Crédito às famílias dispara 8% e atinge máximo de 17 anos
Os empréstimos às famílias subiu em julho pelo 19.º mês consecutivo, superando pela primeira vez os 139 mil milhões de euros desde fevereiro de 2012, à boleia do crédito à habitação.
O crédito concedido às famílias continua a crescer a uma velocidade recorde. Os dados mais recentes do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira revelam que os empréstimos às famílias cresceram 8% em julho de 2025, numa evolução homóloga que não se via desde agosto de 2008. É o maior salto registado em quase duas décadas e o 19.º mês consecutivo de crescimento homólogo consecutivo (desde janeiro de 2024).
Segundo dados do regulador, o stock total do crédito concedido às famílias superou os 139 mil milhões de euros em julho, atingindo o valor mais elevado desde fevereiro de 2012.
O motor principal deste crescimento encontra-se no crédito à habitação, que “aumentou 986 milhões de euros relativamente a junho, totalizando 106,3 mil milhões de euros no final de julho”, refere o Banco de Portugal em comunicado. O ritmo de crescimento homólogo atingiu os 8,1%, “o mais elevado desde agosto de 2008”, confirmando que o mercado residencial continua “quente”.
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Esta expansão no crédito habitação surge numa altura em que as condições se tornaram particularmente favoráveis para os compradores. A descida das taxas de juro, combinada com as medidas governamentais de apoio aos jovens – como a garantia pública que permite financiar até 100% do valor da habitação e as isenções do Imposto Municipal sobre Transações (IMT) e do imposto de selo -, criaram um aumento da procura.
Além da habitação, o crédito ao consumo e outros fins também demonstrou robustez em julho, ao registar “um crescimento de 7,7%, abaixo do registado no mês anterior (7,9%)”, destaca o Banco de Portugal. O montante total atingiu 32,8 mil milhões de euros, refletindo uma maior confiança dos consumidores e uma recuperação económica gradual.
Analisando as componentes específicas, o crédito automóvel destacou-se com “uma taxa de variação anual de 9,9%”, totalizando um stock de 8,8 mil milhões de euros no final de julho, mais 72 milhões de euros do que em junho. O crédito pessoal manteve-se estável com um crescimento de 7,2%, enquanto os cartões de crédito registaram uma evolução de 7,7%.
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