Corticeira Amorim segura lucros de 36,8 milhões no 1.º semestre apesar de quebra das vendas
As receitas da empresa caíram 5,5% nos primeiros seis meses do ano, num período em que os negócios foram condicionados "por um contexto de mercado desafiante, marcado por elevada incerteza".
A Corticeira Amorim encerrou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de 36,8 milhões de euros, ligeiramente acima dos 36,5 milhões registados no período homólogo, num “contexto de mercado desfavorável e de elevada incerteza decorrente das tarifas dos EUA”, adiantou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As vendas consolidadas da Corticeira Amorim atingiram 473,1 milhões de euros, uma quebra de 5,5% face ao mesmo período do ano anterior. Excluindo o impacto da venda da participação na Timberman Denmark, as vendas teriam caído 2,2%, adianta a empresa em comunicado.
Já a Unidade de Negócio (UN) Amorim Cork registou vendas de 395,2 milhões de euros, ligeiramente acima dos 393,3 milhões apresentados até junho de 2024, “refletindo o contexto de mercado desfavorável e de elevada incerteza decorrente das tarifas dos EUA”.
A atividade da Corticeira Amorim em 2025 continuou a ser condicionada por um contexto de mercado desafiante, marcado por elevada incerteza, decorrente de tensões geopolíticas e de profundas alterações ao nível do comércio internacional.
Já o EBITDA consolidado fixou-se em 86,9 milhões de euros, menos 8% que os 94,4 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2024. “Apesar do contributo positivo da redução dos custos de estrutura e de maiores eficiências industriais, a rentabilidade foi penalizada pelo aumento dos preços de consumo e pela qualidade da matéria-prima cortiça, bem como por um mix de produto menos favorável”, justifica a empresa. A margem EBITDA consolidada atingiu os 18,4%, face a 18,9% no período homólogo.
“A atividade da Corticeira Amorim em 2025 continuou a ser condicionada por um contexto de mercado desafiante, marcado por elevada incerteza, decorrente de tensões geopolíticas e de profundas alterações ao nível do comércio internacional“, explicou António Rios de Amorim. O CEO da Corticeira Amorim referiu ainda que “as alterações dos padrões de consumo de álcool têm exigido uma capacidade de adaptação e inovação, determinante para a evolução futura do setor vitivinícola”.
Rios de Amorim nota ainda que “apesar do impacto deste contexto na nossa atividade, sobretudo decorrente de uma política de compras mais cautelosa por parte dos nossos clientes, continuamos a robustecer a nossa oferta, evidenciando as mais-valias técnicas e de sustentabilidade dos nossos produtos”. Os esforços, diz, “estiveram também focados na redução do nível de endividamento e proteção da rentabilidade, através de iniciativas de melhoria da estrutura de custos e ganhos de eficiência operacional”.
“Acreditamos que os benefícios emergentes da criação da Amorim Cork Solutions e a normalização dos preços de consumo de cortiça, reflexo de uma campanha mais favorável em 2024, serão contributos decisivos no ano, evidenciando a resiliência do nosso modelo de negócio”, conclui o CEO da empresa.
Em relação à dívida, a empresa fechou o semestre com um dívida remunerada líquida de 153,1 milhões de euros. “Apesar do pagamento de dividendos (42,6 milhões de euros) e do investimento em ativo fixo (14,1 milhões de euros), a evolução favorável das necessidades de fundo de maneio (decréscimo de 26,3 milhões de euros) suportou a redução da dívida líquida em 42,6 milhões de euros face ao final de dezembro de 2024 (195,7 milhões de euros)”, explica a empresa.
(Notícia atualizada)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Corticeira Amorim segura lucros de 36,8 milhões no 1.º semestre apesar de quebra das vendas
{{ noCommentsLabel }}