Bial investe “vários milhões” no fundo de biotecnologia Biovance Capital
Com 57 milhões de capital, o fundo biotech fechou "recentemente um investimento de vários milhões numa startup portuguesa" e um segundo numa startup espanhola.

A Bial investiu “vários milhões” de euros no fundo de investimento em biotecnologia Biovance Capital. O fundo de 57 milhões, tem investidores como o Fundo Europeu de Investimento, o Banco Português de Fomento, investe em séries seed e série A, em projetos de desenvolvimento de novos medicamentos em áreas terapêuticas como a oncologia, imunologia, e a neurologia.
“O nosso investimento no fundo Biovance Capital Fund I representa um compromisso estratégico para expandir o nosso ecossistema de inovação para além da I&D interna. Esta parceria dá-nos uma visibilidade valiosa sobre novas modalidades terapêuticas e plataformas inovadoras que complementam as nossas prioridades internas dentro do nosso foco estratégico em neurociências e doenças raras”, diz António Portela.
“Esta colaboração permitir-nos-á obter conhecimentos antecipados sobre novas tendências científicas que contribuirão para o nosso planeamento estratégico de longo prazo, sempre respeitando a independência do fundo e os respetivos requisitos de confidencialidade. Acreditamos que esta abordagem e tipo de parcerias reforçam o ecossistema biotecnológico Europeu, fornecendo tanto capital como conhecimento especializado para acelerar o desenvolvimento de medicamentos inovadores para os doentes”, refere ainda o CEO da Bial, citado em comunicado.
O Biovance Capital Fund I arrancou em junho de 2024 com 51 milhões de euros, tendo posteriormente angariado capital adicional de investidores nos EUA, Europa e Ásia. Com a entrada da Bial, o fundo eleva para 57 milhões o capital disponível para investimento seed e série A, entre 1,5 milhões e 6 milhões de euros, em empresas de biotecnologia em fase inicial em Portugal e por toda a Europa, com um foco especial no Sul da Europa, para desenvolvimento de novos medicamentos em áreas terapêuticas como a oncologia, imunologia, e a neurologia.
“Esta parceria com a Bial, líder em inovação farmacêutica, fortalecerá a nossa proposta de valor junto das empresas onde venhamos a investir, assim como junto de investidores institucionais, criando um ciclo virtuoso que pode, em última análise, acelerar o desenvolvimento de novas terapias disruptivas”, diz Ricardo Perdigão Henriques, managing partner da Biovance Capital, citado em comunicado.
O montante exato investido pela Bial no fundo “não será divulgado, mas foram vários milhões”, diz ao ECO o responsável quando questionado sobre o capital injetado pela farmacêutica portuguesa no fundo biotech.
A farmacêutica junta-se ao rol de investidores do fundo como Fundo Europeu de Investimento, o Banco Português de Fomento e a Comissão Europeia, através dos programas Portugal Tech e InvestEU, os principais investidores, contando ainda com investimento da Caixa Capital (Grupo Caixa Geral de Depósitos), da Ageas Pensões, do Fundo de Pensões EDP e de outros investidores privados.
“Desde o arranque no ano passado, fechámos recentemente um investimento de vários milhões numa startup portuguesa juntamente com o maior investidor de biotecnologia do mundo e anunciaremos em breve. Estamos também a fechar o segundo investimento do fundo numa startup em Espanha“, diz apenas o managing partner da Biovance Capital quando questionado pelo ECO sobre as startups e o montante global do capital já investido
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