Exclusivo Há um novo fundo de cinco milhões para investir nas SportsTechs europeias

O objetivo é que o first closing, de 500 mil euros a um milhão de euros, do COREangelsSportsTech seja feito no início de 2026, em janeiro. Quer investir entre 25 a 30 startups.

Há um novo fundo de cinco milhões de euros para investir a partir de Lisboa em projetos de inovação e tecnologias do desporto na Europa. O COREangelsSportsTech, fundado pela comunidade global de business angels COREangels, fica sob gestão da OW Ventures. Quer investir entre 25 a 30 SportsTechs, setor que só no ano passado gerou 350 milhões de euros de receitas no mercado europeu.

“O fundo está a arrancar, o primeiro comité de investimento vai realizar-se em outubro. O objetivo é que o first closing, de 500 mil euros a um milhão de euros, seja feito no início de 2026, em janeiro, para chegar a cinco milhões”, adianta Luís Gutman, CEO da OW Ventures, ao ECO.

Criado de raiz, depois do COREangels Atlantic trata-se do segundo fundo da COREangels a ficar sob a gestão da OW Ventures, tendo como objetivo investir em SportsTech a nível europeu.

“A ideia de lançar o COREangels SportsTech nasceu da constatação de que existem poucos fundos no mundo que investem na tecnologia no desporto, apesar deste ser um segmento que está crescendo muito nos últimos anos. Existe um vasto potencial para a tecnologia transformar todas as facetas do desporto, desde o desempenho dos atletas até ao envolvimento dos fãs e à gestão de clubes”, considera Maurizio Calcopietro, managing partner do COREangels SportsTech em Lisboa.

no ano passado, o setor europeu das SportsTechs gerou 350 milhões de euros de receitas, estimando-se que que em 2027 esse valor cresça para os 470 milhões de euros, com um valor potencial estimado de mais de 6 mil milhões, segundo “The European Sportstech & Esports Report 2024”, da Pulsar Sports.

Da esquerda para a direita, Juan Moreno, managing partner do COREangels SportsTech em Barcelona, e Maurizio Calcopietro, managing partner do COREangels SportsTech em Lisboa.

O fundo está sedeado em Lisboa, mas há uma equipa em Espanha, em Barcelona. “O modelo de investimento do COREangels SportsTech baseia-se na filosofia de ‘portfolio angel investing’, que apresenta maior potencial de retorno, quando comparado com investimentos individuais ou crowdfunding. Isso explica-se pela segurança que se consegue com a decisão coletiva, pela diversificação de risco, mas sobretudo por esta prática de acompanhamento e apoio dedicados às startups. Não queremos ser apenas investidores, queremos ser parceiros de crescimento”, diz Juan Moreno, managing partner do COREangels SportsTech em Barcelona. Ou seja, à semelhança de outros fundos da COREangels, este vai operar segundo o modelo de arcanjo, em que os investidores participam no processo de seleção e apoio às startups.

Europa na mira

Não se trata de um fundo limitado ao mercado ibérico. “É um fundo para investir na Europa e não apenas em empresas em Portugal e Espanha”, explica Luís Gutman. “Existem algumas SportsTechs em Portugal mas não é suficiente para constituir um portefólio, razão pela qual o fundo procura investir na Europa”, justifica.

O objetivo é construir um portefólio de 25 a 30 startups, em fase earlystage (pré-seed e seed), atuando em todas as áreas ligadas ao setor SportsTech — incluindo IA e análise de dados, wearables e equipamento inteligente, SaaS para clubes e instituições, envolvimento dos fãs e eSports —, com um ticket médio de 120.000 euros por investimento. Para serem elegíveis, as startups terão de ter mais de seis meses de vendas ou prova de product-market fit.

Luís Gutman, CEO da OW Ventures.

O fundo junta-se a outros sob gestão da OW Ventures, sociedade de capital de risco, que resulta de uma joint venture entre a M4 Ventures (com experiência de investimento em startups nacionais que deram o passo de expansão para o Brasil, como é o caso da Modatta ou da SheerMe) e da Olisipo Way, que trouxe consigo o AngelWays — fundo que investe em fase pré-seed e quer injetar um milhão de euros em 20 startups em dez anos.

Junta-se ainda ao fundo Terralis — que tem como objetivo, em oito anos, investir 20 milhões em startups na área de sustentabilidade, ainda em fase de levantamento de capital — e ao Tech Services Alliance que, em quatro anos, quer investir entre oito a 12 PME do setor tecnológico, com cada empresa a receber um ticket máximo de investimento de 1,5 milhões de euros.

Há planos para novos fundos com a COREangels? “O nosso objetivo é ter uma boa relação com eles, para que todos os fundos novos sejam feitos connosco. A nossa intenção é ter uma relação de longo prazo com eles, prestar um bom serviço e que seja algo natural”, diz Luís Gutman.

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