Calçado automatiza, subcontrata e cria novas marcas para inverter queda das vendas

  • Lusa
  • 15 Setembro 2024

Num ano "de transição" para a indústria de calçado, cujas exportações caíram 13,8% em valor até julho, o setor tenta inverter a tendência apostando na automatização, subcontratação e novas marcas.

Num ano “de transição” para a indústria portuguesa de calçado, cujas exportações caíram 13,8% em valor até julho, após recuarem 8,2% em 2023, o setor tenta inverter a tendência apostando na automatização, subcontratação e novas marcas. Em declarações à agência Lusa em Milão, Itália, onde até terça-feira 39 empresas portuguesas participam na maior feira de calçado do mundo — a Micam –, o diretor comercial da Kyaia revelou que o grupo de Guimarães se prepara para lançar uma nova marca de sapatos unissexo no outono/inverno de 2025.

A apresentar “no final de outubro” aos agentes com que a empresa trabalha, a nova marca terá a designação Fred & Frederico (numa homenagem ao filho do fundador do grupo, Fortunato Frederico) e, segundo Paulo Monteiro, insere-se num segmento de calçado de “moda ‘outdoor'” que “não se enquadra no ADN” das outras marcas do grupo (Fly London, Softinos e As Portuguesas, esta última resultado de uma parceria com o grupo Amorim).

De acordo com o diretor comercial da Kyaia, a estratégia da nova marca passa por “tornar o calçado de ‘outdoor’ num produto que possa ser usado no dia a dia, como um produto de moda”, e tem como alvo o “público jovem”.

O responsável assume que “é um risco” lançar uma nova marca no atual contexto internacional, de retração de consumo devido à instabilidade geopolítica e às mais altas taxas de juro e de inflação, mas considera que no segmento da moda ‘outdoor’ “existe algum potencial de crescimento”, que a Kyaia “quer explorar”.

O objetivo é afirmar a nova marca nos mercados onde as restantes insígnias da empresa já estão presentes, com destaque para o Reino Unido, Estados Unidos e Canadá. “Estamos também a tentar entrar na Escandinávia, onde estamos à procura de agentes“, acrescenta Paulo Monteiro.

Já Reinaldo Teixeira, fundador do grupo Carité, está a apostar na automatização, robotização e subcontratação como argumentos competitivos na atual conjuntura internacional adversa, assim como em novos mercados de exportação.

O grupo de Felgueiras — que produz 5.000 pares por dia, nas cinco fábricas que possui em Felgueiras, Celorico de Basto e Castelo de Paiva — lidera um consórcio de 45 parceiros que, num investimento de 60 milhões de euros, enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), se propõe desenvolver até ao final do próximo ano a “fábrica inteligente do futuro”.

Intitulado FAIST, o projeto reúne universidades, empresas e instituições do sistema científico e tecnológico e está a desenvolver novas soluções que incluem desde ilhas de automação a linhas integradas e plataforma digitais, com o objetivo de conceber sistemas de produção “o mais automatizados possível“.

Isto vai permitir-nos fazer um produto diferenciado”, salientou Reinaldo Teixeira, explicando que o que se pretende “não é aumentar a capacidade produtiva, mas reduzir minutos de produção e fazer um produto com maior qualidade, valor e preço final mais elevado. Vai custar-nos menos a produzir e vamos vender mais caro“, sintetizou.

Com uma faturação na ordem dos 50 milhões de euros nos últimos anos, o grupo Carité exporta praticamente toda a produção, tendo a Alemanha, Países Baixos, França e EUA como principais mercados.

Após ter perdido, pelo fator preço, alguns concursos internacionais no segmento do calçado profissional, a empresa — que em 2020 forneceu 80.000 pares de botas militares à NATO e gostaria de calçar também o exército português – está ainda a apostar na subcontratação de gáspeas para tornar alguns dos seus produtos mais competitivos. “Estamos a fazer algumas gáspeas fora do país, em Marrocos e na Índia”, afirmou Reinaldo Teixeira, explicando que esta estratégia lhe permite também contornar a atual “dificuldade em encontrar mão de obra na área do corte e costura” em Portugal.

As exportações portuguesas de calçado recuaram 11,3% em quantidade e 8,2% em valor em 2023, face ao ano recorde de 2022, com 66 milhões de pares de calçado vendidos por 1.839 milhões de euros.

Já nos primeiros sete meses de 2024, as exportações portuguesas de calçado nacional acumularam uma quebra homóloga de 13,8% em valor, para 1.013 milhões de euros, e de 1,6% em volume, para 41,5 milhões de pares.

Descrevendo 2023 como um período “de forte contenção” e 2024 como sendo “de transição”, o setor espera que 2025 seja “um ano de forte afirmação do calçado português nos mercados internacionais”.

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Gaia vota concurso para atribuição de licenças para circulação de comboios turísticos

  • Lusa
  • 15 Setembro 2024

Vilna Nova de Gaia vai votar o lançamento de concurso para a atribuição de licenças para a circulação de comboios turísticos que ligarão o Cais de Gaia a Miramar.

A Câmara de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, vota na segunda-feira o lançamento de um concurso público para a atribuição de licenças para a circulação de comboios turísticos.

De acordo com a proposta, a que a Lusa teve acesso, os comboios turísticos ligarão o Cais de Gaia a Miramar e vice-versa, com paragens pelo Douro Marina, Lavadores, Pedras Amarelas, Canide, Madalena e Dunas Mar. Cada operadora apenas poderá promover a exploração de circuitos turísticos através do numero máximo de duas matriculas por licença, explica o texto da proposta.

Podem concorrer a este concurso todas as entidades, singulares e coletivas, que estejam constituídas e registadas no Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística, tenham a situação fiscal regularizada e não estejam em incumprimento com o Município de Vila Nova de Gaia.

No documento, a autarquia, liderada pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues, explica que o objetivo deste circuito turístico, apelidado de “Rio e Mar à Vista”, é permitir uma oferta diversificada, tornar o território competitivo, atingir diferentes tipos de público e potenciar a mobilidade e acessibilidade entre diferentes locais.

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Continente em situação de alerta por causa dos incêndios

  • Lusa
  • 15 Setembro 2024

O Governo declarou Situação de Alerta para o território do continente até às 23h59 de terça-feira com medidas excecionais devido ao agravamento do perigo de incêndios rurais.

O Governo declarou Situação de Alerta para todo o território do continente a partir das 13h00 deste domingo e até às 23:59 de terça-feira com medidas excecionais devido ao agravamento do perigo de incêndios rurais.

Num comunicado, vários ministérios salientam que serão desenvolvidas várias medidas de caráter excecional, como a proibição do acesso, circulação e permanência no interior de determinados espaços florestais, proibição da realização de queimadas e queimas de sobrantes de exploração, e proibição de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria (com exceção para as situações de combate a incêndios rurais).

Estão proibidos também trabalhos rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.

O uso de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos também estão proibidos neste período, incluindo os que já tinham autorizações emitidas.

A Declaração de Situação de Alerta foi decretada pelos ministros da Administração Interna, da Defesa Nacional, da Saúde, das Infraestruturas e Habitação, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do Ambiente e Energia e da Agricultura e Pescas.

A declaração decorre da elevação do estado de alerta especial do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e da necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de reação face ao risco de incêndio Elevado, Muito Elevado e Máximo, previsto pelo Instituto do Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em grande parte do território continental.

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Marcelo defende soluções inovadoras no SNS

  • Lusa
  • 15 Setembro 2024

O Presidente da República assinalou os 45 anos do SNS, considerando que melhorou a vida de milhões de pessoas, mas precisa de soluções inovadoras para garantir eficácia e sustentabilidade.

O Presidente da República assinalou este domingo os 45 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando que melhorou a vida de milhões de pessoas, mas precisa de soluções inovadoras para garantir eficácia e sustentabilidade a longo prazo.

Estas posições do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, constam de uma nota que foi publicada no portal da Presidência da República. “O Presidente da República assinala os 45 anos do SNS, pilar fundamental para a promoção da saúde, com significativos ganhos para o país. Através de sua missão de cuidar e proteger, o SNS melhorou de forma significativa a vida de milhões de pessoas, e sua importância para a sociedade continua a ser inestimável“, lê-se na nota.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, hoje, enquanto se celebra “essas conquistas” para a saúde dos portugueses, “é crucial olhar para o futuro, reconhecer os desafios que o SNS enfrenta e procurar soluções inovadoras para garantir a sustentabilidade e a eficácia do SNS a longo prazo“.

“Parabéns a todos que constituem o Serviço Nacional de Saúde pelos seus êxitos e pelo impacto positivo que tem causado ao longo destas quatro décadas e meia”, acrescenta-se.

O atual SNS foi formalmente criado em 15 de setembro de 1979, quando foi publicada a lei que criou o sistema universal de saúde em Portugal.

Em junho deste ano, este serviço público tinha ao serviço um total de 150.333 trabalhadores, quando em junho de 2019, ainda antes da pandemia da Covid-19, eram 130.752, de acordo com o portal da transparência do SNS.

Com o seu financiamento assegurado pelo Orçamento do Estado, o SNS custou em 2023 cerca de 14 mil milhões de euros, mais 6,8% do que no ano anterior (+ 892,3 milhões de euros), segundo dados do Conselho das Finanças Públicas.

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Montenegro quer saúde sem “preconceitos ideológicos”

  • Lusa
  • 15 Setembro 2024

O primeiro-ministro defendeu este domingo que a saúde "não se gere com preconceitos ideológicos", num vídeo em que assinala os 45 anos de Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O primeiro-ministro defendeu este domingo que a saúde “não se gere com preconceitos ideológicos“, num vídeo em que assinala os 45 anos de Serviço Nacional de Saúde (SNS), que considera “uma das conquistas mais importantes da democracia” portuguesa.

Que ninguém duvide, todos os dias trabalhamos para o melhorar. Para nós, a saúde não se gere com preconceitos ideológicos. Para nós, o SNS existe para servir as pessoas, para que ninguém fique eternamente em listas de espera para uma consulta ou uma cirurgia. Para que todos possam ter acesso a um médico de família“, refere Luís Montenegro, numa mensagem em vídeo divulgada nas redes sociais.

Montenegro diz que o Governo PSD/CDS-PP que lidera tem “trabalhado todos os dias” para melhorar o acesso à saúde, “para que as grávidas não se sintam desamparadas” ou para que os idosos “tenham acesso a cuidados dignos”. “E trabalhamos também para a valorização dos nossos profissionais de saúde. Sabemos que lhes é exigido muito. Por isso, temos tomado medidas focadas nos médicos, nos enfermeiros, nos técnicos especializados, nos auxiliares e em toda a constelação de pessoas essenciais para cuidar e salvar a vida de todos nós“, refere.

Na mensagem, o primeiro-ministro defende que “só com profissionais respeitados e carreiras atrativas, com investimentos concretos em meios e equipamentos e com a colaboração de todos os sistemas” é possível ter um SNS “verdadeiramente abrangente e de portas abertas a todos“.

O caminho nem sempre é fácil. Mas estamos aqui, a trabalhar e a dar a cara. Porque sabemos bem as nossas prioridades. E estamos focados no amanhã, na próxima década e nos próximos 45 anos do SNS“, conclui.

O atual SNS foi formalmente criado em 15 de setembro de 1979, quando foi publicada a lei que criou o sistema universal de saúde em Portugal.

Em junho deste ano, este serviço público tinha ao seu serviço um total de 150.333 trabalhadores, quando em junho de 2019, ainda antes da pandemia da covid-19, eram 130.752, de acordo com o portal da transparência do SNS.

Com o seu financiamento assegurado pelo Orçamento do Estado, o SNS custou em 2023 cerca de 14 mil milhões de euros, mais 6,8% do que no ano anterior (+ 892,3 ME), segundo dados do Conselho das Finanças Públicas.

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Perto de 80 empresas do calçado mostram-se em Milão

  • Lusa
  • 15 Setembro 2024

Perto de 80 empresas portuguesas da fileira do calçado participam em Milão nas feiras Micam, Mipel, Lineapelle e Simac, à espera de uma retoma do consumo para inverter a queda das exportações.

Perto de 80 empresas portuguesas da fileira do calçado participam a partir deste domingo, em Milão, Itália, nas feiras Micam, Mipel, Lineapelle e Simac, à espera de uma retoma do consumo para inverter a queda das exportações no primeiro semestre. “Estamos a procurar, num contexto de grande exigência, regressar paulatinamente aos mercados internacionais“, afirma o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS), Luís Onofre.

Depois de um ano de 2023 “de forte contenção” e de um 2024 “de transição” – até junho deste ano Portugal exportou 35 milhões de pares de calçado no valor de 818 milhões de euros, o que corresponde a quebras homólogas de 1,8% e de 15,2%, respetivamente — o setor do calçado garante estar de “baterias apontadas” para 2025.

Nas feiras de calçado Micam e de acessórios de pele Mipel – que decorrem de domingo a terça-feira – a comitiva portuguesa contará com a participação de 40 empresas (39 na Micam e uma na Mipel), um crescimento de 21% face à edição anterior, passando estes certames de quatro para três dias nesta edição.

Já na feira de componentes para calçado e curtumes Lineapelle, a delegação nacional será assegurada por 30 empresas, enquanto na Simac, o certame de tecnologia para a fileira, seis empresas portuguesas apresentarão os primeiros resultados do projeto mobilizador FAIST, orçado em 60 milhões de euros e enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Estes dois certames decorrem de terça a quinta-feira.

Lembrando que, por exportar mais de 90% da sua produção, o setor português do calçado “está muito dependente da evolução dos mercados internacionais”, a associação nota que 2023 foi um ano “particularmente difícil para o setor do calçado a nível mundial”, devido aos efeitos colaterais da guerra e à retração do consumo, tendo as importações globais recuado 8%. Já este ano, refere, o primeiro semestre “continua a penalizar os principais ‘players’ do setor“.

A retração do consumo estende-se praticamente a todos os grandes blocos económicos, com as importações da Alemanha a recuarem 2%, da Bélgica 14%, da França 3%, do Japão 11% e do Reino Unido 5% nos primeiros cinco meses do ano“, detalha a APICCAPS.

De acordo com a associação, “na grande tela internacional apenas os EUA ficam relativamente bem na fotografia, recuperando 1% nas importações, depois de uma perda na ordem dos 30% no último ano”.

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Ensino Superior recebe mais 8 mil alunos na segunda fase de colocação

Apesar de representar uma queda de quase 2% face aos números do ano passado, a taxa de sucesso de colocação subiu para 40,9%, um aumento de 1,1 pontos percentuais em relação a 2023.

A segunda fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior resultou na colocação de 8.029 estudantes, de um total de 19.644 candidatos, conferindo assim uma taxa de sucesso de colocação de 40,9%, mais 1,1 pontos percentuais em relação a 2023.

Apesar de representar uma queda de 1,97% no número de colocados face ao ano anterior e ser o menor número de alunos colocados na segunda fase dos últimos 20 anos, compara com uma queda histórica de 13,6% registada no ano passado, referem os dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) publicados este domingo.

Com estes resultados, o Ensino Superior regista a entrada de 57.992 novos alunos entre a primeira e a segunda fase de colocação, um crescimento de 0,6% comparativamente ao ano passado – não considerando ainda os números da terceira fase de colocação.

Os números divulgados pela DGES revelam assim que 13,8% dos alunos que entram este ano no Ensino Superior chegam pela segunda fase. Esta percentagem compara com uma taxa média de 18,6% registada desde 2004, quando foi incluída a segunda fase de acesso ao ensino superior.

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A Universidade de Lisboa destacou-se como a instituição com maior número de alunos colocados nesta segunda fase, acolhendo 879 novos estudantes. O pódio completa-se com o Instituto Politécnico do Porto, que recebeu 517 alunos, e o Instituto Politécnico de Bragança, com 437 colocações.

Os dados divulgados pelo Ministério da Educação revelam ainda que dos 19.644 candidatos na segunda fase, 4.953 não se tinham candidatado na primeira fase, 5.535 não ficaram colocados, 1.978 ficaram colocados, mas que não se matricularam, e 7.178 ficaram colocados na primeira fase e matricularam-se agora.

É importante notar que os candidatos colocados nesta fase têm entre 16 e 18 de setembro para realizar a matrícula e inscrição junto da instituição de ensino superior onde foram colocados.

Para aqueles que ainda não conseguiram vaga, existe a possibilidade de concorrer à terceira fase do concurso, cujas vagas serão divulgadas a 23 de setembro no site da DGES e os resultados serão conhecidos a 30 de setembro.

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ECO Quiz. Inflação, salário mínimo e chefias tóxicas

  • Tiago Lopes
  • 14 Setembro 2024

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com o ECO Quiz.

Semana após semana, o ECO dá-lhe a possibilidade de testar se esteve atento às principais notícias que marcaram a atualidade. Na semana que agora terminou falámos do salário mínimo, do fim das contas grátis na Revolut, dos ordenados dos professores em Portugal quando comparados com os restantes países da OCDE, do aumento das rendas, da descida da taxa de inflação, da construção de novas casas, entre outros assuntos.

O ECO publica todas as semanas um quiz que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este quiz do ECO.

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Pedro Reis apela à atração de jovens talentos para impulsionar Portugal

  • Lusa
  • 14 Setembro 2024

O ministro da Economia diz que "precisamos de mais gente nova" que venha para Portugal "por opção e não obrigação" para potenciar o crescimento, e defende a redução transversal da carga fiscal.

A economia e o futebol nacionais estão alinhados pelo desafio da internacionalização, apontou hoje o ministro da Economia, Pedro Reis, observando semelhanças no percurso de “crescimento sustentável” dos dois setores.

Quanto mais singrarmos internacionalmente, mais capacidade haverá para ter ambição. Quanto mais talento atrairmos, mais capacidade vamos ter na obtenção de resultados. O futebol arrasta áreas de desenvolvimento de competências da economia, tais como as infraestruturas, o turismo, o comércio, o merchandising, os serviços ou as tecnologias”, caracterizou.

A influência da modalidade no progresso económico do país foi abordada pelo governante na abertura do terceiro e último dia da cimeira Thinking Football, que tem promovido debates com oradores nacionais e internacionais desde quinta-feira, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, sob organização da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Quando a indústria do futebol e do desporto em geral está bem, isso alimenta e lubrifica a economia portuguesa. Por outro lado, à medida que a economia avança e vai municiando diversos setores para se tornarem mais fortes, capitalizados, dinâmicos e inovadores, gera um impacto positivo no mundo do futebol. Estamos umbilicalmente ligados e virtuosamente ligados. É bom que assim seja”, admitiu.

Precisamos de mais gente nova, que venha com perspetivas de crescimento e desenvolvimento em Portugal, mas que o faça por opção, não por obrigação.

Pedro Reis

Ministro da Economia

Convicto de que o futebol “pode posicionar bem Portugal como destino de turismo ou de investimento”, Pedro Reis enalteceu as receitas geradas pela modalidade em direitos audiovisuais, merchandising, patrocínios ou transferências, sinal de “uma economia a mexer”.

“Temos de propor crescimento económico, que se faz pelo investimento privado atraído no estrangeiro. A internacionalização é o desafio último da economia portuguesa. Depois, há um desafio de escala. A escala não tem hoje de ser só pela dimensão do país e da economia, até porque é feita em rede na economia global. Eu acho que o melhor que posso fazer como ministro da Economia é ir lá fora captar investimento para Portugal”, sustentou.

O governante apelou ainda à capacidade de “pensar diferente numa Europa envelhecida”, admitindo que o país “tem de ser mais focado na execução de resultados”, mesmo que “não consiga passar muitas vezes da investigação e desenvolvimento para a inovação nas empresas”.

“Isto tudo tem uma chave, que incide no talento e nas pessoas. Precisamos de mais gente nova, que venha com perspetivas de crescimento e desenvolvimento em Portugal, mas que o faça por opção, não por obrigação“, considerou, ilustrando o avançado e capitão da seleção nacional Cristiano Ronaldo como um dos “grandes embaixadores lusos nascidos no futebol”.

Antes de ser nomeado ministro da Economia do XXIV Governo Constitucional, Pedro Reis liderou a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), entre 2011 e 2014, ocupando posições de destaque em instituições financeiras e de consultoria.

Temos uma carga fiscal excessiva, que estrangula e asfixia a economia e as famílias. Só há um caminho, que é a sua redução transversal.

Pedro Reis

Ministro da Economia

“O próximo ano pode ser interessante para a economia portuguesa na captação de investimento. Em relação ao futebol português, que continue com os resultados e sucessos que tem e com profissionalização, dinâmica e ambição, porque está mesmo a ajudar a economia. Aliás, isso não é um desejo, é um agradecimento”, endereçou.

O ministro da Economia indicou os EUA como um dos mercados preferenciais na atração de capital, tal como Alemanha, França e Reino Unido na Europa, Coreia do Sul e Japão na Ásia oriental, e os seis estados integrados no Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) – Arábia Saudita, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Qatar.

“Temos uma carga fiscal excessiva, que estrangula e asfixia a economia e as famílias. Só há um caminho, que é a sua redução transversal. A fiscalidade é um dos navios almirantes da captação de investimento. Fico perplexo que tenhamos de advogar porque é que é preciso baixar o IRS? Devíamos estar a discutir o quanto é preciso baixá-lo e em que ritmo”, terminou.

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📹 Saiba tudo o que muda no programa de arrendamento jovem

  • ECO
  • 14 Setembro 2024

O programa Porta 65 tem novas regras. Deixa de ser necessário ter um contrato de arrendamento no momento da candidatura e são eliminados outros fatores de exclusão, alargando os apoios a mais jovens.

O programa de apoio ao arrendamento jovem, o Porta 65, tem novas regras desde o início do mês. As novas regras para aceder preveem a possibilidade de “o apoio a ser concedido em momento prévio à celebração do contrato de arrendamento“, entregando posteriormente o contrato de arrendamento. Foi ainda eliminada a renda máxima como um fator de exclusão e jovens que façam 36 anos enquanto estão a receber o apoio podem candidatar-se uma última vez ao programa. Veja tudo o que muda no vídeo.

http://videos.sapo.pt/mslID0hZG0ItJEcs1Q25

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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“Não viabilizaremos um Orçamento que discordamos na globalidade”, garante Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos revelou que o PS continua disponível para negociar o Orçamento de Estado para 2025, mas não abre mão das suas posições em matéria do IRS Jovem e da redução do IRC.

O líder do Partido Socialista (PS), reafirmou a disponibilidade do seu partido para negociar o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) com o governo PSD/CDS-PP, mas estabeleceu condições claras para a sua viabilização. Em declarações recentes, Pedro Nuno Santos, enfatizou que o PS não abdicará das suas posições fundamentais, especialmente no que diz respeito ao IRS Jovem e à redução do IRC.

“É praticamente impossível viabilizarmos um Orçamento de Estado que espelhe exclusivamente ou quase na totalidade o programa eleitoral com o qual discordamos e combatemos”, afirmou Pedro Nuno Santos, este sábado, em Coimbra, mas salientou que “não nos colocamos de fora [de uma negociação], não a qualquer preço.

Por essa razão, Pedro Nuno Santos acrescentou que o PS está “disponível para dar uma oportunidade a quem quer continuar a governar Portugal”, mas que “nunca estaremos comprometidos com um orçamento que discordamos na sua globalidade.”

No decorrer do encontro da Comissão Nacional do PS este sábado em Coimbra, o líder socialista deixou claro que o compromisso do PS é com os portugueses e não com cálculos eleitorais, criticando duramente algumas das propostas do governo. “Em vez de desperdiçarmos recursos financeiros para uma minoria da população, devemos melhorar os nossos serviços públicos, o SNS, a escola pública, as pensões dos reformados e o acesso à habitação”, argumentou.

O líder do PS revelou que não pretende ser responsável por 50% do orçamento e que não irá negociar metade do Orçamento. “Não é essa a nossa ambição”, enfatizou, referindo ainda que o objetivo do PS é “garantir que algumas medidas erradas não sejam adotadas e que possam serem introduzidas, poucas, que possam melhorar o Orçamento do Estado.”

Pedro Nuno Santos também lançou críticas à atuação do governo nos últimos cinco meses, acusando-o de fazer “propaganda” e enganar os portugueses em várias áreas. “O que temos em Portugal é um governo que nestes cinco meses tem feito propaganda e tem enganado em várias áreas os portugueses com uma única coisa em mente, que é ter eleições antecipadas”, declarou.

PS acusa Governo de propaganda e de estar a enganar os portugueses

O líder do PS apontou inconsistências em várias áreas da governação, incluindo a política de combustíveis, a reforma do IRS, e as medidas na saúde e educação. Sobre os combustíveis, Pedro Nuno Santos afirmou inclusive que “o governo está a pagar a descida do IRS com o aumento do preço dos combustíveis”, notando que “a estratégia do governo para a política de combustíveis, estas medidas fazem com que a gasolina esteja hoje mais cara 7 cêntimos do que estaria sem estes agravamentos fiscais e o gasóleo 7,5 cêntimos.

Na área da saúde, Pedro Nuno Santos acusou o governo de falta de transparência e de seriedade, especialmente no que diz respeito às listas de espera para cirurgias oncológicas. “O governo arranjou a forma perfeita para garantir que consegue limpar as listas de espera, mas não acabou com a espera”, referiu o líder do PS, notando que para acabar com as listas de espera do Governo “marcou para 30 dias, 2 meses, 3 meses e vários meses [as cirurgias]” retirando esses doentes das listas de espera e “com a agravante de muitas destas datas para cirurgia serem depois posteriormente alteradas e reagendadas.”

Quanto à educação, o líder socialista questionou os números apresentados pelo Governo de Luís Montenegro sobre alunos sem professor a pelo menos uma disciplina, sugerindo uma inflação deliberada dos dados para criar uma falsa impressão de melhoria, citando os números referidos recentemente pelo ministro socialista para a tutela João Costa.

As mesmas críticas de falta de transparência e de seriedade do Governo foram vincadas por Pedro Nuno Santos relativamente à mais recente intervenção do ministro das Infraestruturas e Habitação, Luís Pinto Luz, sobre a construção de 59 mil casas até 2030, o dobro do que está previsto pelo PRR.

O líder socialista lembrou que “quando saímos do governo, em março este ano, estavam identificadas 87 mil famílias a viver em situações de indignidade e, por isso, sabíamos que o Estado, com o Orçamento de Estado, com a lei em vigor, iria financiar a construção ou a reabilitação de 87 mil casas para essas 87 mil famílias.” Portanto, segundo Pedro Nuno Santos, “aquilo que foi apresentado como um avanço, na realidade foi um recuo face aquilo que está previsto na lei que consiste em construir e reabilitar casas para fazer face à situação de indignidade em que vivem as famílias portuguesas.”

Pedro Nuno Santos concluiu a sua intervenção aos membros do PS reiterando que, embora o PS esteja disposto a negociar para evitar eleições antecipadas, não o fará a qualquer custo. “É muito importante evitarmos eleições, mas é ainda mais importante que não sejam adotadas medidas que são penalizadoras de forma permanente para os portugueses”, finalizou.

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Índia acusa Samsung e Xiaomi de práticas anticoncorrenciais com gigantes do e-commerce

O regulador indiano acusa várias tecnológicas de violarem leis anticoncorrenciais ao lançarem smartphones exclusivamente na Amazon e Flipkart, prejudicando consumidores e vários negócios locais.

A Comissão de Concorrência da Índia (CCI) lançou uma bomba no mercado de smartphones do país, acusando gigantes como Samsung e Xiaomi de conluio com as plataformas de comércio eletrónico Amazon e Flipkart.

Segundo relatórios regulatórios obtidos pela Reuters, estas empresas terão violado as leis anticoncorrenciais indianas ao lançarem exclusivamente produtos nos sites das empresas de e-commerce.

A investigação, iniciada em 2020, revelou que ambas as plataformas de comércio eletrónico favoreciam certos vendedores, afetando negativamente outros players do mercado. Os relatórios da CCI apontam para que as unidades indianas de Samsung, Xiaomi, Motorola, Realme e OnePlus estiveram envolvidas em práticas exclusivas de lançamento de telemóveis em “conluio” com a Amazon e as suas afiliadas.

O caso não se limita à Amazon. O relatório sobre a Flipkart, subsidiária da Walmart, menciona práticas semelhantes envolvendo Samsung, Xiaomi, Motorola, Vivo, Lenovo e Realme. Esta inclusão de fabricantes de smartphones no caso pode aumentar significativamente os seus problemas legais e de conformidade no lucrativo mercado indiano.

As descobertas da investigação representam um grande revés para a Amazon e a Flipkart num mercado-chave de grande crescimento, onde já enfrentam a ira dos pequenos retalhistas há anos por prejudicarem os seus negócios offline.

A CCI também afirmou que ambas as empresas usaram os seus investimentos estrangeiros para fornecer taxas subsidiadas em serviços como armazenamento e marketing a um número restrito de vendedores.

O mercado de comércio eletrónico na Índia está em forte expansão, com previsões de ultrapassar os 160 mil milhões de dólares até 2028, segundo estimativas da consultora Datum Intelligence, quando atualmente não ultrapassa os 60 mil milhões de dólares.

Com a Samsung e a Xiaomi a deter cerca de 36% do mercado de smartphones e as vendas online a representarem 50% do total em 2023, as implicações destas acusações podem ser profundas para o futuro do comércio eletrónico e do mercado de smartphones na Índia.

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