Greve na CP avança com garantia de 20% de serviços mínimos

  • Lusa
  • 20 Julho 2024

O Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos de 20% para a greve na CP em 22 e 24 de julho, afetando comboios urbanos e regionais. Passageiros podem pedir reembolso ou troca de bilhetes.

O Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos de 20% para a greve na CP – Comboios de Portugal, convocada por vários sindicatos, para os dia 22 e 24 de julho — entre segunda-feira e quarta-feira da próxima semana.

De acordo com informação divulgada no site da CP, os serviços mínimos foram decretados para os comboios urbanos e regionais, não abrangendo os restantes, com a empresa a alertar os passageiros para a possibilidade de perturbações na circulação.

Segundo a mesma informação, há serviços mínimos decretados para o serviço Regional e Interregional (linhas do Minho, Douro, Leste, Oeste, Beira Baixa e linha do Norte — neste último caso de e para Coimbra/Entroncamento) e para os comboios urbanos (linhas da Azambuja, Coimbra e Guimarães).

A greve foi convocada pelos sindicatos ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SIOFA, SNAQ, SNTSF, STF e STMEFE, prevendo-se que afeta e circulação nos dias de paralisação.

Para os sindicatos, “é inaceitável” que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, queira condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.

A CP informa ainda que os clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, Interregional e Regional, podem pedir “o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

O reembolso ou troca podem ser efetuados no site da CP ou nas bilheteiras até 15 minutos antes da partida. Podem ainda pedir a devolução do dinheiro até 10 dias depois da greve.

A greve foi anunciada no início deste mês, numa nota da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans). Para os sindicatos, “é inaceitável” que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, queira condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.

O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho, que foi suspensa, chegaram, recentemente, a acordo. A operadora chegou também a acordo com o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) quanto à revisão das carreiras, incluindo um aumento salarial de 1,5% e a subida do subsídio de refeição para 9,20 euros.

A Fectrans defendeu que a proposta “aumenta a polivalência de funções e não valoriza a grelha salarial”, o que disse ser uma “medida estratégica” para recrutar novos trabalhadores e manter os atuais.

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Donald Trump retoma campanha eleitoral após tentativa de assassinato

  • ECO
  • 20 Julho 2024

Após escapar de um atentado, Trump discursa em Michigan com novo vice, J.D. Vance. Será que o ex-presidente manterá o tom moderado ou voltará aos ataques ferozes?

Este sábado, Donald Trump fará o seu primeiro discurso de campanha após escapar por pouco de uma tentativa de assassinato há uma semana. A aparição de Trump em Grand Rapids, no estado decisivo de Michigan, será acompanhada pelo seu novo candidato a vice-presidente, o senador de Ohio J.D. Vance, sendo este o primeiro evento oficial da dupla para as eleições presidenciais de 2024, a serem realizadas a 5 de novembro.

Durante a convenção de nomeação do Partido Republicano em Milwaukee, os oficiais do partido destacaram que a experiência de quase morte teve um impacto significativo em Trump. No seu discurso de aceitação na quinta-feira, Trump apelou à unidade nacional, embora tenha rapidamente revertido para o seu estilo habitual de ataques aos adversários e lista de queixas conhecidas.

Ainda não está claro qual será o tom do discurso de Trump em Grand Rapids. No entanto, os seus apoiantes mais fervorosos, que frequentemente comparecem em massa a estes eventos, esperam ouvir a retórica inflamatória tradicional do ex-presidente. A campanha de Trump, ciente da necessidade de conquistar eleitores moderados e mulheres, tem tentado moldar uma imagem mais presidencial e unificadora do candidato.

A 13 de julho, Donald Trump sofreu um atentado num comício em Butler, no Estado da Pensilvânia, enquanto discursava perante uma plateia de vários apoiantes.Lusa

O evento em Grand Rapids será realizado numa arena coberta, uma medida de segurança adicional após o atentado em Butler, na Pensilvânia, onde um atirador conseguiu escalar um edifício fora do perímetro do Serviço Secreto e abrir fogo, ferindo Trump e causando a morte de um participante. A Casa Branca garantiu medidas extraordinárias de segurança para proteger Trump, estando em curso uma investigação para apurar as falhas de segurança nesse evento.

O Partido Republicano emerge da convenção com uma frente unida em torno de Trump e Vance, contrastando com a situação caótica do Partido Democrata. O presidente Joe Biden enfrenta uma crescente pressão dentro do seu partido para abandonar a candidatura à reeleição, após um desempenho fraco num debate contra Trump e uma queda nas sondagens.

Muitos democratas temem que Biden não tenha um caminho viável para a vitória e pedem a escolha de um novo candidato para enfrentar Trump nas eleições de 5 de novembro,

O discurso de Trump no Estado do Michigan será um teste crucial para a sua campanha, não só para reafirmar a sua liderança no Partido Republicano, mas também para tentar atrair eleitores indecisos e moderados. Com a segurança reforçada e a atenção do país voltada para ele, Trump terá a oportunidade de definir o tom da sua campanha pós-atentado e de tentar consolidar o seu caminho para um possível regresso à Casa Branca.

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Warren Buffett reduz posição no Bank of America após resultados positivos do banco

A Berkshire Hathaway de Warren Buffett vendeu 33,9 milhões de ações do Bank of America por cerca de 1,5 mil milhões de dólares, apesar dos resultados positivos do banco no segundo trimestre de 2024.

A Berkshire Hathaway, empresa do lendário investidor Warren Buffett, alienou esta semana cerca de 33,9 milhões de ações do Bank of America (BofA), numa operação avaliada em aproximadamente 1,5 mil milhões de dólares, de acordo com um documento enviado ao regulador de capitais dos EUA. Esta movimentação surge poucos dias após o banco norte-americano ter apresentado resultados acima das expectativas dos analistas para o segundo trimestre de 2024.

Apesar da venda, a Berkshire Hathaway mantém-se como um dos maiores acionistas do BofA, conservando cerca de 1.000 milhões de ações após a transação. A relação entre Buffett e o banco remonta a 2011, quando o “Oráculo de Omaha” investiu 5 mil milhões de dólares em ações preferenciais, numa altura em que muitos investidores se mostravam preocupados com as necessidades de capital da instituição.

Quanto aos resultados do segundo trimestre do BofA, os números surpreenderam positivamente o mercado. O banco reportou lucros de 83 cêntimos por ação, superando a estimativa de 80 cêntimos por ação dos analistas que acompanham o banco, segundo uma poll da Reuters. As receitas também ultrapassaram as expectativas, atingindo 25,54 mil milhões de dólares, face aos 25,22 mil milhões previstos.

A decisão de Buffett de reduzir a sua posição no BofA, mesmo após resultados positivos, levanta questões sobre a sua visão para o setor bancário e para a economia em geral.

Destaque para o aumento de 29% nas receitas das operações da banca de investimento, que alcançaram 1,56 mil milhões de dólares, e para o crescimento de 14% nas comissões de gestão de ativos, que totalizaram 3,37 mil milhões de dólares. Estes resultados foram particularmente impulsionados pela valorização dos mercados de ações e pelo aumento da atividade em Wall Street.

No entanto, nem tudo foram boas notícias. O lucro líquido do banco caiu 6,9% relativamente ao período homólogo, fixando-se em 6,9 mil milhões de dólares. Esta queda deveu-se principalmente à diminuição da margem financeira, que recuou 3% para 13,86 mil milhões de dólares.

Apesar desta redução, o BofA apresentou uma perspetiva otimista para o futuro próximo. O banco prevê que a margem financeira aumente para cerca de 14,5 mil milhões de dólares no quarto trimestre deste ano, confirmando as expectativas de uma recuperação neste indicador crucial para a rentabilidade bancária.

A decisão de Buffett de reduzir a sua posição no BofA, mesmo após resultados positivos, levanta questões sobre a sua visão para o setor bancário e para a economia em geral. Será esta uma movimentação estratégica ou apenas uma recomposição do portefólio? O mercado aguarda com expectativa os próximos passos do investidor e o desempenho futuro do Bank of America.

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Phenix duplica quantidade de alimentos salvos em Portugal

  • Lusa
  • 20 Julho 2024

Startup Francesa apoia mais de 775 mil famílias e salva 4 milhões de refeições no primeiro semestre num valor equivalente a 20 mil ordenados mínimos nacionais.

Mais de 775 mil famílias e 3.100 instituições de solidariedade social foram apoiadas no primeiro semestre deste ano pela empresa de combate ao desperdício Phenix, que salvou mais de 4 milhões de refeições.

Os números da startup divulgados este sábado indicam um crescimento de 8% nas instituições de solidariedade social e de 15% na venda de cabazes através da aplicação contra o desperdício.

A empresa, de origem francesa que pretende combater o desperdício alimentar e não alimentar, diz ter registado nos primeiros seis meses do ano cerca de 5 mil toneladas de alimentos salvos, o que representa o dobro do valor conseguido relativamente ao período homólogo.

Ainda de acordo com os dados da empresa, no primeiro semestre registaram-se mais de 15 milhões e euros em doações, um aumento, diz a startup, de cerca de 3,2 milhões de euros face aos dados do mesmo período de 2023.

Apesar do abrandamento da inflação em todo o mundo, continuamos a verificar que são cada vez mais as famílias que dependem de doações e dos cabazes anti-desperdício.

Carlos Hipólito

Responsável pela Phenix Portugal

“Em ordenados, este valor traduz-se em 20 mil ordenados mínimos em Portugal”, lê-se o barómetro da Phenix, que indica ainda ter havido uma poupança de 35 mil toneladas de dióxido de carbono, o que corresponde a 2.370 viagens de avião entre Lisboa e Paris.

“Apesar do abrandamento da inflação em todo o mundo, continuamos a verificar que são cada vez mais as famílias que dependem de doações e dos cabazes anti-desperdício”, disse Carlos Hipólito, responsável pela Phenix Portugal, citado num comunicado de balanço.

A empresa registou, no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 8% nas doações e um crescimento de 15% na venda de cabazes na aplicação, acrescentou.

A aplicação, que permite a compra de excedentes em bom estado para consumo a preços mais baixos, registou mais 8 mil cabazes no primeiro semestre deste ano, quando comparado com o período homólogo. No total, foram adquiridos 51.300 cabazes no primeiro semestre deste ano, que compara com 43.870 cabazes a preços mais acessíveis alcançados nos primeiros seis meses do ano passado.

Carlos Hipólito disse que, apesar de a empresa sentir que o apoio que consegue dar é maior e mais abrangente, os dados mostram que “há ainda muitas famílias e instituições de solidariedade social” a precisar de apoio.

Os dados estatísticos indicam que cada português desperdiça por ano 184 quilos de alimentos, sendo Portugal o quarto país da União Europeia que mais desperdiça.

A empresa é parceira de mais de 3.000 associações beneficiárias e tem o apoio de várias empresas, que fazem doações depois distribuídas pelas associações, que as fazem chegar às famílias.

Além de fazer a ligação entre o mercado e as instituições, a Phenix tem uma aplicação anti-desperdício (cabazes de excedentes) e forma os profissionais das lojas, da distribuição e da indústria em melhor gestão de excedentes.

A startup está em Portugal desde 2016, tendo sido criada em França em 2014 e pretende combater o desperdício, alimentar ou não. Está presente também em Espanha, além de Portugal e França.

Os dados estatísticos indicam que cada português desperdiça por ano 184 quilos de alimentos, sendo Portugal o quarto país da União Europeia que mais desperdiça. No mundo desperdiça-se um terço dos alimentos que são produzidos.

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DBRS mantém rating de Portugal mas melhora perspetiva para “positiva”

Agência canadiana melhorou o outlook da dívida soberana para "positivo". DBRS espera que a redução da dívida continue nos próximos anos, ainda que a um "ritmo mais lento" com o Governo de Montenegro.

A DBRS Morningstar manteve a notação da dívida soberana portuguesa no nível ‘A’, mas melhorou outlook (perspetiva) para “positivo”, de acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira. A agência canadiana mantém desta forma o rating decidido em janeiro, mas já mostra sinais de que poderá melhorar a notação do país na próxima avaliação.

Na nota a justificar a decisão, a DBRS considera que “as vulnerabilidades de crédito de Portugal continuam a diminuir, impulsionadas pela rápida queda do rácio da dívida pública” e assinalam uma “melhoria sustentada das contas externas”, sublinhando que a dívida pública de Portugal diminuiu de 112,4% do PIB em 2022 para 99,1% em 2023, ano em que Fernando Medina era ainda ministro das Finanças. “Trata-se do mais baixo nível desde 2009 e é 17,5 pontos percentuais inferior a 2019”, lê-se na nota. Esse resultado fez com que Portugal fosse um dos poucos países da zona euro a registar um excedente orçamental em 2023.

A expectativa da agência é de que a dívida continue numa trajetória de redução nos próximos anos, “embora a um ritmo mais lento”, impulsionado por “excedentes primários consideráveis” e um “crescimento moderado do PIB nominal”. A DBRS sublinha que as obrigações de Portugal têm spreads mais baixos que Espanha – e mais recentemente que França – face às obrigações alemãs, o que os mercados têm a “perceção” que a qualidade de crédito da dívida soberana portuguesa “melhorou”.

Assim, depois do ‘brilharete’ de Medina nas contas públicas, em 2023, a expectativa da DBRS é de que o Governo de Luís Montenegro “continue empenhado em apresentar pequenos excedentes orçamentais”, ainda que reconheça que uma posição minoritária do executivo Parlamento “complique a sua capacidade de legislar” e ameace a “estabilidade”.

Além disso, reitera que mesmo que “nenhum Orçamento do Estado seja aprovado e o risco de eleições políticas aumentar”, continuam a existir “riscos limitados de um desvio material do compromisso de Portugal com a prudência orçamental e redução da dívida pública”.

Mesmo perante este cenário, a DBRS considera que o risco de Portugal se desviar “significativamente” do seu compromisso com uma política orçamental prudente “é relativamente baixo”.

O rating é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

Notícia atualizada pela última vez às 21h25

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 53 milhões de euros

  • ECO
  • 19 Julho 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 53 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 53 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 19 de julho:

Números: 15, 22, 35, 44, 48

Estrelas: 6 e 7

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Marcelo encara negociações com “otimismo moderado”

  • Lusa
  • 19 Julho 2024

Num ano eleitoral, como será 2025, "não haver a certeza de um orçamento aprovado para esse ano não é bom”, avisou o Presidente da República.

O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que encara com um “otimismo moderado” e “realista” as negociações entre o Governo e os paridos sobre o Orçamento do Estado de 2025. Marcelo Rebelo de Sousa assinalou a abertura, da parte do PS e da Aliança Democrática, para o diálogo nas negociações para o orçamento que hoje começaram.

Há toda a vantagem que todos os partidos sejam ouvidos e possam avançar mais ou menos em relação ao orçamento que é feito com tempo. Começar no final de julho não me lembro de já mais ter acontecido”, afirmou aos jornalistas, à margem da inauguração do Festival Internacional de Música de Marvão (FIMM).

O Presidente alertou que 2025 vai ser um ano “verdadeiramente muito eleitoral”, sendo importante para o país que o Orçamento do Estado esteja aprovado. “É um ano que já tem eleições autárquicas, que começam sempre muito cedo, começam na primavera, são em finais de setembro ou principio de outubro, mas começam na primavera e depois logo a seguir presidências, portanto é um ano verdadeiramente muito eleitoral, num ano eleitoral não haver a certeza de um orçamento aprovado para esse ano não é bom”, disse.

É fundamental, disse, entender-se que “neste momento, com a incógnita, o ponto de interrogação que há no mundo e o ponto de interrogação que há na Europa” não deve acrescentar-se “mais um ponto de interrogação”. “E não acrescentar um ponto de interrogação é em relação ao orçamento ter o orçamento passado, porque isso dá uma certeza para todo o ano de 2025”, defendeu.

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Venda da participação da CGD no BCA deverá ficar concluída em três meses

  • Lusa
  • 19 Julho 2024

Em março, a CGD anunciou a venda da participação maioritária, 59,81% do capital social do BCA, à Coris Holdings. S.A do Burkina Faso. A venda será feita por 70,5 milhões de euros.

A venda da participação maioritária no Banco Comercial do Atlântico (BCA) à Coris Holdings do Burkina Faso deverá ficar concluída em três meses, previu esta sexta-feira à Lusa o governador do Banco de Cabo Verde (BCV). Óscar Santos disse que o pedido deu entrada “há sensivelmente duas semanas” e está a ser analisado pelo departamento microprudencial do banco central cabo-verdiano.

O governador explicou que tudo vai depender dos documentos que serão solicitados e da resposta do proponente e que o tempo de decisão “pode ir de um mês a três meses”. Quanto aos clientes deste que é um dos maiores bancos de Cabo Verde, Óscar Santos disse que podem “ficar tranquilos” com a mudança de titular.

Em março, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou a venda da participação maioritária, 59,81% do capital social do BCA, à Coris Holdings. S.A do Burkina Faso. A venda será feita por 70,5 milhões de euros, mas a concretização da mudança está à espera das formalidades de direito cabo-verdiano. A alienação faz parte do plano de reorganização da atividade internacional da CGD, que vai continuar presente em Cabo Verde através do Banco Interatlântico (BI), que hoje comemorou 25 anos no país com uma conferência sobre sustentabilidade, na Praia.

O evento contou com a presença do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, que sublinhou que o BI é uma “marca forte” no arquipélago e que “tem estado a crescer”. Para os próximos 25 anos, o governante disse esperar que o BI continua a dar o seu contributo para a modernização do sistema financeiro cabo-verdiano.

Em declaração aos jornalistas, o presidente do conselho de administração do BI, Nuno Martins, disse que nestes 25 anos o banco tem sido pioneiro em marcos importantes em Cabo Verde, entre eles o primeiro ATM (caixa automática) e a primeira securitização feita de emissão de obrigações.

“Tem sido um caminho sólido”, avaliou o responsável. Em 2023, o Banco Interatlântico registou um lucro de 397 milhões de escudos (3,5 milhões de euros), um aumento de 29,1%, de acordo com as contas publicadas em junho.

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Governo anuncia nova administração do Alfeite e pede plano estratégico com urgência

  • Lusa
  • 19 Julho 2024

O novo presidente executivo será o engenheiro Bernardo Soares. Francisco Antunes e Luís Gonçalves serão os administradores executivo e não executivo, respetivamente.

O Governo anunciou esta sexta-feira que o Arsenal do Alfeite tem um novo conselho de administração, após demissão do anterior, e determinou que os responsáveis designados terão que apresentar um plano estratégico e de investimento com urgência. Em comunicado, o Ministério da Defesa Nacional anunciou que o novo conselho de administração do Arsenal do Alfeite foi designado e que a mudança ocorreu “após a renúncia”, em 25 de junho, dos anteriores responsáveis, tal como a Lusa tinha noticiado.

À nova administração caberá garantir a resposta operacional necessária à Marinha Portuguesa e um desenvolvimento eficaz das respetivas competências. Para este efeito e por determinação do Ministro da Defesa Nacional, competirá também à nova administração a apresentação com caráter de urgência de um plano estratégico e de investimento”, lê-se no texto.

No comunicado é acrescentado que “após aprovação pela tutela”, este plano “permitirá soluções estruturais com vista à sustentabilidade da empresa, à maximização do respetivo potencial e ao reforço suplementar da capacidade exportadora”. Como presidente executivo foi designado o engenheiro Bernardo Soares, como vogal executivo o comodoro Francisco Antunes e como vogal não executivo o capitão-de-mar-e-guerra Luís Gonçalves. De acordo com o Governo, a estes elementos vão juntar-se “proximamente” uma administradora executiva e uma outra não executiva.

O ministério adianta que Nuno Melo visitará, “nas próximas semanas”, as instalações do Arsenal do Alfeite, “ocasião que servirá também para reunir com a nova administração e contactar os trabalhadores”.

A nova administração do Alfeite foi nomeada em assembleia geral da idD Portugal Defence, a holding estatal que detém o estaleiro, com conhecimento do ministério da Defesa, “no contexto de um propósito de reestruturação que implicará o acompanhamento do processo pela tutela para a prossecução dos objetivos pretendidos, tendo em conta as necessidades da Marinha Portuguesa e o interesse nacional”, adiantou a tutela.

O conselho de administração do Arsenal do Alfeite apresentou a sua renúncia ao cargo, confirmou hoje a Lusa junto de fonte oficial deste órgão e da comissão de trabalhadores do estaleiro. Em 25 de junho, o ministro da Defesa Nacional afirmou que recebeu o Arsenal do Alfeite “tecnicamente falido” e que contraiu empréstimos de cerca de dois milhões de euros para pagar salários e cumprir obrigações fiscais.

“Recebemos um Arsenal do Alfeite tecnicamente falido, com inúmeros navios retidos muito acima do prazo previsto para a sua manutenção, causando um dano grande para o cumprir de missões, para a eficácia da Marinha Portuguesa mas a que teremos de dar resposta”, anunciou.

Na altura, o governante e presidente do CDS-PP disse ter pedido que lhe fosse apresentado, no prazo de 30 dias, um conjunto de “possibilidades de saneamento da situação trágica financeira atual do Arsenal do Alfeite e propostas quanto a possíveis medidas que tenham em vista um outro modelo que garanta à Marinha portuguesa o que a Marinha necessita”.

A comissão de trabalhadores ainda aguarda a reunião que pediu ao ministro da Defesa, Nuno Melo, para saber que medidas estão a ser estudadas para resolver a atual situação financeira do estaleiro, que querem manter público. O Arsenal do Alfeite já atravessou, no passado, graves problemas financeiros que se chegaram a traduzir em atrasos de salários e até do subsídio de Natal em 2020 aos mais de 400 trabalhadores que constituem esta empresa, responsável pela reparação e manutenção dos navios da Marinha portuguesa.

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CTT investe até 25 milhões em novo programa de recompra de ações

O share buyback anunciado pela empresa de correios arranca no dia 22 de julho e decorre até ao dia 22 de julho de 2025, visando a aquisição de até 8,5 milhões de ações dos CTT.

Os CTT vão lançar um novo programa de recompra de ações no valor de 25 milhões, propondo-se comprar até 8,5 milhões de ações da empresa de correios, representativas de 6,14% do capital. O plano arranca na próxima segunda-feira, dia 22 de julho, e decorre ao longo do próximo ano, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Os CTT – Correios de Portugal, S.A. informam ter sido hoje deliberada pela Sociedade a aprovação de um programa de recompra de ações próprias e dos seus termos e condições, no montante global de 25.000.000 euros, equivalente a 4,01% da capitalização bolsista dos CTT”, informou a empresa à CMVM.

O programa, detalha, será implementado ao longo dos próximos 12 meses e tem como objetivo a “recompra de um máximo de até 8.500.000 ações, representativas de um valor nominal máximo de 4.250.000 euros (que corresponde a 6,14% do capital social nesta data), não ultrapassando em qualquer caso o montante global máximo de investimento referido; e a redução de capital social até ao mesmo montante mediante extinção das ações próprias adquiridas“.

Os CTT adiantam que poderão terminar o programa de ações antes do prazo final, caso o número máximo de ações a adquirir ou o montante previsto para este plano seja atingido.

Além da distribuição de um dividendo em dinheiro, os CTT têm implementado nos últimos anos programas de compra de ações próprias, outra forma de remunerar os acionistas, uma vez que estas operações tendem a valorizar o preço dos títulos.

“Os CTT continuam empenhados em implementar uma política de remuneração acionista atrativa para os seus acionistas, mantendo simultaneamente a flexibilidade financeira necessária para continuar a prosseguir os seus objetivos de investimento no crescimento empresarial, orgânico e/ou inorgânico, e para ser um player ibérico de referência em logística e e-commerce”, justifica a empresa.

“A política de remuneração dos CTT inclui uma componente de dividendo ordinário, a qual se pretende com maior recorrência, e uma componente de recompra de ações, a qual será mais casuística e aplicável consoante as condições de mercado”, acrescenta a empresa. No passado dia 16 maio de 2024, os CTT pagaram um dividendo por ação de 0,17 euros relativo ao ano fiscal de 2023.

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OE2025. PS continua negociações com Governo com “toda a abertura”

Comitiva socialista vai continuar a negociar com o Governo, afirmando ter "toda a abertura". Alexandra Leitão não quis abrir o jogo sobre os temas abordados na reunião.

A líder parlamentar do Partido Socialista (PS), Alexandra Leitão, afirmou esta sexta-feira que não sai da reunião com o Governo com razões para estar pessimista sobre as negociações chegarem a bom porto, garantindo que o partido tem “toda a abertura” e “nenhum tipo de reserva” nas conversações. “Desta primeira reunião resultou que continuaremos a conversar, o que significa que há algo a conversar“, disse à saída da reunião com o Executivo.

Uma comitiva do PS, composta por Alexandra Leitão, António Mendonça Mendes e Marina Gonçalves, reuniu-se com o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em conjunto com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, após o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter cancelado a presença por razões de saúde, levando a que o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, também não estivesse presente.

Alexandra Leitão saiu do encontro garantindo que o PS irá “continuar a conversar, a trabalhar, a negociar”, mas escusou-se a entrar em detalhe sobre os temas debatidos, porque “as negociações e conversas fazem-se com reserva” porque é assim que as negociações chegam “a um bom resultado”.

A socialista salientou que o partido terá “as suas prioridades”, mas este foi apenas “o primeiro passo para que as negociações cheguem a bom porto. Questionada sobre o que o PS pretende com o desafio ao Governo para revistar a proposta do IRC, Alexandra Leitão afirmou que “qualquer proposta será sempre primeiro apresentada ao Governo, até ao momento em que deixe de ser reservada”.

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Governo reuniu-se com ANA para elaborar relatório inicial sobre novo aeroporto

Depois da visita técnica ao Campo de Tiro de Alcochete, Governo e ANA já começaram a elaborar relatório final sobre novo aeroporto. Documento tem de ser entregue até ao final do ano.

O ministro das Infraestruturas e Habitação (MIH), Miguel Pinto Luz, e o Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, reuniram-se esta sexta-feira com o Conselho de Administração da ANA Aeroportos para dar início à elaboração do relatório final do novo aeroporto de Lisboa.

“Trata-se de um caminho com uma direção clara, rumo à construção do Aeroporto Luís de Camões, um objetivo no qual estamos todos empenhados, enquanto país”, cita o comunicado do MIH as declarações de Miguel Pinto Luz.

De acordo com a nota divulgada esta sexta-feira, o encontro faz parte dos compromissos do contrato de concessão com a ANA que tem em vista em dar início ao desenvolvimento dos trabalhos preparatórios para iniciar a construção do Aeroporto Luís de Camões.

Na reunião foram abordados “aspetos decisivos” para a elaboração do Relatório Inicial (High Level Assumption Report) sobre o desenvolvimento da capacidade aeroportuária para Lisboa, no âmbito do contrato de concessão do Estado português com a empresa, que será entregue até ao final do ano de 2024.

Recorde-se que esta reunião surge após o envio da carta enviada pelo Governo a 17 de junho, que dá início a contagem de prazos para construção do Aeroporto Luís de Camões e após uma primeira visita técnica ao Campo de Tiro de Alcochete, local que irá receber o Aeroporto Luís de Camões.

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