Portugal entre os cinco países europeus onde a taxa de desemprego mais desce

Só Grécia, Espanha, Eslovénia e Estónia reduziram mais a taxa de desemprego no espaço de um ano, com Portugal melhor que a média da UE e Zona Euro. Cenário é menos favorável para os jovens nacionais.

A taxa de desemprego na União Europeia (UE) fixou-se em 5,9% em julho, uma décima abaixo do registado em junho e no mesmo mês do ano anterior, enquanto na zona euro o recuo neste indicador foi da mesma ordem de grandeza em termos mensais e de duas décimas face ao período homólogo, passando para 6,2%.

 

No caso de Portugal, a taxa de desemprego voltou a cair em julho para 5,8% — é preciso recuar a fevereiro de 2022 para encontrar um valor mais baixo. Um registo mais favorável do que a média do bloco comunitário e da moeda única, com o país a figurar no lote de países com maiores descidas neste indicador.

Como já tinha sido comunicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na passada sexta-feira, o valor registado em Portugal no mês de julho foi “inferior ao do mês anterior (0,3 pontos percentuais) e ao do mesmo mês do ano anterior (0,7 pontos percentuais)”.

Os dados publicados agora pelo Eurostat, que permitem fazer uma comparação com a performance dos restantes países da UE, mostram que, em valor absoluto, só Grécia, Espanha, Eslovénia e Estónia conseguiram reduzir mais a taxa de desemprego do que Portugal em termos homólogos. E face a junho, o recuo nacional foi superado apenas pelos gregos e pelos austríacos.

No total, no sétimo mês do ano, havia 323,1 mil pessoas desempregas em Portugal, menos 15,7 mil do que em junho e menos 28,8 mil do que há um ano. Por outro lado, a população empregada voltou a aumentar, atingindo cerca de 5,3 milhões de trabalhadores, consolidando o recorde de quase três décadas já registados nos meses anteriores.

Por outro lado, no que toca ao desemprego jovem (abaixo dos 25 anos), com uma taxa de 18,9% — igual à do mês anterior e inferior aos 21,2% no mesmo mês do ano passado –, o registo português mantém-se acima do valor médio de 13,9% na zona euro e de 14,4% no conjunto dos países comunitários. Neste particular, apenas Estónia (27%), Espanha (23,5%), Luxemburgo (20,2), Finlândia (21,7%) e Suécia (23,8%) têm valores mais elevados.

Os dados divulgados esta segunda-feira pelo gabinete de estatísticas europeu mostram ainda que a taxa de desemprego entre os homens portugueses baixou em julho para 5,3% (vs. 5,5% em junho e 6,4% um ano antes) e continua a ser superior nas mulheres (6,2%). Embora tenha diminuído quatro décimas face aos dois pontos de comparação, a taxa nacional para as mulheres é ainda superior à média europeia (6%).

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