Bloco de Esquerda anuncia voto contra o Orçamento do Estado 2025

"É um orçamento que tira recursos de baixo para entregar em cima sem resolver nenhum dos problemas do país", justificou Mariana Mariana Mortágua, para anunciar que o Bloco vai votar contra o OE.

O Bloco de Esquerda (BE) vai votar contra Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), por considerar que o documento “cria desigualdades” e não resolve “nenhum dos problemas do país”, anunciou esta terça-feira Mariana Mortágua.

“Este é um orçamento que vira o país ao contrário. É um orçamento de desigualdades. É um orçamento que tira recursos de baixo para entregar em cima sem resolver nenhum dos problemas do país”, justificou a coordenadora bloquista.

Mariana Mortágua indica ainda que o BE se opõe ao “rumo de política que o Governo do PSD tem decidido” para o país e diz não compreender “como é que este orçamento, esta política, este rumo pode ser caucionado por partidos que dizem rejeitar esse caminho de direita”.

Apesar de anunciar o voto contra, o Bloco de Esquerda garante que vai a São Bento reunir-se com o primeiro-ministro e que apresentará o caderno de encargos do partido.

Luís Montenegro vai receber na sexta-feira todos os partidos com assento parlamentar, tendo em vista dar o “tiro” de partida das negociações do OE2025, que tem que ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro, e num contexto em que o Governo da Aliança Democrática é minoritário.

Ainda antes da divulgação destes encontros pelo gabinete do Chefe de Governo, o líder do Chega tinha anunciado que o partido foi convidado pelo Executivo para uma reunião na sexta-feira sobre o Orçamento do Estado e avisou que o Governo “deve decidir rapidamente com quem e de que forma quer fazer as negociações”. “Isto não significa que o Governo não tenha que ouvir todos e que negociar com todos”, indicou André Ventura, sublinhando que impossível ter um Orçamento que agrade ao Chega e ao PS”.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h36)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Enfermeiros fazem greve nacional a 2 de agosto

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses salientou ser "obrigatório que a valorização dos enfermeiros e a melhoria das suas condições de trabalho se inicie já a 18 de julho".

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) convocou esta terça-feira uma greve para 2 de agosto, alegando que a apresentação da proposta de alteração das grelhas salariais “continua por cumprir”. “O compromisso de apresentação de uma proposta de alteração à grelha, por parte do Ministério da Saúde, continua por cumprir”, salientou o sindicato, ao adiantar que a paralisação vai abranger os turnos da manhã e da tarde.

Em comunicado, o SEP salientou ainda ser “obrigatório que a valorização dos enfermeiros e a melhoria das suas condições de trabalho se inicie já a 18 de julho”, dia do arranque das negociações com o Ministério da Saúde, após as duas partes terem acordado, no início do mês, o protocolo negocial, ou seja, o calendário e as matérias a negociar.

Segundo o sindicato, a resolução das “injustiças relativas” a que esses profissionais estão sujeitos passa por orientações para as administrações das Unidades Locais de Saúde, o que continua por “cumprir, colocando em causa o desenvolvimento profissional e salarial dos enfermeiros”. O SEP alega também que os enfermeiros são convocados, a nível nacional, para trabalharem horas a mais que, na “maior parte dos casos, não são pagas ou são pagas como trabalho normal”.

“É obrigatório que lhes seja permitido” tempo de descanso, reivindica a estrutura sindical, ao alertar que o sistemático recurso a trabalho extraordinário para colmatar a carência de enfermeiros agrava o “risco e a penosidade do exercício da profissão”. O SEP defendeu ainda as 35 horas semanais como o regime de trabalho dos enfermeiros.

Nas últimas semanas, têm-se realizado várias greves setoriais de enfermeiros, caso de paralisações nos centros de saúde da região de Lisboa e nos hospitais privados. Ainda na área da Saúde, a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) já convocou uma greve nacional para 23 e 24 de julho, depois de ter manifestado o seu desacordo com o calendário proposto pelo Governo para as negociações das tabelas salariais.

Além desta greve nacional, a Fnam também marcou uma paralisação ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários a partir de 23 de julho e até 31 de agosto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Macron aceita demissão de Gabriel Attal. Equipa fica em funções até “nomeação de um novo governo”

  • ECO
  • 16 Julho 2024

Presidente francês revela que aceitou o pedido de demissão do executivo de Gabriel Attal, que ficará responsável pelos assuntos correntes "até à nomeação de um novo governo".

Depois de a esquerda francesa ter apresentado Laurence Tubiana como candidata a primeira-ministra, o presidente francês “aceitou” a demissão do governo liderado por Gabriel Attal, que ficará responsável pelos assuntos correntes “até à nomeação de um novo governo”, adianta o Eliseu, em comunicado.

O governo liderado por Gabriel Attal renunciou oficialmente na terça-feira, mas continuará responsável pelos assuntos correntes “até à nomeação de um novo governo”. “Para que este período termine o mais rapidamente possível, cabe às forças da República trabalhar em conjunto para construir uma unidade em torno de projetos e ações ao serviço do povo francês”, sublinha ainda a presidência francesa na nota emitida esta terça-feira.

Esta manhã, Emmanuel Macron tinha informado o governo, reunido em Conselho de Ministros, que aceitaria a demissão do primeiro-ministro e da sua equipa no final do dia. Recorde-se que depois das eleições, Gabriel Attal apresentou a demissão como primeiro-ministro, mas esta não foi aceite, dado que o presidente francês pediu a Attal que continuasse a ser primeiro-ministro até que fosse encontrada uma solução capaz de “assegurar a estabilidade do país”.

O pedido acabou por ser aceite esta terça-feira, dia em que os socialistas, comunistas e ecologistas franceses apresentaram o nome da economista e diplomata Laurence Tubiana como candidata a primeira-ministra, apesar de esta proposta não ter sido bem recebida pelo partido França Insubmissa (LFI), de Jean-Luc Mélenchon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro inicia negociações com os partidos sobre OE2025 na próxima sexta

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

As reuniões vão realizar-se na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e começarão às 10:00 com o PAN, seguindo-se o Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e PSD-CDS.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai receber na sexta-feira todos os partidos com assento parlamentar “sobre o Orçamento do Estado para 2025”.

De acordo com uma nota à imprensa, as reuniões vão realizar-se na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e começarão às 10:00 com o PAN, seguindo-se Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e, por último, uma reunião conjunta com PSD e CDS-PP às 18:30.

O Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue no parlamento até 10 de outubro e os 80 deputados que suportam o executivo minoritário PSD/CDS-PP não são suficientes para a sua aprovação, sendo necessária ou a abstenção do PS (78 deputados) ou o voto favorável da bancada do Chega (50 parlamentares).

Na segunda-feira, a Comissão Política Nacional do PS mandatou o secretário-geral para iniciar um diálogo com o Governo em relação ao Orçamento do Estado, assegurando “boa-fé” nas negociações e recusando “linhas vermelhas”. À saída da reunião, Pedro Nuno Santos disse esperar que a iniciativa parte do executivo.

Ainda antes da divulgação da nota pelo gabinete do primeiro-ministro, já o presidente do Chega, André Ventura, tinha anunciado que o partido foi convidado pelo Governo para uma reunião na sexta-feira sobre o Orçamento do Estado para 2025, e insistiu que o executivo “tem de escolher” com que partido vai negociar. “É impossível ter um orçamento que agrade ao Chega e ao PS”, defendeu.

De acordo com a nota, a deputada única do PAN será recebida às 10:00, o Livre às 11:00, o PCP às 12:00, o BE às 14:00, a IL às 15:00, o Chega às 16:00, o PS às 17:00 e PSD/CDS-PP às 18:30. A divulgação destes encontros acontece um dia antes do debate do estado da nação, marcado para quarta-feira às 09:00, na Assembleia da República.

Na semana passada, num Conselho Nacional do PSD, o líder social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que, se o PS estiver a fazer jogo sobre a negociação do Orçamento, então tenha a coragem de deitar abaixo o Governo. “Querem ver vertidas nas propostas orçamentais algumas das suas propostas, sim, têm parceria. Se por um acaso tudo isto não passar de um jogo, então tenham a coragem de deitar abaixo o Governo, porque nós cá estaremos para poder dizer aos portugueses o que é que está em causa”, disse.

Um dia depois, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, acusou o primeiro-ministro de ter feito uma “ameaça de eleições” no dia em que os socialistas tinham mostrado disponibilidade para negociar e viabilizar o Orçamento do Estado. “No mesmo dia em a líder parlamentar [Alexandra Leitão] usa a palavra viabilizar [o Orçamento do Estado], o líder do Governo, o primeiro-ministro ameaça com eleições, desafia para a apresentação de uma moção de censura”, criticou Pedro Nuno Santos no encerramento das jornadas parlamentares do PS, em Castelo Branco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Programa televisivo MasterChef e RTP Marcas lançam linha de refeições prontas

  • + M
  • 16 Julho 2024

Arroz malandrinho de bacalhau com coentros, arroz caldoso de rabo de boi, biryani de frango e massa com frango e a cebola caramelizada são as refeições que vão ser disponibilizadas numa primeira fase.

O programa televisivo MasterChef Portugal lançou uma linha de refeições com receitas dos finalistas. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a RTP Marcas (área de branded content da RTP) e com a marca Tá Pronto.

Arroz malandrinho de bacalhau com coentros, arroz caldoso de rabo de boi, biryani de frango e massa com frango e cebola caramelizada são as refeições que, numa primeira fase, vão estar disponíveis nas prateleiras e site do supermercado El Corte Inglés e do Supercor. O objetivo passa por aumentar a gama de oferta com novos pratos ainda este ano.

“Estamos muito felizes com esta parceria. É a primeira vez que o MasterChef Portugal tem um produto de licenciamento criado pelos concorrentes, na área alimentar, com venda numa grande superfície. É um caminho que queremos estender a diversos segmentos”, diz citada em comunicado Isabel Magalhães, diretora comercial da Banijay Portugal, grupo dono da produtora do programa Shine Iberia Portugal.

Já Hélder Marques, diretor-geral da Shine Iberia Portugal, refere que “esta é só mais uma prova de que existem possibilidades de integração e que a comunicação de uma marca dentro de um programa de televisão pode ir muito além do ecrã“.

A RTP desenvolveu recentemente a “RTP Marcas“, enquanto área de branded content, visando “potenciar o valor das marcas e dos seus parceiros”, bem como “humanizar as marcas e dar vida às histórias autênticas, dando-lhes voz e visibilidade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carlos Martins reforça na Martifer e irmãos passam a controlar 48% do capital

Com a efetivação da aquisição de 4,19% do capital pela sociedade controlada pelo "chairman" da Martifer, a "holding" dos irmãos Martins passou a controlar mais de 48% do capital.

A sociedade Black and Blue Investments, controlada por Carlos Martins, “chairman” da Martifer, efetivou o acordo de aquisição de 4,19% do capital da empresa por 6,285 milhões de euros, que havia sido anunciado em fevereiro, ao empresário Mário Ferreira. Com a efetivação desta compra, os irmãos Martins, que têm vindo a reforçar na empresa nos últimos anos, passam a controlar mais de 48% do capital.

Carlos Martins passa agora a ser titular de 5.451.853 ações representativas de 5,4519% do capital social e 5,5754% dos direitos de voto da empresa através da Black and Blue Investimentos, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O acordo agora concretizado – oficialmente, a empresa não divulgou o nome do vendedor – tinha como objetivo a compra de 4,19 milhões de ações da empresa de estruturas metálicas de Viana do Castelo, através do pagamento de 1,50 euros por cada ação, numa operação que foi realizada fora do mercado. Este valor, acordado em fevereiro, está abaixo do preço de cotação atual dos títulos, que negoceiam em torno de 1,6 euros.

A I’M SGPS, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, a quem são imputadas as participações e direitos de voto dos irmãos Martins e da Black and Blue Investimentos, passa assim a deter mais de 48 milhões de ações da Martifer, correspondentes a 48,0878% do capital e 49,1775% dos direitos de voto.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oficiais de justiça dizem que realidade se sobrepõe à “narrativa ficcional do Governo”

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O Sindicato dos Oficiais de Justiça afirmou que "a realidade se sobrepõe à narrativa ficcional" do Governo, após apenas cinco pessoas se terem candidatado ao recrutamento de 108 novos profissionais.

O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) afirmou esta terça-feira que “a realidade se sobrepõe à narrativa ficcional” do Governo, após apenas cinco pessoas se terem candidatado ao recrutamento de 108 novos profissionais anunciado em maio.

Em comunicado, o SOJ lembra que o Ministério da Justiça, “ancorado numa narrativa ficcional”, informou em 30 de maio que, após autorização do Ministério das Finanças, iria proceder ao recrutamento imediato de 108 oficiais de justiça. No entanto, só houve cinco candidatos à profissão.

De acordo com o sindicato, o Governo “bem sabe, pois foi alertado pelo SOJ, que a carreira de oficial de justiça não é atrativa e sem estes profissionais não se realiza justiça”. “Mas será que interessa investir na justiça?”, questiona o SOJ, acusando o Governo de ter “muita parra, pouca uva”.

No mesmo comunicado, o SOJ critica o Governo por “engrandecer um acordo” com os funcionários judiciais, apresentando-o “como aceite por uma maioria de trabalhadores”, quando “a verdade é que, praticamente metade desses trabalhadores [3.260] afirmou, pelo seu próprio punho, em abaixo-assinado enviado ao Parlamento, que não se revia nesse acordo”.

O sindicato reitera que os oficiais de justiça vão “continuar firmes, mantendo a coerência e a luta, pois o período de suspensão dos prazos judiciais (férias judiciais) que hoje se inicia, não suspende a luta pela verdade e por condições, para que os tribunais possam fazer justiça em nome do povo”.

Em 30 de maio, o Governo tinha anunciado o recrutamento imediato de 108 novos oficiais de justiça para fazer face às necessidades do sistema judiciário e responder às reivindicações do setor.

Segundo o Ministério da Justiça, estes novos oficiais de justiça serão “selecionados através de concurso externo” para “integrar os mapas de pessoal das Secretarias Judiciais e do Ministério Público, a breve prazo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“É impossível ter um orçamento que agrade ao Chega e ao PS”, avisa André Ventura

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

"É impossível ter um orçamento que agrade ao Chega e ao PS", avisou o presidente do Chega e que o Governo PSD/CDS-PP "tem de escolher" com que partido vai negociar.

O presidente do Chega disse esta terça-feira que o partido foi convidado pelo Governo para uma reunião na sexta-feira sobre o Orçamento do Estado para 2025, e que tem a indicação de que o primeiro-ministro estará presente. A informação foi transmitida por André Ventura aos jornalistas, numa declaração na Assembleia da República.

O líder do Chega insistiu que o Governo PSD/CDS-PP “tem de escolher” com que partido vai negociar, sustentando que o orçamento pode ser aprovado com o voto favorável do Chega ou com a abstenção do PS. “É impossível ter um orçamento que agrade ao Chega e ao PS”, defendeu.

André Ventura disse ter tido conhecimento esta terça do convite do Governo para uma “primeira ronda de negociações”, que deverá acontecer na sexta-feira à tarde, e que foi informado de que Luís Montenegro estará presente nesta primeira reunião “ao mais alto nível”. Do lado do Chega, marcará presença o presidente do partido, o secretário-geral e alguns deputados, disse, sem indicar o local onde vai decorrer.

Ventura adiantou ainda que o partido decidiu criar uma “equipa especial” para as negociações do Orçamento do Estado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo tudo fará “para criar um clima favorável à passagem do Orçamento do Estado”

O Presidente revelou que recebeu seis decretos do Parlamento, entre as quais a descida do IRS do PS, e vai decidir em função do que for mais benéfico para garantir a viabilização do Orçamento.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou esta terça-feira para a “importância” de ter um Orçamento do Estado para 2025 aprovado tendo em conta “a situação mundial tão imprevisível”. E garantiu que tudo fará para ajudar a sua viabilização, através do veto ou da promulgação de diplomas como a descida do IRS do PS. “O que o Presidente da República pode fazer nas decisões que venha a tomar sobre leis é pensar naquilo que é melhor para criar um clima favorável à passagem do Orçamento do Estado”, disse em declarações transmitidas pela RTP3.

Na semana passada, terminou o prazo para pedir a fiscalização preventiva da constitucionalidade da redução do IRS, proposta pelo PS e aprovada pelo Parlamento. Marcelo Rebelo de Sousa só poderá agora vetar ou promulgar o diploma, uma decisão que irá tomar “para a semana”.

“Recebi seis decretos para serem eventualmente promulgados, todos sobre matéria de impostos. Uns vieram mais cedo outros mais tarde. Os prazos de análise são diferentes, mas tentei vê-los em conjunto e tenciono ter uma decisão sobre os seis na próxima semana”, afirmou. Face à insistência dos jornalistas para saber se o Chefe de Estado vai ou não dar luz verde ao diploma, Marcelo repetiu: “Para a semana, direi qual é a minha decisão”.

Certo é que o Presidente da República vai agir sempre no sentido de facilitar o diálogo entre o Governo e os partidos, designadamente o PS, para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). “Para mim, tudo se deve fazer para que o Orçamento passe, por isso, naquilo que não diz, o Presidente deve ser um fator de estabilidade, porque entendo é um período que falar pouco ajuda a muitos entendimentos entendimentos”, defendeu.

Ao contrário de Cavaco Silva, o Chefe do Estado rejeita uma solução de duodécimos, caso o OE2025 chumbe. “É importante, para o país, nesta situação mundial tão imprevisível, na situação europeia no início de um novo ciclo também com imprevisibilidades, com eleições em grandes Estados europeus, é importante a estabilidade económica portuguesa, a estabilidade política e financeira. E a aprovação do Orçamento é importante, por isso mesmo“, salientou.

Assim, Marcelo vê “com bons olhos tudo aquilo que significa da parte dos líderes partidários uma abertura para o diálogo”. O Presidente referia-se à tomada de decisão do conselho nacional do PS de mandatar o seu secretário-geral, Pedro Nuno Santos, a negociar com o Executivo o Orçamento do Estado para 2025. E salientou que há “tempo” suficiente para as duas partes chegarem a um consenso: “Estamos em julho e as votações só serão a partir de outubro, novembro e isso permite que haja a ultrapassagem de ruídos e se crie um clima favorável à passagem do Orçamento”.

(Notícia atualizada às 17h36)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mota-Engil assina contrato de 1,2 mil milhões de dólares para construção no México

O acordo, que integra a Duro Felguera, tem como objeto o desenvolvimento da engenharia, construção, financiamento e operação de uma unidade de produção de amoníaco, ureia e Adblue.

A Mota-Engil, através da sua subsidiária no México, assinou um contrato com a Pemex Transformación Industrial, subsidiária da empresa petrolífera estatal mexicana, Petróleos Mexicanos, para a construção de uma unidade industrial de fertilizantes no país, um contrato no valor de 1,2 mil milhões de dólares, que integra a sua associada Duro Felguera.

O acordo tem como objeto o desenvolvimento da engenharia, construção, financiamento e operação de uma unidade de produção de amoníaco, ureia e Adblue com uma produção equivalente superior a 700.000 toneladas por ano, situada em Escolín, Poza Rica, Estado de Vera Cruz, segundo adiantou a empresa liderada por Carlos Mota dos Santos, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O projeto será desenvolvido em três fases, sendo que a primeira, com uma duração entre quatro e seis meses, envolve o desenvolvimento de estudos de viabilidade de engenharia, seguindo-se a fase de construção, que se estima em 42 meses, com um investimento de 1,2 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros), seguindo-se a fase de operação técnica da unidade durante 20 anos.

Segundo adianta a empresa, o acordo prevê que “a remuneração será efetuada através das tarifas correspondentes aos pagamentos por disponibilidade durante o período de operação da unidade industrial de 20 anos, tendo a remuneração do investimento uma tarifa fixa, atualizada anualmente à taxa de inflação, estando a componente de remuneração da operação indexada à performance.”

A Mota-Engil México será a empresa responsável pela coordenação global do projeto, integrando a empresa associada Duro Felguera, “que aportará a sua vasta experiência e know-how especializado em construção industrial e energia, num primeiro projeto em conjunto, perspetivando-se futuras parcerias com aquela associada no âmbito da transição energética e em projetos industriais associados ao fenómeno do nearshoring, onde a Mota-Engil México pretende posicionar-se como um promotor relevante no reforço da capacidade competitiva do México na região em que se insere”, explica a empresa.

(Notícia atualizada às 17h10)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apesar do ataque contra Trump, restringir o acesso a armas nos EUA continua fora de questão

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Julho 2024

Republicanos não atribuem o ataque contra o seu líder à lei em vigor desde 1791, enquanto os democratas, habituais defensores da restrição ao acesso a armas, temem agravar tensões se tocarem no tema.

Seria de esperar que um incidente como a “tentativa de assassínio” com uma arma de fogo, especialmente de um ex-presidente e candidato presidencial, levasse, pelo menos, a um apelo a um maior controlo do acesso a armamento pela população. Não nos EUA, onde o direito à posse de armas está até inscrito na Constituição.

“Pareceria lógico” que um ataque como o ocorrido no passado sábado, em que Donald Trump foi atingido a tiro numa orelha enquanto discursava num comício político em Butler, no Estado norte-americano da Pensilvânia, conduzisse a uma alteração à política de armas no país, mas a questão é uma “marca identitária”, sobretudo para o Partido Republicano, constata Bruno Cardoso Reis, doutorado em Segurança Internacional pelo King’s College de Londres, ao ECO.

Os membros do GOP (em português, Grande Velho Partido, como é comummente designado o Partido Republicano nos EUA) não atribuem o ataque contra o seu líder à lei que permite o porte civil de armas. Por sua vez, têm-se focado em imputar responsabilidades à Administração norte-americana por falhas nos serviços de segurança ou em acusar o atual Presidente e os democratas de que foi o seu discurso, em que dizem que o antecessor de Biden é “um fascista autoritário que tem de ser travado a todo o custo”, que “levou diretamente à tentativa de assassinato de Trump”, como afirmou o recém-nomeado candidato a vice-presidente republicano, o senador do Ohio J.D. Vance.

Para Alberto Cunha, doutorando em Estudos Europeus no King’s College, “nenhuma referência a uma reforma da lei sobre o porte de armas foi ou deverá ser feita” pelos republicanos, dado que “o partido está unido na oposição a qualquer maior restrição” na venda ou posse das mesmas. É uma posição que, acrescenta Bruno Cardoso Reis, “nenhum massacre ou ataque parece ser capaz de alterar”.

Durante a convenção do Partido Republicano, que decorre até quinta-feira em Milwaukee (Wisconsin), a Reuters entrevistou 12 delegados apoiantes de Donald Trump, dos quais nenhum defendeu a imposição de limites ou proibições de armas como a espingarda semiautomática AR-15, usada pelo atirador no ataque de sábado e bastante comum nos EUA (estima-se que existam 44 milhões deste tipo no país), o aumento da idade legal para adquirir uma arma ou mesmo uma verificação mais rigorosa dos antecedentes de quem quer comprar armas.

Donald Trump, candidato republicano às presidenciais de novembro, na convenção do partido que arrancou na segunda-feira em Milwaukee.EPA/JUSTIN LANE

A oposição do GOP à restrição do acesso a armas deve-se, por um lado, ao processo histórico de construção dos Estados Unidos, desde a luta pela independência à Guerra Civil, e, por outro, ao facto de a National Rifle Association (NRA) – a principal organização norte-americana de lobby pró-armas de fogo, que, segundo a própria, tem mais de seis milhões de membros – ser uma das maiores financiadoras do partido.

Trata-se de um “caldo cultural que faz com que, até hoje, muitos norte-americanos se achem pura e simplesmente no direito inalienável que nenhuma lei ou Estado pode violar, que é ter na sua posse armas para se poderem defender das várias ameaças”, resume Luís Tomé, professor catedrático e diretor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL).

O “direito de posse e porte de armas” é conhecido como “Second Amendment” (Segunda Emenda) da carta de direitos da Constituição dos EUA, onde está inscrito desde 1791 e é interpretado como um direito constitucional e individual. A alteração mais recente à legislação federal ocorreu em 2022, quando o Congresso norte-americano aprovou um projeto-lei que ampliou as condições para a compra de armas por menores de 21 anos e previa milhões de dólares em financiamento destinado à promoção da saúde mental e incentivos para os Estados incluírem registos juvenis no Sistema Nacional de Verificação de Antecedentes Criminais.

Do lado dos democratas também ninguém invocou o assunto após o incidente – embora, por norma, defendam uma reforma da lei para restringir o porte de armas, especialmente quando há tiroteios em escolas. Nas declarações que fez ao país nas 24 horas seguintes, o Presidente Biden limitou-se a apelar à união e a condenar o ataque contra o seu adversário. “Na América, resolvemos as nossas diferenças nas urnas, não com balas. O poder de mudar a América deve estar sempre nas mãos do povo – e não nas mãos de um aspirante a assassino”, afirmou.

“Podia ter dito qualquer coisa subliminarmente, mas nem sequer quis tocar nisso”, observa o investigador Luís Tomé. Porquê? “Iria agravar tensões e dividir ainda mais e, neste momento, não é favorável para os democratas porem essa matéria em cima da mesa, tendo em conta que a vítima foi um republicano que defende e continua a defender a posse de armas“, argumenta, ressalvando, no entanto, que “daqui a algum tempo, se quiserem mostrar diferenças”, poderão voltar a falar no assunto.

Não obstante, sem maioria na Câmara dos Representantes e sem o apoio republicano, os democratas não conseguirão promover qualquer alteração à lei de posse de armas no país que, segundo a organização não-governamental suíça Small Arms Survey, tem o maior arsenal de armas nas mãos da população, num total de 393 milhões em 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo defende adesão das Ilhas Maurícias à CPLP

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

"Sim, absolutamente", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado pela moderadora da conversa com o Presidente das Ilhas Maurícias.

O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta terça-feira que as Ilhas Maurícias deviam aderir à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), na sessão de encerramento do EurAfrican.

“Sim, absolutamente”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado pela moderadora da conversa com o Presidente das Ilhas Maurícias, Prithvirajsing Roopun, no Diálogo Presidencial que mantiveram hoje à tarde na sessão de encerramento do Eurafrican Forum.

“A CPLP, ano após ano, tem um número cada vez maior de observadores, quase todas as grandes potências são observadoras da CPLP, nos vários continentes, incluindo a Ásia”, vincou o chefe de Estado português, que lembrou a importância de Angola e Moçambique no contexto regional das Ilhas Maurícias.

Antes, questionado sobre se pretende evoluir do estatuto de observador da CPLP para a adesão plena, o chefe de Estado das Maurícias não respondeu diretamente mas considerou que é importante “encorajar os estudantes mauricianos a aprenderem português, com o apoio da CPLP” e acrescentou que essa proximidade “pode ajudar as relações com Moçambique”, o país lusófono mais próximo das Ilhas Maurícias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.