Debater políticas públicas vai dar prémio de 10 mil euros a alunos universitários
Competição é organizada pelo Instituto de Política Públicas da Nova SBE, mas conta também com a parceria da Universidade do Porto, nesta edição. Candidaturas estão abertas até 25 de outubro.
O Instituto de Políticas Públicas da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) está a preparar a segunda edição do concurso de debates para jovens universitários. Com um prémio total de dez mil euros, esta iniciativa é uma “forma de combater a polarização excessiva” atual, frisa o diretor académico do instituto, Luís Cabral, em declarações ao ECO.

“Desde a sua criação, o instituto tem-se batido por políticas públicas baseadas em evidência, não em improvisações, e no debate baseado em ideias, não em ideologias. O concurso de debates sobre políticas púbicas surgiu como um passo natural“, explica o responsável.
Na visão de Luís Cabral, esta é também uma forma de “contribuir para que os alunos adquiram uma série de competências que normalmente não encontram no contexto do currículo universitário”.
Na primeira edição deste concurso, participaram mais de 60 alunos de áreas académicas variadas — da Medicina à Gestão, passando pelo Direito e pela Engenharia — e provenientes de universidades espalhadas por todo o país. “A qualidade do debate foi elevada”, comenta o referido diretor académico.
Perante esse balanço positivo, a Nova SBE está agora a organizar a segunda edição do concurso de debates. Desta vez, o objetivo é reunir 18 equipas (em vez de 16) de cinco elementos. Cada equipa terá oportunidade de participar em, pelo menos, dois debates.
E, nesta edição, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto junta-se à iniciativa, acolhendo uma das primeiras fases da competição. “Querendo nós vincar o caráter interdisciplinar do concurso, achámos desejável colaborar com uma faculdade diferente da Economia e Gestão. A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto foi assim uma escolha natural, considerando também o grande prestígio da FEUP“, realça Luís Cabral.
"Nos nossos debates cada equipa apenas conhece a posição a defender (a favor ou contra) no momento do debate. Isto obriga-os a pensar bem nos dois lados de cada controvérsia.”
Para já, as candidaturas estão abertas (até 25 de outubro) e podem ser feitas mediante o preenchimento do formulário e a submissão dos documentos requeridos, o que pode ser feito online.
A primeira fase da competição está prevista para janeiro de 2026 e será essa etapa que determinará que equipas avançam para os debates das semifinais e finais, que se realizarão entre fevereiro e abril de 2026 no campus da Nova SBE, em Carcavelos.
O prémio total em jogo é de dez mil euros, valor que será distribuído pelas três primeiras equipas classificadas.
“Muitas das questões ‘fraturantes’ que nos dividem são questões de políticas públicas. O concurso de debates é, assim, uma forma de combater a polarização excessiva a que assistimos“, defende o diretor académico do NPPI.
“Lembro também que nos nossos debates cada equipa apenas conhece a posição a defender (a favor ou contra) no momento do debate. Isto obriga-os a pensar bem nos dois lados de cada controvérsia. Em última análise, trata-se de uma excelente educação em pensamento crítico“, remata Luís Cabral.
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