave empresas como a Energise Barnsley, Whitley Bay Big Local, Knaresborough Community Energy,Nodes, ev.energy e SMPnet.

Financiado pela Ofgem, regulador de energia do Reino Unido, o projeto Community DSO irá “desenvolver e testar diferentes abordagens em quatro comunidades locais, abrangendo redes rurais e urbanas.”

Neste projeto, a Cleanwatts irá “fornecer ferramentas de digitalização de energia a todos os setores, implementando centrais elétricas virtuais e promovendo ferramentas de flexibilidade energética no mercado”, explica em comunicado.

Em Portugal, empresa tem mais de 210 comunidades de energia.

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Carlos Moreira é o novo diretor da cadeia de Vale dos Judeus

O jurista e académico foi, até aqui, diretor do Estabelecimento Prisional das Carregueira.

Carlos Moreira é o novo diretor do Estabelecimento Prisional (EP) de Vale de Judeus. O jurista inicia funções segunda-feira.

A Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, “deu acolhimento aos fundamentos contidos na proposta da Diretora-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (em substituição)”, explica o ministério da Justiça.

Carlos Moreira transita da direção do EP da Carregueira, onde desempenhava funções desde 2022. Antes disso, Carlos Moreira dirigiu o EP do Linhó, o EP de Pinheiro da Cruz e o EP de Olhão. O nomeado desempenhou ainda funções na Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e como jurista nos EP de Caixas e do Linhó. De 2000 a 2003 foi Guarda Prisional no Estabelecimento Prisional de Alcoentre e de Torres Novas.

A nomeação é feita por um período de três anos, renováveis, até ao máximo de três renovações.

Carlos Moreira é mestre em Direito e Segurança pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Autónoma de Lisboa, em 2007/2008 e pós-graduado em Direito e Segurança pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, em 2011. Tem ainda uma pós-graduação em Gestão Pública pelo ISCTE, em 2020.

Está pronto o despacho de nomeação para o lugar de Diretor do EP da Carregueira e deverá ser publicado na próxima semana. A futura diretora do EP da Carregueira será Joana Rodrigues, até aqui Diretora Adjunta do EP da Carregueira. Joana Rodrigues aceitou o convite e vai manter “a linha de funcionamento e se estabilidade do EP da Carregueira”.

Atividade profissional do novo diretor de Vale de Judeus

2022 – 2024: Diretor do Estabelecimento Prisional da Carregueira;

2019 – 2022: Diretor do Estabelecimento Prisional do Linhó;

2016 – 2019: Diretor do Estabelecimento Prisional do Pinheiro da Cruz;

2014 – 2016: Diretor Do Estabelecimento Prisional de Olhão;

2013 – 2014: Chefe da Divisão de Vigilância, Segurança e Análise de Informação (DVSAI), da Direção de Serviços de Segurança da DGRSP;

2011 – 2013: Técnico Superior no Serviço de Auditoria e Inspeção da Direção-Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais;

2010 – 2011: Jurista no Estabelecimento Prisional do Linhó;

2008 – 2010: Jurista no Estabelecimento Prisional de Caxias;

2003 – 2008: Funções de Gestão, Planeamento e Acompanhamento da Formação no Centro de Estudos e Formação Penitenciária;

2000 – 2003: Guarda Prisional no Estabelecimento Prisional de Alcoentre e de Torres Novas.

Cinco reclusos fugiram no dia 7 de setembro do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa. Depois da fuga, o diretor da prisão, Rui Abrunhosa Gonçalves, pediu a demissão.

Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos. Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

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75 mil vão ter médico de família no Hospital de Cascais. Medida custa 6 milhões até ao fim do ano

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

A despesa de seis milhões de euros até ao final do ano para contratualizar as listas de utentes com o hospital representa "menos 24 euros por doente, em preço comparado", face a outras alternativas.

Um total de 75 mil pessoas vão passar a ter médico de família no Hospital de Cascais, uma medida que representa uma despesa de seis milhões de euros até final deste ano, anunciou esta quinta-feira o Governo. “O Governo aprovou uma resolução que dá acesso à medicina geral e familiar a 75 mil pessoas que até hoje não têm médico de família”, anunciou o ministro da Presidência, após o Conselho de Ministros.

Segundo António Leitão Amaro, esta medida está prevista no Plano de Emergência e Transformação da Saúde, aprovado pelo executivo no final de maio, no âmbito do objetivo de alargar o acesso à medicina geral e familiar. A atribuição de médico de família a essas 75 mil pessoas será feita até ao final do ano no hospital de Cascais Dr. José de Almeida, que integra o Serviço Nacional de Saúde na modalidade de Parceria Público-Privada.

De acordo com o governante, a despesa de seis milhões de euros até ao final do ano para contratualizar as listas de utentes com o hospital representa “menos 24 euros por doente, em preço comparado, se fossem servidos por outras alternativas”. Esta medida vai abranger, na sua maioria, utentes da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra, mas também da ULS Lisboa Ocidental.

Considerado um dos principais problemas do acesso dos utentes ao SNS, a falta de médicos de família tem vindo a agravar-se nos últimos anos, com o número de pessoas sem um especialista de medicina geral e familiar atribuído a aumentar cerca de um milhão desde 2019.

Segundo os dados do portal da transparência do SNS, em agosto de 2019, 644.077 pessoas não tinham médico de família, número que aumentou para 1.675.663 no último mês, uma diferença de mais 1.031.586 utentes.

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Incêndio Prior Velho: Seguradoras pagam 3,6 milhões

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2024

232 viaturas que arderam tinham seguro, 154 tinham cobertura incêndio, destas 117 ficaram destruídas, 37 são reparáveis, no total as seguradoras vão pagar 3,6 milhões de euros em indemnizações.

A maior parte dos lesados que acionaram a cobertura de incêndio do seguro automóvel já têm a situação regularizada anunciou esta quinta-feira a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), atualizando a informação relativa ao incêndio que deflagrou num parque de estacionamento no Prior Velho, em 16 de agosto.

De acordo com os dados apurados pela APS, 232 viaturas afetadas por este incêndio tinham seguro automóvel e, destes, 154 tinham cobertura de incêndio, “uma percentagem bastante superior à média do mercado”, explica a associação que junta todas as seguradoras a operar em Portugal.

Dos veículos com cobertura de incêndio, 117 sofreram perda total e 37 registaram perdas parciais. Sendo o valor estimado das indemnizações devidas superior a 3,6 milhões de euros, das quais já se encontram pagas mais de 2,3 milhões de euros.

O valor médio pago por veículo com perda total foi de quase 29 mil euros.

A associação continua sem informar sobre as causas e apuramento de responsabilidades envolvidas neste sinistro, nem sobre a existência de eventuais seguros que possam vir a cobrir essas responsabilidades ou outros danos de natureza patrimonial, para além dos próprios veículos que dispunham de seguro de incêndio.

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Nova fábrica da Altri com impacto de 342 milhões por ano no PIB galego após construção

Um relatório encomendado pela empresa portuguesa à consultora Valora calcula que o megaprojeto industrial para a Galiza vai criar mais de 3.600 postos de trabalho, dos quais 500 serão diretos.

A construção do megacomplexo projetado pela Altri para a Galiza, num investimento próximo de mil milhões de euros, vai ter um impacto médio anual de 342 milhões de euros no produto interno bruto (PIB) galego ao longo de 22 anos, após a sua construção, concluiu um relatório da consultora Valora que calcula o impacto sócio-económico. O mesmo documento estima ainda que o Projeto Gama vai gerar 3.608 postos de trabalho, dos quais 500 diretos.

O relatório aponta um impacto anual médio no PIB galego de 176 milhões de euros, durante o período de construção, entre 2025 e 2027, e entre 324 e 373 milhões de euros entre 2027 e 2046. No total, a construção da nova unidade da Altri na região deverá dar um contributo de 7.522 milhões de euros para a economia da Galiza e ter um impacto de 8.927 milhões na economia do país, nos 22 anos após a conclusão da construção da fábrica, segundo mostra o documento encomendado pela Altri à Valora Consultores, a que o ECO teve acesso.

Mais ao detalhe, o relatório prevê que o projeto, uma vez em funcionamento, teria um impacto 2,5 euros na economia por cada euro mobilizado de forma direta em Espanha, fruto da sua atividade no período 2025-2046. Este valor sobe para três euros no caso da Galiza, segundo as estimativas da Valora Consultores.

Em termos de criação de emprego, o relatório da Valora calcula que sejam gerados 3.608 postos de trabalho na Galiza, dos quais 500 serão diretos. Já no plano nacional, a nova unidade vai permitir a criação de 3.690 empregos indiretos, além dos 500 diretos.

O projeto da Altri para a Galiza, que prevê a construção de raiz de uma unidade com capacidade para produzir anualmente 200 mil toneladas de pasta solúvel e 60 mil toneladas de fibras têxteis sustentáveis (lyocell) e tem sido alvo de grande contestação na região devido aos impactos ambientais, conta com a atribuição de um apoio, por parte do Governo central, de cerca de 215 milhões de euros, através dos fundos europeus da bazuca espanhola.

A papeleira portuguesa tem-se desdobrado em esforços para mostrar os benefícios desta nova unidade para a região e rebatido as acusações de ser uma “bomba ambiental” para a região.

No passado mês de julho, a empresa portuguesa adiantou que, uma vez em funcionamento, o megaprojeto vai exigir uma injeção anual de 150 milhões de euros para a aquisição de matérias-primas, produtos e outros serviços, segundo os cálculos da empresa.

O investimento chegou a estar previsto para o primeiro semestre de 2023, mas tem vindo a ser atrasado.

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