Exclusivo Startup Leiria abre ‘Tear’ de incubação em Alcanena em maio
O Tear Alcanena inaugura a 28 de maio. Seguir-se-ão espaços em Alcobaça e Porto Mós. Startup Leiria já acolhe 160 startups, criadoras de 1.000 postos de trabalho.
A Startup Leiria vai expandir o seu espaço de incubação a Alcanena com a abertura no final de maio do Tear e, mais tarde, a Alcobaça e Porto Mós, adianta Vítor Ferreira, diretor-geral da Startup Leiria, ao ECO.
O Tear inaugura a 28 de maio. “Nasce de uma visão compartilhada entre o Município de Alcanena e a Startup Leiria. O início deste projeto começou a 14 de novembro de 2024, durante a Web Summit, com a assinatura do Protocolo de Colaboração que marcou o início desta parceria”, adianta Vítor Ferreira.
O Tear Alcanena foi concebido para criar e ativar uma Incubadora em Alcanena, desenvolver programas de aceleração e bootcamps; organizar eventos para atrair investimento e fomentar inovação; preparar e submeter candidaturas aos vales de incubadoras; captar oportunidades de financiamento, elenca o responsável da Startup Leiria.

A incubadora tem capacidade para acolher cerca de 20 startups. “Não é temático. Mas vamos centrar em torno de alguns eixos. No fundo, tecnologia e conhecimento associado a alavancar setores como logística, economia circular ligada à indústria do couro e agroalimentar, agritech e i4.0, turismo, indústrias criativas ligadas ao polo de Minde, desporto e saúde, com foco em Rio Maior”, descreve Vítor Ferreira.
Outros locais estão igualmente na mira. “Vamos estar em Alcobaça a partir de maio [em parceria com a autarquia] e vamos ser parceiros da dinamização do espaço Real Factory Porto de Mós – Creative Hub, com o Município de Porto de Mós”, adianta.
Incubadora já acolhe 160 startups
Considerada um dos 150 hubs mais inovadores da Europa na última edição do “Europe’s Leading Start-up Hubs”, do Financial Times, o sexto em Portugal, a Startup Leiria já acolhe 160 startups, que representam mais de 1.000 postos de trabalho e 56 milhões de volume de negócios. “Temos mais de 30% de startups internacionais — do Brasil, Rússia, EUA, Alemanha, Inglaterra, Ucrânia, Suíça, Paquistão, Índia”, adianta.
Um esforço de atração de empresas que passou também por um programa de softlanding. “Desenvolvemos uma série de workshops onde foram capacitados mais de 15 migrantes nas áreas de orientação ao mercado de trabalho e introdução ao empreendedorismo. Este ciclo serviu como piloto para o aperfeiçoamento do nosso apoio prestado a pessoas que vem de outros países e que querem desenvolver o seu projeto no ecossistema de Leiria. Por outro lado, criámos um curso de capacitação de cultura europeia que vamos agora testar com o Sebrae da Bahia“, sintetiza diretor-geral da Startup Leiria quando questionado sobre os resultados do programa.
“Estamos a assistir a um aumento dos ‘expats‘, e mais startups à procura da Europa como porto seguro”, diz quando inquirido se o atual momento económico da relação com os Estados Unidos estava a ter impacto na atividade da incubadora ou das suas incubadas.
“Os fundos nacionais continuam com as suas obrigações de investimento, ligadas ao SIFIDE e Banco de Fomento, mas estamos a ver mais interesse de fundos internacionais. A única coisa que temos visto, é já nas rondas mais elevadas (B/C) menos apetite de formar uma ronda nos EUA”, diz.
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