Há mais mulheres a trabalhar. Fosso entre eles e elas no emprego diminuiu
Diferença entre taxa de emprego dos homens e das mulheres encolheu na UE em 2024, pelo quinto ano consecutivo. Em Portugal, aumentou ligeiramente, mas fosso foi abaixo da média comunitária.
O fosso entre homens e mulheres no que diz respeito à participação no mercado de trabalho voltou a encolher no último ano na União Europeia (UE), de acordo com os dados divulgados esta terça-feira. É a quinta descida consecutiva, mostram os números do Eurostat.
“Em 2024, o fosso de género no emprego na UE foi de dez pontos percentuais, com a taxa de emprego dos homens em 80% e a das mulheres em 70,8%. O fosso recuou 0,2 pontos percentuais face a 2023 e 1,1 pontos percentuais face a 2014″, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.
O Eurostat realça que o fosso de género no emprego na União Europeia foi “particularmente pronunciado” entre a população que nasceu fora do Velho Continente. Nesse caso, a diferença foi de 18,1 pontos percentuais em 2024, com a taxa de emprego dos homens que nasceram no estrangeiro a rondar os 83% e a das mulheres 65%.
Entre os vários Estados-membros, há, contudo, diferenças notórias. Em Itália, o fosso de género no emprego fixou-se em 19,4 pontos percentuais em 2024, apenas 0,1 pontos percentuais abaixo do observado em 2023. Esse foi o país europeu com o pior registo neste indicador.
Destaque também para a Grécia e para a Roménia, onde a diferença na participação feminina e masculina no mercado de trabalho também foi das mais altas da Europa (18,8% e 18,1%, respetivamente).
Em contraste, a Finlândia é o país que melhor sai na fotografia. Nesse Estado-membro, a diferença entre a taxa de emprego deles e delas é de somente 0,7 pontos percentuais.
Já em Portugal, o fosso de género no emprego situou-se em 5,7 pontos percentuais em 2024, abaixo da referida média comunitária, mas acima do registado em 2023 (5,5 pontos percentuais). Este aumento acontece depois de dois anos consecutivos de recuos.
Por outro lado, o Eurostat assinala que o fosso de emprego entre pessoas com e sem incapacidades foi “especialmente impressionante”, atingindo 24 pontos percentuais, como mostra o gráfico acima.
Também neste caso, Portugal, com um fosso de 21,3 pontos percentuais, fica abaixo da média comunitária, mas cima do registado em 2023 (14 pontos percentuais).
Entre os vários países, é a Eslovénia (14,2 pontos percentuais) que verifica a menor diferença na participação no mercado de trabalho de pessoas com e sem incapacidades, enquanto a Roménia (44,8 pontos percentuais) ocupa o lado oposto da tabela.
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