BRANDS' TRABALHO Gestão de Pessoas: Automação Inteligente e Estratégica

A função dos Recursos Humanos tem-se transformado de forma significativa, tendo evoluído de um papel tradicionalmente administrativo para uma dimensão estratégica, impulsionada pela adoção de tecnologias digitais. Neste novo cenário, a automação inteligente — em especial através de plataformas low-code e no-code — surge como um dos principais motores da modernização da gestão de pessoas.

Segundo a McKinsey, organizações que integram soluções de automação na gestão de talento conseguem reduzir até 40% do tempo despendido em tarefas operacionais, registando, em simultâneo, aumentos de produtividade superiores a 20%. Mais do que ganhos de eficiência, estes dados traduzem uma mudança de paradigma: os RH deixam de estar centrados na execução de processos para se tornarem protagonistas na entrega de experiências mais relevantes e estratégicas.

Automatizar para Redirecionar: Um Novo Modelo Operacional

O objetivo da automação não é substituir a componente humana dos Recursos Humanos, mas eliminar ineficiências em atividades repetitivas, morosas e de baixo valor acrescentado, nomeadamente em processos como a gestão de férias, o onboarding e offboarding de colaboradores ou a emissão de contratos com assinatura digital.

As plataformas low-code e no-code permitem que as próprias equipas de RH configurem fluxos de trabalho de forma autónoma, através de interfaces visuais, regras de negócio, notificações automáticas, integração de dados e painéis interativos. Esta abordagem reduz a dependência das áreas de IT, acelera a adaptação a novas exigências do negócio e confere maior agilidade à função de gestão de pessoas.

Automação com Foco na Experiência do Colaborador

Para além dos ganhos operacionais, a automação impacta diretamente a experiência do colaborador. De acordo com a Gartner, o acesso a serviços de RH através de ferramentas digitais eficazes, tais como portais digitais ou aplicações móveis, que oferecem respostas imediatas, informação em tempo real e processos transparentes, reforça a perceção de bem-estar por parte dos trabalhadores em cerca de 47% e uma redução de 30% na frustração relacionada com tarefas administrativas.

Apesar do potencial da automação, muitas empresas continuam a depender de folhas de cálculo e emails para gerir processos críticos, o que acarreta riscos significativos, como perda de dados, erros manuais, atrasos na execução e ausência de rastreabilidade.

A transição para uma gestão digital, estruturada e automatizada deixou de ser uma opção tecnológica: tornou-se uma exigência competitiva. O World Economic Forum prevê que, até 2027, cerca de 44% das tarefas atuais possam ser automatizadas — sendo os processos administrativos aqueles em que esta mudança é mais expressiva. Ignorar este movimento representa não só um risco operacional, mas uma ameaça real à capacidade de atrair e reter talento.

RH como Agente de Inovação Organizacional

Ao automatizar tarefas manuais e repetitivas, os profissionais de RH recuperam tempo e foco para aquilo em que mais podem acrescentar valor: desenvolvimento de talento, liderança, cultura organizacional, bem-estar e inclusão. Através da adoção de soluções digitais, os RH tornam-se mais analíticos, ágeis e estratégicos, aptos para impulsionar ecossistemas humanos alinhados com os objetivos do negócio e com as exigências de um mercado em constante mudança.

Automatizar é libertar. Libertar tempo, foco e energia para o que realmente importa: as pessoas. A gestão inteligente de processos — apoiada por tecnologia acessível, eficaz e centrada no utilizador — é hoje uma das principais alavancas para transformar os Recursos Humanos numa área com impacto estratégico real.