UniCredit confirma participação de 4,1% na Generali, mas nega interesse estratégico
O segundo maior banco italiano diz não ter interesse estratégico no segurador, está antes concentrado na OPA do Banco BPM, no investimento no Commerzbank e no seu plano estratégico.
O UniCredit indicou que detém uma participação de cerca de 4,1% no capital social da Generali que adquiriu “através de aquisições no mercado ao longo do tempo”.
O banco italiano revelou este domingo que detém uma participação adicional de cerca de 0,6% do grupo segurador italiano, ao qual pertence a Generali Tranquilidade, “no âmbito de serviços correntes prestados a clientes e de cobertura de risco relacionada”. Ou seja, esta percentagem adicional faz parte de serviços que o branco presta aos clientes e para reduzir riscos financeiros associados a outras operações.
Em comunicado, o segundo maior banco italiano refere que “não tem qualquer interesse estratégico na Generali”. Afirma que continua a estar “totalmente concentrado” na execução contínua da estratégia de curto a longo prazo UniCredit Unlocked, na oferta pública de aquisição (OPA) do Banco BPM e no investimento no Commerzbank tendo começado a aumentar a sua participação no banco alemão no ano passado.
O UniCredit informou ainda que “a participação é um investimento puramente financeiro do banco”, enfatizando não ter interesse estratégico no segurador. Investimento que “excede significativamente as suas métricas de retorno” e “tem um impacto negligenciável” nos requisitos de capital em termos de CET1 (Common Equity Tier 1).
Importa salientar que os principais acionistas da Generali são o Mediobanca Group (com uma participação de 13,10%), Del Vecchio Group (9,93%), Caltagirone Group (6,92%) e Benetton Group (4,8%), segundo dados publicados no sítio da internet do grupo segurador atualizados dia 13 de dezembro de 2024.
Este investimento surge numa altura em que o grupo segurador poderá enfrentar uma nova batalha a nível da administração nos próximos meses avançou a agência Reuters. Espera-se que os principais acionistas da Generali se confrontem em maio com a decisão de conceder um novo mandato ao atual CEO, Philippe Donnet, e enquanto têm posições divergentes quanto ao acordo com a BPCE. Surge também no meio de várias batalhas de aquisição no setor financeiro.
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