Estudo comprova eficácia do cenobamato em pacientes com epilepsia não controlada na prática clínica real

  • Servimedia
  • 8 Setembro 2025

Ao todo participaram 486 pacientes com epilepsia focal não controlada e com antecedentes entre dois e seis tratamentos prévios.

O 36.º Congresso Europeu de Epilepsia, organizado pela Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE) em Lisboa, acolheu a apresentação dos resultados finais do estudo «Freedon», a maior análise europeia na prática clínica real com o medicamento cenobamato, na qual participaram 486 pacientes com epilepsia focal não controlada e antecedentes de entre dois e seis tratamentos prévios.

Os dados revelam que mais de 20% dos pacientes incluídos no estudo conseguiram ficar livres de crises após um ano, percentagem que sobe para 33% naqueles que tinham recebido apenas dois ou três medicamentos anteriores.

Segundo o Dr. Vicente Villanueva, neurologista do Hospital Universitário e Politécnico La Fe de Valência, trata-se de «um número de grande valor para orientar a prática clínica, ao demonstrar que a introdução mais precoce do tratamento aumenta as possibilidades de controlo da doença».

O especialista sublinhou que «a resposta melhora progressivamente ao longo do acompanhamento, provavelmente graças à otimização das doses» e que «a taxa de descontinuação por efeitos adversos foi muito menor do que em estudos anteriores». Outra descoberta importante foi a redução da comedicamentação, que diminuiu em até 80% dos pacientes.

Os dados foram apresentados no simpósio satélite organizado pela Angelini Pharma no âmbito do congresso, no qual os especialistas também analisaram o impacto da epilepsia não controlada na qualidade de vida. A doença afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo e cerca de 450.000 na Espanha, e estima-se que até 10% da população terá uma crise epiléptica ao longo da vida.

Cerca de 40% dos pacientes com epilepsia continuam a sofrer crises apesar de terem recebido pelo menos dois tratamentos anteriores, o que reduz as opções terapêuticas e aumenta o risco de sequelas neurológicas, cognitivas e psicológicas, além de reforçar o estigma social.

«O grande desafio continua a ser aumentar o número de doentes livres de crises, uma vez que cada crise que não conseguimos evitar tem um grande impacto na qualidade de vida, na saúde física e no bem-estar psicológico da pessoa com epilepsia», salientou o Dr. Villanueva.

Por sua vez, o diretor médico da Angelini Pharma em Espanha, Daniel Pérez, salientou que «o nosso compromisso com a investigação e a inovação na Brain Health impulsiona-nos a continuar a avançar no tratamento da epilepsia não controlada, gerando soluções que ajudem a alcançar uma maior liberdade de crises e a melhorar o bem-estar integral dos doentes e das famílias».

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